Zero Hora de 04 de maio de 2009, publicou um editorial comemorativo de seus 45 anos que é uma ode a hipocrisia. Tudo o que ali está dito sobre o jornal, é exatamente tudo aquilo que ZH não é. Nem sob efeito de algum tipo de alucinógeno pode-se concordar que tais características refiram-se ao jornaleco da Azenha.
Certidão do cotidiano das comunidades onde circula...??? Que cotidiano, cara pálida? O cotidiano de ZH é antípoda da realidade! Zero Hora sequestra um protagonismo que não é seu. Pode, sim, fazer de conta, mas está longe de representar o pensamento de um estado que não é hegemônico. O “estado boi”, um estado de vaquinhas de presépio, de pessoas que ainda se acham politizadas. Fizeram duas merdas consecutivas, elegeram um incompetente, Germano Rigotto(PMDB) e não contentes, após quatro lamentáveis anos para não eleger Raul Pont(PT), votaram em uma desequilibrada. Tomem “desequilibrada”como um elogio.
Reciprocidade entre um veículo comprometido com a informação qualificada e independente, e uma comunidade de pessoas bem-informadas, exigentes e participativas. “...Informação qualificada...” Aqui o autor “se puxou”. Qualificada aos interesses corporativos do Grupo RBS e seus parceiros comerciais. Questões como o interesse público vão para o inferno. E isso não é jornalismo nem em Marte. ZH dominical chega a ponto de ser vendida associada com a revista Veja.
A contrapartida de ZH à fidelidade de seu público, é exatamente este compromisso com a verdade, com pluralismo de opiniões,com relevância das opiniões editoriais e publicitárias que divulga, e com a construção de uma sociedade justa e solidária. ”...fidelidade de seu público..” Talvez, ZH deva estar se referindo sobre as reuniões de apoio partidário após o entardecer, com empresários ligados a FEDERASUL para apunhalar Germano Rigotto pelas costas,e que elegeu esta desequilibrada, conspirando contra os interesses de parte de seus eleitorais. Se parte da população atura ser enganada por ZH, e acredita em “Coelinho da Páscoa”, não é difícil de se entender o ponto de descrédito e achincalhamento que o estado chegou. Não foi pela politização de seu eleitorado. Esta crença, o próprio PT contribuiu para forjar.
Guia de ética, qualidade e responsabilidade social... Este guia, coitado, deve servir de calço para algum escaninho na redação de ZH, ou sendo usado como papel higiênico.
Com sua experiência de 45 anos, Zero Hora sabe que o mais importante para o público, é receber informação confiável, opiniões equilibradas, e publicidade útil,....
Noventa e dois milhões de Reais são uma quantia bastante razoável para comprar consciências de formadores de opinião e forjar qualquer tipo de mentira. Basta navegar por blogs de jornalistas com banners publicitários milionários de estatais do RS, para se perceber que o ponto de vista em relação à corrupção no estado, é um (ou nenhum); já em relação aos “desvios éticos” de autoridades federais é implacável.
Zero Hora consolidou-se na ditadura militar. Sua primeira edição chegou às bancas em 04 de maio de 1964. Exatamente trinta e quatro dias após o golpe militar de primeiro de abril de 1964, dia dos bobos. O Caderno sobre os 45 anos de ZH é um descaramento que salta aos olhos de quem o lê. Quem procurar a existência de traços de uma ditadura militar que eliminou centenas de cidadãos brasileiros deverá utilizar lupa. É isto que significa ser um jornal confiável?