Mostrando postagens com marcador nelson jobim. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador nelson jobim. Mostrar todas as postagens

Depois que novo PGR decretou que 'Pau que dá em Chico dá em Francisco', há um tremendo barata-voa da direita em pânico


Novo procurador-geral da República, Rodrigo Janot


Bastou o novo procurador-geral da República, Rodrigo Janot,declarar numa entrevista ao Estadão que "Pau que dá em Chico dá em Francisco", que a direitona ligada ao PSDB e, principalmente, aos desvios do PSDB nas privatizações, no mensalão tucano, no propinoduto, no trensalão, nos sanguessugas e vampiros da vida entrou em pânico.

O Estadão foi direto ao ponto logo na primeira pergunta ao novo procurador-geral, trocando apenas mensalão tucano por mensalão mineiro, quando mineiro é o cidadão que nasce em Minas Gerais ou o quem trabalha em minas.

O processo do mensalão está acabando. O senhor vai acelerar o processo do mensalão mineiro?
Pau que dá em Chico dá em Francisco. O que posso dizer é que, aqui na minha mão, todos os processos, de natureza penal ou não, vão ter tratamento isonômico e profissional. Procuradores, membros do Ministério Público e juízes não têm processo da vida deles. Quem tem processo da vida é advogado. Para qualquer juiz e para o Ministério Público todo processo é importante. [Fonte]

A resposta não tardou. No outro dia, o jurista Ives Gandra Martins, eminência jurídica da direita mais direitosa, aquela do Opus Dei, correu à Folha para dizer o que guardou silente durante todo os oito anos do tal mensalão: que José Dirceu foi condenado sem provas. Logo de cara também, mostrou onde está sua preocupação (que, evidentemente, passa longe de Dirceu e do PT):

Do ponto de vista jurídico, eu não aceito a teoria do domínio do fato. Com ela, eu passo a trabalhar com indícios e presunções. Eu não busco a verdade material. Você tem pessoas que trabalham com você. Uma delas comete um crime e o atribui a você. E você não sabe de nada. Não há nenhuma prova senão o depoimento dela -e basta um só depoimento. Como você é a chefe dela, pela teoria do domínio do fato, está condenada, você deveria saber. Todos os executivos brasileiros correm agora esse risco. É uma insegurança jurídica monumental. Como um velho advogado, com 56 anos de advocacia, isso me preocupa. A teoria que sempre prevaleceu no Supremo foi a do "in dubio pro reo" [a dúvida favorece o réu].[Fonte]

Outro direitoso silente, o ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo também atacou o julgamento da AP 470.

Os pitbulls do STF, que vinham sendo endeusados, começaram a ter seus podres expostos. O ex-presidente do STF Nelson Jobim atacou o ministro Gilmar Mendes (a esse respeito, leia aqui O que mais é necessário para que se declare o impeachment de Gilmar Mendes?).

O terror da direita é um só: que se repita o julgamento medieval utilizado no "julgamento do mensalão" quando os réus forem o Fernando, o José, o Geraaaaldo, quando não deixarem os tucanos fugirem pela direita sem passar pelo bafômetro no cangote da Lei, que como disse em boa e primeira hora o novo procurador-geral "Pau que dá em Chico dá em Francisco".




Madame Flaubert, de Antonio Mello

Clique para ver...

MARIA DO ROSÁRIO ENCARA OS GORILAS NO PRIMEIRO DIA

     No primeiro dia como Ministra dos Direitos Humanos,  a Deputada Maria do Rosário já disse a que veio: dentre outras prioridades prometeu, em seu discurso de posse, que vai cumprir o Plano Nacional de Direitos Humanos, pedindo ainda ao Congresso que aprove a criação da Comissão da Verdade, que tem a atribuição buscar o esclarecimento de casos de tortura, morte e ocultação de cadáveres ocorridos durante a ditadura militar de 64. Segundo a Ministra, “o Estado brasileiro tem de resgatar sua dignidade em relação aos mortos e desaparecidos na ditadura. Como disse a Presidente Dilma, não se trata de revanchismo.”
     Mas, como era de se esperar, a firme disposição de Rosário em enfrentar esta questão, cujo encaminhamento vem se postergando devido a pressões dos militares, apoiados dissimuladamente pelo Ministro da Defesa, o general-de-opereta Nelson Jobim (em que lugar melhor poderia estar um sujeito que acrescenta secretamente na Constituição dispositivos que não foram votados?), causou frisson na caserna.
     Apresentando-se como porta-voz da gorilada saudosa da ditadura, o chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general José Elito Siqueira, manifestou-se contra o projeto, afirmando que a existência de desaparecidos no regime militar não deve ser motivo de vergonha, mas sim considerado como fato histórico. Pela fala, conclui-se que o general considera normal o desaparecimento de pessoas por motivos políticos durante a ditadura militar, o qual ele chama, eufemisticamente de “Movimento de 31 de março de 1964”.
     O militar, imediatamente chamado pela presidente Dilma a se explicar,  pois a criação da Comissão da Verdade é projeto do seu governo e do governo Lula, jogou a culpa nos jornalistas, dizendo que “foi mal compreendido” pela imprensa.
     Ocorre que, sabidamente, os militares são contra a criação de um órgão destinado a dar a versão oficial do Estado brasileiro sobre as torturas e as mortes patrocinadas por órgãos de repressão política durante a ditadura de 64, fato explicado não apenas pelo espírito corporativo fortemente arraigado na caserna mas, especialmente, porque quase todos os militares que atualmente ostentam altos postos da hierarquia militar fizeram suas carreiras e cresceram profissionalmente durante a ditadura. E, como se consegue isto? Servindo-a exemplarmente. Daí a resistência ao desvelamento das atrocidades cometidas por órgãos de Estado durante o regime militar.
     E não é somente agora que a contrariedade dos militares se manifesta publicamente: em fevereiro de 2010, o general Maynard Marques de Santa Rosa foi exonerado do cargo de chefe do Departamento-Geral de Pessoal do Exército (embora com quatro estrelas no ombro, era apenas comandante de escrivaninha) porque em carta endereçada a um amigo da reserva, mas amplamente divulgada na internet, afirmara que a Comissão da Verdade seria formada por “fanáticos” e que seria a “comissão da calúnia.”
     Como se vê, não será nada fácil a empreitada da ministra, especialmente se considerado que o seu colega de ministério, o general-da-banda Nelson Jobim, faz um jogo pendular, ora atacando iniciativas destinadas à defesa de direitos humanos, ora dizendo apoiá-las.
     Ontem à noite, ao pesquisar documentos, caiu às mãos deste armarinheiro o discurso pronunciado pelo falecido poeta, jornalista, vereador e vice-prefeito de porto Alegre, Glênio Peres, na posse da Câmara Municipal da capital gaúcha ocorrida em janeiro de 1977, em plena ditadura. Perante uma plateia repleta, na qual se encontravam, dentre outros, o prefeito nomeado de Porto Alegre e diversas  autoridades militares, Glênio, corajosamente, como era da sua natureza, afirmou que “A Câmara Municipal de Porto Alegre é para proclamar também o grande buraco aberto nos direitos humanos, nos direitos do cidadão brasileiro. Esta tribuna é para dizer que há um buraco numa rua do Sarandi [bairro de Porto Alegre] e que há uma imensa prisão que hoje impede a manifestação de pensamento em prol da liberdade de todos os brasileiros. Esta tribuna, senhor presidente, senhor prefeito, serve para dizer que não há asfalto em determinadas vielas da comunidade, mas tem que servir para dizer que há escolas chamadas de anti-terrorismo, especialistas em retirar as unhas das pessoas, fazer doer a integridade física das pessoas, em fazer com que cada um diga o que não quer e, principalmente, fazer com que pague com seu sangue, e sua vida, o preço do seu pensamento e o exercício da sua liberdade.”
     Este discurso custou os mandatos de Glênio Peres e de outro corajoso lutador pelos direitos humanos da capital gaúcha, o também já falecido ex-vereador Marcos Klassmann, que reproduziu o discurso dias depois, cassados pelo general da vez com base no AI-5.
     Maria do Rosário, que também foi vereadora em Porto Alegre, é herdeira desta tradição de lutadores gaúchos em prol da liberdade e dos direitos humanos. E quem pensa que o seu jeito delicado a torna passível de pressões e constrangimentos, se engana: coragem e determinação, ela tem de sobra.
Clique para ver...

O peso da aliança com o PMDB



UAI DILMA! MOREIRA FRANCO? O CARA É UM VERME


Laerte Braga


O ex-governador do estado do Rio Moreira Franco ministro secretário de Assuntos Estratégicos é pior que piada, ou não tem nada a ver com piada. É um retrocesso sem tamanho. Sai o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, um dos mais qualificados do Itamaraty, intelectual e pensador de renome em todo o mundo e entra um verme lato senso.

Moreira Franco é ex-genro do genro de Getúlio Vargas e em 1982 foi um dos protagonistas da tentativa de fraude das eleições para o governo do Rio. O célebre escândalo PROCONSULT. Transformar os votos em branco e nulos em votos favoráveis ao candidato da ditadura militar e derrotar Leonel Brizola.

Quem era o candidato da ditadura? Wellington Moreira Franco, escolhido agora por Dilma Roussef para um Ministério da vital importância, a Secretaria Nacional de Assuntos Estratégicos.

Moreira Franco não disputa cargos eletivos desde que derrotado na última vez e imaginava-se que o ex-governador (foi eleito em 1986 em disputa com Darcy Ribeiro) estivesse posto em aposentadoria, afinal, o que amealhou com a corrupção generalizada em seu governo é mais que suficiente para uma aposentadoria às custas do povo fluminense e brasileiro.

Sai das cavernas e indicado pelo PMDB vira ministro de uma secretaria decisiva para o País.

Não conhece assuntos estratégicos, conhece “quanto é o meu”.

A presidente eleita Dilma Roussef parece ter se equivocado de caminho em seus primeiros momentos, a escolha do Ministério, a julgar por figuras sem o menor compromisso com os compromissos que Dilma assumiu em campanha.

Garibaldi Alves ministro da Previdência? É o fim da picada.

Não é possível que o PMDB não tenha quadros melhores. Edíson Lobão? Dilma perdeu o senso deve estar embriagada ainda pela vitória nas eleições de outubro.

Há um compromisso claro da presidente de continuidade das políticas do governo Lula. Não significa que seja um terceiro mandato como sugerem alguns (pelo contrário, o Ministério mostra que está mais para Serra que outra coisa). Nem significa que as políticas do governo Lula sejam todas merecedoras de aplausos.

O governo como um todo, isso sim, representou e representa um avanço se levarmos em conta o que até agora se nos foi apresentado, digamos assim.

Duas molas mestras, as políticas sociais e a política externa são o ponto alto do governo Lula. Se observarmos a lógica capitalista, a econômica também.

Dilma já dá sinais claros que vai mudar a política externa (ao sabor dos interesses de Washington), manter uma figura no mínimo traiçoeira como Nelson Jobim no Ministério da Defesa e agora anuncia Moreira Franco, Garibaldi Alves e Edison Lobão.

É trinca para desmoralizar qualquer governo antes de começar.

Há uma realidade da qual Dilma não pode escapar sob pena de se mostrar a “víbora” que Lamarca teria falado. É produto de Lula, foi eleita por isso e olhe que era o produto mais pesado que o presidente tinha. Por si não era nada.

Ou mantêm os compromissos assumidos, suas raízes, ou vai sucumbir a alianças com as forças conservadoras e teremos uma versão petista do tucanato.

Pelo Ministério até agora indicado, a maioria das figuras, não há dúvidas quanto a essa capitulação.

Se estiver muito pressionada em relação à Saúde, pode deixar a máscara cair e chamar José Serra de uma vez, aí fica claro que Lamarca estava certo.

E o PT?

Há uma semana o presidente Lula anunciou que o Brasil reconhece o Estado Palestino nas fronteiras anteriores à guerra de 1967, o que representou um avanço notável na posição do País sobre o Oriente Médio.

Na mesma semana Dilma anuncia que Celso Amorim está fora do Ministério das Relações Exteriores, que Jobim vai ficar no Ministério da Defesa e agora se livra de Samuel Pinheiro Guimarães.

Troca a inteligência, o caráter, a brasilidade pela pilantragem política, nomeia ministro um sujeito desqualificado em qualquer ângulo que se queira ver como Moreira Franco o é.

Eu, se fosse Lula, antes que lambança comece e aproveitando os dias últimos do mandato ia a uma rede nacional de rádio e tevê e diria mais ou menos o seguinte. “Companheiros e companheiras me desculpem, cai no conto Dilma Roussef, peço perdão, afinal sou humano e errar todo mundo erra”.  

A moça virou à direita, mas ligou a seta, durante a campanha, para a esquerda.

Moreira Franco é um verme, nada além disso e sua indicação é a negativa de tudo o que a presidente eleita disse como candidata.

Alianças? Tudo bem, mas pelo menos nomes respeitáveis, competentes e a turma indicada, esse trio, é pior que parada dura, é quadrilha. 
Clique para ver...

Trairas

#forajobim
Clique para ver...

Filisteu, traíra e ratazana moral

Do Diário Gauche:
#forajobim

A permanência do fala-fina

O compositor e escritor Chico Buarque na recente campanha eleitoral, ao comentar a política internacional do governdo Lula, disse o seguinte: "É um governo que fala de igual para igual: não fala fino com Washington e não fala grosso com a Bolívia e o Paraguai e, por isso mesmo, é respeitado no mundo inteiro".

Com a divulgação dos documentos diplomáticos feito pelo WikiLeaks ficamos sabendo - sem nenhuma surpresa - que a assertiva de Chico não vale para todo o governo Lula. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, por exemplo, estava fazendo uma fala distinta (fala fina), ainda que particular, zé-com-zé, sussurrada, venenosa e covarde. Chegou a passar informações - acreditem - sobre a saúde pessoal do presidente Evo Morales. Apreciou de forma arbitrária, moralista e subjetiva o modo como colegas seus de governo vêem os Estados Unidos. Jobim, assim, experimentou uma forma particular de lamber-botas e de se colocar de quatro para o que certamente julga serem os patrões do mundo conhecido.

O grande escritor russo Vladimir Nabokov tem um pequeno texto (hora dessas eu traduzo aqui para os nossos leitores) chamado "Filisteus e Filisteísmo". É delicioso e hilário. O grande autor de "Lolita", conceitua o tipo vulgar que está satisfeito com tudo ao seu redor, em especial, o que é falsamente importante, falsamente bonito, falsamente valioso, falsamente inteligente, etc. À medida que se vai avançando na leitura, na nossa imaginação desfilam dezenas de idiotas que podem representar o "filisteu satisfeito e com pretensões". Nossa imaginação, estimulada pelo genial Nabokov, reúne mais ratazanas que o enfeitiçador flautista de Hamelin, vanguardeados - claro - pelo indizível ministro lulista.

Em tempo: A permanência de Jobim no ministério lulo-dilmista tem conexão com as negociações para a compra de uma frota de aviões de caça da França?
Clique para ver...

Puxa-saco

#forajobim
Clique para ver...

O tom do Jobim

Clique para ver...

O “GENERAL” NÉLSON JOBIM BATE CONTINÊNCIA PARA WASHINGTON

Laerte Braga


Nelson Jobim é um trêfego. No dicionário está a definição – astuto, dissimulado –. As revelações feitas pelo site WIKILEAKS sobre suas ligações com o embaixador dos EUA no Brasil, Clifford Sobel e os comentários desfechados sobre os ministros Samuel Pinheiro Guimarães (Secretaria Nacional de Assuntos Estratégicos) e Celso Amorim (Relações Exteriores) são suficientes para que, num assomo de dignidade, se ainda restar alguma a ele, pedir demissão e recusar o convite da presidente eleita Dilma Roussef para continuar à frente do Ministério da Defesa.

Se não o fizer, cabe ao presidente Lula demiti-lo por ato de, no mínimo, deslealdade com o governo a que serve e a presidente eleita comunicar que o convite está anulado.

Nelson Jobim foi ministro da Justiça de FHC e um dos principais responsáveis pelo plano nacional de privatizações, não tem nada a ver com as propostas defendidas por Dilma Roussef em sua campanha eleitoral.

Nos primeiros entraves ao processo de privatização da CIA VALE DO RIO DOCE – hoje VALE –, FHC decidiu indicá-lo para o STF (Supremo Tribunal Federal) com a tarefa de remover obstáculos à entrega da empresa. Ao tomar posse Nelson Jobim pronunciou um dos mais lamentáveis discursos da história da chamada Corte Suprema. Afirmou-se “líder do governo” junto a seus pares. Foi um momento de pequenez do Poder Judiciário. 

À época o fato causou estranheza a alguns juristas e indignação a outros. Uma das primeiras providências que Jobim tomou foi retirar das mãos da juíza Salete Macalóes as decisões (estavam afetas a ela pelo instituto jurídico do Prevento) sobre a privatização da VALE.

Salete Macalóes havia concedido liminares contra a decisão do governo apontando inúmeras irregularidades na privatização da VALE, na forma como estava sendo conduzida e levantado a ponta de um iceberg de corrupção. Jobim transferiu o processo para um juiz maleável, digamos assim, capaz de engolir sapos e engordar conta bancária.

Cumprida a missão saiu do STF, voltou à Câmara dos Deputados e numa dessas derrapadas de Lula virou ministro da Defesa.

Vestiu a farda de “general de carreirinha” e desceu assim no aeroporto de Porto Príncipe, Haiti, logo após o terremoto que varreu o país. Como norte-americanos estavam ignorando a presença de tropas brasileiras (que tinham o comando nominal das operações por ali) e chamaram a si o comando de fato, Jobim foi comunicar aos generais brasileiros que iam ter que engolir o sapo ianque e dizer à imprensa que nada mudou, o comando era “nosso”. Contou com o apoio decisivo de uma das agências norte-americanas no Brasil, a GLOBO.

Balela. Jogo de cena. Ridículo no uniforme de campanha. Patético.

Os documentos revelados na última semana pelo site WIKILEAKS mostram que Jobim mantinha estreitos contatos com o embaixador dos EUA no Brasil e identificava nos ministros Samuel Pinheiro Guimarães e Celso Amorim os “inimigos” dos patrões, no caso os EUA.

No último dia de seu governo o presidente Lula deve dirigir-se aos dois ministros, Samuel e Celso Amorim e agradecer o fardo carregado ao longo desses oito anos construindo o respeito que o Brasil nunca teve mundo afora.

É Jobim, “general de carreirinha” que bate continência para Washington, quem tenta impedir a continuidade de Celso Amorim no Ministério das Relações Exteriores. Quer um ministro padrão Celso Láfer, aquele que quando chegou ao aeroporto de New York tirou os sapatos para submeter-se a uma vergonhosa e ultrajante revista pela polícia antiterrorista.

E de preferência, se for o caso, tire os sapatos, a roupa, tudo e na ONU caia de quatro.

A responsabilidade de Dilma Roussef diante desses fatos é grande e qualquer concessão pode custar caro à presidente eleita.

Não há sentido, mas um profundo desrespeito ao Brasil e aos brasileiros manter uma figura repulsiva como Nelson Jobim num Ministério estratégico como o da Defesa.

Será, se acontecer, um retrocesso sem tamanho, até no conceito de “capitalismo a brasileira”, modelo criado pelo presidente Lula para driblar as bombas de efeito retardado deixadas por FHC.

Um País como o Brasil, num momento como esse, não pode submeter-se ao terrorismo norte-americano, claro e explícito nos documentos tornados públicos pelo WIKILEAKS, que envolvem desde ingerência em governos outros, a prática sistemática de violações de direitos humanos, incluindo estupros de prisioneiros e eventuais “inimigos”.

O pânico mostrado pela secretária de Estado Hilary Clinton com a divulgação dos documentos, que coloca a nu toda a “preocupação com a paz e a democracia” dos norte-americanos atesta a gravidade dos fatos. A acusação feita pelo governo do protetorado norte-americano na Europa, a Suécia, de “crime sexual” contra o fundador do site WIKILEAKS é prática corriqueira entre esse tipo de gente.

Acuados, transferem as responsabilidades para outros inventando histórias e buscando desacreditar já que não podem desmentir ou negar toda a barbárie praticada nos últimos anos, toda a sorte de trapaças contra governos legítimos em várias partes do mundo.

E Nelson Jobim é um dos homens dos EUA nesse emaranhado todo.

Um “general” de fancaria, um trêfego travestido de patriota, que aliás, é sempre bom lembrar, “é o último refúgio dos canalhas”.

Ao contrário, o ministro Celso Amorim foi eleito pela revista norte-americana FOREIGN POLICY como o 6º “pensador global mais importante do ano”, com o mérito de “transformar o Brasil em ator global”. Segundo a revista, “nem se opondo reflexivamente aos EUA no estilo da velha esquerda latino-americana nem servilmente seguindo sua liderança, Amorim marcou um curso independente”.

Amorim está, no ranking da revista, à frente de Hilary Clinton secretária de Estado dos EUA. O presidente (pensa que é presidente) Barack Obama é o terceiro na lista. O brasileiro está à frente também da chanceler do protetorado norte-americano Alemanha, Angela Merkel.

Por trás de tudo isso existe um outro e importante aspecto a ser considerado. Foi com Nelson Jobim ministro da Justiça de FHC que foi intensificada a participação do FBI e da CIA junto a órgãos do governo brasileiro no pretexto do combate ao tráfico de drogas e na prática, no controle do próprio governo de Fernando Henrique.

Um dos objetivos primeiros dos norte-americanos é encher o Brasil de bases militares para controle total do País e suas riquezas, criar a chamada OTAN do Atlântico Sul, transformar o Brasil em base de operações contra países latino-americanos que se oponham às políticas imperialistas de Washington.

Jobim está de volta e com ele as mesmas práticas golpistas e colonialistas.

O futuro governo Dilma tem esse desafio. Ou mantém a diplomacia montada na competência e na conseqüência de ministros como Celso Amorim, ou cai de quatro também.

Se os episódios da guerra contra o tráfico no Rio de Janeiro mostraram um governo presente no combate ao crime organizado, por baixo dos panos, negociações para maior participação de agentes dos EUA nessa luta ocorreram tranquilamente com Nelson Jobim à frente.

Lula está dormindo de touca nessa história e Dilma pode herdar essa touca.

Jobim é agente de potência estrangeira, como nocivo ao Brasil, em todos os sentidos, é o acordo militar com os EUA. E vale até registrar que foi rompido no governo do general Geisel. O que significa que até na ditadura se percebeu em dado momento os propósitos colonialistas dos EUA.

Com Jobim corremos o risco de no cesto do Ministério estar uma cobra cujo veneno não tem soro antiofídico. É preciso levar em conta que a tênue democracia brasileira implica num processo maior de reconstrução democrática que, por sua vez, significa também a reconstrução das forças armadas como segmento de toda essa caminhada. O golpe de 1964 gerou um corpo militar comprometido com interesses não nacionais, os norte-americanos e as mudanças e percepções dos reais interesses dos EUA aqui são lentas. Boa parte dos militares brasileiros também bate continência para Washington, como bateu para Vernon Walthers em 1964.  

Jobim não é só trêfego, é também um cancro no governo. Uma doença caracterizada por uma população de células que crescem e se dividem sem respeitar limites normais, invadem e destroem tecidos adjacentes, podem se espalhar para lugares distantes no corpo através de algo que se conhece como metástase.

#forajobim 
Imagem: Eugênio Hansen
Clique para ver...

Nelson Jobim: afastem esse 5ª coluna do Governo!


Agora temos um informante da Embaixada estadunidense dentro do Governo Lula. Por muito menos que isso, caíram Paulo Lacerda e Erenice Guerra.

#forajobim

Arte: Blog da Dilma
Clique para ver...
 
Copyright (c) 2013 Blogger templates by Bloggermint
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...