PNAD - O Analfebetismo à exemplo de Lula

Apesar do insistente discurso pró-educação do governo, a taxa de analfabetismo no Brasil permaneceu praticamente inalterada em 2008 em relação ao ano anterior. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), havia cerca de 14,2 milhões de analfabetos com mais de 15 anos de idade no Brasil em 2008, quando a taxa foi estimada em 10%. Em 2007, a taxa foi de 10,1%.

As disparidades regionais, no que diz respeito ao analfabetismo, não diminuíram no ano passado, quando a região Nordeste apresentava uma taxa de 19,4%, quase o dobro da nacional. Porém, segundo destaca o documento de divulgação da Pnad, o Nordeste foi "a única região a apresentar queda expressiva" na taxa de analfabetismo no ano passado em relação a 2007, quando chegava a 19,9%.

Já a taxa de analfabetismo funcional, representada pela proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade com menos de quatro anos de estudos completos, foi estimada em 21% em 2008, ante 21,8% em 2007. No ano passado, ainda havia 30 milhões de analfabetos funcionais no Brasil.

A pesquisa - A Pnad é realizada anualmente e investiga os temas de habitação, renda e trabalho, associados a aspectos demográficos e educacionais. A pesquisa tem seus primórdios em 1967, quando foi iniciada apenas na área do Rio de Janeiro, e na atualidade é realizada em âmbito nacional, por meio de uma amostra de domicílios.

No levantamento divulgado nesta sexta-feira, foram pesquisadas 391.868 pessoas e 150.591 unidades domiciliares, distribuídas por todo o país. A parte de rendimento da Pnad aperfeiçoa a estimativa de renda das famílias usada nas contas nacionais. Além disso, a Pnad é utilizada na estimativa da população brasileira. A pesquisa ainda é tomada como base para o estudo chamado Síntese de Indicadores Sociais, que o IBGE divulgará em outubro.

(Com Agência Estado)


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Uma das principais propostas do governo Lula está estagnada. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de analfabetismo no país permaneceu praticamente inalterada em 2008 em relação ao ano anterior. Segundo os dados, havia cerca de 14,2 milhões de analfabetos com mais de 15 anos de idade no Brasil em 2008, quando a taxa foi estimada em 10%. Em 2007, a taxa foi de 10,1%.

Apesar das promessas feitas pelo presidente desde a campanha eleitoral em 2002, o analfabetismo pouco foi combatido durante seu primeiro governo e mais da metade do segundo. Aos números: entre 2002 e 2005, a taxa de analfabetismo caiu apenas 1%, passando de 11,8% para 10,9%. Um ano antes, em 2004, o então ministro da Educação, Tarso Genro, apresentara o programa Brasil Alfabetizado, com planos de erradicar o analfabetismo num prazo de seis a oito anos. Mas, pelo andar da carruagem, não será tão fácil assim. Basta olhar os números e reparar que em 2002 eram 14,8 milhões de analfabetos e em 2008 eram cerca de 14,2 milhões. Redução mínima para seis anos.

Desculpas - Em julho de 2008, o presidente começou a dar desculpas e criticou os governos que o antecederam por não terem erradicado o analfabetismo no país. "Tudo isso poderia ser resolvido há 60 anos, há 30 anos, afinal de contas esse país foi governado por muita gente letrada. O primeiro que não tem diploma universitário sou eu", afirmou durante discurso na formatura de alfabetizados pelo programa do governo da Bahia Todos pela Alfabetização.

"'Tem uma parte da sociedade que não sabe ler mesmo, vamos deixar para lá.' Era assim que se pensava. 'Para que alfabetizar adultos? Vamos alfabetizar só as crianças.' Como se uma pessoa que não teve a oportunidade, e que está com 30, 40 anos, fosse obrigada a ficar na ignorância porque o Estado achava que ela não tinha mais jeito", completou o presidente.

Palanque - Sete meses depois de jogar a culpa no passado, Lula pediu aos prefeitos de todo o país mais ação de convencimento em suas cidades. "É preciso um trabalho mais intenso de convencimento dessas pessoas, de que elas devem ser alfabetizadas", disse Lula, e mais uma vez tentou tirar um pouco das responsabilidades de suas costas. "Não adianta somente o governo criar programas, é preciso pactuar com os prefeitos, porque eles têm acesso aos rincões do país".

Mas o que deveria ser uma coisa séria se mostrou mais parecido com um palanque para promoção da candidatura de Dilma Rousseff. Lula atacou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, aliado do governador José Serra. "Pasmem, caiam de costas, Kassab, porque você não sabia e eu não sabia: no estado de São Paulo ainda temos 10% de analfabetos, o estado mais rico da Federação. Significa que nós estamos errando em alguma coisa". Entretanto, a verdade paulista não é tão dura como acredita o presidente. Lula usou números errados durante o ataque. Os dados citados eram de 1991, quando o analfabetismo em São Paulo era de 10,2%. De acordo com o Ministério da Educação do estado, São Paulo tem hoje 4,6% de analfabetos.

Pré-sal - Lula deposita agora toda sua esperança para o fim do analfabetismo no Fundo Social, composto por recursos da exploração do petróleo da camada pré-sal. "O século 21 é o século do Brasil e a gente não pode jogá-lo fora como jogamos o século 20. Por isso que a educação, para mim, é fundamental", disse, em seu programa semanal Café com o Presidente, no último dia 14 de setembro.


veja.com

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A ética do PT!


Acho absolutamente notável que os petistas tenham recorrido ao Código de Ética para punir os dois deputados que participaram de manifestações contra o aborto. Então ficamos assim: quando o PT usa o Código de Ética, a vida de inocentes corre perigo.


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Ahmadinejad nega novamente Holocausto e pede frente global contra Israel

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, voltou a negar hoje a existência do Holocausto judeu e disse que o mundo inteiro tem a "obrigação" de assumir sua responsabilidade frente a Israel para garantir a paz global.

Ahmadinejad fez estas declarações, enquanto dezenas de milhares de opositores a seu regime aproveitavam a manifestação anual em solidariedade aos palestinos para protestar pelas ruas de Teerã, manifestação que foi duramente reprimida.

O presidente iraniano pediu às nações do mundo, e em particular às da região, a se levantar contra Israel, porque sua simples existência as "coloca em perigo", e disse que conter o Estado judeu é um "princípio humanitário".

"O regime sionista é um símbolo de mentiras e decepção, que se baseia em atitudes colonialistas", acrescentou Ahmadinejad no discurso antes do sermão semanal da sexta-feira, segundo o canal de televisão "Press TV".

O presidente iraniano também falou do Holocausto, no qual seis milhões de judeus morreram sob o nazismo alemão, que voltou a colocar em dúvida, como em algumas ocasiões anteriores.

"Se o Holocausto, como eles dizem, é verdade, por que não oferecem provas?", perguntou.

Enquanto Ahmadinejad fazia seu discurso, a Polícia antidistúrbios iraniana, com apoio de milicianos islâmicos Basij, reprimia duramente a manifestação dos opositores, que acabaram em enfrentamentos com gás lacrimogêneo, pedras e garrafas no centro de Teerã.

Vários dirigentes reformistas foram agredidos por partidários de Ahmadinejad, incluindo o ex-presidente iraniano Mohamad Khatami e o candidato presidencial Mehdi Karroubi.

Segundo a agência estatal iraniana "Irna", o veículo onde viajava o líder opositor Mir Hussein Moussavi foi atingido por pedras e outros objetos contundentes lançados pelos partidários de Ahmadinejad.

UOL
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O PT Britânico


A taxa de desemprego do Reino Unido aumentou em julho para 7,9%. É a maior marca dos últimos 13 anos. O número de desempregados no país aumentou 210 mil chegando a 2,47 milhões. Alguns analistas acreditam que até 2010, o número chegue à casa dos 3 milhões. Politicamente, este será um problema sério para as pretensões do primeiro-ministro Gordon Brown, que tentará se manter no cargo nas eleições de junho. Apesar de sinais que as demissões estão caindo, analistas dizem que é melhor ter cautela.
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Somos trogloditas...


O presidente Lula tem uma visão utilitarista de sua base partidária que faz jus a seu histórico de sindicalista pragmático, mas volta e meia deixa vir à tona um viés esquerdista que já foi sua marca em tempos remotos, que ficaram para trás e que hoje volta e meia cismam de retornar à sua ação política. Mas são atitudes mais personalistas do que ideológicas. Há quem considere, ao contrário de sua própria palavra, que Lula, até a terceira derrota na tentativa de se eleger presidente, mantinha uma visão de esquerda, que abandonou para tentar ganhar a eleição em 2002.

Se pegarmos os verbetes "comunista", "comunismo" e "esquerda" do "Dicionário Lula, um presidente exposto por suas próprias palavras", o formidável livro de Ali Kamel, veremos a barafunda de conceitos que Lula faz, mas sempre tendendo para o conservadorismo.

Ao mesmo tempo que se orgulha de ter criado "o partido político mais importante de esquerda da América Latina", numa entrevista a emissoras de rádio, em 2003 ele relembra que, ao ser perguntado se era comunista, respondeu : "Não, sou torneiro mecânico".

Em outra ocasião, no mesmo ano, em visita ao retiro de Itaici da CNBB, ele lembrou que não queria ir para o sindicato quando tinha 21 anos porque achava que lá "só tinha comunista".

E, no discurso de uma entrega de prêmios em 2006, Lula definiu sua posição sobre "ser de esquerda" que ficou famosa:

"Se você conhecer uma pessoa muito idosa esquerdista, é porque ela está com problema. Se conhecer uma pessoa muito nova de direita, também está com problema".

Para Lula, isso acontecia devido "à evolução da espécie humana. Quem é mais de direita vai ficando mais de centro, quem é mais de esquerda vai ficando social-democrata, menos à esquerda, e as coisas vão confluindo de acordo com a quantidade de cabelos brancos que você vai tendo e a responsabilidade que você vai tendo, não tem outro jeito".

Como que para expurgar o sentimento de culpa que deve sentir por acordos políticos tão espúrios quanto os que se sente obrigado a chancelar diariamente, de vez em quando Lula faz como ontem, ao festejar o fato de que a eleição presidencial do próximo ano não terá nenhum "troglodita da direita" como candidato.

Ele passou espertamente por cima do maior representante dessa categoria, o hoje senador Fernando Collor, transformado em seu aliado estratégico tanto com relação ao PAC quanto na questão do pré-sal, indicado que foi para presidir a fundamental Comissão de Infraestrutura, e atacou o tucano Geraldo Alckmin como representante da "direita selvagem", logo ele, apelidado de "picolé de chuchu" por sua atuação neutra.

Na verdade, boa parte dos "trogloditas de direita" fazem parte da base governista, alçados por Lula a aliados incondicionais. O fato de não haver um candidato viável representando a direita é apenas mais uma das muitas distorções da democracia brasileira, e o comentário de Lula só revigora a sensação de que ainda estamos longe de atingirmos uma representatividade partidária real.

Um dado aceito como verdade na recente política brasileira é que, se o PMDB não consegue eleger um presidente da República, nenhum presidente da República consegue governar sem o apoio do PMDB, um partido que já foi o principal representante da esquerda brasileira e hoje patina no fisiologismo explícito, representando a parte "direitista" desse fenômeno, que tem no PT sua contraparte esquerdista.

Da mesma forma, nenhum político brasileiro se declara "de direita", mas a direita política está sempre presente nos governos formados a partir de 1985, quando Tancredo Neves se elegeu presidente da República numa aliança política antes impensável com os dissidentes do PDS, partido que dava sustentação à ditadura militar.

Boa parte desses políticos, abrigados depois no Partido da Frente Liberal (PFL), fizeram a aliança com o PSDB que levou Fernando Henrique ao poder em 1994, a bordo do Plano Real.

E uma dissidência do PFL, atual DEM, acabou apoiando Lula em 2002, capitaneada pelo senador José Sarney, que se transformou no principal apoio político de Lula no Senado e dentro do PMDB.
O presidente Lula, para eleger-se em 2002, procurou um empresário para compor sua chapa, como maneira de tranquilizar os que ainda o viam como uma ameaça. E, mais uma vez recorrendo ao "Dicionário Lula", podemos ver uma explicação bastante direta do presidente Lula sobre como age politicamente:

"(...) Meu comportamento político sempre foi prático. Nunca gostei de ser rotulado. (...) No movimento sindical, era chamado de agente da CIA pelos comunistas e de comunista pela direita. Isso me deixava tranquilo, pois como não era nem um nem outro, ficava livre para escolher o caminho que entendia melhor para os trabalhadores".

Portanto, quando ele identifica Alckmin com a direita raivosa, coisa que nunca foi, e finge esquecer as alianças que tem com partidos dessa mesma direita, Lula está apenas fazendo política. Deu certo na eleição de 2006, quando conseguiu pespegar no PSDB a pecha de "entreguista", com críticas às privatizações que Alckmin não soube responder.

Provavelmente não dará certo na próxima eleição, embora o governo já esteja preparando o ambiente para identificar-se com um sentimento nacionalista em relação à descoberta dos campos de petróleo do pré-sal, tachando todos que sejam contra a mudança do marco regulatório de "entreguistas".

A crise econômica internacional alargou o espaço estatizante dos governos, e Lula está se aproveitando para ampliar seu próprio espaço político, e o de seus aliados.

Mas nem Serra nem Aécio são tão fáceis de serem classificados de entreguistas, e o PSDB abdicou de lutar pelo modelo de concessão que implantou na exploração do petróleo justamente para não ser acusado de estar contra os "interesses nacionais".

Merval Pereira
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