Pausa nas férias: Clássicos no interior - 3

O primeiro jogo da final do Citadino ocorreu no último sábado. Empate em 1x1 no Rio-Rita. O jogo começou empolgante, com o Rio Grande pressionando e abrindo o placar logo aos 2 minutos. O São Paulo ainda levaria duas bolas na trave antes de empatar. A partir daí, o jogo ficou equilibrado. No segundo tempo, com poucas chances de gol e duas equipes cansadas, o placar permaneceu inalterado, embora o Vovozão ainda tenha feito um gol injustamente anulado pela arbitragem.

Nos vídeos abaixo, duas cobranças de falta do Rio Grande. Uma em que o goleiro do São Paulo bateu roupa.



A segunda, no finalzinho do jogo, foi um lance de perigo para o telhado!

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Os jornais e seus tiros no pé

Os nossos jornalões reproduziram neste último domingo parte do debate recente sobre seu próprio futuro. O Estadão publica artigo de Walter Isaacson, ex-editor da Time, que na semana retrasada assinou matéria de capa da revista, sobre como salvar os jornais. Na Folha, matéria sobre o Newspaper Project, organização patrocinada pelo oligopólio da mídia americana, que faz campanhas publicitárias e estudos para acudir a enferma indústria. E entrevistam Steve Brill, empresário e professor de jornalismo, que recentemente teve um memorando reservado, dirigido ao New York Times, publicado com enorme repercussão em... um blog, o de Jim Romenesko no Poynter Institute, especializado em estudos de mídia. Todos falam a mesma língua e têm a mesma solução: os sites de notícias dos jornais têm que cobrar pelo acesso às notícias.

Embora não digam exatamente, a idéia em resumo é de que os jornais no papel estão acabados, em doença terminal, o jeito é salvar o negócio online. Para isso não adianta competir com o Google, imaginando receber por receita publicitária na web, algo que até aqui tentavam, sem perspectiva de sucesso. Querem usar seu poder de cartel para todos, juntos, fecharem a porta. Notícia só pagando.

As justificativas fazem apelos pelas redações atuais. Brill reitera que um blogueiro não terá verba nem paciência para viajar e cobrir uma guerra, só as grandes empresas jornalísticas teriam como fazer. E, de forma enfática, diz: "A notícia pode querer ser de graça, mas os filhos dos jornalistas querem ser alimentados"

Parece uma grande preocupação pelo proletariado da informação, mas é óbvio que esse novo modelo de negócio exige um enxugamento radical de quadros. A publicidade sempre foi a principal remuneração destas empresas.

Mas, no fundamental, a idéia esbarra no entendimento do que é a internet. Na hora em que todos os jornais fecharem seus conteúdos, como vigiar a reprodução? É certo que poderão existir novas e ferrenhas artimanhas jurídicas para impedir que os textos sejam reproduzidos. Mas, lembrem senhores barões, a indústria fonográfica tentou e perdeu. E o produto feito pela mídia é muito mais fácil de ser reproduzido, basta que à notícia seja feito um novo texto. Ou, pensando de outra forma, um comentário. Desta forma, não há como proteger os direitos originais. O que estarão fazendo é alimentar os blogs, eles é que ficarão com as notícias.

Parece que o desespero tomou conta deste setor, e faltam cabeças pensantes. No Brasil os jornais ainda não foram para a UTI, mas amargaram em janeiro a perda de 30% a 40% em receita publicitária, retração que se deve a forte campanha de nossos jornalões para fazer a crise mundial colar no governo Lula, é o que diz Luiz Nassif. Desse jeito, se não aprenderem a refazer seus negócios, sugiro aos donos da mídia ao menos treinarem melhor a pontaria.
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E se os 84% fosse de um presidente tucano com crise internacional

O governo Lula bate recorde de popularidade. E a oposição esperneia, pois contou com o alarmismo da mídia para derrubar os índices de popularidade do presidente. Mas vamos fazer uma construção hipotética:

1)      se o Brasil de hoje fosse de um governo da aliança PSDB-DEM-PPS;

2)      se o presidente também estivesse em segundo mandato;

3)      se o presidente hipotético tivesse também 84% de aprovação;

4)      se o candidato mais bem colocado nas pesquisas para a eleição de 2010 fosse do PT, um partido de oposição ao hipotético governo; e

5)      estoura a crise internacional, a maior desde 1929, com falência de bancos nas economias desenvolvidas.

Nessa situação hipotética, como a mídia trataria de temas polêmicos como terceiro mandato. Será que a mídia destacaria a crise com alarmismo para enfraquecer o governo ou faria dela uma desculpa para dar mais um mandato para o hipotético presidente tucano-demos? Mas Lula não quer um terceiro mandato. E já tem sua candidata, Dilma, para o desespero da mídia e da oposição política. Fica uma dúvida: será que Serra, FHC ou Aécio dispensariam um mandato adicional com apoio midiático. É apenas uma dúvida para reflexão.

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Lula, o PT e a Era Vargas



Luiz Werneck Vianna é um dos principais analistas políticos do país. Professor do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ), autor de vários livros de relevância estratégica para a compreensão da história brasileira, Werneck vem há décadas elaborando uma rica e sugestiva teoria sobre os dilemas e promessas da modernização capitalista do Brasil, com foco concentrado na dimensão mais imediatamente político-cultural. Como marxista arejado, de forte inspiração gramsciana, um intelectual democrata de esquerda, opera sempre em um registra que ultrapassa os parâmetros formais da ciência política que se pratica entre nós. Seus textos e suas diferentes intervenções públicas, apaixonadas e muitas vezes polêmicas, trazem sempre um enfoque rigoroso, criativo, sem concessões. Não por acaso, têm servido de referência para que se alcance um melhor entendimento da política nacional. Muitas delas podem ser encontradas, por exemplo, na revista eletrônica Gramsci e o Brasil.

No dia 15 de fevereiro, Werneck Vianna concedeu bela entrevista ao jornalista Wilson Tosta, de O Estado de S. Paulo, na qual reitera a originalidade e a força de seu raciocínio e de seu posicionamento. O centro de suas considerações está ocupado pela reposição da política: se vivemos, em escala mundial e também no Brasil, o desafio da regulação do sistema financeiro, então estamos diante de uma nova presença da política.

Por determinações históricas específicas, o Brasil parece mais bem equipado para enfrentar a crise. Ao longo das últimas décadas, manteve o “atraso” sobre controle democrático, impossibilitando-o de dirigir o país mas, ao mesmo tempo, sem romper frontalmente com ele. Incorporando-o, por assim dizer. Deste ponto de vista, soldaram-se os fios que ligam o Brasil do século XXI com o Brasil de Vargas. “O PT recuperou a era Vargas. Lula é um Vargas. Há muito tempo”.

Por este motivo, mas não só, Lula permanecerá como decisivo ator na política brasileira. Contra tudo e contra todos, caso seja necessário. “Lula já se desprendeu do PT. Governa o partido e, agora, com relações cada vez mais doces com o governador de São Paulo”. É um mapa tentativo para que se comece a olhar com maior argúcia para 2010.

A íntegra da entrevista pode ser lida neste link.

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Arthur Virgílio defende prévias dentro do PSDB

Do Blog do Noblat

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, disse em entrevista ao programa "É Notícia", da RedeTV!, que José Serra está errado ao atacar a política monetária.  
Avalia que o Banco Central tem de receber autonomia legal e que a crítica do governador de São Paulo aos juros altos é equivocada. Ele disse que a política econômica de Lula é continuidade da política econômica de Pedro Malan e de Armínio Fraga.  
Segundo Virgílio, se o PSDB fosse escolher hoje o seu candidato, Serra seria o vencedor. Mas ele acha que não se pode negar ao governador de Minas, Aécio Neves, o direito de disputar a indicação em prévias. Afirmou que seria um erro Serra se indispor com o político mais importante do segundo maior colégio eleitoral do Brasil.  
Defendeu as prévias, dizendo que elas foram importantes para que os democratas vencessem as eleições nos EUA _Barack Obama e Hillary Clinton concorreram.  
Afirmou que Serra precisará sair de São Paulo e visitar o Piauí e o Amazonas se quiser ser candidato. Disse que discordava da proposta de FHC de antecipar a escolha do candidato do PSDB. Declarou que o PSDB não pode fazer um escolhe de caciques.  
Contou que, no governo FHC, sugeriu ao então presidente que não nomeasse de novo Geraldo Brindeiro para a Procuradoria Geral da República. Brindeiro era conhecido como engavetador-geral da República. Virgílio disse que sugeriu os nomes de Cláudio Fontelles e de Antonio Fernando Souza, mas FHC não lhe ouvidos. Lula nomeou os dois, os mais votados em lista da categoria para chefiar o Ministério Público federal.  
Afirmou ainda que FHC tinha um núcleo de governo mais preservado de escândalos de corrupção do que Lula. Mas reconhece avanços do atual governo nas áreas social e econômica.  
Também disse que foi um erro ter feito o famoso discurso no Senado no qual ameaçou bater no presidente da República. Afirmou, porém, que o governo não se interessou em investigar uma a ameaça à sua filha _o motivo de seu discurso na época.  
Classificou Sarney como uma raposa política que já fez mal ao país, apesar de ter conduzido bem a democratização pós-morte de Tancredo em 1985. Falou da juventude no Rio de Janeiro, quando participou de atos contra a ditadura e aprendeu jiu-jitsu com a famosa família Gracie. A entrevista vai ao ar à meia-noite deste domingo. 
O programa é apresentado por Kennedy Alencar, jornalista da Folha de S. Paulo em Brasília     
Comentário do blogueiro: A entrevista de Arthur Virgílio expõe um pouco as dificuldades dos tucanos de tomarem posição. Se a política econômica e a política social do governo Lula são boas, o que sobra para o PSDB apresentar para o distinto eleitor. Não falem em corrupção, atém porque os tucanos são especialistas nessa área. Aliás, quando o senador diz que o núcleo do governo FHC era mais preservado de escândalos de corrupção do que Lula, o que faltou dizer é que os responsáveis eram justamente Geraldo Brindeiro, a Polícia Federal tucana e sua Controladoria-Geral da União, que servia apenas para investigar repasses para seus adversários. Tudo ficou para trás. 

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