Folha, Estadão e O Globo deram amplo destaque à demissão de Luiz Lobo, editor-chefe na TV Brasil. O jornalista foi ouvido e alegou que o motivo do afastamento foi sua resistência às interferências do governo na edição do Telejornal Brasil, o que comprometia a imparcialidade desejada. Entre os episódios citados, disse que na cobertura do vazamento de informações sobre gastos do governo FHC havia a orientação de só falar em “suposto dossiê”, e em uma reportagem sobre a situação da saúde no Brasil foi repreendido por não incluir o corte da CPMF, derrubado no Senado, como um dos desafios futuros.
Convenhamos, hipocrisia deve ter seus limites. A nossa mídia, em seu ódio a concorrência da imprensa do governo, resolveu defender que no quintal dos outros tem que haver um jornalismo imparcial. Ou seja, deveria falar de dossiê, culpar o tempo toda a ministra Dilma Rousseff, esconder que tudo é uma armação do PSDB, não dar destaque para a confissão de Álvaro Dias, e mais toda uma “imparcialidade” que só ela sabe praticar.
Saúde? Claro, culpa do governo Lula. Imaginem vincular isso ao fim da CPMF.
Convido vocês a verem um trecho de telejornal da TV Brasil. Prestem atenção em como ele é “parcial”:
Viram? Arthur Virgílio aparece com o mesmo tempo que outros representantes do governo. Algo muito parcial, não é mesmo? Deveria ser o dobro do tempo para ele, como o “imparcial” PIG costuma fazer.
A campanha contra a TV Pública está em curso. No último sábado, um acerto entre todos os jornais levou a ampla cobertura do lançamento do livro de Eugênio Bucci, ex-presidente da Radiobrás, onde ele analisa o período que lá esteve e as pressões para que não fizesse um livre jornalismo.
Muito comovente. Há um bom exemplo de “livre jornalismo” hoje na página A-6 da Folha, em uma pequena nota o título: “Câmara aprova aumento para servidores”. Como assim? Certamente vocês perguntariam: o governo federal encaminhou pedido de aumento de seus servidores às vésperas de eleição? Um escândalo, não é mesmo? A Folha esqueceu de chamar isso na primeira página, certo? Nada. É a “imparcialidade” do PIG. O aumento é para o funcionalismo público da prefeitura de São Paulo, encaminhado pela administração DEM/tucana. Lembrem que Serra detém 80% dos cargos da máquina municipal. E Serra e Folha, vocês sabem.
Ou um outro exemplo bem recente da “imparcialidade” da mídia, também uma ajuda do PIG ao Serra. Na última IstoÉ, em matéria sobre o MST, foi publicada esta foto:
Mas o site independente Brasil de Fato descobriu que a foto original, de Cristiano Machado, da Agência Folha, foi adulterada. Esta é a foto:
Eliminaram no Photoshop a pichação com o “Fora Serra”, pouco se importando com a adulteração da realidade e os direitos autorais. Claro, a foto é da Folha, que faz descarada campanha para Serra, em troca de muita publicidade do governo em suas páginas e muito alinhamento ideológico, e a IstoÉ tem 51% de ações de Daniel Dantas, que responde na justiça por espionagem e formação de quadrilha, mas apóia Serra.
Esta é a mídia que cobra imparcialidade do governo.
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Convenhamos, hipocrisia deve ter seus limites. A nossa mídia, em seu ódio a concorrência da imprensa do governo, resolveu defender que no quintal dos outros tem que haver um jornalismo imparcial. Ou seja, deveria falar de dossiê, culpar o tempo toda a ministra Dilma Rousseff, esconder que tudo é uma armação do PSDB, não dar destaque para a confissão de Álvaro Dias, e mais toda uma “imparcialidade” que só ela sabe praticar.
Saúde? Claro, culpa do governo Lula. Imaginem vincular isso ao fim da CPMF.
Convido vocês a verem um trecho de telejornal da TV Brasil. Prestem atenção em como ele é “parcial”:
Viram? Arthur Virgílio aparece com o mesmo tempo que outros representantes do governo. Algo muito parcial, não é mesmo? Deveria ser o dobro do tempo para ele, como o “imparcial” PIG costuma fazer.
A campanha contra a TV Pública está em curso. No último sábado, um acerto entre todos os jornais levou a ampla cobertura do lançamento do livro de Eugênio Bucci, ex-presidente da Radiobrás, onde ele analisa o período que lá esteve e as pressões para que não fizesse um livre jornalismo.
Muito comovente. Há um bom exemplo de “livre jornalismo” hoje na página A-6 da Folha, em uma pequena nota o título: “Câmara aprova aumento para servidores”. Como assim? Certamente vocês perguntariam: o governo federal encaminhou pedido de aumento de seus servidores às vésperas de eleição? Um escândalo, não é mesmo? A Folha esqueceu de chamar isso na primeira página, certo? Nada. É a “imparcialidade” do PIG. O aumento é para o funcionalismo público da prefeitura de São Paulo, encaminhado pela administração DEM/tucana. Lembrem que Serra detém 80% dos cargos da máquina municipal. E Serra e Folha, vocês sabem.
Ou um outro exemplo bem recente da “imparcialidade” da mídia, também uma ajuda do PIG ao Serra. Na última IstoÉ, em matéria sobre o MST, foi publicada esta foto:
Mas o site independente Brasil de Fato descobriu que a foto original, de Cristiano Machado, da Agência Folha, foi adulterada. Esta é a foto:
Eliminaram no Photoshop a pichação com o “Fora Serra”, pouco se importando com a adulteração da realidade e os direitos autorais. Claro, a foto é da Folha, que faz descarada campanha para Serra, em troca de muita publicidade do governo em suas páginas e muito alinhamento ideológico, e a IstoÉ tem 51% de ações de Daniel Dantas, que responde na justiça por espionagem e formação de quadrilha, mas apóia Serra.
Esta é a mídia que cobra imparcialidade do governo.