Blogs, paixão e parcialidade

Bastou o povo se manifestar na internet e já começaram as farpas, as desqualificações, os narizes empinados. Criticam o passionalismo dos blogs, a falta de credibilidade nas informações. Pasmem, dito até pela mídia tradicional, logo ela que responde pelos mais evidentes crimes praticados em seu ofício de desinformar, com paixão e ódio, desde William Randolph Hearst.

Chega! Pouco estou ligando. Que me condenem pela paixão. Que digam uma coisa, ou duas. Eu tenho quatro coisas a dizer. Vejam no vídeo.




Não paro de falar sobre isso desde ontem. E domingo vamos mais ainda dizer para provar que o Rio não vive uma realidade em preto e branco.
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Cotas: agora tenho uma posição

Até agora eu achava a discussão sobre a política de cotas algo polêmico, e não tinha uma posição definida. Hoje, quando li o manifesto de 113 personalidades do meio acadêmico, artistas e representantes do movimento social, que foi entregue no STF, acusando o sistema de cotas de estimular o ódio racial, tomei posição. Com o alarde de nossa imprensa e com o nome de Ruth Cardoso, Caetano Veloso, Demétrio Magnoli e Reinaldo Azevedo encabeçando o documento, está claro que estou do outro lado. Fiquei pelas cotas desde garotinho!
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A imprensa e sua lei

Os donos do PIG estiveram reunidos ontem em Brasília para tratar, segundo eles, da liberdade de imprensa. Não é verdade. A preocupação é eliminar qualquer restrição na lei que os impeçam de usar seu poder para favorecer grupos, idéias, candidatos, em campanhas difamatórias, sem nenhum compromisso com a informação. A atual legislação, referendada pela Constituinte de 1988, é taxada pela mídia como herança da ditadura. Recentemente, por pressão do monopólio midiático, o STF revogou por liminar alguns de seus itens. O objetivo era proteger jornais, rádios e TVs de várias ações da Igreja Universal.

Neste clima, foi discutido ontem se a saída seria criar uma nova lei ou suprimir a atual. Falaram todos os donos do poder midiático, nem sempre antenados com o assunto principal, talvez com a cabeça mais voltada para suas planilhas. Roberto Civita, do grupo Abril, aproveitou para pedir liberdade também para os anúncios veiculados, ele não deseja restrições ao tilintar de sua caixa registradora. João Roberto Marinho, das organizações Globo, condenou as liminares que obrigam a publicação de longas resoluções jurídicas em seu jornal, o que não deixa de ser também uma preocupação com a caixa, visa economia do caro papel.

Segundo um ótimo texto de Bernardo Kucinski, na Revista do Brasil, o objetivo mesmo é continuar a velha prática do jornalismo de calúnia e difamação com impunidade. Em trecho, o artigo cita reportagem recente da Folha de S.Paulo contra Paulo Pereira, deputado do PTD e dirigente da Força Sindical:

“A central presidida por Paulinho mistura política retrógrada com a negação da política”. Até aí é um juízo de valor que o jornalista tem o direito de expressar. Mas logo em seguida ele parte para o insulto: “Este pequeno Lula paraguaio agora anuncia entre palavrões que vai entupir o Judiciário de ações contra jornalistas da Folha....” Numa única frase o jornalista insultou Lula, ao usá-lo como referência negativa, e os paraguaios, que não têm nada a ver com a história. E insultou o próprio Paulo Pereira.

Esta é a liberdade que desejam. Este é o velho hábito do papel registrar as mais notórias difamações. Vale a leitura do artigo da professora Isabel Lustosa na Folha de hoje, “A verdade que vem impressa nos jornais”. Ela estuda a nossa imprensa desde seus primórdios, e relembra uma polêmica coluna em jornal do Ceará, na sua infância, onde o autor, depois de contestado pela veracidade de fatos publicados, dizia: “Saiu no jornal? Então é verdade”. A professora é enfática em suas conclusões:

“Assim, recomenda-se ao leitor contemporâneo lembrar que não há texto neutro, que, na composição e no desenvolvimento de um texto jornalístico, na maneira de narrar e destacar um fato, estão também embutidas as paixões e os interesses do jornalista, do editor ou da empresa jornalística a que estão ligados. De modo que nem sempre o que sai no jornal é a expressão genuína da mais pura verdade.”

Se a sociedade não acordar, em breve os barões da mídia conquistarão o maior de seus desejos. Não terão que arcar com responsabilidades para suas inverdades, lei apenas para a internet, blogs e afins, onde o perigoso povo pode manifestar sua opinião sem o aval, dos “iluminados” jornalistas.
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E o ombusman começa se explicando

Começou mal a estréia do novo ombudsman da Folha. Teve que se explicar em sua primeira coluna sobre declaração em entrevista, uma semana antes, quando disse que, ao contrário da imprensa americana, a brasileira não vive uma crise de credibilidade. Foi preciso analisar palavras, conceitos, citar que a Igreja Católica goza de credibilidade, embora não influencie seus fiéis e mais outras filigranas.

Não deu. A imprensa nacional perdeu a capacidade de influenciar seus leitores pela notória perda de credibilidade. Fatos são abundantes para esta análise. Apenas o novo ombudsman não deseja ver.
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Radicalismo contra o terceiro mandato



Foto de Ricardo Stuckert/Presidência da República/Agência Brasil
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