Rory McInnes, um adolescente britânico, desenhou um pênis de 18 metros no telhado de sua mansão, em West Berkshire, porque queria aparecer no Google Earth. É o que diz o
The Guardian, replicado aqui no
G1. Seu grande bilau ainda não apareceu no programa, como desejava, mas foi descoberto por seus pais, pela BBC e saiu na imprensa de todo o planeta. Melhor sorte tiveram
estudantes de uma escola britânica. Sua alongada obra só foi descoberta quando a diretora foi olhar a instituição pelo satélite.
Sem a mesma fixação dos ingleses, achei a notícia pertinente para nos dar algumas idéias sobre o futuro da comunicação na internet, neste preocupante cenário onde o cartel da mídia, seus representantes parlamentares e juristas de aluguel desejam calar nossa voz. Está aí o
projeto do tucano e impune mensaleiro Eduardo Azeredo para nos alertar.
Temos que ter um plano B, caso eles consigam nos censurar. Sugiro já pensarmos em táticas de guerrilha gráfica. O adolescente adorador de falos nos deu uma boa idéia. Sugiro exemplos de intervenções, visando o público planetário via Google Earth.
No Recife, achei no bairro de Macaxeira um interessante conjunto habitacional clamando por uma intervenção. Bastam alguns baldes de tinta branca.
Em Porto Alegre, ali no final do bairro de Alvorada, na Rua Tupi, construções que pedem mensagens. Como há naquela terra muito a ser dito, é quase uma obra aberta. Daria para fazer uma tese sobre a governadora, para ser lida do espaço.
No Rio, o trabalho gráfico é mais complexo, mas bem interessante. Envolveria a comunidade de São Bento, em Belford Roxo, com um toque vermelho.
Em Belo Horizonte acredito que faríamos o trabalho mais perfeito. Na verdade ele já está pronto. Basta pintar de branco os telhados destes prédios no bairro da Lagoa, perto da Praça da Paz Celestial. Uma obra minimalista. Sem nenhuma letra. Caso alguém ainda fique em dúvida do conceito, incluímos o local como ponto turístico no Google Earth, é fácil, e podemos dar o nome de “Carreiras do Aécio”.
Para Brasília, desejava algo dedicado ao Gilmar Mendes. Vi, olhei, pensei, pensei e cheguei à conclusão que nesse caso a obra já foi feita pelo jovem adolescente britânico.