Fossa olímpica

Curiosa a súbita preocupação de algumas pessoas com os Jogos Olímpicos Rio 2016. Uma preocupação que essas pessoas jamais tiveram quando pleitearam incentivos fiscais para atrair indústrias multinacionais ou recursos públicos para salvar empresas nacionais falidas. Naquelas ocasiões, certamente, não faltavam recursos para a educação.
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Frase do dia


Zelaya cercou-se de comunistas de boteco, gente que não faz mais do que falar e falar. Eles o rodearam e o foram convencendo de que dessa forma iria perpetuar-se no poder. Isso nos motivou a que nos preparássemos para defender o país desse comunismo versão século XXI – uma invenção de um louco da América do Sul.




Roberto Micheletti
Presidente Constitucional de Honduras


Leia a entrevista com Roberto Micheletti à Revista Veja, AQUI
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A arte de morrer


Um artigo publicado na semana passada na Folha de S.Paulo, Ruy Castro narrou as extraordinárias circunstâncias da morte do advogado Henrique Gandelman, um especialista em direitos autorais que, entre outros feitos, dedicou anos à tarefa de trazer os direitos sobre a obra de Villa-Lobos, desencaminhados mundo afora, para o espólio do artista. "Foi um trabalho de amor, poucos amavam tanto Villa-Lobos", escreve Ruy Castro. Gandelman, que estudou música na juventude, era, além de defensor dos direitos, um profundo conhecedor da obra do grande compositor brasileiro. No dia 24 de setembro, ele ia dar uma palestra no Museu Villa-Lobos, no Rio de Janeiro, e receber uma homenagem. Enquanto, no camarim, esperava a hora de se apresentar, o sistema de som começou a tocar a Floresta Amazônica. Gandelman, de mãos dadas com a mulher, comentou: "Fico sempre arrepiado de ouvir isso. O Villa é mesmo o maior". E mais não disse, nem lhe foi perguntado. Soltou um suspiro e caiu morto. Aneurisma. Tinha 80 anos.

É o caso de dizer, para cunhar uma expressão nova, que "a vida imita a arte". Ao morrer sob o impacto de seu artista predileto, Gandelman repetiu a morte de um personagem de Marcel Proust, o escritor Bergotte. Numa famosa passagem de Em Busca do Tempo Perdido, Bergotte vai a uma exposição de arte holandesa em Paris que, entre outros quadros, exibe Vista de Delft, de Johannes Vermeer. Assim como Gandelman com relação à Floresta Amazônica, Bergotte é um apaixonado pela Vista de Delft. Já a contemplou várias vezes, e em cada uma descobre coisas novas. Nesta, ele repara pela primeira vez nos pequenos personagens vestidos de azul, à esquerda da tela, e na cor rósea da areia em que pisam. Principalmente, fixa a atenção num pequeno pedaço de muro amarelo. O muro amarelo, aparentemente insignificante, no conjunto de um quadro que mostra um aglomerado de construções à beira do rio, o captura de modo irresistível. Seu olhar se fixa nele "como o de uma criança em uma borboleta amarela que deseja apanhar". Sente então uma tontura, acomoda-se num banco e morre.

Ruy Castro chamou a morte de Gandelman de "a morte ideal". Como Bergotte, o advogado morreu sob o impacto de uma emoção estética, e não uma emoção estética qualquer, mas da obra predileta, ou uma das obras prediletas, do artista predileto. Os santos morrem, ou morriam, com antevisões do paraíso. Santa Teresa de Ávila morreu dizendo: "Chegou enfim a hora, Senhor, de nos vermos face a face". São Francisco disse: "Seja bem-vinda, irmã morte". São João da Cruz, na noite de sua morte, diz aos companheiros: "Eu cantarei as matinas no céu". Pede que lhe leiam o Cântico dos Cânticos. Antes do amanhecer, apruma-se no leito e diz: "Glória a Deus! Senhor, minha alma está em suas mãos". A morte ideal, na era dos santos, era acompanhada pelo transe místico. O Bergotte de Proust representa um rompimento com esse modelo, em favor do transe estético. Gandelman o repica. Numa era laica, de valores racionalistas, como a nossa, a arte substitui o misticismo no provimento de uma elevação espiritual compatível com esse momento grave entre todos que é o momento da morte.

O som de Villa-Lobos substitui a cítara dos anjos que os místicos já começavam a ouvir na iminência da morte e as cores de Vermeer substituem a visão do manto resplandecente da Virgem Maria. Mas não é só nisso que a morte ideal do homem de hoje se diferencia da do antigo. Morte ideal, hoje, é a morte repentina, sem dor, sem remédios e sem UTI. De preferência, tão repentina que poupe até da consciência de que se está morrendo. Os santos morriam tão conscientes da morte que até podiam saudar sua chegada. Antes deles, Sócrates morreu despedindo-se dos amigos e filosofando sobre a morte. Para os gregos, era a morte ideal. Em nosso tempo, um valor altamente apreciado é a morte que nos poupe da angústia, ou do susto, ou do pânico, de saber que se está morrendo. É uma espécie de ludíbrio que aplicamos na morte. O.k., você chegou. Mas nem nos demos conta disso. A visita foi humilhada por um anfitrião que nem olhou para sua cara.

Talvez seja síndrome de uma época de ritmo acelerado, cheia de urgências, como a nossa. Morte? Quem quer perder tempo com ela? Resta a dúvida sobre o significado profundo desse desejo de uma morte sem anúncio, que não mostre seu rosto. É uma esperteza que nos diminui? Ou a sabedoria de constatar que quanto menos angústia e sofrimento, melhor? Cada um que dê sua resposta.



Roberto Pompeu de Toledo
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Antídoto contra eleitores desmotivados


Está no site do Espaço Cultural CPFL o podcast com o áudio da entrevista que concedi a eles, em agosto, na ocasião dos encontros em torno do tema Política para que te quero?”, integrante da série Invenção do Contemporâneo de 2009

Qual o papel da política em nossa vida? Ainda precisamos dela para o convívio em sociedade? Em tempos de crise no senado, o que podemos esperar dos políticos e das instituições políticas?

A entrevista explora a idéia de que o Brasil hoje não se interessa pelo assunto muito por causa do comportamento de seus governantes. Mas não somente por isso. O modo de vida atual está dissociando a política do cotidiano das pessoas, que não conseguem ser suficientemente envolvidas por ela. Há uma crise de convicção na utilidade da política. Porém, apesar disso, e paradoxalmente, a política ainda segue sendo o melhor antídoto para a construção de sociedades integradas e mais igualitárias. Se os cidadãos estão apáticos, “política neles".

A entrevista também toca na questão da influência da internet nas disputas eleitorais. Ainda que muita coisa possa mudar com a utilização das tecnologias digitais nas campanhas, o fator decisivo ainda segue sendo outro. "As eleições continuam sendo vencidas por dinheiro, marketing e relações".

O podcast da entrevista pode ser acessado e baixado aqui.

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Depoimento do Vice-Governador ao MPF



Segundo blogs de jornalistas de direita, a CPI da Corrupção que investiga o governo mais corrupto da história do RS, é do PT! Curiosamente, a quadrilha que lesava os cofres públicos foi delatada por ex-aliados políticos. Todos os piores depoimentos prestados à Polícia Federal e o MPF, destas pessoas são de deixar os cabelos do olho do cu em pé! Nenhum é do PT, PSB, PCdoB, PSOL ou PSTU. Alguns, por mais incrível que possa parecer, são do DEM (ex-PFL, partido do Borhausen e Onix Lorenzoni) como é o caso do Vice-Governador, desafeto da desgovernadora e vizinho dela.

Esta CPI é, na verdade, uma CPI da direita guasca e de como fazem para se perpetuar no poder, mantendo uma descomunal verba para financiamento eleitoral desta corja de ladrões.

A Polícia Federal e o Ministério Público devem estar rolando de rir ao assistir as explicações da base aliada para jogar esta sujeira toda para baixo do tapete. E não se viu nenhum empresário discursar contra essa robalheira. Um bom momento para se continuar investigando, pois ao que nos parece, todos estão usufruindo destes frutos.

"Campanha é um momento de poupança. Tu não é deste ramo e está atrapalhando o processo.” A declaração foi atribuída à governadora Yeda Crusius pelo vice-governador Paulo Feijó em depoimento prestado ao Ministério Público Federal em abril deste ano.

Trechos deste depoimento foram exibidos na sessão da CPI da Corrupção desta quinta-feira (1). Conforme Feijó, ele foi chamado pelo então tesoureiro da campanha do PSDB Rubens Bordini para receber uma doação feita pela empresa Braskem. Quando chegou ao hotel Sheraton, local do encontro, Feijó teria sido informado por Bordini que “o dinheiro foi dado para o marido da governadora”. “Este dinheiro foi um dos que não apareceu na campanha. Os recursos trazidos pelo Chico Fraga e o dinheiro que o Lair Ferst emprestou ou intermediou também não entraram no caixa. Talvez apenas 10%. O resto desapareceu”, afirmou o vice-governador aos procuradores. "


Fora Yeda Crusius e esta cambada de ladões!
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