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RBS continua fazendo de conta que não é com ela

Quando afirmamos, durante anos seguidos, aqui neste blog, que a mídia local,é composta por uma  verdadeira tropa de choque da direita riograndense, nós não estamos exagerando. Tomemos como exemplo, a página de ZH e a capa da edição impressa de hoje, 5 de setembro de 2010.

O país e o estado estão diante de dois fatos rigorosamente iguais, guardadas as proporções: o vazamento de dados da Receita Federal, para beneficiar um dos candidatos à Presidência da República e, outro, que é o vazamento de dados, envolvendo o desgoverno do Estado do RS.

O primeiro é uma monumental farsa por tentar imputar, ao PT, a responsabilidade pelo ocorrido. José Serra [PSDB], um candidato despreparado e desesperado, não mede as consequências de seus atos, para os quais recebe apoio total e irrestrito da velha mídia para disseminar suas mentiras. Tudo o que esse candidato e a mídia conseguiram produzir, até agora, são factoides, documentos falsos, personagens duvidosos e nenhuma prova da culpabilidade do PT, ou da candidata Dilma Rousseff. É sempre bom lembrar, que esta estratégia "midiático-serrista" já faz água os próprios aliados.

O segundo é real, verdadeiro, diz respeito aos últimos escândalos que envolvem  a ex-funcionária do monopólio midiático da Azenha, Yeda Crusius [PSDB], e tem, até agora, dois desdobramentos importantíssimos: a roubalheira do Banrisul e a espionagem praticada por integrantes da Casa Militar contra adversários políticos de seu desgoverno. Tudo isso sustentado tanto por investigação da Polícia federal [Operação Mercari], quanto pelo Ministério Público.

E como o monopólio de mídia da RBS trata desses assuntos equivalentes em teor explosivo?

 




Como vocês podem ver, tanto na página virtual, quanto na edição impressa do seu jornal, a RBS omite o fato real e apresenta o factoide como informação confiável. Como, de resto, faz a mídia corporativa nacional, fiel à orientação golpista do Instituto Millenium, empenhado que está na desestabilização da candidatura Dilma Rousseff [PT]. Pois não foi Judith Brito, presidenta da associação patronal ANJ, que declarou que a mídia, agora, deve assumir o papel de oposição?

A esse respeito, observa o jornalista Marco Weissheimer no seu blog RSurgente: Segurança de Yeda, que cobrava propinas com carro do Palácio, violou dados sigilosos do PT.

Imaginem a seguinte situação: um segurança do presidente Lula é preso por cobrar propinas de empresários de máquinas caça-níqueis, usando carros oficiais do governo para fazer essas cobranças. Além disso, com uma senha especial, ele acessou dados sigilosos de adversários políticos do governo por meio de um sistema de consultas integradas do governo. O país estaria virado num inferno, não é mesmo?

Continuará o sr. Nelson Sirotsky a impedir que essas informações cheguem à população gaucha, ou relegando-as a notinhas insignificantes no meio dos anúncios dos seus jornais, enquanto destaca, com manchetes, as mentiras que lhe convem? Mais uma vez, a população do RS será desrepeitada no seu direito à informação sobre os acontecimentos que envolvem o estado nesse momento?

Virá o sr. Nelson Sirotsky, daqui há 45 dias, com um deboche em forma de carta, reconhecer que omitiu informações, como fez no caso do estupro, que envolveu familiar seu em Florianópolis?

Tais circunstâncias nos permitem antecipar o que será o comportamento da mídia corporativa, em especial o Grupo RBS, se o candidato Tarso Genro vencer a eleição. Não poderemos permitir, que se repita, sob seu governo, o mesmo que aconteceu nos 16 anos de Adminsitração Popular em Porto Alegre e no Governo Olívio Dutra [PT].

Fora os Factoides, Fora as Mentiras, Fora RBS!
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A empulhação política guasca tem endereço

Enganam-se as pessoas de boa fé, que consideram, atualmente, o Palácio Piratini, ou o paço Municipal, ou os legislativos municipal e estadual, como representantes da chinelagem portoalegrense<->guasca.

A empulhação política a que gente de boa fé tem sido submetida nos últimos 25 anos, e que fez o RS eleger Pedro Simon [PMDB], José Gogaça [PMDB], Antônio Britto {PMDB/PPS], Germano Rigotto [PMDB], Sergio Zambiasi [RS] e Yeda Cruisus {PSDB], entre tantos e tantas, tem esse endereço:

Avenida Ipiranga, 1075, Porto Alegre, RS

  
É este o endereço onde a direita guasca organiza seu discurso empulhador, mistificador, quando não mentiroso, que ajuda a sustentar políticos de meia tijela e/ou chinelos. É aqui, que governos altamente suspeitos se mantem, sem sofrerem qualquer constrangimentos midiáticos. Pelo contrário! Ainda são protegidos, através de editoriais, notas, reportagens.

É aqui, que governos com recorte popular são detonados, bombardeados dia sim, outro também. A novidade, que, diferente dos anos 90, temos a Internet como espaço democrático e cidadão.

E uma mentira produzida pela velha mídia monopolizada/oligopolizada não se sustenta[rá] por muito tempo. 
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Grupo RBS apadrinha o que há de pior na política do RS

Escreveram por aí, que uma coisa não dá para reclamar do gover-ninho Yeda Rorato Crusius: foram 4 anos de intensas emoções! 

Cada vez mais me entristeço, que parte do eleitorado guasca votou nessa criatura. Mais, que a outra alternativa de voto, em 2006, era Olívio Dutra. Ouvi gente de cabelos brancos afirmar, ou seja, a priori,  idosos deveriam ser mais inteligente, pois o diabo é sábio porque é velho, que Olívio é bom, mas que deveríamos dar uma chance. 

Chance a isso que acompanhamos todos esses anos? Yeda, do PSDB, do FHC, presidente da república proscrito pelo próprio partido, pela sua vergonhosa política pública de transferência de patrimônio público a preço de banana [privataria], da quebra financeira, do apagão energético.

Yeda, ex-comentarista de economia da RBS TV, mais uma candidata a cargo executivo no RS, apoiada pelo Grupo RBS, que tem Pedro Parente e Armínio Fraga entre cargos executivos da empresa. Claro, coincidência [?], ambos quadros do governo FHC. Parente, que não cumpriu quarentena obrigatória exigida a detentores de cargo público, antes de assumirem funções em empresas privadas. Fraga, que se tornou sócio  do Grupo há uns dois anos atrás.

Há ainda o candidato do PMDB, José Fogaça, que o povo portoalegresnse,  nos dois anos inciais de mandato, não sabia mais quem era o Prefeito de Porto Alegre. E que, ao renunciar o cargo para concorrer a vaga do executivo estadual, seguida de duas mortes relacionadas à omissão de sua administração pública do munciípio, passou de lombo liso! Não foi sequer citado pela morte do jovem eletrocutado em parada de ônibus, muito menos pela morte de motoqueiro, provocada por um buraco em plena via, ambas situações que refletem o descaso de sua administração com a coisa pública.

E o que dizer de Ana Amélia Lemos, candidata do PP ao senado, nesses anos todos em que assinou coluna de política em jornal, como também era comentarista de rádio e TV? O direito à filiação partidária é de qualquer brasileira/brasileiro, mas de quem era a voz, o pensamento da articulista? Dela ou de seu partido? Por que esconder essa filiação? Pessoas públicas tem responsabilidades com seu público, ainda mais, quem trabalha em mídia. Donde se vê que responsbailidade social é blá blá blá errebesseano.

O que há de pior na política guasca é apadrinhado por esta empresa midiática. As matérias publicadas em seus veículos dão prova disto. Este blog, como os demais da lista ao lado, denunciam a manobra política partidária do grupo há anos.

Façamos o seguinte: observemos a RBS e os políticos facilmente identificáveis como seus queridinhos. E escolhamos aqueles em que a sacanagem escancarada: 1) da manchete, 2) da escolha da imagem, 3) a página escolhida para divulgar notícia, 4) da diagramação, no mínimo,  nos faça desconfiar das intenções da empresa. As manobras editoriais são tão manjadas, que uma criança é capaz de identificá-las, de tão pueris que chegam a ser.

Não dá mais para aguentar escândalos vergonhosos de administrações públicas apoiadas pelo Grupo RBS. Cada vez que assumem, a estrutura do estado fica mais atrofiada pelas nomeações espúrias nos cargos executivos em qualquer escalão do governo, bem como o dinheiro público é drenado para contas privadas. Ações essas bem investigadas e documentadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.



Com informações dos blogues RSurgente, Diário Gauche, Tomando na Cuia, Zero Fora, jornal eletrônico Sul2 e Twitter.
Imagem: A Fábula da Corrupção é um curta de 8 minutos que nasceu de um edital lançado pela Controladoria Geral da União e UNODC. Produção Cartunaria.
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Dia político agitado no RS

 O consórcio político formado pelos partidos PMDB-PSDB-PP tem muito a declarar sobre suas responsabilidades a respeito da fraude no Banrisul, uma vez que os cargos executivos de maior importância, a começar pela Presidência do banco, foram indicação destes partidos, e/ou acolhidos pela governadora Yeda Rorato Crusius.

Mas como tais partidos são blindados pela mídia corporativa guasca, em especial o Grupo RBS, esta também tem que se manifestar a respeito de suas responsabilidades por esticar a mão amiga nos momentos em que era necessário o bom e velho jornalismo investigativo. No entanto, os funcionários da velha mídia só se prestaram a divulgar releases do Palácio Piratini, durante os Governos Antonio Britto [PMDB/PPS], Germano Rigotto [PMDB e candidato ao senado em 2010], José Fogaça [PMDB ex-prefeito de Porto Alegre e candidato ao governo do RS] e Yeda Crusius [PSDB e candidata à reeleição].

Não nos olvidemos de que uma das funcionárias da RBS, Ana Amélia Lemos, é candidata ao senado pelo PP.

Aguardamos, sentados, as declarações da mídia, dos partidos e, obviamente, do padrinho político de toda essa gente: o senador parlapatão Pedro Simon [PMDB].

Acompanhem os blogues RSurgente, Diário Gauche e demais da lista ao lado sobre a #FraudenoBanrisul.

Nossa solidariedade às funcionárias e aos funcionários concursados do banco, que são obrigados a conviver com a sujeira de certos cargos políticos nomeados para a direçãoexecutiva, que enlameiam o Banrisul e parte de sua estrutura.

Atualizado às 20h25min.
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Participação de Tarso Genro em debate no CPERS



Genial a decisão da Direção do CPERS Sindicato em não convidar Yeda Crusius [PSDB-PRBS-PIG] ao debate desta manhã, considerando-se o histórico de violência contra a categoria do magistério praticada em seu governo.

Falta mais uma decisão: cancelamento de assinatura da ZH e o fim da compra de DG, considerando-se o histórico de violência simbólica contra a categoria do magistério [e demais movimentos sociais] praticada em editoriais, em colunas de opinião e no jornalismo.
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DO “PASQUIM” AOS BLOGS

Laerte Braga

www.jornalorebate.com.br/

O 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas realizado na cidade de São Paulo nos dias 21 e 22 de agosto mostrou uma realidade que, se já era visível, não tinha ainda contornos ou caminhos possíveis para uma revolução nas comunicações, sem perda das características básicas da rede mundial de computadores. Ou do princípio fundamental da Internet.

A liberdade concreta de um modelo alternativo de comunicação, capaz de nos livrar da ditadura da mídia privada. Os mais recentes levantamentos sobre o papel e a força da Internet mostram que jornais e revistas já foram superados pela rede.

O aspecto mais importante talvez tenha sido o do trazer ao mundo real o mundo virtual e mostrá-lo vivo, pujante e visível, em carne e osso. A conseqüência será a medida da percepção de cada um dos participantes, de todos os internautas de um modo geral, do poder que existe, no curso desse processo, de conduzi-lo a caminhos de liberdade ampla e irrestrita, uma espécie de grito do ser humano que se recusa a ser coisa, objeto.

Não há censura, ou como foi dito por um dos participantes, “fugimos da censura da mídia privada”. A notícia escondida, o fato ocultado, os interesses de grupos prevalecendo sobre aquilo que fato acontece.

Há alguns anos atrás um cientista de uma universidade norte-americana anunciou que em breve seria possível captar do espaço todas as palavras ditas pelo ser humano desde o primeiro. Isso tornaria possível ouvir Nero, por exemplo, no momento de sua morte, dizer “que grande homem perde Roma”. Ou Bertold Brecht afirmar que aquele que luta “por toda a vida é indispensável”… O ugh ugh do primeiro de todos, o Brucutu.

A dificuldade, segundo o cientista, seria separar as vozes em canais próprios a cada uma delas, do contrário teríamos apenas uma zoeirada sem tamanho.

A internet e o papel dos blogs separam as vozes e mais isso, proclamam as diversas vozes que muitas vezes são caladas pela opressão, qualquer que seja a sua forma.

Há perigos, evidente, a rede é controlada por quem vive a “embriaguez do arsenal militar”, pode pará-la a qualquer momento – pelo menos em tese –, já existem tentativas de mecanismos legais de censura (projeto apresentado através do senador Eduardo Azeredo ao Legislativo brasileiro e com similar, a fonte é uma só, em todo o mundo cristão e ocidental), ou de intimidação, como meios mais sofisticados para identificar revolucionários nesse sentido, nesse campo, enfim.

O jornal O PASQUIM cumpriu um papel decisivo na luta contra a ditadura militar. Transformou sisudos generais e seus apetrechos de barbárie em ridículo sem tamanho forçando-os a uma retirada que se não é total (os torturadores continuam livres, impunes), avança e será assim com certeza num determinado ponto, nem que seja onde as paralelas se interceptam no infinito.

O 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas trouxe um elemento novo a essa perspectiva de um mundo alternativo, diferente dessa dialética entre barbárie civilizada na forma de hambúrguer e barbárie em si, nas bombas despejadas sobre países como o Afeganistão.

O da construção coletiva, diversa na multiplicidade de idéias, de caminhos, mas convergente na necessidade de trilhas e estradas comuns.

E uma ética que nada tem a ver com a frieza do caiu um avião e morreram duzentas e tantas pessoas, ou de um dossiê fajuto.

É uma combustão que explode em liberdade. Só isso.

Desde o conjunto regional do jornalista Luís Nassif às discussões e experiências de uma nova linguagem. Não tem freios, nem peias, mas tem sentido e está decodificada em cada manifestação viva de humanidade.

É como uma proclamação “sou um ser humano, tenho pernas, braços, tenho liberdade para pensar, para caminhar e caminhos para me irmanar fora de todo o ozônio que sufoca cada espírito de vida”, por redundância que espírito de vida pareça.

É o contraponto ao caos, embora possa à primeira vista parecer o contrário. Vai na direção oposta do pessimismo de Huxley, ou do cientificismo histórico de Toynbee.

No caso específico do Brasil é um grito insurgente contra a ditadura da mídia privada. GLOBO, o exemplo maior. A fonte mais forte de toda a barbárie nas suas mais diversas formas e manifestações. Inclusive sabão que lava mais branco, tira manchas infalível e odor da natureza a cada trinta minutos para você flutuar.

Ou VEJA e seu cinismo de mentiras digeríveis pela classe média. FOLHA DE SÃO PAULO saudosa da “ditabranda”. Nem falo do ESTADÃO, lá ainda não chegaram à abolição, ainda reina soberano e com pompa o imperador Pedro II.

Mas falo da RBS e do estupro escondido, ocultado porque praticado por filhos de senhores de gente e da mídia. Presumidamente senhores.

É óbvio que o poder, entendido como camarilha no bunker do institucional, tente de todas as formas silenciar esse canal. Há jornalistas como Paulo Henrique Amorim, Celso Lungaretti que estão teoricamente sufocados por processos vários de bandidos diversos (Daniel Dantas, Gilmar Mendes, Boris Casoy, etc). São incapazes, os bandidos, de perceber que na verdade essa expressão, ou esse tempo de verbo, sufocado, no duro mesmo significa liberto da penosa tarefa de engolir sapos. Diferente de William Bonner, que, naturalmente, desenvolveu um aparelho digestivo capaz de trogloditar qualquer falta de ranhura nas pistas de um aeroporto em nome da companhia relapsa e criminosa na manutenção, no clássico “a culpa é do piloto”.

Blogs e a Internet no seu todo rompem essa cadeia de “quem quer um bom dia?” Depende do que seja o bom dia, isso atormenta a essa gente.

E há anônimos blogueiros, que como cometas a uma velocidade imperceptível ao olho humano, mas que sensibiliza e desperta humanos, despejam o lixo que os tais donos escondem debaixo do tapete.

Tudo tem seu lugar, seu tempo, há dimensões várias ao longo da História. O encontro serviu para mostrar que além disso o caminho é o do compromisso básico e fundamental com o caos organizado, mas sempre caos, e caloroso da liberdade e da vida em seu sentido e em sua essência. Em sua razão de ser.

E não importa que seja um jornalista consagrado como Luís Carlos Azenha, ou um engenheiro fotógrafo por amor à imagem, Castor, mas o blog que exibe as contradições de uma sociedade organizada em torno de fachadas.

A tarefa é colocá-las, as fachadas, abaixo. A ética e só a da verdade contida em cada luta pela preservação da espécie em cada um dos caminhos importantes à espécie. Vale dizer não passa por gente como Fernando Henrique e sua presunção de semi deus. Ou José Arruda Serra em sua arrogância de anjo guardião do inferno capitalista.

Passa por cada um no caos livre de todos somados na alternativa possível.

Não há donos do estoque de ar. Nem estoques de ar. Existe apenas o ar.

O encontro foi um primeiro passo. Dali é possível perceber a realidade imediata de cada um, a cidade, a comuna, inserida no todo. E juntar cada Brancaleone na utopia possível, porque começa a ser real. A se mostrar factível. Mesmo porque quem procurou utopia até hoje procurou perfeição, não se ateve à necessidade das imperfeições.

De algumas pelo menos para não ser tão radical. E muitas são indispensáveis para não dizer ótimas.

De tudo o que se falou, o que se ouviu, até o que se pensou em silêncio meditabundo como diria Stanislaw, nada precisa ser peneirado porque ao fim restou a certeza que está desperto o ser humano na sua totalidade e está declarada uma guerra pacífica até um certo ponto (guerra não é sempre feita com armas de tiro, digamos assim, mas as de idéias também), mas aguda, viva.

Quando Elizabeth Bishop disse que “o paraíso deve ter sido muito chato”, levantar, comer maçãs, olhar a natureza, afagar os leões, dormir a sesta e repetir tudo até a noite, se é que noite havia, estava conclamando a olhar o outro e perceber-se nele. A uma fusão que é estelar no sentido da vida plena, livre, algo incapaz de ser compreendido por quem acha que o português de Adoniran Barbosa prejudica a qualidade de suas letras (já ouvi essa besteira de um intelectual padrão FHC).

O que tudo isso tem a ver com Bolsa de Valores? Tem tudo. Azar dos caras da bolsa que não entendem nada.

É por aí o mundo alternativo.

Consolidado num Barão de Itararé. “Um bom jornalista é um sujeito que esvazia totalmente a cabeça para o dono do jornal encher nababescamente a barriga”.

O blogueiro não. É como pobre, “quando enfia a mão no bolso tira no máximo cinco dedos”.

E muitas esperanças e caminhos.

Nada a ver com O Homer Simpson conceituado e definido por William Bonner, paladino da cabeça vazia.

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Investigação das pesquisas eleitorais

Por Eduardo Guimarães em seu blog

Cumpre-me informar que na tarde desta quarta-feira, 11 de maio de 2010, o setor jurídico do Movimento dos Sem Mídia me fez saber de que, conforme informações que obteve em incursão que fez em Brasília nesta semana, a Representação de nossa entidade à Procuradoria Geral Eleitoral pedindo investigação dos institutos de pesquisa Datafolha, Ibope, Sensus e Vox Populi , acolhida sob o nr. 4559.2010-33, foi remetida à superintendência da Polícia Federal em Brasília através do oficio PGE nr. 109/2010, em 4 de maio de 2010.

O Ofício da PGE requereu à PF abertura de inquérito policial contra os institutos de pesquisa supra mencionados de forma a apurar possível crime eleitoral, com base na lei nº 9504/97 e suas alterações, artigo 35, parágrafo 4º (Pesquisas Eleitorais), e com a resolução do TSE nº 23190/2009, artigo 18 (Pesquisas Eleitorais Eleições 2010).

O setor jurídico do MSM apurou, ainda, que a PF já está de posse da denúncia e de que, transcorridos cerca de 90 dias de sua aceitação pela PGE e da expedição do Ofício 109/2010, a investigação dos institutos de pesquisa encontra-se plenamente em curso.

Informo, ainda, que o inquérito policial transcorre em sigilo, de forma que só o Movimento dos Sem Mídia e os institutos de pesquisa representados poderão obter informações sobre o seu andamento. O MSM, portanto, analisará a possibilidade de dar publicidade às informações que vier a obter na Polícia Federal, porém levando em conta eventuais restrições legais a que tal divulgação ocorra.

PS : O blogueiro estará em viagem de trabalho nesta quinta-feira, 12 de agosto, de forma que poderá haver atraso na liberação de comentários.

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Estamos de olho nas pesquisas no RS, principalmente, as encomendadas ao IBOPE pelo Grupo RBS.
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ZH protege Yeda?

Hals no Sul21
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Parcialidade da mídia corporativa I

Hoje, segunda-feira, dia 26/07/2010, estamos há 3 dias do comício do Presidente Lula no Gigantinho, próxima quinta-feira, dia 29/07/2010, 18 horas.

E o que informam os jornais de Porto Alegre, alguns com circulação no estado?







Nas capas*, acima, absolutamente nada. Muito menos, nas contrapacas!

Uma das hipóteses da falta de informação sobre a visita do Presidente da República, à capital do RS, é a de que os jornais circulam apenas pelos leitores, cuja preferência de voto recaia sobre José Serra [PSDB], Yeda Crusius [PSDB], José Fogaça [PMDB] e aos demais candidatos que concorrem ao executivo estadual. Para tais leitores/eleitores, tal informação não seria importante.

Mas, mesmo leitores/eleitores da oposição à candidatura Dilma Rousseff [PT], também estão prejudicados pela falta de notícia sobre um dos principais fatos da semana em Porto Alegre. Não é a qualquer momento, que um Chefe de Estado programa-se para viajar. Creiamos, ele tem muito o que fazer!

Então, por que a ausência de notícias? Por que o silêncio orquestrado de todos os jornais impressos? Porque é um tema que não interessa informar! O Presidente mais popular da História brasileira recente vem ao Estado e deixa a direita guasca nervosa:

Não divulguem! Não permitam a mobilização das gentes que moram longe de Porto Alegre e necessitam se organizar com antecedência! Quietos!

Ainda mais, que a visita do Presidente Lula, ao estado, é de apoio ao candidato da Unidade Popular pelo Rio Grande, Tarso Genro [PT], que, há meses, encontra-se em 1º lugar na preferência do eleitorado. A relação "presidente mais popular" e "candidato com a preferência de votos" é o que a mídia corporativa guasca fará de tudo para ocultar. Não interessa essa associação.

Esse comportamento midiático expressa a mais descarada parcialidade. Ignoram, solenemente, o público leitor que já definiu seu voto para os candidatos da Unidade Popular pelo Rio Grande. Este público não pode se informar, antecipadamente, sobre a vinda do Presidente Lula a Porto Alegre para se organizar e participar desse momento histórico ímpar na História da cidade.

Mas como a turma não se informa apenas pelo jornal, não faz mal! A denúncia, acima, serve apenas para colocar mais uma pedra na falta de credibilidade das empresas de comunicação, que se jactam de sua imparcialidade. O slogan errebesseano "aqui o RS se vê" é de doer, de tão ridículo!

*Capa: apenas o jornal O Sul disponibiliza capa e contracapa sem necessidade de cadastramento. Por isso, publicamos fac-simile das páginas dos demais jornais.
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Campanhas institucionais da RBS servem apenas para vender jornal

“O amor é a melhor a herança: cuide das crianças” – campanha de 2005
“Educar é tudo” – campanha de 2006


Quando denunciamos, em 2005, a estratégia de marketing do Grupo RBS, a fim de criar/manter uma imagem positiva de sua empresa frente ao público do RS e SC, em suma, uma jogada de marketing, mais um blá blá blá para enganar os incautos, e, com isso, vender assinatura de jornal, bem como todo e qualquer produto errebesseano, jamais imaginávamos que os fatos iriam corroborar essa tese!


Em 2006, o filho de Sergio Sirotsky, neto de Jaime Sirotsky, tinha 9 anos, era uma criança! Antes tivesse estado aos cuidados do “diabo”, da “bruxa”, do “bicho papão”, da “mula sem cabeça” e do “boi da cara preta” que, estes sim, segundo a peça publicitária, cuidavam de seus filhinhos!



E o que dizer da campanha “Educar é tudo”, onde Educar é ensinar a pensar/[...]/ mostrar como é bom/poder fazer algo pra se orgulhar? O que os adultos ensinaram/ensinam a pensar aos adolescentes do gênero masculino, a respeito da condição feminina nos grupos sociais, principalmente, ao membro da terceira geração dos Sirotsky?


Educar é ensinar/ [...]/ Que há limites pra tudo. A família da jovem adolescente estuprada, impactada com os graves acontecimentos, deverá estar se perguntando, qual a noção de limite que os ricos ensinam aos seus filhos! Ainda mais, quando o Grupo RBS "ensina" Que educar é tudo/Tudo! Pra melhorar o mundo/Que a gente tem.


A jovem de Florianópolis engrossa a trágica estatística


Aqui, fica um alerta às famílias e às escolas, quiçá às seitas religiosas, que adotaram, ou costumam adotar, as campanhas institucionais do Grupo RBS: ponham na cabeça, de uma vez por toda, internalizem, que esse grupo é uma empresa privada, inclusive concessionária de um bem público [o espaço eletromagnético que é do povo brasileiro], um monopólio de comunicação que burla a Constituição Federal com a leniência dos governos e que tem dois objetivos primordiais para continuar a existir: o lucro e mamar nas tetas dos órgãos públicos [leia-se executivo, legislativo, judiciário] seja com isenções fiscais, ou com verbas publicitárias. E só!


As campanhas institucionais da RBS são um engodo, repito, servem apenas para vender jornal! Quem defende o estado mínimo, o mercado como regulador da ordem social, como o Grupo RBS faz em seus editoriais, na forma em como escolhe as pautas e as redige para seus meios impressos e eletrônicos, defende uma educação individualista, competitiva e consumista. As palavras do guri Sirotsky, escritas nas redes sociais, são uma triste amostra disso.

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Sobre jovens e violência


Frente ao triste acontecimento ocorrido em Florianópolis, SC, envolvendo adolescentes de famílias abastadas, nada melhor do que reler o texto de La Vieja Bruja, Ao vencedor, as batatas.

Será que, neste caso, o Grupo RBS e sua claque de palpiteiros ainda apoiaria as teses defendidas por certos especialistas sobre delinquência juvenil?

Eis o artigo*:

Ao vencedor, as batatas

Alguns dos maiores méritos literários de nosso romancista maior foram seu universalismo e sua capacidade de dialogar com seu próprio tempo.

Em “Quincas Borba“, por exemplo, Machado de Assis, fiel a algumas características do realismo seu contemporâneo, denuncia como a luta pela sobrevivência na sociedade pode ser tão voraz quanto na natureza através da transposição do evolucionismo darwinista às relações sociais humanas. Não há neutralidade nas relações humanas, parece ecoar o humanitismo. Fracos e ingênuos como Rubião são manipulados e despojados de sua dignidade pelos mais fortes, pelos Cristianos Palha e Sofias de ontem e de hoje.

Machado de Assis, no entanto, jamais seria compreendido se se tomasse sua obra como mero mecânico produto de seu tempo. Seu universalismo e sua transcendência residem no fato de que é para denunciar o processo de selvagem luta pela sobrevivência na sociedade que se serve o romance machadiano de uma espécie de evolucionismo social. O humanitismo do filósofo Quincas Borba, professado pela boca de Rubião, herdeiro universal de seu pensamento, então, se transforma em crítica ácida à panacéia científica e se trata de uma das mais pertinentes metáforas da triste figura de toda cientificidade transposta às relações humanas que se pretenda moralmente neutra. Desse modo, o evolucionismo aplicado às relações humanas do bruxo do Cosme Velho não afirma que as relações sociais humanas são o que são em virtude de como a ciência descreve o mundo e é em si mesma, mas si em virtude de como o homem que faz ciência o descreve e é em si mesmo, a saber, parte de algum modo interessada.

Fazer ciência, portanto, parece ensinar o humanitismo, envolve escolhas.

De amostras e de conceitos, em certos casos.

A hipótese de que o cérebro de um psicopata ou sociopata seja estruturalmente diferente daquele das pessoas ‘normais’ é perfeitamente lógica. Não só porque desde o acidente com Phineas Gage, em 1848 (!), sabe-se que danos ao córtex pré-frontal estão associados a comportamentos anti-sociais, como também porque muitas pesquisas utilizando técnicas de neuroimagem semelhantes ao estudo gaúcho vêm sugerindo fortes indícios de estrutura cerebral anormal em psicopatas“.

Afirmar a priori que internos na Fase são psicopatas só pode ser feito por alguém que está distante do problema (…) Caracterizar a todos como psicopatas e medicá-los em massa aparece muitas vezes como forma fácil de contenção numa postura que abre mão do desenvolvimento de trabalho educativo e da recuperação possível para parte significativa desses adolescentes (…) inúmeros estudos demonstram que a participação na vida do crime é na maioria das vezes motivada pela busca de afirmação pessoal e de reconhecimento social e que poderá, portanto, ser agravada com procedimentos que baixem a auto-estima e a confiança em si. Se é certo que as pesquisas neurológicas têm uma contribuição a dar na compreensão do comportamento violento, é certo também que não se deve absolutizá-las ignorando estudos já desenvolvidos por especialistas de outras áreas, como sociólogos, psicólogos, antropólogos, educadores etc. Não há maior obscurantismo do que aquele que considera a pesquisa inquestionável“.

Os trechos acima correspondem, respectivamente, aos artigos “Contra o obscurantismo“, de Gustavo Ioschpe, publicado no jornaleco da Azenha de domingo último, 10, e “Ciência, obscurantismo e ética“, de Carmen Maria Craidy, publicado ontem nesse mesmo pasquim.

Gustavo Ioschpe, para quem ainda não sabe, é o mais recente almofadinha com MBA a cair nas graças do intelectual fracassado Marcelo Rech. Vejam os senhores com os seus próprios olhos, até porque não há outro modo de ver, os boatos que espalha o diretor de redação de Zero Hora a respeito do referido rapaz, tudo a fim de antecipar a história sobre o mito ao próprio mito, ou, como diz o vulgo, antecipar a imagem do homem ao próprio homem. Gustavo Ioschpe, para Marcelo Rech, trata-se de um dos principais polemistas do país, que chegou às páginas de ZH a fim de “trazer luz ao manto de escuridão que encobre a discussão sobre os rumos do ensino no Brasil“.

Bem, mas não era sobre isso que La Vieja queria falar, até porque tem ela coisas bem mais interessantes para pensar do que quem cai ou não nas graças do intelectual fracassado da Azenha.

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Como La Vieja dizia, ambos os artigos referem-se à discussão pública, cujo pontapé inicial, pelo menos aqui entre o povo cujas façanhas servem de modelo a toda a terra, até onde La Vieja saiba, foi dado por Marden Müller, por ocasião da publicação de “Eugenia reemergente“, instituída por conta do polêmico projeto de pesquisa sob a responsabilidade do neurocientista Jaderson da Costa (PUC-RS) e do geneticista Renato Zamora Flores (UFRGS), que tem como um de seus mentores o secretário de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, aluno de mestrado de Costa, e que pretende descobrir, a partir da análise comparativa entre dois grupos, um formado por adolescentes internos da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase), os quais terão seus cérebros mapeados por ressonância magnética, e outro por adolescentes que não cometeram crimes, “se o que determina o comportamento de um menor infrator é sua história de vida e se há algo físico no cérebro levando-o à agressividade“.

Embora o referido estudo também pretenda levar em consideração aspectos genéticos, neurológicos, psicológicos e sociais de cada uma das cobaias, seu foco parece ser o fundo biológico da questão, uma vez que, segundo Osmar Terra, “Estamos nos baseando em trabalhos que já existem mostrando que há um período crítico no início da vida e que se uma criança é maltratada entre o 8º e o 18º mês ela adquire comportamento alterado na idade adulta“. Um dos trabalhos ao qual se refere Terra, ainda segundo a Folha de São Paulo via O Ôlho-Dínamo, seria um “artigo do grupo do neurocientista português António Damasio publicado em 1999“, que supostamente teria mostrado “que meninos que sofreram lesões no córtex pré-frontal -região do cérebro próxima à testa- tinham sérios problemas de sociabilidade após crescer“. Segundo Jaderson da Costa, como “A aquisição de convenções sociais complexas e de regras morais se estabelece precocemente“, lesões cerebrais em determinada fase da infância “podem resultar mais tarde numa síndrome parecida com a psicopatia“.

No entanto, ainda segundo a Folha, os cientistas fortes, aguerridos e bravos parecem querer saber se, independentemente das referidas lesões, meninos cronicamente violentos têm “atividade reduzida em alguma região do córtex pré-frontal, área cerebral ligada a tarefas mentais que envolvem juízo moral“. Se tal atividade reduzida for localizada nos pueris córtices pré-frontais a serem mapeados, então é possível que seus comportamentos cronicamente violentos sejam uma sua conseqüência, já que os portadores de tal reduzida atividade em tese não executariam bem tarefas mentais que envolvessem juízos morais.

Portanto, na medida em que o estudo de Damasio supostamente mostrou que problemas de sociabilidade podem ser uma conseqüência de pueris lesões cerebrais, é na procura por atividades reduzidas em alguma região do córtex pré-frontal independentemente das referidas lesões que parece residir a originalidade do projeto dos cientistas gaúchos. Encontrada tal atividade reduzida, a violência crônica poderia ser tomada como uma sua conseqüência. Tentaria-se provar que tal atividade reduzida, então, seria a causa de tal estado mental.

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Entretanto, se o estudo não se importa com as referidas lesões, mas sim com a hipótese de atividades cerebrais reduzidas delas independentes gerarem determinado estado mental, há um problema com sua amostra.

Muito embora amostras precisem guardar pertinência absoluta com hipóteses de estudo em alguns casos – tal como na hipótese de que batatas-inglesas brancas de 12 a 18 centímetros de perímetro sejam violentas com outras batatas-inglesas, inclusive as rosas, muito apropriadamente devam ser estudadas somente batatas-inglesas brancas de 12 a 18 centímetros de perímetro e não qualquer de suas rosáceas vítimas ou mesmo qualquer branca maior ou menor do que aquelas suas companheiras de lavoura -, dependendo do universo que se pesquise tais amostras podem ser escolhidas, e La Vieja não disse necessariamente impostas pela hipótese de estudo, mas sim escolhidas, de modo absolutamente aleatório, sem nenhum prejuízo à pesquisa, o que implica que, ainda de acordo com a hipótese anterior, no universo das batatas-inglesas brancas de 12 a 18 centímetros de perímetro cronicamente violentas considerado possa ser estudada qualquer batata-inglesa branca de 12 a 18 centímetros de perímetro que tenha manifestado o referido comportamento, e isso a fim de se descobrir se ele pode decorrer ou não de atividades tuberculares reduzidas. Brancas, evidentemente.

Esse parece ser o caso do estudo dos cientistas farrapos. E se é assim, nada, absolutamente nada justifica que a amostra livre e deliberadamente escolhida pelos cientistas, no universo dos adolescentes cronicamente violentos considerado, não pudesse ser formada por adolescentes cronicamente violentos que não cumprem medidas sócio-educativas. Qualquer adolescente com comportamento cronicamente violento, portanto, poderia fazer parte da referida amostra, tais como, por exemplo, como bem lembrou a Palestina em sua brilhante série de comentários à referida pesquisa, adolescentes reiteradamente envolvidos em infrações de trânsito de algum modo danosas à vida e mesmo reiteradamente envolvidos em pelejas urbanas, como soem digladiar-se os vulgo pit boys, ou algo que o valha, em geral covardemente. Desse modo, pelo menos um dos critérios utilizados pelos cientistas a fim de, reitero, livre e deliberadamente escolherem sua amostra, portanto, deve ter sido o de não se possuir, ou não se dirigir, automóveis, ou não se freqüentar academias, o que, se não diz muita coisa acerca do que tais adolescentes são em si mesmos, pelo menos nos diz muito sobre suas origens sociais.

Portanto, se a hipótese é a de que pode ser o comportamento cronicamente violento de alguns adolescentes uma conseqüência de atividades reduzidas no córtex pré-frontal, setor do cérebro ligado a tarefas mentais que envolvem juízos morais, prová-la implica que qualquer cérebro farrapo adolescente supostamente portador de tais atividades reduzidas é passível de democráticas ressonâncias magnéticas em busca desse elo perdido, com o qual sonham alguns deterministas, e não somente aqueles cérebros que cumprem medidas sócio-educativas na Fase. Como os possíveis portadores dessa boa-nova aos homens de boa vontade supostamente são todos aqueles adolescentes cujo comportamento pode ser dito como cronicamente violento, já que esse parece ser uma conseqüência daquele, qualquer adolescente que assim se comporte pode fazer parte da amostra. Do contrário, ou seja, selecionando-se arbitrária e preconceituosamente a amostra, que é o que está acontecendo, parece que se toma de antemão como verdadeira a tese que precisa ser provada, a saber, que o comportamento cronicamente violento de determinados adolescentes é uma conseqüência de atividades reduzidas em certos setores de seus cérebros, uma vez que cronicamente violentos parecem ser somente os comportamentos de adolescentes que cumprem medidas sócio-educativas, coincidentemente unicamente aqueles que terão seus cérebros mapeados, o que, em boa lógica, equivale à velha e boa petição de princípio.

Algumas das teses acima esboçadas parecem encontrar algum eco nos comentários de Marden Müller e da Palestina, com os quais La Vieja concorda plenamente.

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E em bom caminho está Marcelo Rech se se entende por polemista aquele sujeito que faz profissão de saber mais do que sabe e que não tem responsabilidade alguma para com as implicações daquilo que escreve. Como se vê, a escola mainardi-carvalheana está dando belos frutos

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Leituras relacionadas do La Vieja Bruja:

Coragem para fazer o que mesmo, cara-pálida?

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*Os grifos, em azul, são nossos.
Arte: Eugênio Neves
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Sobre patrolas


Destes deputados e deputadas da base governista, apoiadore$/apoiadora$ do desgoverno Yeda Rorato Cru$iu$ [PSDB/PRBS], marcado pela truculência, deveríamos esperar algo diferente do que manifestação com linguagem violenta? Claro que não!

Agora, lembrem senhora$ e senhore$ que habitam a ALERGS por conta do voto que, além de patrolar a população mobilizada, moradora ou não do Morro Santa Teresa, estarão patrolando a Justiça, como poderá ser lido neste documento aqui, assinado pelo Desembargador Leo Lima, nada mais, nada menos, do que o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul! Um ofício em resposta ao memorial escrito pela Dep. Est. Stela Farias [PT] e Dep. Est. Raul Carrion [PCdoB] e Raul Pont [PT], que pode ser lido aqui.

Tomara que a resposta a este desaforo, a esta virulência, seja dada nas urnas. Tem muita gente boa, arriscamos a dizer que de partidos da direita inclusive, aguardando seu voto para deputada e deputado estadual e federal este ano. Ei povo! Ajude a qualificar a legislatura na Assembleia, livrando-a de oportunistas deste naipe, que ignoram o bom senso [deixando a questão ideológica de lado nesta hora]!

Tentem imaginar o que será o Morro Santa Teresa com construções como essas, abaixo, em que estudo do economista Mauro Salvo alerta para a evolução do mercado imobiliário de Porto Alegre com vistas a identificar sua vulnerabilidade à ocorrência de ilícitos financeiros no que tange a utilização do setor com intuito de lavar dinheiro de origem criminosa. Ou seja, qualquer precipitação, correria na aprovação de uma lei, que sequer destina as verbas da venda para a descentralizada da FASE, poderá suscitar dúvidas em relação à seriedade de quem "patrola" a população mobilizada riograndense contra essa venda...


Artes: Henrique Wittler
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Dia mundial do meio ambiente

Esta vitória foi uma luta da comunidade portoalegrense:Rua Gonçalo de carvalho*, Patrimônio Histórico, Cultural, Ecológico e Ambiental de Porto Alegre.


Agora, falta esta vitória do povo riograndense!

Não à venda do Morro Santa Teresa!

*Obrigada, Rodrigo!
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Viúvas da Ford

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Câmara de Porto Alegre é contrária à urgência na votação do Projeto da Fase


O plenário da Câmara Municipal aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (2/6), a moção de solidariedade às comunidades e à retirada de urgência do projeto PL 388/09, que tramita na Assembleia Legislativa do RS e autoriza o Governo do Estado a vender ou permutar área pública destinada à implantação de unidades descentralizadas de atendimento a jovens infratores.

A proposição é da vereadora Sofia Cavedon que destacou em seu pronunciamento de que “a cidade de Porto Alegre não pode concordar com o pedido de urgência para votação de um projeto que vende uma área nobre da capital, sem ao menos ser consultada”. “Qual a posição da Câmara de Vereadores? Qual a posição do Prefeito? Qual a posição dos moradores da região? É interesse público da cidade a desalienação desta área pública e a densificação ainda maior daquela região? Que recursos para descentralização da Fase podem ser obtidos se tiver projeto, o que não existe!”, questionou a vereadora.

Sofia lembrou ainda que no local moram inúmeras famílias das comunidades Vila Gaúcha, Vila Figueira, Vila Santa Rita, Vila Ecológica e União Santa Tereza, e também da recomendação do Ministério Público, de imediata retirada do regime de urgência do PL 388, que está para ser votado na próxima terça-feira (08), na Assembleia Legislativa.

O projeto autoriza a Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase) a alienar ou permutar imóvel situado na Av. Padre Cacique.

Fonte: Sofia Cavedon – 9953.7119
Foto: Livia Stumpf/CMPA
Porto Alegre, 02 de Junho de 2010.
Jorn. Marta Resing/5405
Ass. Comunicação
Verª Sofia Cavedon/PT
9677.0941
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A lorota da FORD por Kayser

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