O império garante o seu pó


Notícia lida no Monitor Mercantil:

EUA instalarão novo "big brother" na Colômbia

Após expulsão da base de Manta no Equador, Obama se acerta com Uribe

Havana - Estão sendo concluídas as negociações para a formalização de um novo acordo para uma "estreita colaboração militar" entre o novo governo norte-americano de Barack Obama e o governo reacionário da Colômbia de Alvaro Uribe.
Um acordo que deverá desferir um gigantesco e doloroso golpe contra a autonomia da Colômbia. O objetivo estratégico do acordo é transformar o país inteiro em um centro de operações das Forças Armadas norte-americanas, no âmbito do "combate às drogas e ao terrorismo", mas que tem como alvo o movimento popular do país contra Uribe, a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), assim como todos os movimentos populares em toda a região do Altiplano Andino.

Embora os detalhes deste "acordo" ainda não foram divulgados, sabe-se que ele garante às Forças Armadas dos EUA o acesso e uso de todas as bases terrestres, aéreas e navais colombianas, incluindo as "sensíveis" bases de Malabo (no norte) e Polanquero e Apiaí (ambas no centro do país).

Na verdade, o acordo e suas promíscuas condições significam o monitoramento de toda a região sul da América Latina (grampo de toda espécie de comunicações e sua coordenação com os satélites espiões), "em nome da proteção dos interesses dos EUA".
Trata-se de uma evolução esperada, pois a expulsão das Forças Armadas norte-americanas e o fechamento da base militar dos EUA de Manta, no Equador, provocou uma série de nervosas negociações com os únicos países do Altiplano Andino que aceitariam demonstrar hospitalidade às Forças Armadas dos EUA - isto é, a Colômbia e o Peru -, obviamente mediante uma generosa "compensação".

Ao que tudo indica, as negociações com o governo do Peru fracassaram por causa do "aluguel caro" exigido por Alan Garcia, mas foram coroadas de êxito com o governo reacionário de Alvaro Uribe.

Cuidado com o que vocês falam!

Certamente a mídia mundial, porta-voz do conservadorismo e dos interesses imperiais americanos, achará normal o acordo, apenas uma tentativa de “equilíbrio” na região, infestada de “esquerdistas narcotraficantes”, certo? Grossa mentira.

O narcotráfico na Colômbia foi criado, organizado e planejado industrialmente por americanos. O Plano Colômbia, criado com estardalhaço, apenas aumentou a produção de drogas. A plantação da coca e seu refino é um amplo agronegócio. Impossível existir sem ser visto por satélites. Os governos colombiano e americano sabem muito bem onde fica. E alguém perguntará como fica o DEA, a organização governamental americana que tem como objetivo o combate ao narcotráfico. Sugiro que leiam uma entrevista de Michel Levine, ex-agente do DEA, que já escreveu sobre suas atividades em revelador livro: “A grande mentira branca”.

O acordo tem objetivos claros. Permitir aos EUA terem uma enorme base para apoio logístico às novas empreitadas na América Latina. Honduras, não por acaso, já sente a nova estratégia do grande império.
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A esquizofrenia do jornal O Globo

Nunca consegui ler o Globo sem alguns engulhos, tamanhas as campanhas embutidas, os erros grosseiros, o mau gosto editorial, a falta de contato com a realidade e um mínimo de algo que possa ser chamado de jornalismo. Mas, quando agora o jornal apenas tem como pauta a derrubada do Sarney e da Petrobras, não consigo nem ler a primeira página, ou principalmente ela. Fiquei sabendo por terceiros sobre destacada manchete que denunciava a Petrobras por alimentar uma empresa fantasma. Pois, a empresa responde, demonstra que nada tem de fantasma e revela outras empresas com quem tem negócios, entre elas a TV Globo.

Não acredito que o jornal que tenha herdado tantos jornalistas do quase finado Jornal do Brasil, que domina o mercado no Rio de Janeiro há muito, não consiga apurar corretamente suas matérias a ponto de deixar rabos como esse. Provavelmente será exemplo para entrar na história do jornalismo brasileiro, motivo de muitas chacotas em sala de aula de futuros estudantes de jornalismo.
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Os maus tempos estão de volta

24 Outubro 2007

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DEM quer, e precisa, voltar a ser governo

Maria Inês Nassif, do Valor Econômico
Ser oposição foi um desastre para o DEM, ex-PFL. O partido encolheu eleitoralmente nos sete anos que esteve fora do poder e tem assistido a uma gradativa e persistente redução da sua influência regional. O DEM não tem hoje a hegemonia sobre o eleitorado das regiões mais pobres do país. Foi desbancado pela influência direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do seu programa de transferência de renda, o Bolsa Família, junto ao eleitorado de menor renda. Nas últimas eleições municipais, conseguiu fincar uma bandeira em solo paulista, onde não tinha expressão até então, devido a uma sólida aliança com o PSDB do governador José Serra (PSDB). Este, todavia, é um ganho que não compensa a perda de votos e prestígio que sofreu principalmente no Nordeste, e nem é uma consagração definitiva de um eleitorado identificado com o partido em São Paulo. O prefeito da capital, Gilberto Kassab (DEM), jamais seria prefeito se, como vice, não tivesse assumido o cargo quando Serra se elegeu governador. Kassab tem aproveitado a "carona" na popularidade tucana na capital e cultivado os seus próprios eleitores - foi reeleito em 2008, afinal - mas ainda assim cresce como linha auxiliar do PSDB.

Sair da oposição tornou-se um imperativo de sobrevivência: o DEM precisa voltar a ser partido da situação, segundo avaliação interna. O PFL trocou seu nome para DEM, mas não conseguiu mudar a realidade: pela sua natureza, seu desempenho eleitoral e sua influência política dependem fundamentalmente da relação com o governo federal. Eram os seus líderes regionais, principalmente nos Estados mais pobres, que o alimentavam de governadores e bancadas na Câmara e no Senado, quando o partido estava no poder (e esteve sempre antes de Lula), e essas lideranças não sobrevivem sem apoio oficial. O DEM é um PMDB - que também encolhe quando se afasta do poder - na sua versão ideológica.

O ex-PFL apenas conseguiu manter a sua influência regional enquanto exerceu o papel de mediador de verbas e favores do governo federal para os chefes locais. E não conseguiu contrariar a sua história mesmo vestindo outro nome e guindando aos principais postos do partido a "nova geração" - os novos líderes, afinal, são herdeiros diretos dos antigos chefes pefelistas nos Estados (filhos, netos, sobrinhos etc). A lógica de poder dentro do partido não mudou: os que chegam tentam retomar os espaços perdidos por seus parentes na política regional.

O partido perdeu muito nesses dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em 2002, quando o candidato petista venceu o tucano Geraldo Alckmin, o então PFL já sentiu um baque na sua representação. Nas eleições de 1998, em coligação com o PSDB de Fernando Henrique Cardoso, conseguiu eleger a maior bancada na Câmara: 105 deputados. Quatro anos depois, a aliança PSDB-PFL foi derrotada depois de governar por dois mandatos consecutivos. O PFL, que foi para as eleições como partido no poder e saiu como oposição, pagou o primeiro preço: perdeu o status de maior bancada da Câmara, ao eleger 84 deputados federais, para o PT, que conseguiu 91. E pagou outro preço em seguida: a força de atração do governo sobre os eleitos do DEM produziu baixas até o dia da posse, em fevereiro de 2003: assumiram apenas 75 pefelistas. Os demais foram para outros partidos da base governista.

Nas eleições de 2006, quando completava três anos na oposição ao governo federal, o então PFL elegeu apenas 65 deputados e perdeu três deles para a base aliada. Foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar uma debandada. Tornou-se a quarta bancada na Câmara. É ainda a segunda força no Senado porque as eleições passadas renovaram apenas um terço da Casa. Se não reverter a tendência ao encolhimento, no entanto, o partido pode ser fatalmente abalado nessas eleições, quando serão renovados dois terços do Senado. A retração do DEM também atingiu o número de governadores: elegeu apenas um nas eleições passadas, José Roberto Arruda, do Distrito Federal. Se sofrer novo grande impacto na sua representação, nas eleições de 2010 corre o risco de tornar-se um "nanico".

A ordem agora é sair da oposição, afirma uma fonte do partido. A debacle do partido vinculou seu destino mais ainda ao do PSDB, com quem, aliás, disputa votos conservadores em algumas regiões. Como voltar a ser governo é uma questão de sobrevivência, o DEM apoiará qualquer candidato que os tucanos escolham, sem nenhuma exigência prévia, exceto a de vencer.

O partido não disputa a vice-presidência. Nas avaliações internas do ex-PFL, considera-se que o lugar tem que ser reservado para composições futuras - dos dois candidatos do PSDB à Presidência ou com o PMDB. Avalia-se que uma chapa "puro sangue", com José Serra e o governador de Minas, Aécio Neves, tem chances maiores de vitória contra a candidata de Lula, Dilma Rousseff, porque pode evitar ou neutralizar o apoio do PMDB ao PT. Aécio, pela sua proximidade com a legenda, poderia ser o pretexto definitivo para o PMDB rachar em dois, como tem feito em todas as eleições presidenciais, e não dar o apoio oficial pretendido pelo PT, segundo essa análise. Sem coligação formal, Dilma não se beneficiaria do tempo de propaganda eleitoral gratuita do partido, que é maior do que todos os outros, e poderia desequilibrar a disputa a seu favor. A tática número um seria evitar que o PT consiga esse tempo de televisão. A outra seria capitalizar os votos de Aécio Neves em Minas e somá-los à influência de Serra no Sul e no Sudeste. Pelas contas de um dirigente, Minas compensaria os votos que o DEM perdeu, e Lula tem, no Norte e no Nordeste. No Sul, o único Estado que poderia desequilibrar em favor do PT tem chances de reverter essa tendência: no Paraná, o governador Roberto Requião (PMDB-PR) negocia sair da aliança governista e compor com o PSDB e o DEM no Estado para garantir a sua eleição ao Senado.

Por enquanto, a única coisa que os demistas podem fazer no momento é torcer. E acenar com apoio incondicional a qualquer candidato tucano, em qualquer circunstância. Agora, como nunca, o destino do ex-PFL está nas mãos do PSDB.

Maria Inês Nassif é editora de Opinião. Escreve às quintas-feiras
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É racista e fascista, sim!


Na quase visita ao Brasil do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, nossa mídia só faltou convocar seus leitores a irem às ruas protestar contra sua presença. Manifestações aconteceram, com amplo destaque na mídia. Editoriais e colunistas amestrados não economizaram palavras contra o “representante do atraso”, que não respeita os direitos humanos, que defende a destruição do Estado de Israel etc.

Agora, no Brasil, temos a visita do ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Liberman, que tem tanto respeito aos direitos humanos como tinha Gengis Kahn, e nossa mídia não tem um único editorialzinho para lembrar de quem se trata. Nenhuma indignação, apenas seu jeito de fofocar e fazer intriga contra o governo, criticando declarações do secretário de assuntos internacionais do PT, Valter Pomar, que o chamou de racista e fascista. Exagerou? Nem um pouco. Vejamos um pouco de sua biografia, reproduzida do jornal Água Verde, de Londrina, por Altamiro Borges:

• Em 1998, ele defendeu a inundação do Egito através do bombardeio da Represa de Assuã;

• Em 2001, como ministro da Infraestrutura Nacional de Israel, propôs que a Cisjordânia fosse dividida em quatro cantões sem governo palestino central e sem a possibilidade dos palestinos transitarem na região;

• Em 2002 o jornal israelense Yedioth Ahronoth publicou a seguinte declaração de Liberman: “As 8 da manhã nós vamos bombardear todos os seus centros comerciais, à meia-noite as estações de gás, e às duas horas vamos bombardear seus bancos”.

• Em 2003 o diário israelense Haaretz informou que Liberman defendeu que os milhares de prisioneiros palestinos detidos em Israel fossem afogados no Mar Morto, oferecendo, cinicamente, ônibus para o transporte;

• Em maio de 2004, ele propôs um plano de transferência de territórios palestinos, anexando os territórios palestinos e expulsando a população nativa;

• Em maio de 2004, afirmou que 90% dos 1,2 milhão de cidadãos palestinos de Israel “tinham de encontrar uma nova entidade árabe para viver”, fora das fronteiras de Israel. “Aqui não é o lugar deles. Eles podem pegar suas trouxas e dar no pé!”

• Em maio de 2006, ele defendeu o assassinato dos membros árabes do Knesset (Parlamento israelense) que haviam se encontrado com os membros do Hamas integrantes da Autoridade Palestina para discutir acordos de paz na região;

• Em dezembro de 2008, defendeu o uso de armas químicas e nucleares contra a Faixa de Gaza, afirmando que seria “perda de tempo usar armas convencionais. Devemos jogar uma bomba atômica em Gaza para reduzir o tempo de conflito, assim como os EUA atacaram em Hiroshima na Segunda Guerra”, afirmou em entrevista em jornal israelense Haaretz;

• Em junho de 2009, discursou no Knesset israelense ameaçando “transformar o Irã num aterro”, através do bombardeio do país com armas nucleares.


Como se vê, é alguém a quem Joseph Goebbels bateria continência com respeito. Segue pelo país, em paz, em carro protegido e pilotado pela temida Shabak, a CIA de Israel, e nossa mídia olha para o outro lado, fazendo sua grande especialidade, o mexerico. De direita e racista, é claro.
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