Os fatos e a cena

Da Coluna de Rosângela Bittar, no Valor Econômico

Pode ser já o esperado vale-tudo para prospectar agora a campanha de 2010; ou, que seja, então, uma pré-aliança, uma espécie de desenho formal do que ficou apenas subentendido em encontros anteriores que vêm ocorrendo há pelo menos dois anos; talvez, ainda, uma maneira de criar fato que provoque e exaspere o candidato a presidente melhor situado no PSDB, que aparenta não se abalar com nada. Pode ser qualquer coisa. Mas o que a cena dos braços dados de Aécio Neves (PSDB), Ciro Gomes (PSB), Fernando Pimentel (PT) e Márcio Lacerda, em foto dos jornais de ontem, menos parece, é uma competente investida de campanha para levantar este último, o candidato do PSB à prefeitura de Belo Horizonte.

Márcio Lacerda não se move nas pesquisas de intenção de voto feitas em maio, em junho, em julho e neste início de agosto. A transferência de votos, no caso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para seu candidato a presidente, hoje a ministra Dilma Rousseff, seria automática, mas não no caso do governador de Minas, Aécio Neves, e do prefeito da capital, Fernando Pimentel, que ainda não conseguem movimentar a candidatura Lacerda .
Pesquisa do Instituto Vox Populi, feita para o PT, mostra que a transferência esperada para a sucessão de Lula não é aquela prevista para qualquer um que detenha a caneta de nomeação e concessão de verbas. O cientista político Marcos Coimbra, presidente do Instituto, diz que, no caso do presidente Lula o eleitorado concede-lhe quase um “cheque em branco”. À pergunta se o entrevistado votaria em qualquer um que fosse candidato do presidente, independentemente de saber o nome, 20% respondem que sim. Ou seja, um em cada cinco eleitores está disposto a seguir Lula, de olhos fechados. No Nordeste, então, passa de 30% o percentual dos que votariam em qualquer um que fosse escolhido por Lula. Aqui, não é mais um em cada cinco, mas um em cada três eleitores informando que votariam em que seu mestre mandasse.
Além deles, passam dos 30% os dizem que poderiam votar no candidato do presidente dependendo de quem fosse. Assim, somando-se os dois tipos de seguidores, o presidente teria o potencial de influenciar a opinião de mais da metade dos eleitores.
O tipo de popularidade do presidente, que leva emoção ao eleitor e cria a adesão espontânea, não se repete nos estados, mesmo onde governadores ou prefeitos obtêm adesões maiores que as de Lula. As disputas nas cidades, porém, não estão definidas. Marcos Coimbra acredita ser impossível dizer, no momento, se Aécio Neves e Fernando Pimentel, com popularidade mais alta que a do presidente Lula, conseguirão ou não transferir votos para Márcio Lacerda, que amarga o terceiro lugar nas pesquisas em que pontua abaixo dos 10%. Menos ainda se sabe sobre em que Ciro Gomes poderá ajudar seu candidato neste momento.
Marcha dos mosqueteiros nada diz ao eleitorado
O quadro de informações do eleitor, no país inteiro, ainda é insuficiente, afirma Coimbra. Por esta razão as pesquisas feitas no fim de julho não foram em quase nada diferentes das pesquisas do final de junho, e essas quase nada diferentes do final de maio. ” O quadro de informação do eleitor só vai mudar mesmo a partir do começo da propaganda eleitoral, seja dos programas gratuitos, seja dos comerciais, das inserções. Só quando tivermos uma mudança nesse quadro de informação é que faz sentido imaginar mudança na intenção de voto do eleitorado”.
O caso de Belo Horizonte é completamente diferente do caso de uma eleição como a de São Paulo, compara o presidente do Vox Populi. Em SP, os quatro principais adversários são conhecidos por 100% dos eleitores, afirma. “O atual prefeito (Kassab), dois ex-governadores (Alckmin e Maluf), e dois ex-prefeitos (Marta e Maluf) estão disputando. Num quadro como esse, as pesquisas seriam capazes de dar, hoje, uma boa sinalização do cenário de setembro, quando já terá começado a propaganda pela televisão e, com ele, divulgação de mais informações sobre os candidatos.
Sobre Márcio Lacerda, candidato a receber a incontestável popularidade do governador de Minas e do prefeito de BH, apenas 5% dizem hoje que o conhecem bem. E apenas 10% informam que sabem alguma coisa sobre ele. “Inversamente, isso quer dizer que 85% dos eleitores da cidade sequer podem considerá-lo como opção, pois não sabem quem é”, afirma Coimbra. Não será a marcha-passeio dos quatro mosqueteiros o canal eficiente desta informação ao eleitorado.
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A Máfia continuaaaaaaaaaaaaaaa!


Essa "gente de bem" tem que ser infernizada até o final dos tempos...

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Explicações

O blog está parado há dias. E não é por falta de assunto. Temos a Olimpíada, o Grêmio ganhando os títulos simbólicos de campeão do primeiro turno do Brasileirão e de campeão mineiro, após derrotar Cruzeiro, Ipatinga e Atlético Mineiro, a Rússia dando um pau na Geórgia, e a Yeda explicando a inexplicável compra da sua casa.

Tanta coisa acontecendo e nenhuma postagem a respeito. Mas não é por preguiça. Há bons motivos para isso. O primeiro, é que estou atrolhado de trabalho. Ou seja, não é que eu não tenha tempo para desenhar. É o contrário, só estou tendo tempo para desenhar, colorir, refazer roteiros e, o pior dos castigos, fazer caricaturas! Infelizmente, nenhum desenho adequado ao blog, que, assim, segue à mingua.

O outro motivo para o aparente descaso com o blog é a minha dificuldade de adaptação ao fuso horário de Pequim (ou Beijing, que, como se sabe, significa “selinho”). Nos últimos dias, o infame hábito de dormir tarde e com a TV ligada transformou-se em uma terrível insônia. Quando conseguia dar uma cochilada, era acordado pela narração de um ippon, a favor ou contra nossos atletas. Minhas madrugadas têm sido perturbadas por cortadas memoráveis dos nossos atletas do vôlei de praia ou de quadra (mesmo os que jogam pela Geórgia), por surras no boxe, amareladas no handebol, vexames no remo, derrotas no tênis-de-mesa, piruetas e choradeiras na ginástica e braçadas lentas nas piscinas. Todos esses momentos são narrados com emoção e patriotismo capazes de acabar com o sono de qualquer um.

Mas eu já desisti de tentar acompanhar ao vivo nossos fracassos olímpicos. Vou retornar ao fuso horário gaúcho (sim, se temos atletas que trazem medalhas para o Rio Grande do Sul, e não para o Brasil, mesmo que seja um paulista, devemos ter um fuso horário só nosso também!). A Olimpíada é muito melhor nos noticiários. Quem passa uma madrugada sendo derrotado em esportes inimagináveis, sente uma inveja danada daquele espetáculo triunfante que aparece no Jornal Nacional.

Em breve, nova postagem sobre a explicação da compra da casa da Yeda. Não percam!
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Nabuco na USP





Como parte dos preparativos para a comemoração dos 100 anos de sua morte, ocorrida em 1910, Joaquim Nabuco tem sido objeto de crescente interesse intelectual. Dentro e fora do Brasil. Depois de ter sido homenageado com um belo seminário pela Universidade Yale, em abril do presente ano, agora é a vez da Universidade de São Paulo (USP) abrigar um grupo de estudiosos para analisar sua obra, sua biografia e seu pensamento.

Idealizado e coordenado pela professora Angela Alonso, da USP, e pelo professor K.David Jackson, de Yale, o seminário ocorrerá nos dias 28 (tarde) e 29 (manhã e tarde) de agosto, na Cidade Universitária, em São Paulo.

A organização é conjunta, do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da FFLCH-USP e do Departamento de Português e Espanhol de Yale.

Eis a programação detalhada:

Seminário Nabuco e a República

28 e 29 de agosto de 2008



Prédio de Ciências Sociais, Sala 8

Av. Prof. Luciano Gualberto, 315 - Cidade Universitária - São Paulo




28/08

14:00 - Cerimônia de Abertura

Angela Alonso (Departamento de Sociologia- USP/Cebrap)

K. David Jackson (Departamento de Português e Espanhol/ Universidade Yale)



14:15 - 1a. sessão – O ensaísta

Coordenação: Leopoldo Waizbort (Depto. de Sociologia- USP)

Expositores:

Ricardo Benzaquen (Departamento de Antropologia - Iuperj)

K. David Jackson (Departamento de Português e Espanhol/ Universidade Yale)

Marco Aurélio Nogueira (Departamento de Ciência Política - UNESP)

Comentador: Antonio Dimas (Departamento de Teoria Literária - USP)



18:00 – Exibição de imagens do documentário “Joaquim Nabuco”, de Higor Assis, e lançamento de publicações



29/08

9:30 - 2a. sessão – O historiador

Coordenação: Maria Arminda Arruda (Depto. de Sociologia - USP)

Expositores:

Ricardo Salles (Departamento de Ciências Humanas - UERJ)

José Almino de Alencar (Fundação Casa de Rui Barbosa)

Angela Alonso (Departamento de Sociologia- USP/Cebrap)

Comentadora: Maria Alice Rezende de Carvalho (PUCRJ)



14:30 – 3.a sessão – O diplomata

Coordenação: Brasílio Sallum Jr. (Depto. de Sociologia- USP)

Expositores:

Rubens Ricupero (Faculdade de Economia - FAAP)

Paulo Pereira (Pontifícia Universidade Católica - PUCSP)

Comentadora: Íris Kantor (Departamento de História - USP)



16:30 h – 4.a sessão: O Arquivo Joaquim Nabuco

Coordenação: Antonio Sergio Guimarães (Depto. de Sociologia- USP)

Expositores:

Albertina Malta (Cehibra, Diretoria de Documentação- Fundaj)

Humberto França (Fundação Joaquim Nabuco- Fundaj)

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O patético Coronel Mendes!


A recente investida do Coronel Mendes relacionada ao episódio da placa comemorativa do Brigadiano Valdeci de Abreu Lopes, é mais uma lamentável provocação.

O Cabo Valdeci foi morto em um confronto com o MST no centro de PORTO ALEGRE, em 8 de agosto de 1990.

Alguém deve contar ao aloprado coronel de que existe já um monumento próximo ao ginásio da Brigada Militar, junto aos Corpo De Bombeiros na Av. Silva Só esquina Av.Ipiranga. O coronel presta um desserviço ao fazer como um animal que mija pelos cantos para marcar território.

"...além dos inimigos externos os desvios de conduta dos próprios integrantes do grupo social deveriam ser coibidos." Coronel Mendes - agosto de 2008

Se o Coronel Mendes levar ao pé da letra seu discurso, tenho dúvidas quanto sua capacidade em escrevê-lo, deverá encostar um camburão na porta principal do Palácio Piratini, e levar todo mundo em cana!

Se o coronel quisesse realmente prestar alguma homenagem ao Cabo Valdeci deveria ter maior empenho na melhoria das condições de trabalho dos brigadianos, como melhoria salarial, atualização dos equipamentos de proteção, investimento na mobilidade das equipes de repressão ao crime, aumento de efetivo da Brigada Militar, moradia digna aos comandados e acima de tudo caro coronel, TREINAMENTO. Pois os inimigos que devem ser combatidos, são os inimigos do ESTADO e não deste governo!

Tenho dúvidas quanto à permanência da placa no local!


Leia mais no RS Urgente, Diário Gauche, Ponto de Vista e La Vieja Bruja.
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