Como seria mesmo de se esperar em função da popularidade, do prestígio e da relevância política dos protagonistas, o encontro entre os presidentes Luís Inácio Lula da Silva e Barack Obama, realizado em Washington no último dia 14 de março, rendeu bastante discussão e muitas conjecturas.
A agenda do encontro foi composta por aquilo que já se sabia: protecionismo, regulação, medidas para conter a crise econômica, reunião do G-20 em abril, cooperação Brasil/Estados Unidos, biocombustíveis. Lula enfatizou particularmente a questão da maior disponibilidade de crédito nos mercados internacionais. Obama afirmou que os EUA colocarão a reforma financeira "no centro" de suas prioridades e que o estímulo fiscal é somente parte da resposta.
Coerente com seu compromisso de aumentar os esforços de seu país em favor das energias limpas, Obama declarou que os EUA "têm muito a aprender com o Brasil" no campo da energia renovável e afirmou que pretende usar o vínculo com esse país para "fortalecer" a relação com a América Latina. Lula retrucou no mesmo tom, afirmando que a eleição de Obama dá uma "oportunidade histórica" para que os Estados Unidos melhorem suas relações com a América Latina.
Os dois também abordaram o protecionismo, tema que preocupa o Brasil sobretudo depois da inclusão no pacote de estímulo nos Estados Unidos da cláusula "Buy American" (que privilegia a compra de produtos americanos pelos americanos). Obama disse reconhecer a importância do comércio como motor econômico e afirmou que o "objetivo deveria ser pelo menos não regredir" na abertura comercial. Ambos, no entanto, foram cautelosos quanto à liberalização comercial (Rodada Doha), que vêm como pouco provável enquanto persistirem os efeitos mais perversos da crise econômica internacional.
O encontro entre os dois presidentes foi descontraído e marcado por brincadeiras. Durou bem mais do que o previsto. Não resolveu praticamente nada, mas teve um grande e não-desprezível efeito simbólico, bom para Lula e para Obama.
Dei uma entrevista para a Rádio Eldorado logo depois do encerramento da reunião. Ela pode ser ouvida aqui.
Lula e Obama na Casa Branca
Post no Blog do Hélio Sassen Paz
Os movimentos sociais tem minha defesa quase total e irrestrita em quase todas as questões nas quais estão envolvidos, sobretudo no tocante à reforma agrária, à saúde, à educação, ao esporte e à arte (infelizmente, os dois últimos quesitos são vitais para uma sociedade mais justa e são pouco valorizados).
Todavia, mesmo que a Constituição considere legal desconstruir o uso NÃO-social da terra, considero as invasões uma forma de pressão tão inócua quanto uma greve qualquer.
O que tu e os teus comentadores acham disso?
Caro Hélio:
Quando os mecanismos constitucionais são desviados de suas reais funções para o benefício exclusivo de parte da sociedade, de certas figurinhas carimbadas e a imprensa faz vistas grossas,não vejo como nós de classe média , ousamos em criticar as ações das mulheres da Via Campesina e do MST.
As ações de qualquer movimento social são, antes de mais nada, políticas e legítimas; quer seja uma invasão de uma monocultura, como a de Candiota ou do porto Portoce, quer a defesa à bala de seus integrantes.
Veja como são as coisas: quando os movimentos sociais matam alguém em um confronto, o Ministro Gilmar Mendes do STF, foca indignado; porém o Mesmo Ministro não fica igualmente indignado com chacinas em vilas, sem terra executados por grileiros, e assim por diante.
Só o confronto produz soluções que uma geração possa vislumbrar antes de morrer, Hélio. Quando viemos ao mundo, nosso tempo de vida já veio pré-estabelecido.
Nossa classe média que se acha informada, é suicida! A sociedade não avançará sem confronto. Veja a questão de segurança pública: todos os dias cidadãos são assassinados nas vilas de Porto Alegre. “Tudo bem”...Mas quando isso bate a porta do que a imprensa julga como sendo “cidadãos de bem” discute-se segurança pública.
Todos os dias inocentes são algemados, colocados em camburões e levados à delegacias em camburões. “Tudo bem”...Quando a Polícia Federal prende canalhas como Daniel Dantas e outros canalhas daqui como o caso da Máfia do DETRAN, o que a imprensa discute? Se era necessário o uso de algemas, Hélio! Mas que imprensa olho do cu! Só dizendo assim.
Enquanto houver injustiça social, há sim o direito destes injustiçados agredirem o estado que os afronta.
Você sabe que estou ligado até a raiz de meus cabelos a tecnologia. Não podemos falar de tecnologia, quando parte da população sequer tem o que comer! As mulheres da Via Campesina são heroínas.
Para que mesmo serve o estado?
Blog do Hélio
A Casa de Irene Reloaded
É curioso que segundo uma lenda urbana sobre uma das origens do dinheiro da compra da casa de nossa amada desgovernadora, foi da venda de um apartamento na rua Felipe de Oliveira, no Bairro Petrópolis. Dizem as más línguas que o "barbicha", também conhecido por "professor" e esposo de Yeda Crusius, ainda mora por lá.
Eu já vendi um apartamento para comprar outro imóvel, e não fiquei morando nele.
Giovanni Crisotti e mais 10 entre 10 formadores de opinião acreditam nesta lenda!
Gente!!! Isso não parece incrível?
O divertido capitalismo
Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve, disse no início do mês que dar dinheiro a AIG o deixava muito zangado. Disse que a seguradora, uma das maiores do mundo, operou como um fundo de hedge, não havia fiscalização em sua divisão de produtos financeiros e sua incompetência a levou ao chão. Foram US$ 30 bi de Obama, Bush já havia dado mais de US$ 100 bi. Gostaria de entender como está seu humor hoje com a notícia de que a AIG vai distribuir o bônus para sua inteligente divisão financeira, de US$ 450 milhões.
O capitalismo é divertidíssimo para as grandes corporações. Se você for um grande executivo, faça qualquer coisa, leve a empresa à lona, mesmo assim vai ser premiado. Fique tranqüilo que vão tirar o dinheiro de algum mané para te salvar. Tal como a Miriam Leitão sempre defendeu. Estado é para salvar os ricos. Os pobres pagam a conta.
Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém!
A vida de Yeda Crusius passa por um verdadeiro inferno astral. Nem se passaram 7 dias, e um novo escândalo espreita o Piratini. As desgraças de um político nem sempre são decorrentes de uma vida pregressa desonesta e rasteira.
Entretanto, no caso de nossa desgovernadora, as crises ocorrem exclusivamente ao colher as más sementes plantadas. Uma verdadeira “colheita maldita”. E não há nenhuma surpresa.
Quanto a crise do tal ouvidor Adão Paiani sobre os grampos ilegais, é muito curioso que ele tenha tentado falar com o Piratini sem sucesso, igual a tal carta do Lair Ferst que nunca chegou à Yeda, no caso da Máfia do Detran.
O mais curioso é que trouxe o caso à tona por não dever satisfações ao governo: “Meu compromisso agora é com a verdade”. Por acaso antes era com a mentira? O governo da tucana Yeda Crusius é uma falcatrua? Não estamos entendendo!!!
É bom lembrar que o Marcelo Cavalcante apareceu boiando no Lago Paranoá em Brasília dois dias depois de ter conversando com Yeda Crusius...
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