A Casa da Dinda

Charge de Eugênio Neves do Dialógico.

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A Canoa Furada

Charge de Eugênio Neves do Dialógico.

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Rir para não chorar!


Recentemente fiz um curso de fotografia, em que o ministrante despejou centenas de imagens em três dias, além das descrições das mesmas. Tive uma grata surpresa: simplesmente meus alicerces mentais no quesito “imagem” foram desmontados um por um.

Algumas obras só podem ser compreendidas considerando-se o contexto onde foram apresentadas; outras não. Devem provocar alguma reação no espectador como surpresa, espanto, questionamento ou ódio. E reações nem sempre no campo da estética.

Numa das imagem de Marcos Chaves, identifiquei imediatamente o momento de espanto e surpresa diante do “chopinho amigo” ocorrido naqueles dias entre Ariosto Culau, Secretário de Planejamento e Lair Ferst, empresário, lobista, ex-coordenador da bancada do PSDB na Assembléia e articulador de campanha de Yeda Crusius.

É um espanto que um Secretário após o rompido um contrato entre o DETRAN e a FATEC Fundação envolvida com a Máfia do DETRAN), vai se encontrar com um dos suspeitos desta monumental fraude, Lair Ferst.

A impressão é que Culau agiu como "ajudante de ordens", como um garoto de recados da Governadora, tentando acalmar Lair acusado de formação de quadrilha, locupletamento em dispensa de licitação, peculato, corrupção ativa, extorsão e falsidade ideológica. Tá bom ou querem mais?

Imagino que o recado deve ter sido mais ou menos assim: “take it easy Lair,daremos um jeitinho, não se esqueça das OCIPS”!

A fotografia acima encaixa-se neste lamentável episódio de descaramento e cara de pau e confirma a máxima de que uma imagem vale mais do que mil palavras! Nem é preciso dizer quem a escadaria de pedra representa.

Para conhecer mais sobre a obra de Marcos Chaves clique aqui.

Para saber mais do Governo Yeda Crusius, acompanhe a página policial dos piores jornais do Brasil e os Blogs:
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Agora, jornalistas são todos mauricinhos

Imperdível a entrevista de Paulo Henrique Amorim no site Vermelho:


"Você não vê mais um jornalista pobre. Você não vê mais um jornalista de origem humilde. São todos mauricinhos, bonitinhos, cheirosinhos, que querem trabalhar para banco. Nenhum deles tem compromisso com a sociedade. Nenhum deles sabe para que serve ser jornalista numa sociedade democrática.

E para que serve ser jornalista? Para você oferecer uma opinião isenta para que o leitor, espectador ou ouvinte possa decidir, com seus valores, o que quer fazer da vida. Esse valor se perdeu completamente. Nenhum jornalista brasileiro sabe para que serve o jornalismo. É o mesmo que entregar o bisturi a um médico que não sabe para que isso serve. Ele vai pensar que é para fazer as unhas."


Leia aqui e aqui.
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O Museu da Memória!

"O museu da memória, em sua proliferação atual, é produto de uma maneira de pensar, e de prantear, a destruição dos judeus europeus nas décadas de 1930 e 1940, que alcançou sua concretização institucional em Yad Vashem, em Jerusalém, no Museu em Memória do Holocausto, em Washington, e no Museu Judaico, em Berlim.


Fotos e outras reminiscências da Shoah foram consignadas a uma recirculação permanente a fim de garantir que aquilo que mostram será lembrado. Fotos do sofrimento e do martírio de um povo são mais do que lembranças de morte, de derrota, de vitimização.


Elas evocam o milagre da sobrevivência. Ter por objetivo a perpetuação das memórias significa, de forma inevitável, que se assumiu a tarefa de continuamente renovar e criar memórias – com a ajuda, sobretudo, da marca deixada por fotos exemplares.


As pessoas querem ser capazes de visitar – e revigorar – suas memórias. Agora, muitos povos vitimizados desejam um museu da memória, um templo para abrigar uma narrativa de seus sofrimentos que seja abrangente, organizada de forma cronológica e ilustrada. Os armênios, por exemplo, reivindicaram durante muito tempo um museu, em Washington, que institucionalizasse a memória do genocídio do povo armênio cometido pelos turcos otomanos.


Mas por que não existe ainda na capital da nação, por acaso uma cidade cuja população é esmagadoramente afro-americana, um Museu da História da Escravidão? De fato, não existe em nenhum lugar dos Estados Unidos um Museu da História da Escravidão – a história completa, a partir do tráfico de escravos na própria África. Pelo visto, criar e pôr em vigor essa memória é considerado perigoso demais para a estabilidade social.


O Museu em Memória do Holocausto e o futuro Museu e Monumento do Genocídio Armênio tratam daquilo que não ocorreu nos Estados Unidos, portanto o trabalho da memória não corre o risco de rebelar uma população doméstica insatisfeita contra a autoridade. Ter um museu para narrar o grande crime que foi a escravidão africana nos Estados Unidos da América seria reconhecer que o mal esteve aqui.


Os americanos preferem retratar o mal que esteve lá, e do qual os Estados Unidos – uma nação especial, a única que ao longo de toda a sua história não teve nenhum líder comprovadamente cruel – estão isentos. A circunstância de que este país, como qualquer outro, tem seu passado trágico não condiz com a crença fundadora, e ainda poderosa, no caráter excepcional dos Estados Unidos.


O consenso nacional em torno da história americana como uma história de progresso constitui um novo cenário para fotos deprimentes – um cenário que dirige nossa atenção para injustiças, aqui ou em qualquer parte, para as quais os Estados Unidos se vêem como a solução ou a cura".

[Páginas 74 e 75 in Diante da Dor dos Outros de Susan Sontag – 2003.]

Ainda de Susan Sontag:

"A raça branca é o câncer da história humana".[escrevendo sobre a Guerra do Vietnam afirmou.]
-Dias após o evento de 11 de Setembro, ela criticou a política externa dos Estados Unidos e fez elogios aos terroristas.



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"É impossível passar os olhos por qualquer jornal, de qualquer dia, mês ou ano, sem descobrir em todas as linhas os traços mais pavorosos da perversidade humana [...]. Qualquer jornal, da primeira à última linha, nada mais é do que um tecido de horrores. Guerras, crimes, roubos, linchamentos, torturas, as façanhas malignas dos príncipes, das nações, de indivíduos particulares; uma orgia de atrocidades universal. E é com este aperitivo abominável que o homem civilizado diariamente rega o seu repasto matinal".


[Trecho do diário particular do poeta e diagnosticador francês Baudelaire escrito no início da década de 1860, citado por Susan Sontag in Diante da Dor dos Outros (2003), páginas 89 e 90].
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