Paciência tem limite! - 2

Em tempo: parem de dizer que o Celso Roth é retranqueiro! Retranqueiro é quem coloca o seu time postado na defesa, é quem marca o adversário. E o Grêmio simplesmente não marcou o Inter. O Léo ficou no mano-a-mano com o Taison (ou Cai-Caison). Os volantes não marcaram ninguém. A meia-cancha de meia-dúzia não marcou, não armou, não fez nada, tal como já havia acontecido em uma invenção anterior do nosso suposto treinador. Ou seja: retranqueiro é o cacete! O Roth não é retranqueiro, é ruim mesmo!
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2010: A ministra larga na frente

Marqueteiros chamam a atenção para o crescimento da candidatura de Dilma Rousseff ao Planalto. Serra e Aécio precisam superar divergências no PSDB. Mais vale um candidato na mão do que dois voando.    

Daniela Lima    
Com dois nomes de peso na política nacional, o PSDB parecia ser um oponente imbatível na corrida presidencial em 2010. Mas o que deveria contar pontos a favor do partido, engessou as potenciais candidaturas dos governadores José Serra, de São Paulo, e Aécio Neves, de Minas Gerais. Enquanto os tucanos patinam nas divergências internas, o presidente Lula emplaca a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.    
Cada vez mais exposta na mídia, Dilma largou na frente. Aproveitou a inércia tucana e iniciou a construção de um personagem que se apresenta ao eleitor à imagem e semelhança do presidente. Três dos marqueteiros mais conhecidos do país são unânimes ao admitir que, hoje, a candidata do PT à presidência da República em 2010 já é uma possibilidade para o eleitor. “O PSDB tem uma enorme chance de ganhar, mas está fazendo força para perder. Hoje, para o eleitor, ela (Dilma) já tem cara de possibilidade, e isso é muita coisa”, avalia Carlos Brickmann, homem responsável pela campanha vitoriosa de Paulo Maluf à prefeitura de São Paulo em 1992.    
Há cerca de um ano, quando Dilma foi lançada como a opção de Lula à sucessão, poucos acreditaram que ela poderia alçar vôo. Ela era considerada uma mulher séria, eficiente e confiável, mas com pouquíssimas chances de substituir a figura idolatrada do presidente que bateu todos os recordes de popularidade da história do país. Mas a indefinição tucana abriu espaço para a petista. “O PSDB não é obrigado a ter um candidato agora, mas tem que ter uma estratégia”, completa Brickmann.    
Blindada pelo presidente Lula, Dilma se dedica a tornar-se uma figura conhecida. “Em política os espaços não ficam vazios por muito tempo, e ela está ocupando esses espaços. Acho que o Lula tem força para fazer um candidato passar pelo primeiro turno, mas ganhar é outra coisa”, pondera o publicitário Edson Barbosa, que fez a pré-campanha do presidente em 2006.   
E se é preciso mais para ganhar, Dilma tem feito o dever de casa. Aparições públicas, reforços no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), um presente do presidente Lula para a ministra candidata, tudo isso sem deixar de lado a imagem de eficiência que a fez conquistar o respeito no cenário político. “A Dilma é um personagem muito interessante. É uma mulher, o eleitorado é simpático à mulher como gerente, e ela é eficiente. Na hora que o eleitor perceber quem é essa personagem, ela vai virar uma heroína, e vai dar muito trabalho aos adversários”, acredita Lucas Pacheco, marqueteiro responsável por parte da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) à prefeitura de São Paulo.    
De dentro para fora 
E, enquanto a ministra tenta aparecer para fora, já que conta com a total confiança do homem mais forte de seu partido, Serra e Aécio tentam equilibrar as forças dentro do PSDB. O governador mineiro quer prévias no partido para a escolha do candidato ao Planalto. Serra diz aceitar a consulta interna, mas ainda trabalha para evitar o confronto com Aécio.    
Serra costura acordos políticos desde que se elegeu governador. Aécio tenta provar que apostar no novo seria bom para os tucanos e que o partido deve discutir projetos políticos e não nomes. Uma tentativa de amenizar a força que José Serra já tem na legenda.    
Outro empecilho para os dois candidatos, segundo os marqueteiros, é a gestão da máquina pública. “Eles têm um problema enorme: ainda não podem fazer campanha. Ficam mal com o eleitor. O povo elege um governador e ganha um candidato”, opina Carlos Brickmann.    
Mas se ainda é cedo para dar o pontapé oficial na campanha tucana, nos bastidores, as negociações estão muito adiantadas. Serra atua fortemente em seu estado. Fechou um acordo com o PMDB paulista, contando com o apoio de Orestes Quércia. Além disso, tem ao seu lado o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab (DEM). “Ele, com essa postura, sinaliza para o partido que é um homem capaz de agregar. O PMDB paulista (Quércia) ajuda o Serra aqui, assim como a proximidade do governador Sérgio Cabral com o governo federal ajuda a Dilma no Rio”, compara Lucas Pacheco.    
Outra estratégia dos pré-candidatos tucanos é apostar na propaganda de uma gestão de sucesso em seus respectivos estados. Hoje o governo de São Paulo veicula nacionalmente a campanha da Companhia de Saneamento Básico (Sabesp), mostrando ao país como a gerência tucana está investindo da despoluição do rio Tietê. A mensagem é simples: a preocupação ambiental é uma marca que rende votos. “Hoje, todos os atos dos pré-candidatos são extremamente ensaiados. Nada é ao acaso. O Serra está se mexendo muito em São Paulo. A idéia dele é passar o rolo compressor no estado”, indica Pacheco.    
Aécio parece apostar no discurso da jovialidade, renovação. Em duas palavras: gestão moderna. Para isso, conta com sua capacidade de convencimento e carisma. Quer ter oportunidade de debater seu projeto político. “Os dois são completamente diferentes: o Aécio é um admirador dos prazeres da vida, já o Serra adora sanduíche de pão integral, com uma fatia de queijo ligth e alface”, compara, com humor, Carlos Brickmann.    
Mesmo com vários personagens em cena, o fato é que o palco das próximas eleições presidenciais ainda não está totalmente montado. “O astral da eleição ainda está longe de se desenhar. É um mosaico bastante complicado. Temos de um lado o presidente dos programas sociais fortíssimo e, do outro, ninguém. Vejo que o que os partidos estão tentando é cravar as suas referências maiores, e acredito que isso se estenda por todo o ano”, aposta Edson Barbosa.    
A imagem dos candidatos, segundo os marqueteiros 
Dilma Rousseff 
- Conta com o apoio incondicional do presidente Lula 
- Será apresentada como personagem heróico para o eleitor, por conta de seu histórico de resistência à ditadura 
- Será a candidata da continuidade do governo do “maior presidente que o país já teve” . 
José Serra 
- Já possui uma imagem consolidada para o eleitor, o que pode ser um obstáculo: eficiente, porém frio, sem apelo popular 
- Conta com o apoio do PMDB de São Paulo e vai usar sua gestão no estado para alavancar a campanha 
- Conta com mais apoio dentro do partido do que Aécio Neves . 
Aécio Neves 
- Aposta na jovialidade e no discurso de uma gestão moderna 
- Tenta amenizar o peso do nome de José Serra no partido, chamando atenção tucana para o que seria um projeto político novo 
- Mantém boas relações com o governo federal, inclusive com o presidente Lula e a ministra Dilma  
- Pode trabalhar junto ao PMDB para desestabilizar a campanha de Serra. Já foi, inclusive, convidado a mudar de partido.

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O castelo, os príncipes e o rei nu



Stetsenko Kseniya, The Naked King. Óleo.

Dizem que no Brasil tudo começa depois do carnaval. A convicção é em muitos aspectos verdadeira, mas não se aplica ao ano político, que costuma dar o ar da graça bem antes disso, se é que calendários políticos conheçam férias e interrupções.

2009 começou com a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado e, quase ao mesmo tempo, com a descoberta do castelo construído pelo deputado Edmar Moreira. Nada deveria chamar muito a atenção, não estivesse o deputado ocupando a segunda vice-presidência da Câmara (cargo que incluía a função de corregedor) e não tivesse “esquecido” de declarar o bem, avaliado em mais ou menos 50 milhões de reais. Com o agravante, como logo se soube, de que o castelo havia sido planejado para servir de cassino, num país em o jogo é ilegal. A cereja do bolo coube ao STF, que revelou a existência de um inquérito para apurar a apropriação indébita, pelo deputado, de contribuições ao INSS. Os desdobramentos do caso são conhecidos, não há necessidade de voltar a eles.

Também seria normal a recondução do deputado Michel Temer e do senador José Sarney à direção do Congresso Nacional, não fossem os parlamentares vinculados ao mesmo partido e não fosse esse partido um operador político inteiramente dedicado a seus próprios interesses, sem idéias consistentes ou laços substantivos com qualquer força viva da nação. Partido que inscreveu seu nome na história por ter conduzido, com realismo e inteligência, a luta pela redemocratização do país, hoje o PMDB é uma sombra de seu passado, ainda que continue ativíssimo. Faltam-lhe clareza programática e projeto nacional, sobram-lhe vínculos regionais e apetite por cargos. Passou a expressar o “atraso” político brasileiro, mas, curiosamente, ajuda a que se afirme “a tradição do público na sociedade”, como observou o cientista político Luiz Werneck Vianna (Estado, 15/2/2009). Faz isso, porém, por via eminentemente fisiológica, acabando por transferir ao sistema uma pesada carga de fatores degenerativos. Para ser contido, precisa ser incorporado ao jogo político, mas ao sê-lo rebaixa a qualidade do jogo. Tê-lo na condução do Congresso funciona assim de modo paradoxal: amarra o partido à democracia e à institucionalidade política, ao mesmo tempo que o reforça como estrutura predatória.

Também anterior ao carnaval foi a entrevista do senador Jarbas Vasconcelos, que não poupou palavras para detonar seu partido, que estaria hoje definido por uma estrutura “coronelística” dedicada a explorar o governo e corroída pela negociata política. O tom foi de desgosto e decepção, mas o discurso foi calculado. Diga-me com quem andas e direi quem és, pareceu ser o recado ao Planalto, à direção do PMDB e a todos os que flertam com o partido. Política pura, com muita dissimulação, drama e jogos de cena. O estrondo só não foi maior porque o PMDB engoliu em seco, fez-se de morto e esfriou o fato.

O período foi pródigo na reiteração de duas tendências da política brasileira recente. Lula deu prosseguimento ampliado ao estilo que lhe têm concedido altos índices de aprovação popular, que atingiram agora impressionantes 84%. O Encontro Nacional de Novos Prefeitos por ele patrocinado foi uma festa política, mas não um desfile carnavalesco. Serviu de palco para a campanha presidencial de 2010, que, a esta altura, já se tornou fato consumado. Mas também conteve um elemento de vida institucional e governo: nas palavras do cientista político Fábio Wanderley Reis (Estado, Aliás, 15/2/1009), “a aproximação do governo federal com o municipal cria uma estrutura de Estado mais equilibrada” e reproduz a forma brasileira de fazer política.

A oposição não perdoou o que considerou uma antecipação da campanha presidencial. Foi, no entanto, bisonha e ineficiente na operação, reiterando a desgraça maior de sua fase atual. Exigir que um governante deixe de fazer política e de buscar extrair vantagens eleitorais de seus atos é tão sem sentido quanto achar que uma oposição de verdade deva atuar em tempo integral para demolir a situação. A denúncia foi somente uma demonstração adicional de medo e preocupação com os movimentos de Lula, quem sabe um reflexo da necessidade que têm os oposicionistas de ganhar tempo para arrumar a própria casa. Além do mais, veio embrulhada em paradoxos e contradições, como bem lembrou o professor Fábio W. Reis: ganhou luz pela boca do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no mesmo momento em que convocava o PSDB para entrar firme na disputa.

Juntando-se os fios, o período pré-carnavalesco serviu de espelho para que mirássemos a real situação da política nacional. Refletiram-se nele diversos traços da nossa dificuldade de ingressar em um ciclo virtuoso de vida democrática, reformismo e reorganização social. A persistência do flerte que o Congresso mantém com a desmoralização pública de sua imagem e de suas funções reflete um processo impulsionado pelo esforço compulsivo de políticos e partidos para maximizar interesses de curto prazo. A popularização banalizada da Presidência ganha embalo na figura carismática de Lula. O não-aparecimento de lideranças de novo tipo expressa a falta de uma oposição democrática suficientemente lúcida, unida e corajosa para abrir mão de ganhos imediatos e se apresentar como opção para a sociedade.

O ano começou dando transparência a uma situação cortada por dilemas, paradoxos e interrogações, em que não há nenhum príncipe (o estadista) ao estilo de Maquiavel e desapareceram os príncipes modernos de que falava Antonio Gramsci, os partidos políticos, dedicados a organizar idéias e interesses em torno de um projeto de sociedade.

Nunca o rei esteve tão nu. (Publicado em O Estado de S. Paulo, 28/2/2009, p. A2).

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Paciência tem limite!

Eu tenho sido um cara paciente. Até parei de vaiar o Roth quando anunciam o seu maldito nome nos autofalantes do Olímpico. Mas tem coisas que não dá mais para aturar.
Não dá para aturar um cara que desmancha um time que jogou bem três dias antes para colocar o Diogo. Um time que jogou bem, mas não conseguiu marcar gol. Aí, o idiota tira um atacante para colocar o horroroso volante Diogo. Logo o Diogo, que não poderia vestir a camiseta do Grêmio nem se comprasse na lojinha do clube! Esse Diogo é um Nunes piorado! Nem falta no adversário ele consegue fazer.
Aliás, essa é outra coisa que não dá mais para aturar: levar gols de falta e de escanteio. Se minha combalida e irritada memória não estiver me traindo, são três derrotas seguidas em Gre-Nal nas quais o Grêmio sofreu sete (SETE!!!) gols de bola parada! O que faz essa porra de treinador que não consegue marcar eficientemente uma prosaica bola parada? Como é possível tomar um gol de uma falta frontal como a do gol do Índio?!? E o Rever estava marcando quem no gol do Magrão? Perdemos o Brasileirão do ano passado muito por causa de gols sofridos em cobranças de escanteio, em jogos como o Gre-Nal dos 1x4 e o 1x2 contra o Goiás (em que o grandalhão Marcel ficava no primeiro pau e saía do lugar na hora da cobrança, permitindo o gol-olímpico do Paulo Baier). Se ao menos o time fosse capaz de marcar gols de bola parada. Mas nem isso! Há quanto tempo o Grêmio não faz um gol em cobrança de escanteio?
Mais: é inadmissível tomar gols-relâmpago, como no Gre-Nal anterior, como no início do segundo tempo deste Gre-Nal e como no jogo contra o Cruzeiro, no Mineirão, quando tomamos um gol "no minuto de silêncio".
Esse Roth é muuuuito ruim! O pouco que ele, por acaso, consegue acertar, ele estraga na hora decisiva. É hora de mudar enquanto ainda é tempo. Do jeito que vai, na Libertadores, a ruindade do Roth nos custará muito caro!
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A "ditabranda" da Folha de São Paulo...

Em um editorial intitulado “Limites a Chávez”, publicado no dia 17 de fevereiro como resposta à vitória do presidente venezuelano no referendo de 15/02 que lhe permitirá a reeleição ilimitada, a Folha de São Paulo traçou uma comparação entre o que ela chama de “novo autoritarismo latino-americano” (que teria em Chávez o seu principal representante) e as ditaduras civis-militares que existiram em nosso continente entre as décadas de 60 e 80 do século XX. Ao referir-se a essas ditaduras, a Folha chama-as de “ditabrandas”, dando como exemplo aquela que existiu no Brasil entre 1964 e 1985, em um flagrante desrespeito a todos aqueles que lutaram (e aos muitos que tombaram) pela liberdade e pela democracia nesta nossa América. Não é preciso dizer que tal absurdo gerou inúmeras reações indignadas de milhares de pessoas em todo o Brasil, como se pode constatar pela quantidade de posts que foram colocados nos muitos blogs independentes que existem na grande rede e mesmo pela reação de alguns outros veículos de comunicação de viés um pouco mais crítico, como a “Carta Capital”, que publicou uma bela resposta da socióloga Maria Victoria Benevides. No entanto, o que o editorialista da Folha não revela é que o termo “ditabranda” não é uma criação sua, mas sim do Gal. Augusto Pinochet, que o usou para se referir ao regime liderado por ele no Chile, entre 1973 e 1990, como pode ser constatado em um vídeo disponível no You Tube. Portanto, são estas as referências que o “combativo” jornal paulista (que se coloca como um bastião em defesa da liberdade de imprensa, mas que não deixou de colaborar ativamente com o regime militar brasileiro) utiliza em seus editoriais e artigos de opinião.

Existe uma petição on-line em repúdio à Folha de São Paulo e em solidariedade à Maria Victoria Benevides e Fábio Konder Comparato. Clique aqui para assiná-la.

Clique neste link para ler, na íntegra, o editorial da “Folha”.

Leia aqui a resposta da Prof. Maria Victoria Benevides, publicada na "Carta Capital".

E, finalmente, clique e assista o vídeo com o discurso em que o Gal. Augusto Pinochet, "muso inspirador" da "Folha", cria o neologismo "ditabranda".
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