Living La Vida Loca - 03

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Até o mundo mineral já sabia!



Pergunta ao Deputado Federal Eliseu Padilha, (Operação Solidária, RS - 2007, que apontou irregularidades em contratos da merenda escolar em municípios gaúchos e indícios de fraude de R$ 300 milhões em obras públicas):

-Deputado, o que fazem estas galinhas embaixo de seu braço!?

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Leia em:
1-RSURGENTE
2-DIALÓGICO
3-DIÁRIO GAUCHE

E também a Revista Carta Capital e Isto é.

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O Dia Seguinte.

Creio não serem necessários maiores comentários: os acontecimentos bastam...

IX. ASCENSÃO DE VASCO DA GAMA

Os Deuses da tormenta e os gigantes da terra
Suspendem de repente o ódio da sua guerra
E pasmam. Pelo vale onde se ascende aos céus
Surge um silêncio, e vai, da névoa ondeando os véus,
Primeiro um movimento e depois um assombro.
Ladeiam-no, ao durar, os medos, ombro a ombro,

E ao longe o rastro ruge em nuvens e clarões.
Em baixo, onde a terra é, o pastor gela, e a flauta
Cai-lhe, e em êxtase vê, à luz de mil trovôes,
O céu abrir o abismo à alma do Argonauta.

Fernando Pessoa, "Mensagem"
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All that jazz

Acredito que o amigo leitor já sabe que o blog Amigos do Presidente Lula descobriu uma estranha relação entre o jornalista Ricardo Noblat e o Senado Federal. Igualmente estranha foi a pronta resposta do jornalista, espalhada em toda a internet, onde afirma ter pago R$135.600 ao Senado nos últimos 9 anos, por seu amor ao jazz.

Como as respostas do Noblat deixaram algumas perguntas no ar, imagino que como contribuinte eu tenha o direito de fazê-las:

1) Noblat alegou em setembro que não poderia mais continuar arcando com os custos do programa, o que alega justificar seu contrato com o Senado. O mesmo foi dito para a Rádio Educadora da Bahia, propriedade do Estado da Bahia, onde o programa também vai ao ar? Eles se beneficiarão com o patrocínio público via Senado?

2) Noblat disse que o Senado alegou não ser possível fazer um contrato direto com a produtora do programa, mas não explicou o motivo. Na página do Senado, onde constam vários pagamentos, inclusive a Ricardo José Delgado (Noblat), há vários pagamentos a empresas prestadoras de serviço. Se feito assim, alguns encargos tributários seriam eliminados, como o INSS.

3) Como ficou o projeto de Noblat de montar esta rádio em seu próprio blog? É o que li em nota de 11-7-2004:

Aliás, depois foi feita uma seleção de 600 músicas em um link de seu blog, chamada de Estação Jazz e Tal, há referência do próprio Noblat sobre seus propósitos, em 31-5-2006:

Se é possível existir uma rádio tocando jazz nas 24 horas de todos os dias, para todo o Brasil, por que temos que pagar por uma rádio, restrita a Brasília e Salvador, com apenas uma hora de programação semanal?
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Maurício Tragtenberg





Fui aluno de Mauricio Tragtenberg (1929-1998) na Escola de Sociologia e Política de São Paulo, início dos anos 1970. Ele ensinava ciência política, com um foco fortemente concentrado em Max Weber, com o qual costumava torpedear o mundo da política e das organizações. Weber e Trostsky freqüentavam em lugar de destaque seu panteão de grandes autores. Tragtenberg se interessava bastante pela questão da burocracia, que ele via, seguindo Weber mas pondo-se um passo à frente dele, como a grande jaula de ferro que aprisionava os indivíduos, bloqueava os projetos de emancipação e facilitava o cerceamento da ação política das classes sociais. Escreveu a respeito um livro fundamental, Burocracia e Ideologia, publicado em 1974 pela Editora Ática. Tive a oportunidade de resenhá-lo assim que saiu para o jornal Opinião, no primeiro artigo que escrevi para aquele histórico semanário.

Mais tarde, entre 1987 e 1989, convivi com ele na Editora Vozes, quando integramos a comissão editorial da coleção “Clássicos do Pensamento Político”, organizada e dirigida de fato por Octávio Ianni. As reuniões da comissão eram maravilhosas, repletas de digressões teóricas, humor e controvérsias.

Tragtenberg foi um fascinante exemplo de intelectual independente, weberiano de esquerda, trotskista a seu modo, socialista libertário, que unia uma enorme erudição a uma mordacidade implacável e a uma atitude de permanente desleixo e desprendimento pessoal. Terminava as aulas coberto de giz e de cinzas dos cigarros que não largava um minuto sequer. Anárquico em termos do controle da duração das aulas, era igualmente anárquico no quadro negro, que preenchia com garranchos e anotações incompreensíveis, enquanto falava, passando aos saltos e sem muita concatenação de Weber a Maquiavel, de Marx a Tocqueville, de Trotsky a Rosa Luxemburgo, de Popper às “civilizações hidráulicas” de Wittfogel. Era de uma enorme generosidade para com os estudantes. E odiava ser chamado de anarquista.

Mauricio Tragtenberg foi uma espécie de autodidata, embora tivesse concluído os estudos formais. Entrou tardiamente na universidade, cursou Ciências Sociais pela metade, depois História. Deu aulas no ensino fundamental, na PUC e na FGV de São Paulo, na Escola de Sociologia.

Colecionou admiradores ao longo da vida. Um deles é o professor Antonio Ozaí da Silva, da Universidade Estadual de Maringá e editor da revista eletrônica Espaço Acadêmico.

No final de 2008, Ozaí publicou o livro Maurício Tragtenberg: Militância e Pedagogia Libertária (Ijuí: Editora Unijuí, 2008, 344p.), no qual busca rememorar para as gerações atuais e futuras o pensamento e a prática de seu mestre. Ao discutir os vários momentos da trajetória pessoal, política e pedagógica de Maurício Tragtenberg, o livro lhe presta uma homenagem mais do que merecida e explora a hipótese de que sua militância intelectual e sua obra (que está a ser reeditada pela Editora Unesp) permanecem como uma referência para o pensamento crítico e a pedagogia. Vale a leitura.

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