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Serra chafurda na própria sujeira

Escandalosas as manifestações do candidato José Serra [PSDB-DEMO- PIG] no Congresso da ANJ. Atacar as conferências de cultura, de comunicação e, principalmente, a de Direitos Humanos [pois cultura e comunicação são direitos humanos], é a prova de que este sujeito leviano precisa ser impedido de chegar à Presidência da República, bem como banido da vida pública brasileira

Esta sujeito sujo, na sua gestão de governador de SP, pagou por livros com dois Paraguais e mandou bater em professoras e professores grevistas. Por isso não nos espanta este desprezo pela cultura e pelos direitos humanos. Como não nos é surpreendente tal criatura atacar os movimentos que lutam pela democratização das comunicações, uma vez que meia dúzia de empresas de comunicação “limparam” [e limpam] a sua bunda suja todos esses anos, com seus silêncios, mistificações e/ou mentiras.

Serra, ao atacar os blogueiros e as blogueiras, acusando-os de receber dinheiro governamental, sem apresentar uma mísera evidência, o que dirá provas, beira à calúnia! Ainda mais que a sua queixa diz respeito ao fato de que se restabelece a verdade através dos blogues. Imaginem, A VERDADE! “Assim não pode, Assim não dá!”, deve bradar, inspirado no chefe maior, FHC:

- não dá mais para divulgar as sujas pesquisas eleitorais manipuladas;
- não dá mais para esconder sua incompetência como gestor público sujo, no caso da cratera do metrô, ou dos livros escolares com erros crassos;
- não dá mais para dissimular a sujeira de seu autoritarismo, como no caso da violência praticada contra os movimentos sociais e trabalhadores;
- não dá mais para aplicar golpes sujos, afirmando ser o pai dos genéricos;
- não dá mais para dizer que é economista formado, sujeira essa que ele até hoje não explicou.

Enfim, não dá mais para sustentar nenhuma de suas sujeiras, pois lá vem aqueles blogues denunciar suas mentiras!

Mas a cereja do bolo é afirmar, que participação social nas decisões do governo é um ato de militantes partidários. Aqui, a mentira e a leviandade se misturam ao mal caratismo e ao autoritarismo de quem quer impedir, a qualquer custo, a participação da população nas questões nacionais. Tomemos, como exemplo, a I Conferência Nacional de Comunicação [CONFECOM], em que participamos ativamente. Em torno de 30 mil pessoas participaram das conferências preparatórias municipais, distrital, estaduais, divididas em sociedade civil, empresários da comunicação e poder público. Qualquer governo democrático e minimamente responsável acolhe as demandas da população. A I CONFECOM foi uma delas.

A I CONFECOM foi a culminância de uma luta travada há mais de 20 anos pela sociedade civil para regulamentar o setor que é, sem sombra de dúvida, o mais antidemocrático da sociedade brasileira. É inconcebível que um país, que se pretenda democrático, esteja à mercê de meia dúzia de famiglias e seus capangas, que decidem sobre o que os brasileiros devem ser informados, ou desinformados. Na cabeça suja de Serra, é inconcebível que a população, representada pelas delegadas e pelos delegados da I CONFECOM, exija o direito à uma informação de qualidade.

O ódio de Serra aos blogues e seus mantenedores, a quem ele acusa de práticas às quais deve estar bem acostumado, pois quem mal não faz, mal não pensa, deve ser entendido como a reação de uma casta que, pela primeira vez na História do Brasil, perde o controle absoluto da informação. A Internet, em que pese às suas limitações, quebrou a hegemonia informativa das máfias midiáticas, que ainda tentam, através de expedientes sujos, como este que Serra lança mão, manter com mão de ferro.

Esse episódio não é um fato isolado, nem um momento de destempero de um candidato, cuja campanha desaba a olhos vistos. Ele está inserido num contexto bem maior e que envolve outros expedientes sujos, tais como: desqualificar o Mercosul; acusar a Bolívia de traficar drogas para o Brasil; criticar a diplomacia brasileira no acordo Brasil-Turquia-Irã; ligar o PT com as FARC e esta com o narcotráfico.

Observando isso tudo com mais cuidado, percebe-se que o discurso de Serra, alinha-se, incondicionalmente, com a doutrina do Departamento de Estado e da CIA para a América Latina. Serra é o nosso Uribe.

Por isso, sua chegada ao poder representa, no plano externo, confrontação com os países vizinhos; retrocesso na autonomia da política externa brasileira; ameaças a estabilidade na América Latina e a soberania nacional, ao alinhar o Brasil, incondicionalmente, aos interesses do EUA. No plano interno, repressão e violência contra os movimentos sociais, desmonte das políticas públicas, liquidação do que restou do patrimônio nacional e, aí sim, cerceamento da liberdade de informação que, no final das contas, é o objetivo de José Serra [PSDB-DEMO- PIG] ao atacar o movimento blogueiro.
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¿Dónde será la guerra?

Venezuela: La ofensiva de EU es total

Frida Modak para ALAI, América Latina en Movimiento

ALAI AMLATINA, 09/08/2010.- En las últimas semanas hemos presenciado una serie de hechos que no son lo que aparentan, sino que forman parte de los preparativos de una acción militar de gran envergadura destinada a ponerle término al gobierno constitucional de Venezuela. Como señalamos la semana pasada, Estados Unidos está aplicando su vieja estrategia del Track 1 y el Track 2, que implica derrocar a un gobierno desestabilizándolo hasta provocar su caída en términos ?constitucionales o derrocarlo por la fuerza si eso no es posible.

En Venezuela se ha estado aplicando el Track I desde que el presidente Hugo Chávez ganó las elecciones presidenciales en 1998 y al asumir la presidencia de la república en 1999 puso en práctica un programa de gobierno que no le gusta ni conviene a Estados Unidos, que ya el año 2002 logró que un grupo de militares lo secuestrara y anunciara que el mandatario había renunciado.

Mientras tanto, Chávez era llevado a un recinto militar desde el cual lo iban a sacar del país en una avioneta con registro estadunidense que, según se informó, era de propiedad del grupo venezolano Cisneros, dueño entonces de Venevisión y de Ediciones América. Cualquier parecido con lo sucedido en Honduras no es casual y en ambos casos las renuncias de los presidentes nunca existieron.

El próximo 26 de septiembre habrá elecciones parlamentarias en Venezuela y el Pentágono y el Departamento de Estado se están moviendo por toda América Latina para crear las condiciones que justifiquen un golpe de estado si la oposición venezolana vuelve a perder los comicios, así como perdió los comicios y referendos realizados los años 1998, 1999, 2000, 2004, 2005, 2006, 2008 y 2009. El único revés del gobierno venezolano, y relativo, fue el de la reforma constitucional del 2008.

Las encuestas le dan ventaja hasta ahora al gobierno del presidente Chávez para las elecciones parlamentarias de septiembre y Estados Unidos quiere revertir esa situación y, si no puede, hay todo un engranaje militar que sugiere una intervención armada, de lo que es parte lo dicho por el ya ex presidente colombiano Alvaro Uribe sobre la supuesta presencia de guerrilleros de las FARC en Venezuela.

Intervencionismo político latinoamericano

En el intento por lograr que el presidente Chávez pierda esta elección parlamentaria hay sectores políticos latinoamericanos involucrados y dinero estadunidense y europeo. Pero empecemos por la intervención política.

El 26 de junio el diario chileno El Mercurio informó que el lunes 21 de ese mes, habían llegado a ese país 16 dirigentes de la oposición venezolana que pertenecen a la llamada Mesa de Unidad Democrática, para participar en "un programa especial de trabajo", con personeros de la Concertación de Partidos para la Democracia, que gobernó Chile desde la salida de Pinochet hasta el triunfo del actual presidente, cuyo período de inició en marzo de este año.

Los opositores al gobierno venezolano buscaban que los chilenos les dieran "capacitación", por las semejanzas que según ellos habría "entre la realidad venezolana y la de Chile de fines de los años 80", cuando surgió la Concertación, que derrotó al dictador Pinochet en un plebiscito. Los "instructores" fueron altos ex-funcionarios de gobiernos de la Concertación, pertenecientes a los distintos partidos que la integran.

Estuvieron, entre otros, el democristiano Mariano Fernández, último canciller de la presidenta Bachelet y ex-embajador en Estados Unidos; el socialista Enrique Correa, ex Secretario General de Gobierno del ex-presidente Aylwin y Sergio Bitar, dirigente del Partido por la Democracia, quien fue senador, ministro de Educación en el gobierno de Ricardo Lagos y de Obras Públicas en el de Michelle Bachelet. Bitar fue también ministro de Minería del Presidente Allende.

Esto provocó críticas en sectores del partido Socialista en particular, mientras otros concertacionistas se unían a la derecha para cuestionar al presidente venezolano y sus parlamentarios se autodesignaron observadores electorales para septiembre próximo, creando un conflicto que llegó a niveles gubernamentales hasta que el presidente chileno relegó el asunto al parlamento.

El detalle es importante, porque si bien no aparece involucrado José Miguel Insulza, sí lo está su amigo y colaborador en la Secretaría General de la OEA Enrique Correa, al que generalmente designa como observador de ese organismo en las elecciones de la región. Insulza fue responzabilizado por el canciller ecuatoriano de la ruptura de relaciones entre Colombia y Venezuela, por no haber postergado, como se lo pidió, la sesión en la que Colombia formuló sus cargos.

Dinero y preparativos militares

Como es habitual en estos casos, Estados Unidos destina fuertes cantidades de dólares a financiar sus acciones intervencionistas en otros países. Contra el presidente Allende invirtieron muchos millones, como documentó el congreso estadunidense y en Venezuela están haciendo lo mismo, aunque los concertacionistas chilenos no lo quieran recordar

La Fundación Nacional para la Democracia, NED por sus siglas en inglés, fue creada por Ronald Reagan para legalizar lo que antes se hacía sólo bajo el ropaje de la Agencia Central de Inteligencia. El dinero, que se aprueba en el congreso, se reparte a través de las fundaciones republicana y demócrata, y de organismos empresariales y sindicales del país del norte a sus similares de los países a desestabilizar.

En 1999, la NED repartió en Venezuela un millón 273 mil 408 dólares, según se lee en su página de internet. Pero eso no es lo único que se ha enviado, de acuerdo a un informe del instituto FRIDE de España, también se da financiamiento por medio del Movimiento Mundial para la Democracia, creado por la NED.

A esto se agrega lo que se manda por medio de la Agencia Internacional para el Desarrollo, USAID, de Estados Unidos;la Freedom House, la Comision Europea y las fundaciones Konrad Adenauer y Friederich Ebert de Alemania, cada una ha girado alrededor de 500 mil euros anuales a los partidos venezolanos de oposición. La embajada de Estados Unidos en Venezuela usa la valija diplomática para otros envíos y todo se lavaba en el mercado paralelo, lo que determinó que el gobierno venezolano dictara una nueva legislación cambiaria.

Si todo esto que hemos descrito no conduce a una derrota electoral del gobierno del presidente Chávez en Septiembre, todo indica que el plan "B" está en marcha. A Costa Rica, el país ?"in ejército", llegarán este año 43 barcos de guerra estadunidenses artillados. En las calles de Panamá ya se encuentran militares estadunidenses uniformados incluso, lo que no se veia desde que se cerraron las bases de EU el año 2000. Dicen que van a combatir el narcotráfico a través de 15 nuevas instalaciones militares.

En Colombia son 13 las bases estadunidenses autorizadas por Uribe. En Perú se acaban de realizar ejercicios navales con participación de diez países sur y centro americanos encabezados por Estados Unidos. ¿Dónde será la guerra?

- Frida Modak, periodista, fue Secretaria de Prensa del Presidente Salvador Allende.
Imagem: Latuff
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Comitê de Direitos Humanos da ONU questiona Alvaro Uribe


Globo 09/08 - - ONU: Uribe permitiu impunidade

GENEBRA. O Comitê de Direitos Humanos da ONU elaborou um informe no qual questiona o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, que encerrou no sábado o seu segundo mandato, considerando que este permitiu a impunidade dos paramilitares.

Para o comitê, com sede em Genebra, nos últimos anos não foram investigadas denúncias sobre execuções extrajudiciais, torturas e desaparecimentos, ocorridos durante a estratégia da Segurança Democrática de Uribe, que iniciou sua primeira gestão em 2002.

O documento, de nove páginas, recomenda à Colômbia que "cumpra com as obrigações contidas no pacto (de Direitos Humanos da ONU) e de outros institutos internacionais, como o Estatuto de Roma e a Corte Penal Internacional, e comece a investigar e punir as graves violações de direitos humanos, com sentenças adequadas".

Nas últimas décadas, houve na Colômbia 280.420 casos de violações de direitos humanos, segundo o documento. Entre os casos de maior repercussão dos últimos anos, destaca-se o programa de recompensa por guerrilheiros abatidos, responsável pela morte de milhares de inocentes. Tais casos tornaram-se conhecidos como "falsos positivos": civis eram mortos e depois apresentados como guerrilheiros às autoridades. O governo colombiano defendeu-se, afirmando que promoveu a maior punição da História da Colômbia para um caso de violação de direitos humanos.

Ainda de acordo com o documento, o Estado colombiano, um dos signatários do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, "outorgou reparação judicial a apenas um desses casos".

O informe da ONU também questiona os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que sequestraram centenas de pessoas e recrutaram crianças para atuar no conflito armado.

O relatório foi divulgado um dia após Uribe deixar o governo. No sábado, assumiu a Presidência da Colômbia Juan Manuel Santos, que fora ministro da Defesa da administração anterior, para um mandato de quatro anos.

Leia também Álvaro Uribe e os crimes de lesa humanidade de Elaine Tavares

Imagem: IELA - INSTITUTO DE ESTUDOS LATINO-AMERICANOS
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Serra e o narcotráfico

Os marqueteiros da campanha de Serra decidiram não levar à campanha na TV as acusações do candidato de vínculo do PT às FARC. Não ganha votos, disseram. Provavelmente. Mas fica claro para muitos o que pensa e de que lado está o candidato tucano. Dois vídeos podem ajudar a esclarecer.



Acima, o jornalista Miguel Urbano Rodrigues, editor do www.odiario.info, comenta a atuação das FARC-EP, com quem conviveu por semanas nas selvas colombianas. Para ele, a mídia internacional é a responsável pela criminalização e a acusação de narcotraficante ao movimento.



Acima, uma boa biografia de Álvaro Uribe, presidente do Colômbia, que deixa o cargo no próximo dia 7. Enquanto Serra acusa Evo Morales, presidente da Bolívia, de ser responsável pela cocaína que chega ao Brasil, Uribe tem uma extensa folha corrida de serviços prestados ao narcotráfico. Não são meras acusações, suposições, mas documentos, muitos deles do próprio governo americano.

Para o narcopresidente da Colômbia, nenhuma palavra de desagrado do candidato tucano.
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O "novo" "escândalo" "do momento"


A charge acima foi feita em março de 2005. O assunto foi requentado esta semana.

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Para os amigos, tudo

O podre governo de Álvaro Uribe segue ruindo e nossa mídia continua olhando o quadro com distanciamento e extrema ponderação. Um bom exemplo é o editorial da Folha de hoje, “Uribe e os paramilitares”. Segue um relato frio dos fatos recentes, como a prisão de Mario Uribe, estreito colaborador e primo do presidente, sem citar seu envolvimento com o tráfico de drogas. Ao final, de forma distanciada, o jornal especula que “talvez esteja se desenhando a "hecatombe" que Uribe uma vez mencionou como único fator que poderia levá-lo a tentar modificar uma vez mais a Constituição de modo a permitir-lhe disputar o terceiro mandato".

Quer dizer, no meio de uma saraivada de evidências do envolvimento do governo com as milícias de direita, seus métodos bárbaros, formação de quadrilha, envolvimento com o tráfico de drogas e plano de mudanças na constituição para conquistar um terceiro mandato, o jornalão não dedica nenhuma crítica, mantendo uma distanciada serenidade.

É o mesmo jornal que repete as mentiras sobre o envolvimento das Farc com o narcotráfico, que faz de Chávez o maior tirano da AL, que vive especulando sobre um possível terceiro mandato de Lula. Para tudo isso, não há economia de adjetivos.

Para Uribe, tirano, narcotraficante, chefe de quadrilha, a fleuma.
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A farsa do diário da guerrilheira



O diário colombiano El Tiempo publicou, em setembro de 2007, reportagem com trechos do diário da guerrilheira “Eillen”, supostamente achado em acampamento das FARC. A jovem, de 29 anos, foi identificada pelo jornal como a holandesa Tanja Nijmeijer, graduada em filologia hispânica, de família de classe média e na Colômbia desde 2002, quando chegou dentro de programa da ONG Pax Christi, para logo em seguir entrar na guerrilha.

A versão, divulgada pelo exército e publicada pelo jornal, repercutiu em toda a mídia mundial, e com grande comoção na Holanda. Um dos trechos no alegado diário dizia o seguinte:


Estou cansada, cansada das FARC, cansada desta gente, cansada de viver em comunidade, cansada de nunca ter algo para mim.


Desde então, a mídia e o governo Uribe sustentam que ela é mais uma seqüestrada, ao ser impedida de sair da guerrilha, o que sua família não confirma. Sua mãe disse que, pouco antes do episódio, a filha garantiu estar planejando férias em casa.

Seguindo a mesma tese, em 16 de fevereiro último, a revista colombiana Semana, pró-Uribe, publica que a guerrilheira está em julgamento militar e, como castigo, está sendo obrigada a fazer um documentário, nos moldes de Guerrilha Girl. E que tal produção , de uma equipe holandesa, era patrocinada com dinheiro das FARC.

A matéria é veementemente desmentida pelo próprio diretor do documentário, Ivan vd Boer, nome de guerra, em texto na Agência de Notícias Nova Colômbia, que reafirma que em nenhum momento Tanja foi obrigada a participar e que o seu interesse é o da Nova, produtora independente de TV holandesa. Diz ele:


Finalmente, quero deixar claro ao analista que não pode haver comparação alguma com outras produções e a determinação de produzir um filme sobre a vida da guerrilheira Eillen é uma determinação pessoal e livre, o processo está em marcha, queira-se ou não, junto ao direito irrenunciável de um povo que tem empreendido o caminho de sua definitiva independência para o socialismo e a Pátria Grande, que um povo que tem cultura é um povo que luta, resiste e se liberta.


Belas palavras, promete um imperdível filme. Uribe-Bush devem estar em pânico.
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Greg Palast desmascara Uribe

Greg Palast, um dos poucos jornalistas da grande mídia que nadam contra a corrente, teve acesso e publica em seu blog a mensagem de Raúl Reyes que supostamente se referia aos US$ 300 milhões que Chávez teria enviado às FARC, segundo declaração do general Oscar Naranjo, chefe da polícia colombiana, repetida por Uribe e Bush e repercutida em escandalosas manchetes de nossa comprometida mídia. O que diz o texto? Nada do que foi dito. Leiam o trecho onde surgiu a denúncia:

"
Camaradas secretariado. Cordial saludo. Por dos días nos reunimos con
Rodríguez. Conclusiones principales:
1- Con relación a 300, que en adelante llamaremos ossierya hay
gestiones adelantadas por instrucciones del jefe del cojo, las cuales
comentaré en nota aparte. Al jefe lo llamaremos Ángel, y al cojo Ernesto.
2- Para recibir a los tres liberados, Chávez plantea tres opciones:
Plan A. Hacerlo a través de una aravana humanitariade la que harían parte Venezuela, Francia, Piedad, Suiza, Unión Europea, demócratas, Argentina, Cruz Roja etc. Mecanismo: similar al utilizado cuando nos recogieron para los diálogos de Caracas y Tlaxcala, es decir, en helicópteros recogerían en la coordenadas que se indiquen, y que sólo conocerá Rodríguez Chacín. De ahí serían trasladados a un aeropuerto cercano donde los esperaría un avión para trasladarlos directamente a Caracas.

"

Onde entra Hugo Chávez com dinheiro? Onde estão os 300 milhões? Todo o texto é parte de um longo relatório sobre a tentativa de liberação de reféns, onde Chávez aparece como negociador. Nada que possa justificar as declarações dos comprometidos representantes do governo colombiano. Nada que justifique o tratamento da mídia.

Greg Palast trabalha para a BBC e é repórter do The Observer, diário britânico. A ele é creditada a primeira reportagem que acusou Jeb Bush, governador da Flórida, de fraudar as eleições em favor de seu irmão, George Bush.

Ainda bem que existem jornalistas como ele.
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Viva as mulheres guerrilheiras

No sábado, dia 8 de março, desejava publicar aqui uma homenagem ao dia Internacional das Mulheres. Matutei algumas coisas, imaginava escolher um exemplo de mulher que representasse muitas. Demorei, outras demandas me fizeram postergar, quando vejo no Blog do Mello a melhor das homenagens, que muito me emocionou. O documentário dinamarquês “Guerrilla Girl”, de 2005, que mostra a entrada de Isabel, uma jovem colombiana de 21 anos, para a guerrilha das FARC. Vale a pena ver. E fica aqui também a minha homenagem, neste exemplo de mulheres, as guerrilheiras.
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Por que as FARC não abandonam a luta armada, fundam um partido e disputam eleições democráticas?

A pergunta incômoda foi feita no Blog do Mello. A resposta publicada no Blog é a seguinte:

“Porque elas já tentaram isso. Em 1984 firmaram uma trégua com o então presidente da Colômbia Belisario Betancourt. As FARC abandonaram as armas e se transformaram num partido político, União Patriótica (UP).

Resultado: o governo da Colômbia se aproveitou do fato e matou três mil militantes, oito congressistas, dois candidatos presidenciais, 11 prefeitos e 13 deputados regionais”.

Com o histórico do governo colombiano e de Uribe, em particular, e em plena execução do Plano Colômbia patrocinado pelos EUA, é muito difícil obter as condições mínimas de confiança para um acordo entre o governo e a guerrilha das Farcs com vistas à institucionalização da guerrilha। A política do governo da Colômbia em conjunto com os EUA está na direção oposta do diálogo. Porém, a negociação e o entendimento entre o governo e as Farc é condição necessária para se chegar a uma solução definitiva. É o que defendi no post publicado logo abaixo deste.
Também é importante salientar uma questão praticamente esquecida ou pouco divulgada na mídia brasileira: os grupos paramilitares de direita da Colômbia। São grupos responsáveis por assassinatos de indígenas, sindicalistas, integrantes da União Patriótica que restaram e ainda expulsão (roubo) de agricultores de suas terras. Embora oficialmente o governo desarticulou esses grupos em 2002, eles continuam vivos e praticando atrocidades, assassinatos e contam com a complacência do governo. Tais grupos, juntamente com agentes estatais, violam direitos humanos fundamentais.
O mais conhecido deles são as AUC (Autodefesas Reunidas da Colômbia). Responsável por massacre de civis, sindicalistas e indígenas, com estreitas ligações com o Exército colombiano, a polícia e o governo. Da mesma forma que as Farc em 1984, as AUC entregaram as armas num acordo com o governo em 2002. Seus integrantes ficaram livres, sem qualquer julgamento pelos crimes cometidos. Mas ainda alguns deles continuam ligados ao narcotráfico na Colômbia. Na verdade, era um grupo armado que atuava a serviço do narcotráfico, a despeito de suas ligações com o governo e seu Exército. É uma prova cabal de que a guerrilha das Farc, por maiores que possam ser seus erros, não pode ser a única responsabilizada pelo tráfico de drogas na Colômbia.

Além disso, seria importante saber quem financia esses grupos paramilitares. Não combatem o narcotráfico, mas apenas as Farc e outros grupos de esquerda ou sindicalistas. O envolvimento com setores do exército colombiano e a proximidade com alguns cartéis de drogas colocam em dúvida a política oficial do governo contra as Farc. Resta saber qual o verdadeiro objetivo do governo colombiano com sua política de sangue. Será porque podem fazer “acordos de paz” com grupos paramilitares clandestinos mas não podem aceitar negociar com as Farc? Fica a indagação.
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FARC: A solução passa pela institucionalização política da guerrilha

Diálogo com as Farc é condição necessária para solucionar a crise na região e resolver o conflito de Equador x Colômbia x Venezuela. Mas como provomer esse diálogo?
Uma questão bastante complexa são as denominações costumeiras que se encontra sobre as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia): narcoterroristas, movimento narcotraficante, revolucionários, guerrilha esquerdista, etc. Não gosto desse negócio de pegar em armas por razões políticas. Não é minha praia, mas também não cultivo rancores contra aqueles que fizeram das armas uma opção política. O jogo eleitoral é preferível que ficar empunhando rifles para demarcar território. Porém, houve uma época em que grupos políticos de esquerda principalmente (registre-se, havia grupos direitistas também), pegavam em armas para defender suas idéias. José Genoíno, do PT, participou da guerrilha do Araguaia. Diversos integrantes do PC do B também. Hoje, representantes dessa época participam do jogo político eleitoral, estão inseridos no sistema político brasileiro. As Farc têm raízes ainda mais antigas. Por razões diversas internas do seu país, elas continuam de fora do jogo político eleitoral.

Classificar as Farc de terroristas ou narcotraficantes é algo muito simplista. É daquelas denominações que viram “moda” por razões políticas óbvias. Por maiores que sejam nossas diferenças com o grupo das Farc, não são narcotraficantes. Os maiores cartéis de droga da Colômbia situam-se em territórios não controlados pela guerrilha. A riqueza dos barões de coca está em empresas e negócios situados nas áreas de influência do governo colombiano. A política colombiana historicamente é financiada pelos traficantes colombianos. Uma prova viva é o próprio presidente Álvaro Uribe, filho de traficante preso em 1982 e quase deportado. Aliás, segundo informações publicadas, o presidente colombiano mantinha relações próximas com Pablo Escobar, o líder do cartel de Medellín morto em 1993 por policiais americanos. Como senador pela Colômbia, Álvaro Uribe esteve na lista negra dos EUA por supostamente ajudar o tráfico de drogas.

A verdade é que os traficantes de droga colombianos não são inimigos das Farc nem do governo colombiano. As Farc é que não irão combatê-los, pois tem outras prioridades como inimigos. Além disso, as atividades do tráfico geram receitas para se manterem na guerrilha – o famoso “pedágio”. É uma espécie de imposto cobrado pelas Farc das atividades econômicas da região. A produção de drogas para exportação é uma delas. Nas outras regiões do país controladas pelo governo, o que funciona é a corrupção de autoridades policiais e políticas para manterem seus negócios de comércio da droga. O governo da Colômbia finge que combate os traficantes, mas seu verdadeiro inimigo é mesmo as Farc. O resto é retórica política. As drogas são um álibi da direita para falar mal da guerrilha, pois não tem heróis de verdade para defender. O jeito é falar mal dos outros. E desviar o foco das atenções. Assim, ninguém cobra do governo colombiano que acabe antes com seus traficantes, ou seja, aqueles que transportam drogas de dentro de seu território de comando. E, depois, acabam financiando seus políticos.

Nem vou perder muito tempo para comentar as denominações de guerrilha esquerdista ou revolucionários. A direita até hoje no Brasil chama o golpe de 1964 de revolução. Então por que perderei tempo discutindo o termo. Terrorismo é outro termo cada vez menos apropriado. Palestinos são terroristas, pois matam israelenses inocentes com suas bombinhas. Israelenses também matam palestinos e libaneses inocentes com seu armamento pesado de primeira geração, mas não são terroristas. Esta divisão ideológica é difícil de ser digerida.

As Farc deram nos últimos anos vários indícios que desejam negociação política. No governo anterior, de André Pestanas, as Farc tiveram uma aproximação do governo. Houve significativos avanços. Tem muita gente contra esse tipo de aproximação. O problema é que não apontam a solução. No governo Uribe, a política endureceu a ação e o discurso contra a guerrilha, com amplo apoio do governo americano, o chamado Plano Colômbia. Serve para a direita americana e a colombiana obterem vitórias na batalha política interna. O resultado foi um distanciamento e a intensificação dos seqüestros, principalmente de autoridades colombianas. Os seqüestros atendem a dois objetivos: um político e outro econômico. No primeiro, tornam reféns em peça de negociação política. No segundo, é um meio de arrecadar fundos para financiar a guerrilha.

A posição do governo colombiano é defensável, mas não quer dizer que seja a melhor. No campo político interno, fortalece os apoiadores de Álvaro Uribe. É o fantasma do terceiro mandato. Resta saber como a direita brasileira julgará a pretensão de Uribe. No campo externo, distancia dos demais países da região, enquanto intensifica sua aliança com os EUA. Nesse caso, acaba atraindo para si a impopularidade de Bush. Ninguém quer ficar com a imagem negativa de Bush, só mesmo Uribe. Nesse quesito, Uribe presta um serviço para os republicanos americanos, que fazem dos clichês narcotráfico-guerrilha uma forma de manterem no poder o partido de um governo impopular. É a política.

Ultimamente as Farc intensificaram as negociações com governos estrangeiros – Venezuela, Equador, França e certamente desejam aproximação com o Brasil. Um exemplo disso é que o governo francês declarou que o governo de Uribe sabia que o porta-voz internacional das Farc, Raúl Reyes, era interlocutor de negociações para libertação de reféns. O interesse do governo francês é a libertação da franco-colombiana Ingrid Bittencourt, ex-candidata à presidência da Colômbia. A postura negociadora das Farc no plano externo pode ser resultado da intensificação das ações do governo colombiano. Mas também pode ser que acreditem que há interlocutores confiáveis no plano externo. O que as Farc desejam é serem reconhecidos internacionalmente como organização política, não como terroristas. Por maiores resistências que se possa ter à idéia, isso pode representar um início de uma solução.

A história tem mostrado que grupos clandestinos como as Farc são difíceis de serem eliminados completamente. Por mais efetiva que sejam as ações do governo nesse sentido, haverá sempre resquícios da guerrilha. No plano internacional, há bons exemplos de “pseudo-terroristas” políticos que passaram a participar do jogo eleitoral. No vizinho Peru, na base de sustentação do governo Alan Garcia, há grupos que um dia estiveram na guerrilha clandestina. Na Europa, o famoso grupo terrorista irlandês IRA deixou de ser uma organização clandestina e participa do jogo político eleitoral. Talvez seja a hora de mais negociação entre as Farc e o governo colombiano no sentido de acelerar a libertação de reféns e passarem a integrar a vida política do país. Nessa complicada equação política, o papel do Brasil e também da França, por exemplo, seria ajudar a construir o diálogo que leve à solução pela institucionalização (se essa tornar a opção política do governo colombiano). Tornariam um partido político, disputariam eleições com a legítima aspiração de chegar ao poder pelo voto. É um caminho.

O povo colombiano precisa de soluções. Uma é para o destino das Farc. Outra é para o problema dos narcotraficantes. Enquanto não resolver o primeiro problema, o governo da Colômbia tenderá a não enfrentar de fato o segundo. A radicalização do conflito com a guerrilha fortalece politicamente Uribe, inclusive para sua pretensão para um terceiro mandato. Mas não resolve o primeiro problema. O confronto nem sempre ajuda na construção de uma “solução”. A negociação é uma porta que não deveria ser fechada. A política sempre envolve conflitos de visões. Partindo do princípio de que a “solução ótima” é dificilmente alcançável, a “solução boa” é sempre aquela resultada do bom senso. É o que se deveria buscar.
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Diálogo colombino



Conversa com um crédulo e acrítico leitor dos nossos bem informados jornais:


− Esse Uribe é um canalha!

− Ah, mas ele foi macho. Os caras estavam fazendo jogo duro para libertar os reféns.

− Muito pelo contrário. Assassinaram o principal negociador das Farc, o Raúl Reys. Agora tudo ficou mais difícil. O que Uribe queria era exatamente evitar a libertação. Coisa de traíra.

− Mas esses caras são terroristas, não dá para confiar.

− Terroristas? Eles são um outro estado dentro daquele país. São guerrilheiros, querem implantar um governo marxista-leninista. Foram organizados em 1964 quando perseguidos por militares e paramilitares à mando da elite corrupta e assassina.

− Se querem o poder, deviam sair da clandestinidade. Fazer um partido e disputar eleições, dentro da democracia.

− Mas foi o que fizeram em 1984. Assinaram um acordo de cessar-fogo com o então governo de Belisário Betancur, criando a União Patriótica, uma frente de várias tendências, que elegeu 350 conselheiros municipais, 23 deputados e 6 senadores.

− E desistiram? Aposto que não gostaram da experiência democrática.

− Claro que não gostaram. As elites e o governo se aproveitaram do momento e assassinaram vários parlamentares, incluindo dois candidatos presidenciais, em um total de 4 mil militantes.

− Ah, mas hoje eles são ligados aos narcotraficantes.

− É uma grande mentira, criada pelo ex-embaixador dos EUA na Colômbia, Louis Stamb, e até hoje repetida pela mídia. A Colômbia, sua elite, vive e depende do narcotráfico. Seu atual presidente tem negócios e interesses nas drogas.

− Aí você já está apelando. Isso é teoria da conspiração.

− É? Mas quem diz não sou eu, mas o próprio governo americano.

− Cumé?

− Saiu na Newsweek de 9 de agosto de 2004. Segundo ela, um relatório do Departamento de Defesa dos EUA, de 1991, faz um Quem é Quem do mercado de drogas colombiano. Em uma lista dos 100 o nome de Álvaro Uribe Velez é o número 82. E ainda afirma a revista que ele tinha negócios nos EUA que envolviam cocaína, além de ser grande amigo de Pablo Escobar.

− Que babado! Ah, mas tem o Plano Colômbia, os EUA querem acabar com a produção de cocaína no país.

− Querem? O Plano Colômbia aumentou a produção. O grande país do norte é parceiro e interessado na produção de cocaína mundial.

− Tá maluco! E o DEA?

− Foram apanhados juntos com paramilitares. O governo americano, CIA e drogas fazem uma combinação há muito controvertida. Pesquise no Google.

− Teoria da conspiração!

− Pesquise o caso Irã-Contras. Tinham drogas naquele mafuá.

− O fato é que mataram os caras de pijamas, isso eu concordo.

− Pois é. Tem vídeo que mostra que foi de madrugada, todos dormiam, uma covardia.

− Até concordo.

− Mas de pijamas? E guerrilheiro usa pijamas? Na selva?

− Ah, mas eu li nos jornais.
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