Mostrando postagens com marcador guerra. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador guerra. Mostrar todas as postagens

Caçada ao WikiLeaks

Chasing WikiLeaks

Clique para ver...

O trilhão da depressão no Afeganistão

antes do prozac, os antidepressivos mais pop eram de lítio. hoje, não mais. lítio agora é pop nos nossos celulares, notebooks e outros brinquedos caros.

lítio é raro. países com lítio no subsolo precisam tomar muito cuidado para não serem bagunçados pelas potências coloniais, pois essas querem o que é raro a preço de banana.

a bolívia tá conseguindo se defender do achaque dos EUA e de outras potências, e pode vir a se desenvolver a partir da organização industrial da exploração e produção de itens com o minério. mas o afeganistão não teve a mesma sorte. como invasor que chegou para ficar, os EUA levaram ao afeganistão soldados, armas e geólogos. e lá acharam uma quantidade trilionária de minérios no subsolo.

agora todos vão agradecer w. bush e obama pelo investimento trilionário na guerra e invasão. não são uns managers porretas?

quanto aos afegãos, estes pobres coitados não vão conhecer a paz e a liberdade enquanto houver um único níquel debaixo da terra. nós não precisamos nos preocupar, pois nossos brinquedinhos caros estão garantidos. qual o problema em fazer bonito com o fruto da escravidão alheia? Alegre-se, tem lítio para todos!
Clique para ver...

O que o exército de Israel não quer que saibamos


por Noam Sheizaf no Amálgama* – Os vídeos do navio Mavi Marmara divulgados pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) estão dando o tom das notícias em Israel durante as últimas 48 horas. O efeito tem sido espantoso: eles silenciaram todas as perguntas sobre a operação e fizeram o público se alinhar junto ao governo e o exército, como mostra uma pesquisa do Maariv. Eles fizeram com que israelenses saíssem às ruas, protestando em frente à embaixada da Turquia e em protestos menores pelo país.

Mas, por mais incrível que pareça, já fazem quase três dias que o exército atacou o navio e ainda não sabemos nada sobre o ataque propriamente, fora o fato de que alguns homens no Mavi Marmara agrediram os soldados quando estes desceram por helicóptero no convés superior. Também temos razões para acreditar que esse ataque foi planejado com antecedência, mas que armas de fogo não estavam envolvidas.

Em outras palavras: sabemos apenas o que Israel quis que soubéssemos.

Neste ponto é extremamente importante dizer o que não sabemos: Não sabemos os nomes e nacionalidades dos passageiros mortos. Não sabemos por certo quantas pessoas foram feridas. Não sabemos onde elas foram mortas, quando e como morreram. Não sabemos se e quando foi prestado tratamento médico a essas pessoas. Haviam câmeras de segurança no convés, mas Israel não nos mostra o que foi filmado, exceto o material que serve a seus propósitos. Os clipes de visão noturna liberados pelo exército acabam bem antes dos tiros começarem.

Não sabemos o que aconteceu antes dos civis agredirem os soldados. Alguns passageiros alegaram que os soldados abriram fogo antes mesmo de pisarem no navio, mas não sabemos se isso é verdade.

Mais importante, não sabemos nada sobre a batalha em si – se foi mesmo uma batalha. Parece ter sido uma longa batalha, já que temos uma rápida gravação em que pode-se ouvir a deputada israelense Hanin Zoabi pedindo por ajuda e implorando aos soldados em inglês e hebraico para que parassem de atirar (é o segundo áudio nessa página). A essa altura, já haviam passageiros feridos e podemos supor que os ataques aos soldados tivesse parado. Mas o tiroteio continuou.

Algumas dessas informações poderiam ter sido disponibilizadas se as FDI não tivessem confiscado todo o material do Mavi Marmara. O que é ainda pior é que o exército está agora editando os filmes e os liberando de forma que se encaixem em sua própria narrativa. Esse filme, do convés superior, parece ter sido feito por um passageiro ou membro da tripulação. O filme abaixo, mostrando os passageiros se preparando para o ataque israelense, foi feito pela câmera de segurança do navio.

Há um ótimo post no blog The Lede, do New York Times, sobre os clipes liberados pelas FDI. Nele, Robert Mackey observa que as imagens que o exército liberou carecem de contexto. Minha única observação é que elas foram deliberadamente tiradas de contexto.

A forma como Israel está retendo informação é muito preocupante. Se o exército não tem nada a esconder, por que não liberar o material? Naturalmente, Israel também está se recusando a tratar das perguntas maiores, tais como por que a flotilha foi atacada em águas internacionais, e, se esse foi o caso, se os passageiros não tinham o direito de resistir à tentativa dos soldados de adentrarem seu navio.

O pior efeito dessa guerra de relações públicas ocorre no público israelense, que agora vê toda a flotilha como um empreendimento terrorista. Pode-se ver os efeitos desse humor nacionalista na maneira com que os membros do Knesset quase atacaram fisicamente a deputada Zoabi hoje (o vídeo, aqui). De fato, a campanha do governo foi tão bem sucedida que muitos protestaram após a liberação dos passageiros detidos, alegando que os terroristas deveriam ser “levados à justiça”.

Tudo isso leva à conclusão de que apenas uma investigação internacional poderia nos dar alguma luz sobre os eventos no Mavi Marmara. Mesmo assim, as chances das FDI darem acesso completo aos materiais disponíveis e aos soldados são pequenas, na melhor das hipóteses.

* Noam Sheizaf, Tel Aviv, nasceu em 1974, serviu por cinco anos no exército israelense e hoje é jornalista, tendo trabalhado em veículos como Ynet.co.il e Maariv. Seu blog em inglês, Promised Land, é parceiro do Amálgama, cedendo conteúdo para tradução e reprodução. [tradução: Daniel Lopes]

Leia também DANDO NOME AOS BOIS: O QUE HOUVE FOI 'PIRATARIA' E 'SEQUESTRO' e Robert FisK: O jornalismo e as palavras do poder

Clique para ver...

O punho cerrado de Obama

No discurso de posse, com W. Bush e família saindo de cena rápido mas fininho, Obama disse algo lindo, sobre a relação que promoveria com os países em conflito com os EUA, como o Irã. Não lembro as palavras exatas, mas ele disse algo como:

Se vocês abrirem seus punhos, nós lhes estenderemos a mão.

Eu me emocionei. É tudo o que eu gostaria de ter ouvido um presidente dos EUA falar, naquele momento. Senti esperança de paz.

Agora, Obama cerra o punho. Os céticos já diziam que a coisa seria assim, e eles têm razão, infelizmente. Não há diferença entre Obama e W. Bush para nós que não votamos para presidente dos EUA.

O Brasil e outros países buscam soluções pelo diálogo, e fomos todos esbofeteados pela hybris estadunidense. Isso não quer dizer que perdemos, pois o perdedor claro é Obama, pois ele simplesmente repete a fórmula que tirou a credibilidade de W. Bush e Blair, além dos EUA e da Inglaterra. Não se pode dizer nem mesmo que Obama e os EUA ganham por ter a decisão final, no caso a opção pela guerra, dado que as sanções darão nisso. Não há vitória aqui, pois este é o beco sem saída no qual W. Bush enfiou os EUA, e do qual os estadunidenses achavam que Obama os tiraria. É um beco sem saída econômico, dados os custos trilionários da guerra. É um beco sem saída político, dada a insatisfação popular. E é um beco sem saída diplomático, por razões mais do que óbvias.

PS - É claro que a comunidade internacional tem o direito de tentar impedir a proliferação de armas nucleares, se é que isto não é um dever. A crítica é ao meio escolhido, no caso as sanções. Por duas razões. Primeiro, é inefetivo, pois maltrata a população civil, o que leva à exacerbação e extremismo internos, com consequente enfraquecimento de posições mais ao centro e liberais. No caso do Irã, isto sim é explosivo. Segundo, porque a história recente nos mostra que usualmente o passo seguinte é a guerra ou o impasse, ao invés do diálogo. Tivemos guerra no caso do Iraque, e impasse nos casos de Cuba e das Coreias. O meio escolhido tem que ser o diálogo. Esta é uma lição importante do século 20, a qual levou à criação da ONU. Pode ser caro e doloroso esquecer disto.

Posted via email from cesarshu's posterous

Clique para ver...

Sobre o acordo nuclear com o Irã, vale a pena ler...

Levando em conta que a Globo decidiu noticiar meras reações emocionais negativas e tolices, eis uma amostra do que vale a pena ler sobre o acordo nuclear com o Irã conquistado pelo eixo Brasil-Turquia:
  • Brasil e Turquia conseguiram fazer com que o Irã aceitasse agora os termos da proposta dos EUA de oito meses atrás. Ou seja, não há conflito com os EUA. Ao contrário, há competência de Brasil e Turquia por terem conseguido fazer, pelos EUA, o que os EUA não conseguiram.
  • Para Leonam dos Santos Guimarães, consultor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o acordo conquistado por Brasil e Turquia é positivo, e não há bases nucleares para a desconfiança dos EUA e da Europa, apesar de haver bases geopolíticas que extrapolam a discussão.
Também vale a pena lembrar, e discutir, o que não está sendo discutido: o poder nuclear de Israel. Discutindo o problema do ponto de vista nuclear, ao invés de geopolítico: cadê a proposta de sanções a Israel? Israel preocupa a AIEA, e está com novos submarinos capazes de lançar mísseis com ogivas nucleares.

PS - A França apoia o acordo. Se tiver acordado e tiver paciência, troca por um instante do Studio Pampa, programa com garotas seminuas da TV Pampa, o qual é um programa relativamente sério, perto da concorrência, e coloca na Globo, canal que estará apresentando um comidiciário ou notédia (mistura de comédia com noticíario, pois as "notícias" são uma piada) só pra ver o apresentador William Waack fazendo cara feia para Sarkô, por (sic!) chutar as canelas dos EUA. Isso se o apoio da França ao Brasil for assunto para a Globo, é claro.
Clique para ver...

U.S. Soldier on 2007 Apache Attack

U.S. Soldier on 2007 Apache Attack: What I Saw | Danger Room | Wired.com:
"Wired.com: But you had been in combat before. It shouldn’t have surprised you what you saw.

McCord: I have never seen anybody being shot by a 30-millimeter round before. It didn’t seem real, in the sense that it didn’t look like human beings. They were destroyed."
Clique para ver...

A interação entre elites, midia e público

Estou pensando em voz alta, ok?

Stephen Walt nos fez um resumo do livro War Stories: The Causes and Consequences of Public Views of War, de Matthew Baum e Tim Groeling, e eu lhes forneço a glosa da glosa. Para quem quiser, a Princeton University Press disponibiliza para download gratuito o capítulo 1. Trecho central do texto de Walt no seu blog na revista Foreign Policy:
[...] the interaction between elites, media, and public opinion is a three-way process in which each group’s behavior is essentially strategic. Politicians try to use media to advance their aims; the media picks stories in order to maximize audience (or in some cases, to advance an ideological agenda), and therefore tend to favor stories that are novel or surprising (like when a prominent senator criticizes a president from his own party). Similarly, the public does not just consume the news passively; readers and viewers use various cues to gauge the credibility of different sources.
Ou seja, separe três grupos: mídia, elites (políticos, confederações, ordens, ONGs, celebridades etc.) e opinião pública. Tome cada grupo como interagindo com o outro de maneira estratégica. As elites tentam usar a mídia para alcançar seus objetivos, a mídia seleciona material que maximiza a audiência e faz alcançar seus próprios objetivos, e o público usa várias pistas para avaliar a credibilidade da fonte de notícia.

Nada disso é novo, mas é bom ver que estudos empíricos colocam o público como um ator ativo e avaliador. Isso dá a nós da blogosfera um papel claro: fornecer ao público em geral dicas e pistas para a avaliação da mídia, pois o público fará isso de qualquer modo, visto que tem papel ativo no processo.

Mas, é claro, tudo isso é muito complicado. Outro trecho interessante da postagem de Walt diz respeito à voz das elites na mídia:
[...] coverage of conflicts and wars “tends to track elite rhetoric more closely in the relatively early stages of a conflict, while tracking reality more closely if a conflict persists," but "consumers become relatively less susceptible to the influence of elite rhetoric regarding a conflict ... as they gather more information ... [and] grow less responsive to new information, particularly when it conflicts with their prior beliefs.
Aqui temos três coisas relacionadas, mas distintas. Primeiro, o dado empírico que, nos estágios iniciais de um conflito, a mídia inicia a cobertura veiculando a retórica da elite, mas tende a veicular a realidade mais de perto, à medida que o conflito se estende. Segundo, novas informações tornam o público menos propenso a aceitar a retórica da elite. Terceiro, o público tende a ser indiferente a novas informações que se chocam com suas crenças prévias.

Juntas essas três coisas e mais o que foi dito acima nos dão um quadro bastante rico e articulado, pois dizem que a elite usa a mídia, mas a dinâmica da mídia ao longo de uma cobertura a afasta da retórica da mídia, sem no entanto separar a mídia da sua própria agenda, e com o público desequilibrado para o lado daquilo que já aceitava.

Só por dar esse quadro rico, a coisa toda já vale bastante para nós, pois as dicotomias que empobreciam o debate público gaúcho têm empobrecido o debate público nacional. Só pensar em um quadro sobre mídia e política com três elementos já é ganho. Mas também há o ganho de pensar com um quadro dinâmico. Nossas discussões costumam ser estáticas, imutáveis: meu lado é mocinho e é bonito, teu lado é bandido e é feio. No esquema acima, isso some da discussão.

Volto aos três pontos listados acima.

O primeiro ponto é simplesmente o dado empírico que a mídia parte de uma retórica que está vinculada a interesses muito claros, e busca fazer a opinião pública colaborar com os mesmos. É o famoso viés em favor de certos grupos privilegiados. Ok, isso não é novidade.

A cobertura de conflitos inicia da retórica da elite, mas tende a se aproximar da realidade, à medida que o conflito se estende. Esse é um dado empírico importante. O segundo ponto diz que essa dinâmica elite-mídia tem um reflexo na dinâmica mídia-público, pois o público tende a se afastar da retórica da elite, ao que parece por causa das novas informações. Ao que parece, isso quer dizer que é possível fazer o público abandonar a retórica da elite a partir de novas informações, e também que fornecer novas informações é uma maneira de conduzir o público a outro ponto de vista.

No entanto, o público não pode ser conduzido a qualquer lado a qualquer momento, pois seu modo ativo presente de aceitar novas informações está condicionado pelas opiniões que aceitou no passado. Esse é o terceiro ponto, e quer dizer que o público é ativo, mas conservador, no sentido de se prender mais ao que aceitava no passado do que ao que é novo, quando o novo entra em conflito com a crença passada. Isso quer dizer que um elemento fundamental para a formação de opinião pública é estar de acordo com as opiniões aceitas pela opinião pública, ou modificá-las lentamente.
Clique para ver...

A poluição da guerra (Ecotecno)

Pois é o Pentágono o maior utilizador institucional de produtos de petróleo e energia. E, não obstante, tem isenção geral em todos os acordos climáticos internacionais.
Sara Flounders, na Carta Maior, nos informando que a poluição gerada pelo aparato de guerra dos EUA e da OTAN não entra no cálculo da emissão de dióxido de carbono
Clique para ver...

Gráfico com ícones bonitos, e desarmamento

A Folha de São Paulo (LibraryPress, acesso restrito) traz um gráfico bonitinho, com belos ícones, comparando poder de fogo do Irã e de Israel. Mas as informações são falhas.

Falta uma comparação direta entre número de aviões, por exemplo.

Além disso, o gráfico apenas indica que Israel talvez tenha 200 ogivas nucleares, sem dar isso como a manchete, pois isso sim é preocupante para qualquer nação vizinha. A matéria também não diz que a Agência Internacional de Energia Nuclear manifestou preocupação com o uso militar da energia nuclear por Israel, e pediu inspeções internacionais.

Faltou também comparar o número de submarinos com capacidade de disparar mísseis com ogivas nucleares. Israel tem três submarinos Dolphin com essa capacidade, e está para adquirir mais três.

Ah, e faltou dizer que os EUA estocam bombas em Israel, e Israel tem direito de usá-las em caso de "emergência". E a noção de "emergência" em jogo é bem frouxa. Tipo, ficar sem bombas após atirá-las em civis é uma "emergência".

Claro, a matéria fala em "sanções". Mas seria bacana dizer pro leitor que sanções acabam com a vida dos civis, o que acaba com a estabilidade do país, e fortalece os extremistas. As sanções de Blair e Bush ao Iraque serviram para que crianças morressem por falta de remédios simples. A que vem tal tipo de atitude?

Mas, não sejamos tão críticos. Talvez o jornal não informe nada disso porque todos estejam cansados se saber. Ú ié.......

O fato é que há gente como a gente que só quer viver em paz aqui, nos EUA, no Irã, em Israel e em todos os lugares. Tipo a garota iraniana abaixo:



Se me permitem a divagação, e o final cafona, pois o desarmamentismo está fora de moda, é irresponsável entrar na onda dos loucos por guerra, sejam esses quem forem, venham esses de onde vierem. Se é para falar de uma ameaça, que se fale do quadro todo, o que inclui todas as forças militares envolvidas, e também todas as pessoas que só querem viver em paz. Ameaça mesmo é fortalecer malucos que achariam ruim uma garota malhar em público ao som de Eye of the Tiger, e se os fortalece com sanções mais 200 ogivas nucleares nunca admitidas.
Clique para ver...

Nova estratégia dos EUA no Afeganistão

A nova estratégia das forças armadas dos EUA que ocupam o Afeganistão é manter o fluxo de bens entre as cidades médias que acolhem de boa vontade suas forças, de modo a reforçar o comércio e a economia dessas cidades, saindo das cidades menores.

Também haverá ataques dos marines encabeçados por forças bucha-de-canhão locais às cidades dominadas pelos adversários, os quais não tenho ideia clara de quem são, mas são chamados de "talibã".

Da reportagem de Joshua Partlow para o Washington Post (LibraryPress, acesso restrito).
Clique para ver...

Stalingrado (História e memória)

Excelente postagem no NPTO.
Clique para ver...

Para que serve a OTAN? (História)

Em editorial de 2006, o jornal russo Pravda já dizia que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), aliança militar ocidental, havia sido criada em 1949 sobre a farsa da ameaça soviética.

Farsa, pois a URSS foi destruída na Segunda Guerra Mundial, e não tinha meios de levar adiante o esforço de guerra.

Para se defender da OTAN, em 1955 a URSS organizou o Pacto de Varsóvia, o qual deixou de existir em 1990.

Mas a OTAN está aí até hoje, e se espande para o leste. Os EUA posicionarão mísseis Patriot no território polonês.

A que vem isso? Difícil dizer, pois é difícil ver razão para a existência da OTAN. O Pravda via três motivos para tal organização existir.

Primeiro, é um fato que a Europa poderia se organizar militarmente sem os EUA. Levando isso em conta, a OTAN interessa aos EUA, nação que mantém sua presença militar no território europeu por causa da OTAN.

Segundo, os negócios. A OTAN dá emprego a milhares de burocratas, e envolve negócios bilionários.

Terceiro, a Rússia, nação que não se submete aos interesses dos EUA, nisso diferindo de outras nações europeias, e aproximando-se da relativa independência estratégica da França, país que se afastou da OTAN nos anos 1960s.
Clique para ver...

Israel aumenta poder nuclear com submarinos alemães

Israel pretende posicionar um submarino com a capacidade de lançar mísseis com ogivas nucleares no Golfo Pérsico.

Durante o governo de Gerhard Schroeder, a Alemanha doou para Israel três submarinos Dolphin (foto), os quais estão entre os mais avançados do mundo, e tem a capacidade de disparar mísseis Harpoon (dos EUA) com ogivas nucleares.

Provavelmente, os novos submarinos não se limitarão ao extremo oriental do Mediterrâneo, e que Israel pretende estacionar um desses submarinos no Golfo Pérsico. De acordo com o site Islâmi Davet, com a entrega dos novos submarinos Dolphin a Israel, em 2011-12, Israel se manterá presente no Golfo Pérsico.

Trata-se de um ato de proliferação nuclear muito mais concreto do que qualquer ato do Irã até o momento. Seria de se esperar que o ocidente manifestasse seu repúdio, mas só se encontra silêncio e omissão da informação, e do seu impacto.

Além dos três submarinos Dolphin doados pela Alemanha, Israel possui mais dois, e pretende adquirir mais um. Esse pode ter sido um dos temas discutidos na reunião dos governos alemão e israelense, na última segunda-feira.

Usualmente a esquadra israelense fica confinada no extremo oriental do mar Mediterrâneo. No entanto, no dia três de julho de 2009 um submarino Dolphin e duas outras naves da marinha de Israel cruzaram o Canal de Suez e entraram no Mar Vermelho (mapa), em exercício conjunto com as forças militares do Egito.

A Alemanha é o segundo maior doador de auxílio militar e econômico para Israel, perdendo apenas para os EUA.

O poderio nuclear de Israel vem preocupando a Agência Internacional de Energia Internacional Atômica (IAEA, na sigla em inglês). No dia 18 de setembro de 2009, a agência pediu que o programa nuclear israelense fosse colocado sob supervisão internacional, no comunicado "Israeli nuclear capabilities". A IAEA alega que a proliferação de armas nucleares promovida por Israel ameaça a segurança e a estabilidade do Oriente Médio.

Além de fazer proliferar armas nucleares no Oriente Médio, há evidências de que Israel está se preparando para um novo ataque aos seus vizinhos, ou às populações das terras que invadiu. O exército dos EUA está dobrando o valor do "equipamento militar de emergência" estocado em solo israelense, de US$ 400 milhões para US$ 800 milhões. Israel pode usar esse material, se houver uma "emergência", como por exemplo a falta de bombas após ter usado todas as suas atacando países vizinhos ou civis em áreas invadidas.
Clique para ver...

Depoimento de Blair atrai mais de 3.000 pessoas (Mundo aos domingos)


Na sexta-feira, 29 de janeiro de 2009, o ex-Primeiro Ministro inglês Tony Blair fará depoimento em uma comissão de inquérito, com o objetivo de apresentar evidências que sustentem sua decisão de levar a Inglaterra a invadir o Iraque.

Várias pessoas pediram para assistir a audiência, e 3.041 pedidos foram considerados válidos, entre os quais os pedidos de famílias de soldados mortos no Iraque.

Info do Guardian, charge do Latuff.
Clique para ver...

Guerra é guerra e vice-versa!

Clique para ver...

Missil inteligente com precisão cirúrgica

Clique para ver...

Desconhecidos

Clique para ver...

Ano novo

Clique para ver...

Os Estados Unidos na geopolítica mundial depois do conflito na Geórgia

Do Blog O Biscoito Fino e a Massa, de Ildelber Avelar
Convenhamos que é meio humilhante começar a atirar e 48 horas depois implorar de joelhos por um cessar-fogo. Há algo de comovente em ver uma nação dar-se conta de que durante muito tempo acreditou num conto da carochinha. Segundo os relatos que chegam, o estado de espírito na República da Geórgia pode se resumir com uma pergunta atônita: onde estão os americanos que disseram que nos protegeriam, que eram nossos amigos? Os georgianos descobriram, na base da porrada, o que os latino-americanos minimamente informados já sabem há mais de um século: o que os EUA querem dizer quando alardeiam seu compromisso com a “liberdade e a democracia”.

As analogias históricas não funcionam muito bem para se compreender o conflito desta semana porque a Geórgia é – ou era, até a semana passada – um dos poucos lugares da galáxia onde o presidente americano goza de popularidade real. Como se sabe, a estrada que leva ao aeroporto de Tbilisi foi batizada com o tenebroso nome de George W. Bush. Ao longo dos últimos 16 anos em que predominou uma paz tensa na Ossétia do Sul e na Abkházia, e muito especialmente desde a eleição de Mikhail Saakashvili em 2004, a Geórgia tem sido a menina dos olhos do entrismo da OTAN.
Em abril deste ano, Bush defendeu abertamente a entrada da Geórgia no Tratado, sob os olhares estupefatos dos europeus, que sabiam muito bem a provocação que isso representaria para a Rússia. Logo em seguida, 1.000 marines foram enviados à base militar de Vaziani, na fronteira com a Ossétia do Sul, para treinamento do exército georgiano. Desde a visita de Bush ao país em 2005, os EUA apresentam a Geórgia como modelo de democracia, não se importando muito com as incontáveis denúncias de violações dos direitos humanos. Tudo indica que Saakashvili imaginou que contaria com algo mais que declarações verbais americanas no momento em que iniciasse a aventura militar na Ossétia do Sul (região onde, diga-se de passagem, fala-se língua da família irânica, sem relação com o georgiano, que é língua do grupo sul-caucasiano). Para piorar sua situação, as tropas russas são detestadas na Geórgia, mas são populares na Ossétia. Resumindo: a Geórgia imaginou que tinha entrado no clube.
Não é de se estranhar que a imprensa não tenha dito muito sobre as centenas de milhões de dólares em armas, treinamento, equipamento eletrônico, aviação e morteiros fornecidos por Israel para a Geórgia nos últimos anos. Por volta de 100 agentes israelenses participaram da preparação da invasão georgiana à Ossétia do Sul. O contato aqui foi via Davit Kezerashvili, ministro da defesa georgiano, ex-residente de Israel. Outro ministro, Temur Yakobashvili, deu entrevista a uma rádio israelense no dia 11 de agosto, afirmando que um pequeno grupo de soldados georgianos foi capaz de dizimar uma divisão militar russa inteira, graças ao treinamento israelense. Tampouco é de se estranhar que depois da surra levada pela Geórgia, Israel tenha subestimado o seu papel no processo.

Mas o que salta aos olhos neste conflito é a completa desmoralização da liderança americana. Há tempos não se via os EUA espernearem tanto com tanta impotência. O vice-presidente Dick Cheney falou em não deixar a agressão russa sem resposta e os russos solenemente ignoraram. O candidato republicano John McCain, cujo principal conselheiro foi lobista do governo georgiano durante anos, batucou seus queridos tambores de guerra sem que os russos dessem o menor sinal de preocupação. O New York Times relatou que duas altas autoridades americanas chegaram ao ponto de afirmar que os EUA estão aprendendo a hora de ficarem calados. Enquanto isso, McCain declarava que no século XXI, as nações não invadem outras nações, talvez imaginando que as invasões americanas no Afeganistão e no Iraque aconteceram no século XVIII.

Se o cálculo da direita americana foi se aproveitar do episódio para reforçar um belicismo que costuma lhe render dividendos eleitorais, há bons motivos para se imaginar que o tiro pode ter saído pela culatra. Não há indicadores claros de que a atual viagem de Condoleeza Rice à região, à reboque do presidente francês Sarkozy, possa reverter esse quadro significativamente. O que é certo é que o presidente Mikhail Saakashvili – que num discurso no sábado passado chegou a evocar McCain, um candidato a uma eleição num país estrangeiro – já pode falar sobre tiros pela culatra com a autoridade de um doutor honoris causa.
(Artigo publicado também na Agência Carta Maior)

Clique para ver...
 
Copyright (c) 2013 Blogger templates by Bloggermint
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...