Novidades nas eleições municipais do Rio de Janeiro, Fortaleza e Belo Horizonte

No Rio de Janeiro, o candidato líder nas pesquisar, Marcelo Crivella (PRB), da base de sustentação do governo Lula, amplia sua aliança política, o que lhe garante maior tempo no horário gratuito de televisão. A chapa de Crivella contará com PR, PTB e PT do B, além do próprio partido PRB. Segundo Crivella, “estamos procurando apoio dentro da base do governo”. O candidato reforça a idéia de aliança política entre os governos municipal, estadual e federal para enfrentar os desafios e problemas do município. O PTB deverá indicar a vice. A vereadora Cristiane Brasil (PTB), filha do ex-deputado cassado Roberto Jefferson, é uma das indicadas para a vaga de vice na chapa.

O ponto fraco da campanha do senador era o baixo tempo de televisão. Inicialmente, sua aliança restringia ao PRB e PT do B, dois partidos nanicos e com pouco tempo no horário eleitoral gratuito. Com a ampliação da aliança, seu tempo de televisão dá um salto, o que é extremamente positivo para sua candidatura. O grande empecilho agora do candidato é a rejeição bastante elevada, o que pode criar dificuldades num hipotético segundo turno. Clique aqui para saber mais sobre as eleições no Rio de Janeiro.

Em Fortaleza, a candidata do PT Luizianne Lins também ampliou sua aliança com vistas à reeleição. O PMDB passa a integrar sua coligação, juntando-se ao PSB, PC do B e PT. A única candidatura definida é do deputado federal Moroni Torgan (DEM), em aliança com o PP. Outro possível candidato é o ex-governador Lúcio Alcântara (PR). Mas a candidatura bastante aguardada é da senadora Patrícia Saboya (PDT), ex-mulher de Ciro Gomes (PSB). A senadora busca aliança com o PSDB de Tasso Jereissati, que já demonstrou interesse em apoiá-la. O empecilho é a posição dos partidos em nível nacional.

O fato concreto é que candidata do PT enfrenta uma rejeição grande, embora tenha uma aliança bem consolidada. A candidatura de Patrícia Saboya (PDT) pode dificultar os planos do PT de continuar à frente da prefeitura de Fortaleza. Por outro lado, a senadora enfrenta uma aliança mais frágil, com tempo menor de televisão e uma rejeição cada vez maior ao clã Jereissati.

Já a candidatura de Moroni Torgan (DEM) sempre inicia bem nas pesquisas. Uma razão é o recall, foi candidato nas últimas eleições. E também é que uma parcela do eleitorado acredita no discurso mais duro contra a violência, embora essa não seja uma atribuição do prefeito. Sinceramente não acredito que vença num eventual segundo, seja contra Luizianne Lins (PT) ou Patrícia Saboya (PDT). A população de Fortaleza é mais de centro-esquerda, o que torna difícil uma vitória de centro-direita (caso de Moroni Torgan).

Em Belo Horizonte, a novidade era aguardada. É que o PT municipal aprovou a aliança com o PSB, com apoio do PSDB. O PT deverá indicar a vice, que deverá ficar com o deputado estadual Roberto de Carvalho, ligado ao prefeito Fernando Pimentel. A aliança expôs um racha entre as lideranças petistas no Estado, ficando contrários à aliança os ministros Patrus Ananias e Luiz Dulci, bem como o presidente do PT no Estado, Reginaldo Lopes. Clique aqui para saber mais sobre a aliança PT-PSDB (Pimentel-Aécio) na capital mineira.
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Territórios da Cidadania não é eleitoreiro, segundo o TSE

Essa é a conclusão da que chegou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com respeito ao pedido de abertura de ação contra o programa Territórios da Cidadania pelo DEM, que acusava o programa de fins eleitorais.

O pedido do DEM foi relatado pelo Ministro do TSE, Ari Pargendler, que considerou sem procedência a acusação do DEM. Em sua conclusão anotou o seguinte:
“.. parece desarrozoado (não razoável) reconhecer os atos relatados na petição inicial como propaganda eleitoral antecipada”.

Em outra parte de seu relatório o Ministro do TSE diz:
“.. nada no Programa Territórios da Cidadania, autoriza a conclusão de que ele proporcionará a distribuição bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública".

O programa foi questionado pelos partidos oposicionistas PSDB e DEM, mas apenas esse último chegou a levar a questão aos tribunais. O PSDB ficou apenas na ameaça. Outro que bateu no Territórios da Cidadania é Ministro Marco Aurélio Mello, antes mesmo de conhecer o programa. Este está sempre disposto a bater no governo, independente do mérito da questão. Deveria é largar a toga e filiar a um partido para disputar suas posições no voto. É mais um exemplo de como a oposição política está perdida, sem rumo. Miram contra os pobres para atingir o presidente Lula. Depois ficam perguntando porque o governo Lula segue em alta nas pesquisas.

Dois outros posts publicados neste blog ajudam a compreender o debate entre Territórios da Cidadania e eleições:
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Imprensa golpista, unida, jamais...

O governo Kirchner, depois de atacado nos golpes mais baixos pela imprensa argentina, decidiu criar o Observatório dos Meios de Comunicação, em parceria com a Universidade Nacional de Buenos Aires. Bastou para a iniciativa ser contestada pela nossa aliada mídia brasileira, que acha tal medida um cerceamento à liberdade de imprensa, é o que diz o jornal O Globo ao noticiar o fato.

Para o jornal, a declaração de Cristina Kirchner justificando a falta de imparcialidade da mídia argentina como motivo da criação do Observatório, para que todas as vozes democráticas tenham acesso aos meios de comunicação, não convenceu os representantes locais, que estão preocupados com a obsessão do governo em controlar a imprensa. Quer dizer, a imparcialidade não é bem vista. Desejam manter o monopólio da mídia a serviço da mera propaganda.

A hipocrisia fica clara no final do texto. Depois de relatar o grave acirramento entre simpatizantes do governo e a mídia local, relata que Luiz D’Elia, líder do movimento Terra e Moradia, aliado de Kirchner, “ousou” participar de um programa de TV ao vivo onde defendeu o fim da ditadura do jornal Clarin. Quer dizer, alguém da sociedade que tenha outro ponto de vista, diferente da mídia hegemônica, tem mais é que ficar calado. Se falar, isso é ousadia que deve ser combatida.

Observatório neles!
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Crivella lidera com folga e candidato petista dispara em pesquisa no Rio de Janeiro

A aliança PT-PMDB pode mesmo surpreender na eleição carioca. Isso já era esperado. O ritmo de crescimento da candidatura de Alessandro Molon, candidato do PT à prefeitura do Rio de Janeiro, é que pegou todos de surpresa. Semanas atrás aparecia com míseros 1% dos votos. Em nova pesquisa, agora pelo Instituto GERP realizada entre os dias 8 a 11 de abril, o candidato petista saltou para 9%, em empate técnico com Jandira Feghalli (PC do B), que aparece com 11%.

O senador Marcelo Crivella (PRB), também da base de apoio do presidente Lula, lidera a pesquisa, passando de 20% para 30%, enquanto o candidato da aliança PV-PSDB-PPS, Fernando Gabeira, aparece com 22%. Em queda, a candidata do DEM, Solange Amaral, apoiada pelo prefeito-dengue César Maia, que aparece com 4%, num empate técnico com Chico Alencar (PSOL), com 3%.

A gente tem que sempre ficar com um olho atrás com relação às pesquisas, mas de qualquer forma, fica evidente o crescimento da candidatura de Alessandro Molon (PT). Só falta o Lula e o Sérgio Cabral dar um empurrãozinho na candidatura de Molon, levando-o para as inaugurações das obras do PAC na cidade. O problema é o ciúme nas outras candidaturas governistas. Clique aqui para ver a matéria do Jornal O Dia.
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Reflexões no final de semana



A oposição no divã

Notas e comentários vários nos últimos dias dão sinais de que a oposição ao governo Lula está querendo parar para pensar e rever sua estratégia. É prática já feita muitas vezes, agora parece algo mais sério. Segundo Ancelmo Góis, no Globo, Serra confessou a Marcelo Déda, do PT, governador de Sergipe, que a oposição ainda “não encontrou um discurso para 2010”. Entendam isso também como: “todas nossas tentativas de desmoralizar o governo não deram em nada”.

Apenas neste ano, a oposição, com a ajuda da aliada mídia, tentou criar pânico com um possível apagão elétrico federal, com a febre amarela, com várias denúncias sobre malversação de recursos na utilização de cartões corporativos. Tudo, até agora, sem sucesso para colocar o governo acuado e sem ação. As manchetes escandalosas sobre o apagão sumiram com as chuvas, a febre amarela desapareceu do noticiário quando o alarmismo criava vítimas com overdose da vacina, e as acusações sobre cartões corporativos mudaram de tom quando surgiram informações dos gastos no governo Serra e no governo de FHC. Neste ponto, a tática foi refeita e holofotes deixaram de lado o conteúdo das denúncias, passando a apostar em vazamento de informação, direcionados todos para a ministra, chefe da Casa Civil, possível candidata de Lula à sua sucessão.

E o pior aconteceu aos seus planos. Todo o empenho, todo o papel gasto pela mídia, todas as horas de TV não derrubaram a ministra, nem ao menos sua secretária-executiva, acusada sem provas pelo suposto delito. O efeito de tudo foi o mais indesejado para a oposição. Segundo pesquisa do próprio PSDB para mensurar o estrago feito, o nome de Dilma cresceu depois das denúncias. Foi registrado pelo Jornal do Brasil e repercutido por Eliane Catanhêde, da Folha, esta que antes dizia que Dilma estava morta eleitoralmente. Parece uma síndrome de tiro saindo pela culatra: Lula, mesmo com toda a campanha orquestrada, atingiu recentemente o mais alto índice de aprovação de seu governo, número mais alto do que o de FHC logo após o Plano Real.

Com tanta coisa dando errado, é compreensível que tenham todos a necessidade agora de uma boa terapia coletiva. Mas, com as notícias antecipadas da presença de Antonio Carlos Neto, o grampinho, e Rodrigo Maia, filho do prefeito da dengue no Rio, o tal “guri de merda”, dito por Jobim em uma solenidade, fica difícil acreditar em futuro para tal bando.

Showrnalismo é só para a patuléia

Talvez a conclusão fosse óbvia, mas confesso que só agora caiu a ficha. O jornal Valor Econômico segue um rumo diferente dos outros jornalões. Nesta semana só ele publicou matéria sobre os elogios do Bird ao Bolsa Família com críticas a má vontade da mídia brasileira com o programa. Não é a única matéria que segue pauta diferente do resto.

Mesmo sendo propriedade das Organizações Globo e da Folha, o seu público é a elite econômica, que não paga ingresso para ver as diatribes de um Arthur Virgilio. Os leitores são liberais. Como tal, entendem que em seu mundo, para a permanência do capitalismo, há de existir políticas de compensação, tal como Hayek e outros teóricos do modelo defendiam. Coisa que um Ali Kamel certamente não estudou. Vide ótimo comentário da Kelly.

Os leitores do Valor já estão convencidos, não precisam de conversas moles. Se a mídia precisa fazer propaganda, há de ser em seus outros jornais. E tome denúncias, dossiês, silêncio sobre fatos, tudo misturado a muito apelo, como a quase novela sobre a morte da menina em SP.

Este novo jornalismo, misturado com show, tal como cunhado por José Arbex, é só para a choldra, que pode se sensibilizar com a farsa inventada nas redações.
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