A poupança e a canalhice de Raul Jungman

Assisti agora a noite as incursões do PPS na televisão. Coisa de mal gosto, como é o próprio partido. Uma fraude. Não cansam de dizer que é partido de gente decente. Na verdade, é um partido tradicional qualquer, que de vez quando aparece alguns de seus integrantes em esquemas de corrupção, e o partido age à moda do DEM. Por isso, nunca enganei com seu discurso de paladinos da ética. O próprio Jungman enfrenta vários processos por malverzação do dinheiro público.

O Roberto Freire ainda vem falar no programa numa frente socialista de oposição. Como a gente sabe que nessa frente também inclui o DEM, o partido dos filhotes da ditadura (ou será ditabranda, não vi nenhum membro do PPS reclamar), percebe-se que tipo de socialismo o Roberto Freire defende. Dizem por aí que o PPS está em processo de fusão com o PSDB. Como o PPS está à direita do PSDB, é mais um passo desse último em direção dos eleitores do DEM (ou seja, à direita do espectro político). Esse comentário é só um desabafo, mas quem realmente fez um belo post sobre o programa do PPS foi o Sérgio Leo. Só não entendi o final, pois ele diz que achava que o PPS era partido sério. Nesse conto nunca caí. Segue o post:

Do Sítio do Sérgio Leo

Toda pessoa com alguma informação sabe que, com a queda dos juros, a caderneta de poupança tende a ficar mais atrativa, para ganhar dinheiro, do que os fundos de investimento. A poupança é isenta de imposto, os fundos, não; os fundos têm correção ligada aos juros da dívida Tesouro, que, para felicidade geral da nação, estão caindo; as cadernetas têm rendimento garantido de 0,5% acima da TR, que reflete as taxas de juros do mercado, maiores que os juros básicos do tesouro.

Daí que o governo não quer esse inchaço da caderneta, com a migração especulativa (especulação legítima, aliás) do dinheiro hoje depositado nos fundos para a caderneta. Para os bancos também é um problema, porque os depósitos em cadernetas não podem ser usados livremente para qualquer tipo de crédito. Vai ter mudança, o governo estuda uma forma de baixar o rendimento da poupança, e o Lula pediu aos técnicos para darem um jeito de manter, pelo menos, o rendimento das poupanças menores. Troço difícil.

Mais difícil ainda é aceitar a exploração política irresponsável e de má fé que acabo de ver na propaganda do PPS. O Raul Jungman, que já namorou uma grande amiga minha, teve outra amicíssima como assessora e sempre teve meu respeito, apesar de todas as polêmicas em que se envolveu, aparece no vídeo explorando a ignorância dos pobres e das pessoas mal informadas, ao dizer que o governo vai "mexer na poupança como fez o governo Collor".

Ora, o Collor, em 1990, CONFISCOU dinheiro da poupança. As pessoas não puderam sacar o que tinham lá. O) máximo que sairá agora será uma redução no rendimento, ou um imposto para maiores investidores.

Qual a intenção do Jungmann, usar a ignorância das pessoas para provocar confusão? Ele não se importa de provocar prejuízos nos velhinhos, nas pessoas com menores economias, que, com medo de terem seu dinheiro confiscado, vão correr para sacar das cadernetas num momento em que elas são a melhor alternativa de investimento para elas, só abaixo do Tesouro Direto?

Isso nem efeito contra o Lula pode ter, estamos longe das eleições, o que vier a ser feito será em breve, e ficará claro que será diferente do que fez o Collor (embora sempre se possa explorar legitimamente o fato de que, no governo Lula, a caderneta passou a render menos, dependendo do que façam).

Mas apavorar os poupadores espalhando um boato que sabem ser falso é baixaria. Política medíocre, pequena, atrasada. Nojenta mesmo. Coisa sem caráter.

E eu, que achava o PPS um partido sério.

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O Rei do Axé: Traidor e Suspeito de Corrupção

A estrela do ex-prefeito Pimentel, o deputado federal Miguel Correa Jr. (PT-MG) ou simplemente Miguelzinho, não é apenas traidor, como já sabemos, mas também é suspeito de desvio de verba pública destinada ao turismo. Aliás, é este deputado um dos responsáveis por fraude em filiação em massa no partido em Belo Horizonte. A tropa de choque de Pimentel no mar de lama. Acorda PT. É a hora de Patrus governador. Veja a reportagem.
Do Portal da Revista Isto É
Nos próximos dias, a Comissão de Ética do PT analisará o pedido de expulsão do deputado federal Miguel Correa Jr. (MG), 30 anos. No ano passado, uma denúncia de suposto envolvimento do parlamentar com desvio de verbas bateu às portas do Ministério Público Federal (MPF). Os procuradores receberam a informação de que Miguelzinho, como é conhecido em Minas Gerais, estaria por trás de uma triangulação no envio de dinheiro público para empresas privadas. 
Nos documentos encaminhados ao MPF constam que, em 16 de maio do ano passado, o petista conseguiu no Ministério do Turismo R$ 400 mil para uma festa de axé, por meio de emenda parlamentar. A derrama do dinheiro público aconteceu nos cofres do Instituto de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC) que fez o depósito na conta bancária da DM Produções de Eventos, empresa de Leonardo Dias, um dos amigos mais próximos do deputado. "Assim como o governo apoia a Fórmula 1 e o Carnaval do Rio, imaginei que não haveria problema em destinar o dinheiro à festa em Belo Horizonte, já que temos pouca opção de lazer", justifica Miguelzinho. 
"É tudo normal. É investimento em turismo, mas não farei mais isso." Procurado por ISTOÉ, o IMDC - registrado como um instituto sem fins lucrativos - admitiu que, de fato, recebeu o dinheiro e o repassou à organização do evento. "Era um projeto social", explica Deivison Oliveira Vidal, coordenador da ONG. "Gastamos o dinheiro na entrada de 15 mil jovens carentes no show", diz. Segundo consta no Siafi, sistema de informações das contas do governo federal, em 2007 o deputado vivia uma fase roqueira. 
De acordo com o próprio Vidal, Miguelzinho intermediou a liberação de R$ 300 mil para o instituto. A balada da vez foi o Pop Rock Brasil. A ong conseguiu também R$ 5.900.400, com o mesmo Ministério para pesquisas de opinião. Detalhe: o acordo foi publicado no Diário Oficial no dia 24 de dezembro e a primeira parcela da verba foi liberada no dia 30 de dezembro. 
O IMDC obteve ainda outros R$ 6.105.640, do Ministério de Desenvolvimento Social, em 2007, repassados pelo governo de Minas Gerais, para a construção de 4.270 cisternas, no Vale do Jequitinhonha. Sem licitação. A justificativa era de que o povo estava morrendo de sede. "Era uma questão de urgência", afirma Vidal. Porém, até hoje nem metade das cisternas foi entregue. 
Apesar desses fatos, o processo de expulsão de Miguelzinho é com base em um problema que não envolve dinheiro: infidelidade partidária. Pesa contra o deputado seu apoio a candidatos do PSDB e do DEM na eleição municipal em Belo Horizonte. Ele foi o braço direito do ex-prefeito Fernando Pimentel na defesa da aliança do PT com o PSDB do governador Aécio Neves. 
Miguelzinho entrou em rota de colisão com pesos pesados do partido, como os ministros Luiz Dulci (secretário- geral da Presidência da República) e Patrus Ananias (Desenvolvimento Social). "Se me expulsarem, terão que tirar mais nove deputados", defende-se. Na disputa petista de 2010, ele trabalha contra a candidatura de Patrus à sucessão estadual e a favor de Pimentel - candidato do ex-ministro José Dirceu. Aliás, que considera Miguelzinho um dos jovens políticos mais promissores de Minas Gerais.

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E assim se passaram treze anos: de Eldorado dos Carajás ao discurso neoescravocrata do DEM.

No dia 17 de abril de 1996, em Eldorado dos Carajás, a Polícia Militar do estado do Pará foi responsável pela morte de dezenove trabalhadores rurais sem-terra, naquele que se tornou o mais conhecido de todos os massacres de camponeses que, cotidianamente, acontecem por este Brasil afora. Na época, o governador do Pará era o tucano Almir Gabriel e a Presidência da República era ocupada pelo outrora "Príncipe dos Sociólogos", Fernando Henrique Cardoso, da coligação tucano-pefelê. Hoje, treze anos depois, os sem-terra e seus defensores - como a Irmã Dorothy Stang - continuam sendo mortos, os responsáveis pelos crimes continuam a utilizar chicanas jurídicas para permanecerem impunes, a mídia continua demonizando o MST (dentro da lógica de culpar as vítimas pela ação dos criminosos) e os setores que estavam no governo à época - tanto à nível estadual, quanto federal - continuam a aprontar das suas. O líder do DEM (nome de fantasia do velho PFL) na Câmara de Deputados, Ronaldo Caiado (que se tornou conhecido nacionalmente, na década de 1980, como presidente da famigerada União Democrática Ruralista-UDR), tem feito de tudo para impedir a aprovação de um projeto de lei que prevê a desapropriação de terras onde existam, comprovadamente, trabalhadores sendo explorados em condições análogas ao trabalho escravo. Pois é: são estes mesmos setores que aparecem diariamente nos meios-de-comunicação criticando o governo e defendendo a "modernização das relações trabalhistas" no Brasil. Provavelmente, "modernizar" para eles significa o retorno à época moderna (lá pelos idos dos séculos XVII e XVIII) quando, nas possessões portuguesas do lado de cá do Atlântico, predominava um certo tipo de mão-de-obra , a escrava, do qual esses senhores parecem ter tanta saudade...
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Living La Vida Loca - 07

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Um domingo de política e paixão

Em campo, não houve guerra, mas tensão e conflito. protagonizado por militantes aguerridos de uma causa: levar o time às finais. Arrastaram multidões. À beira do campo, antes da partida começar e durante ela, houve muita estratégia, tática, simulações e dissimulações. Os técnicos analisaram o jogo, buscaram conhecer o adversário e orientar os jogadores. No conjunto, foi um diálogo de tipo especial, mas nem por isso desprezível como arte política. Menor, dirão muitos. Tenho minhas dúvidas.

Um personagem meio gordo, já com alguns cabelos brancos, mostrou que clássicos de futebol também precisam de heróis. Não que tenha resolvido a partida, que terminou 2 a 0, com direito a um golaço dele. Mas foi o coadjuvante magnético de um coletivo bem organizado e determinado, que não tremeu e soube se impor.

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