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TSE CRIA URNA ESPECIAL PARA ELEITORES DO PSOL NO SEGUNDO TURNO

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O DEBATE E O SONO

Laerte Braga


A GLOBO começa a ser vítima de sua arrogância. Em matéria de eleições presidenciais quer ser sempre a última palavra. O round final. Todas as outras redes de tevê promoveram debates entre os candidatos a presidente (alguns excluídos), mas o grande final é na GLOBO. É o que pensam os que dirigem o carro chefe da mídia privada no Brasil.

A tônica do debate foi sono.

É o resultado do formato desenhado nos laboratórios globais. Tem três objetivos. Tentar ajudar o candidato do esquema, no caso José Arruda Serra, tentar embananar o processo eleitoral dando força a uma terceira candidatura sem condições de vitória e produzir um espetáculo.

O tchan do debate global é a tal da tecnologia.

Imagino que a continuar assim nos próximos pleitos teremos candidato descendo de disco voador, outro emergindo de um submarino e vai por aí afora.

Programa de governo, informações corretas e verdadeiras, nada disso é cogitado na rede. Supor que tudo isso seja um jeito de interpretar Maquiavel é tanto desqualificar Maquiavel, como super qualificar a GLOBO.

É apenas a presunção que o paraíso existiu e foi reconstruído no tal PROJAC. Delírio, nada mais.

O problema real vem depois. O que a GLOBO vai fazer com o debate, ou melhor, com as imagens do debate. Editá-las, como o fez em 1989, dando a impressão que determinado candidato venceu, no caso o dela, Arruda Serra, ou render-se à evidência da eleição de Dilma Roussef?

Devem colocar esses fatos numa balança, pesar com pesos de realidade e decidir pelo que for menos doloroso à empresa, ao grupo, levando em conta os compromissos internacionais que tem junto a várias agências financeira e ao próprio BNDES.

Se for para atrapalhar as trapaças da FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO não editam nada. Se tiver jeito de aumentar a participação acionária nos negócios do Estado, aí editam, deitam e rolam.

É a ética do grupo Marinho.

Um governo que não ceda às chantagens da rede pode não ser tão negativo assim, do ponto de vista deles, levando em conta que muitos governos estaduais estarão dispostos a segurar o barco.

Os candidatos... Bem, os candidatos deixaram a sensação que por lá apareceram por conta dos riscos da ausência. Aquele compromisso chato, que você está doido para ficar quieto em casa, ou fazer coisa diferente, mas não tem como cancelar. Aí vai, seja lá o que Deus quiser. Vai.

José Arruda Serra dessa vez não tentou nem levantar vôo. Ensaiou sair do hangar, mas logo recolheu a aeronave tucana. Deposita suas esperanças no desempenho da verde/laranja Marina da Silva (a candidata de Al Gore, aquele que disse que a Amazônia não é só do Brasil). A propósito, num dos intervalos comerciais do debate a empresa do vice de Marina anunciou. A NATURA. Vale dizer pagou à GLOBO para veicular um comercial. Trem feio, a GLOBO ainda tomou dinheiro do cara.

Para eles não existe complicação nenhuma nisso, é prática corriqueira. O negócio de me paga tanto que eu faço o que você mandar. Se tiver problema a gente manda o Faustão criar um quadro novo, está chegando o ano de 2011 já já começa o frisson BBB, logo todo mundo esquece tudo.

O Brasil mergulha “nos meus heróis”.

Marina da Silva agarrou-se à última oportunidade, a sensação que causou, a mim pelo menos, é que morre na praia. Essa história de chegar ao fim da competição em condições de uma final exclusiva com Dilma foi para o espaço. Nem lá e nem cá. É nisso que dá ser verde, mas com laranja, verde madura digamos assim.

Pode falar até aqui, depois não. Tem que engolir os sapos.

Dilma cumpriu seu papel. Tem vantagem tranqüila nas pesquisas de intenções de votos, agora atenção total para neutralizar a jogada última da turma. VEJA e suas denúncias inconseqüentes, FOLHA DE SÃO PAULO com as pesquisas montadas do DATA FOLHA (o objetivo agora é levar para o segundo turno), o conjunto GLOBO fazendo o que faz todos os dias, tratando o telespectador como Homer Simpson, definição do arcanjo guardião do PROJAC, William Bonner.

O candidato Plínio de Arruda Sampaio cumpriu seu papel de mostrar as diferenças entre governo popular e governo do modelo engessado pelo institucional que tem como um dos juízes Gilmar Dantas Mendes.

A participação de Plínio de Arruda Sampaio nos debates é algo a ser analisado por seu partido. Permaneceram excluídos candidatos como Ivan Pinheiro (PCB) e José Maria (PSTU), fica a sensação que debates são apenas um espetáculo, nada além disso.

É pena que o IBOPE não faça uma pesquisa diferente, digamos assim. Buscar saber quantos telespectadores conseguiram se manter acordados por todo o “confronto”.
Sei não, tenho a sensação que iriam ter uma surpresa, número elevado dos que dormiram ao longo do embate democrático.

Democracia com lantejoulas.

E quantos viram o comercial da NATURA, empresa de propriedade do candidato a vice de Marina da Silva.

Foto: Alexandre Durão/TV Globo
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PSOL PASSA A APOIAR PAULO PAIM

Na tarde de hoje (23/09), o Cloaca News, ligado como sempre, deu um furo exclusivo: um dos candidatos ao Senado pelo PSOL, prof. Lucas, renunciou à candidatura, passando a apoiar a reeleição de Paulo Paim.

O candidato a governador pelo PSOL, Pedro Ruas, igualmente declarou seu apoio a Paulo Paim no segundo voto.

Trata-se de invulgar manifestação de maturidade das forças de esquerda, pois o povo do Rio Grande não pode trocar um militante da luta social com a folha de serviços prestados aos trabalhadores e idosos da qualidade de Paim por uma Ana Amélia ou um Rigotto.

Clique aqui para ver a matéria completa no Cloaca.
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Estimativas para 3 de outubro


Por Marcos Coimbra* - Carta Capital


Do jeito como vão, as eleições presidenciais não devem nos reservar surpresas de reta final. Ao contrário. Salvo algo inusitado, elas logo adquirirão suas feições definitivas, talvez antes que cheguemos ao cabo da primeira quinzena de veiculação da propaganda eleitoral na tevê e no rádio.

Por várias razões, a provável vitória de Dilma Rousseff- em 3 de outubro será saudada como um resultado extraordinário. Ao que tudo indica, ela alcançará uma coisa que Lula não conseguiu nem quando disputou sua reeleição: vencer no primeiro turno. Não que levar a melhor dessa maneira seja fundamental, pois o próprio Lula mostrou ser possível ganhar apenas no segundo e se tornar o presidente mais querido de nossa história.

É preciso lembrar que Lula não a obteve em 2006 por pouco, apesar de sua imagem ainda sangrar com as feridas abertas pelo mensalão. Ele havia chegado aos últimos dias daquele setembro com vantagem suficiente para resolver tudo ali mesmo e só a perdeu quando sofreu um ataque sem precedentes de nossa “grande imprensa”.

Aproveitando-se do episódio dos “aloprados”, fazendo um carnaval de sua ausência no debate na Globo, ela balançou um eleitorado ainda traumatizado pelas denúncias de 2005. Lula deixou de vencer em 1º de outubro, o que, no fim das contas, terminou sendo ótimo para ele. No segundo turno, a vasta maioria da população concluiu o processo de sua absolvição, abrindo caminho para o que vimos de 2007 em diante: ele nunca mais caiu na aprovação popular e passou a bater um recorde de popularidade atrás de outro.

Com as pesquisas de agora, é difícil estimar com precisão quanto Dilma Rousseff poderá ter no voto válido. Não é impossível que alcance os 60% que Lula fez, no segundo turno, na última eleição. E ninguém estranharia se ela ultrapassasse os 54% que Fernando Henrique obteve em 1994, com o Plano Real e tudo.

Para fazer essas contas, é preciso levar em consideração diversos fatores. Um é quanto Marina Silva poderá alcançar, a partir dos cerca de 8% que tem hoje. Há quem imagine que ela ainda cresça, apesar do mísero tempo de televisão de que disporá. Com uma única inserção em horário nobre por semana e um tempo de programa praticamente idêntico ao dos candidatos pequenos, não é uma perspectiva fácil.
O segundo fator é o desempenho dos candidatos dos partidos menores, dos quais o mais relevante é Plínio de Arruda Sampaio. Muito mais que seus congêneres de extrema esquerda, ele pode se transformar em opção para a parcela de eleitores que vota de forma mais ideo-lógica ou que apenas quer expressar seu “protesto”. Embora as pesquisas a respeito desse tipo de eleitor não sejam conclusivas, isso pode, talvez, ocorrer em detrimento de Marina: à medida que Plínio subir, ela encolherá. O que não afetaria, portanto, o tamanho do eleitorado que não votará em Dilma ou Serra.

Para, então, projetar o tamanho da possível vitória de Dilma, o relevante é saber o piso de Serra. Se ele cairá, considerando seu patamar atual, próximo a 30%.

Só o mais otimista de seus partidários acredita (de verdade) que a presença de Lula na televisão será inútil para Dilma e que seu apelo direto ao eleitor não produzirá qualquer efeito. Ou seja, ninguém acredita que ela tenha já atingido seu teto, com os 45% que tem hoje.
O voto em Serra tem, no entanto, três fundamentos, todos, aparentemente, sólidos: 1. É um político respeitado no maior estado da federação, que governou, até outro dia, com larga aprovação. 2. Representa o eleitorado antipetista,- aquele que pode até tolerar Lula, mas que nunca votou e nunca votará no PT. 3. Tem uma imagem nacional positiva, conquistada ao longo da vida e, especialmente, quando foi ministro da Saúde. De São Paulo deve sair com 45% dos votos, o que equivale a 10% do País. O antipetismo lhe dá mais cerca de 10% e a admiração por sua biografia no restante do eleitorado, outro tanto (tudo em números redondos).

Se essas contas estiverem corretas, Serra teria pouco a perder nas próximas semanas. Em outras palavras, já estaria, agora, perto de seu mínimo.

Fica simples calcular o resultado que, hoje, parece mais provável para 3 de outubro: Serra, 30%; Marina e os pequenos, 10%; brancos e nulos, entre 8% e 10% (considerando o que foram em 2006 e 2002, depois da universalização da urna eletrônica); Dilma, entre 50% e um pouco menos que 55%. Nos válidos: Marina (e os pequenos) 11%, Serra 33%, Dilma 56%.

Talvez seja arriscado fazer essas especulações. Talvez não, considerando quão previsível está sendo esta eleição.

*Sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi
Imagem: Flickr Dilma Presidente.

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Entrevista do candidato do PSOL ao Piratini

O candidato Pedro Ruas do PSOL [Partido Socialismo e Liberdade] concedeu entrevista ao jornal eletrônico Sul21:

Pedro Ruas sabe que dificilmente será eleito governador. Para o candidato do Psol (Partido Socialismo e Liberdade), o debate público no período eleitoral é um momento de propaganda das idéias do partido, para construí-lo como força política. Mira o futuro, mas age no presente. Assim, vai centrar sua participação eleitoral na denúncia. E avisa: todos os demais partidos serão seu alvo. Ruas é advogado há 30 anos, especializado na área trabalhista e presidente da Associação Gaúcha dos Advogados Trabalhistas (Agetra). Antes do Psol, Ruas foi vereador pelo PDT em 1986-1988; 1993-1997/1997-2001. Foi Secretário estadual de Obras e Saneamento (1999-2000) e Secretário municipal de Indústria e Comércio de Cachoeirinha (2003-2004). Em 2005 deixou o PDT. No ano seguinte, concorreu a deputado estadual pelo Psol. Nesta primeira entrevista com os candidatos ao governo do RS, com texto de Rachel Duarte e fotos de Eduardo Seidl, Ruas fala de suas propostas de governo e das denúncias que o notabilizaram.

Leia a entrevista direto no Sul21 AQUI.

Foto: Eduardo Seidl/Sul21
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A Paraíba, quem diria, virou exemplo

Um ótimo artigo relacionando a cassação de Cunha Lima (PSDB-PB) e o desgoverno de Yeda Crusius (PSDB-RS). Segundo o autor, a tucana mandatária do Rio Grande do Sul é uma ex-governadora em atividade. Não vou me ater muito às trapalhadas de Yeda. Seguindo o exemplo do Blog RS Urgente, republiquei esse artigo do Terra Magazine porque acredito que quanto mais gente souber das coisas estranhas que ocorrem no ninho tucano, melhor para o Brasil. Aliás, a turma do Blog RS Urgente tem boas matérias sobre a corrupção da governadora tucana Yeda Crusius. É uma boa referência para quem quiser tomar conhecimento do que está ocorrendo nas terras gaúchas. Segue o artigo abaixo:

Eduardo Tessler*, de Salvador (BA)

Aos olhares dos sulistas, quem nasce acima do Rio de Janeiro é Paraíba. Não importa de onde venha, do Ceará até a Bahia todo mundo é Paraíba. O apelido nada carinhoso é depreciativo e pouco tem a ver com os paraibanos de verdade e carteirinha, como Ariano Suassuna - é bem verdade que o escritor optou por viver em Recife, mas isso é outra história. Ser Paraíba, hoje, é quase uma ofensa.

Mas a Paraíba acaba de dar um exemplo de lisura política ao Brasil, ao conseguir afastar o governador Cassio Cunha Lima, acusado de distribuir cheques no valor de R$ 3,5 milhões disfarçados de programas assistenciais. Cunha Lima bem que tentou se manter no poder de todas as formas, mas o TSE foi enfático na cassação e entregou o cargo ao candidato derrotado em 2006, o ex-governador e ex-senador José Maranhão (aliás, o que faz alguém de nome Maranhão na Paraíba???). O novo governador assume com oito processos nas costas e talvez não consiga chegar ao fim do mandato, vai depender outra vez dos tribunais.

Cassio Cunha Lima, herdeiro de uma tradição política que domina a Paraíba há anos, parecia ser um cidadão acima de qualquer suspeita. Aos 45 anos, expoente do PSDB (de Fernando Henrique Cardoso, José Serra e outros tucanos), Cunha Lima naufragou. Agora precisa cumprir as regras de inelegibilidade.

Cerca de 4 mil quilômetros ao sul da Paraíba, outra expoente do mesmo PSDB tenta segurar-se de todas as formas nos corrimãos do Palácio Piratini. A economista Yeda Crusius, ex-ministra sem expressão de Itamar Franco e ex-deputada com algum brilho na década passada, lidera o mais instável governo da história do Rio Grande do Sul. Uma sucessão de escândalos, brigas, picuinhas, desvio de dinheiro e agora até morte misteriosa - a do ex-representante do escritório do RS do Distrito Federal, Marcelo Cavalcanti, encontrado morto no Lago Paranoá pouco antes do Carnaval. O executivo é citado nos autos dos processos de desvio de verba do Detran gaúcho.
Com a licença da expressão criada pelo jornalista Paulo Cesar Vasconcellos e utilizada com brilho por Nelson Motta no Rio, Yeda Crusius é uma ex-governadora em atividade. As façanhas de Yeda são incomparáveis, ela bem poderia estar do livro dos recordes, tamanha ineficiência política. Alguns exemplos:

- Depois de prometer em campanha não subir impostos, tentou aprovar antes de sua posse um projeto de aumento de ICMS, causando o primeiro incidente de governo. Três secretários escolhidos da sua base aliada renunciaram antes de assumirem as pastas;
- Ao completar 100 dias de governo, exonerou o secretário da segurança Enio Bacci, que começava a desmontar uma rede de corrupção entre o Jogo do Bicho e delegados de polícia. Yeda considerou-o "personalista" e no seu governo a ordem parece ser que ninguém brilha mais que ela própria;
- Rompeu com o vice-governador Paulo Feijó (DEM) ao tomar posse, mantendo-o longe da mesa de decisões do Palácio. Até que Feijó gravou uma conversa com um dos principais secretários de Yeda, Cesar Busatto, que tentava - a pedido da governadora - acertar algumas comissões para que Feijó ficasse calado;
- Comprou uma casa para uso próprio avaliada em R$ 1 milhão. Alegou ter pago pouco mais de R$ 500 mil, embora não tenha declarado fonte de renda para tanto. Até hoje ainda não há uma versão aceitável para tal matemática;
- Envolveu-se no escândalo do Detran, descoberto pela Operação Rodin. Trata-se de um esquema de corrupção utilizando-se de fundações ligadas à Universidade de Santa Maria, onde cada envolvido saia com os bolsos cheios e a governadora fazia caixa para a campanha de reeleição;

Yeda Crusius pertence ao PSDB, como o governador cassado da Paraíba. A dignidade gaúcha aconselharia Yeda a renunciar, enquanto se investigam os inúmeros escândalos de seu governo. Yeda, nascida em São Paulo, prefere permanecer no Piratini. Semana passada, quando o PSOL encaminhou proposta de impeachment à Assembléia - logo apoiada pelo PT - Yeda preocupava-se em enfrentar o Cpers (Centro de Professores do Estado) e mais 10 sindicatos, descontentes com a falta de diálogo da governadora. Mais que isso, Porto Alegre amanheceu coberta com cartazes dizendo: "O PSOL exige: Fora Yeda". Menos de 24 horas depois, a palavra "Fora" era substituída por um adesivo do mesmo tamanho escrito "Fica".

Ou seja, se o marketing pessoal da governadora vai de mal a pior, sua estratégia pública parece ser ainda pior, ao querer ludibriar o cidadão, mesmo que para isso tenha que beirar o ridículo (ou alguém imagina que o PSOL coloque cartazes na rua pedindo a permanência de Yeda?).

A ex-governadora em atividade está na rota de Cunha Lima. Só ela ainda não se deu conta.

*Eduardo Tessler é jornalista e consultor de empresas de comunicação.
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Corrupção tucana no governo Yeda: O que o Psol diz que existe

Na entrevista coletiva de hoje (19/2), o PSOL afirma que existe o que segue abaixo:
- Áudio e vídeo mostrando representante da Mak Engenharia entregando 500 mil para a campanha de Yeda na presença de Chico Fraga, Aod Cunha, Rubens Bordini, Delson Martini, Lair Ferst e Marcelo Cavalcante; 
- Áudio e vídeo de representantes de empresas fumageiras entregando 200 mil para Aod Cunha e Lair – na conversa, Lair diz que não poderia dar recibo a pedido de Yeda; 
- Lair Ferst relata conversa que seria sobre a repartição do dinheiro do Detran entre ele, Yeda, Vaz Netto e Maciel. Lair oferece 100 mil por mês para Yeda para manter o esquema e ela responde: por 100 mil eu não me levanto da cadeira; 
- Áudio e vídeo de José Otávio Germano entregando 400 mil em espécie, do dinheiro do Detran, para caixa 2 do segundo turno da campanha de Yeda. José Otávio diz que aquela era uma ajuda para obter crédito político. Presentes: Lair, Yeda e Marcelo Cavalcante; 
- Longo vídeo de conversa de Lair com o corretor Albert sobre a formatação da compra da casa de Yeda. Bem detalhado. Lair entrega 400 mil em dinheiro vivo para o corretor. Dinheiro este além dos 750 mil pagos formalmente. Neste vídeo são citados nomes de 20 pessoas, entre eles o marido Crusius e vários secretários; 
- Áudio e vídeo de distribuição de pacotinhos de dinheiro para várias pessoas cujos nomes não são conhecidos. Quem aparece distribuindo (e inclusive a expressão "mensalinho" é dita por alguém) é Valna Villarins (assessora de Yeda) e Delson Martini. Testemunham o fato: Lair e Marcelo.
- Áudio e vídeo de Humberto Busnello entregando 200 mil para o caixa dois da campanha de Yeda para Aod Cunha. Lair testemunha. - Áudio e vídeo de uma longa explanação de pagamentos de contas particulares da governadora, supermercado inclusive. Alguma coisa envolvendo empresas de publicidade 
– DCS entre elas. Presentes: Lair e Marcelo. - Diálogo sobre reforma da casa de Yeda feita pela Magna Engenharia. Lair é que está negociando. 
Comentário do blogueiro: A despeito das evidências, é impressionante a falta disposição de investigar os escândalos de corrupção no governo tucano do Rio Grande do Sul. Cada dia que passa, aparecem novas denúncias, e o fedor é ainda maior. Mas por se tratar de governo tucano, a mídia faz corpo mole, não se dispõe a investigar. Papelão também faz o Ministério Público gaúcho que, em vez de investigar, prefere perseguir os adversários do governo tucano (sindicatos e MST). É isso aí: A corrupção tucana lava mais branco.

 

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Mídia tucana protege Yeda (PSDB) das denúncias do PSOL

A mídia tucana procura relativizar a denúncia do PSOL de uso de caixa de dois e mensalinhos na campanha da governadora Yeda Crusiuis (PSDB), Rio Grande do Sul. A Folha de São Paulo publicou o seguinte título: "Sem provas, Psol acusa Yeda de prática de caixa 2 e desvio de dinheiro". Ou seja, a Folha no título da matéria já tenta transformar o PSOL, partido que acusa, em acusado de apresentar denúncias supostamente vazias ou sem provas. No corpo do texto, o partido da governadora, o PSDB, aparece apenas uma vez. A verdade é que a sede do PSDB deveria mudar de vez para o prédio da Folha de São Paulo, pois esse jornal não apenas faz campanha velada por José Serra, mas transformou-se num Quartel General do PSDB. Até mesmo uma denúncia do desgoverno tucano do Rio Grande do Sul tem a proteção editorial do jornal. Um caso clássico de jornalismo partidário ou de interesses.

Na mesma linha, a Agência Estado, do Estadão, faz o mesmo jornalismo picareta. Sob o título “PSOL acusa Yeda de distribuir mensalinhos”, a matéria não traz sequer uma menção ao partido da governadora, o PSDB. É o silêncio da mídia tucana, assim como ocorreu com a cassação do governador tucano Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) por compra de votos e caixa dois. Segue a matéria da Agência Estado.

PSOL acusa Yeda de distribuir 'mensalinhos'

Da Agência Estado

A cúpula do PSOL no Rio Grande do Sul acusou a governadora Yeda Crusius e diversos de seus colaboradores de terem participado ou tomado conhecimento de arrecadação de fundos não declarados para a campanha eleitoral de 2006, uso de recursos paralelos e superiores aos informados num contrato de aquisição de um imóvel e distribuição de "mensalinhos" para várias pessoas feita por uma secretária do Palácio Piratini.

Em entrevista coletiva na sede estadual do partido, em Porto Alegre, o presidente regional da sigla, Roberto Robaina, a deputada federal Luciana Genro e o vereador e advogado do partido Pedro Ruas disseram que formaram convicção a partir de documentos como áudios, vídeos e transcrição de depoimentos que integram o processo contra os réus da Operação Rodin, em tramitação na Justiça Federal de Santa Maria. Eles informaram que pessoas do partido viram as peças, mas admitiram não ter cópias delas em mãos e não apresentaram provas à imprensa. Fontes do Ministério Público e da Justiça Federal negaram a existência dos documentos.

Segundo a denúncia, há áudios e vídeos mostrando representantes de empresas de engenharia, construção civil e fumageiras entregando R$ 1 milhão de contribuições à campanha de 2006, sem registros, a pessoas próximas à governadora, entre as quais o empresário Lair Ferst e o ex-secretário da Fazenda Aod Cunha. Outra gravação mostraria o deputado federal José Otávio Germano doando R$ 400 mil e afirmando que ficaria com "crédito político".

Também estariam nos autos peças eletrônicas exibindo a formatação da operação da compra da casa da governadora, feita no final de 2006, com a entrega de R$ 400 mil "por fora" do contrato tornado público, de Ferst para um corretor de imóveis, e pagamentos de contas particulares, inclusive de Yeda, por agências de publicidade.

O procurador da República Adriano Raldi, integrante da Força-Tarefa do Ministério Público Federal, que acompanha o desdobramento da Operação Rodin, negou, por sua assessoria de imprensa, que o PSOL tenha tido acesso aos documentos e que os depoimentos, áudios e vídeos citados na entrevista façam parte do processo. Também afirmou que não houve acordo de delação premiada com Ferst.
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A Crise da Extrema Esquerda

Os resultados das eleições municipais vieram corroborar o que o cenário político nacional já permitia ver: o esgotamento do impulso da extrema esquerda, que tinha sido relançada no começo do governo Lula. A votação em torno de 1% de dois dos seus três parlamentares, candidatos a prefeito em São Paulo e no Rio de Janeiro, com votações significativamente menores do que as que tiveram como candidatos a deputados, sem falar na diferença colossal em relação à candidata à presidência, apenas dois anos antes – são a expressão eleitoral, quantitativa, que se estendeu por praticamente todo o país, do esgotamento prematuro de um projeto que se iniciou com uma lógica clara, mas esbarrou cedo em limitações que o levam a um beco difícil, se não houver mudança de rota.

A Carta aos Brasileiros, anunciando que o novo governo não iria romper nenhum compromisso – nesse caso, com o capital financeiro, para bloquear o ataque especulativo, medido pelo "risco Lula" -, a nomeação de Meirelles para o Banco Central e a reforma da previdência como primeira do governo – desenharam o quadro de decepção com o governo Lula, que levaria à saída do PT de setores de esquerda. A orientação assumida pelo governo inicialmente, em que a presença hegemônica de Palocci fazia primar os elementos de continuidade com o governo FHC sobre os de mudança – estes recluídos basicamente na política externa diferenciada e em setores localizados – e a reiteração de um governo estritamente neoliberal davam uma imagem de um governo que era considerado pelos que abandonavam o PT, como irreversivelmente perdido para a esquerda.
O dilema para a esquerda era seguir a luta por um governo anti-neoliberal dentro do PT e do governo ou sair para reagrupar forças e projetar a formação de uma nova agrupação. Naquele momento se cogitou a constituição de um núcleo socialista, dos que permaneciam e dos que saíam do PT, para discutir amplamente os rumos a tomar. Não apenas cabia uma força à esquerda do PT, como se poderia prever que ela seria engrossada por setores amplos, caso a orientação inicial do governo se mantivesse.

Dois fatores vieram a alterar esse quadro. O primeiro, a precipitação na fundação de um novo partido – o Psol -, com o primeiro grupo que saiu do PT – em particular a tendência morenista – passando a controlar as estruturas da nova agremiação. Isto não apenas estreitou organizativamente o novo partido, como o levou a posições de ultra-esquerda, responsáveis pelo seu isolamento e sectarização. A candidatura presidencial nas eleições de 2006 agregou um outro elemento ao sectarismo, que já levaria a uma posição de eqüidistância em relação ao governo Lula. O raciocínio predominante foi o de que o governo era o melhor administrador do neoliberalismo, porque além de mantê-lo e consolidá-lo, o fazia dividindo e confundindo a esquerda, neutralizando a amplos setores do movimento de massas. Portanto deveria ser derrotado e destruído, para que uma verdadeira esquerda pudesse surgir. O governo Lula e o PT passaram a ser os inimigos fundamentais da nova agrupação.

Esse elemento favoreceu a aliança – já desenhada no Parlamento, mas consolidada na campanha eleitoral – com a direita – tanto com o bloco tucano-pefelista, como com a mídia oligárquica -, na oposição ao governo e à reeleição de Lula. A projeção midiática benevolente da imagem da candidata do Psol lhe permitia ter mais votos do que os do seu partido, mas comprometia a imagem do partido com uma campanha despolitizada e oportunista, em que a caracterização do governo Lula não se diferenciava daquela feita na campanha do "mensalão". Como se poderia esperar, apesar de algumas resistências, a posição no segundo turno foi a do voto nulo, isto é, daria igual para o novo partido a vitória do neoliberal duro e puro Alckmin ou de Lula. (Se tornava linha nacional oficial o que já se havia dado nas primeiras eleições em que o Psol participou, as municipais, em que, por exemplo, em Porto Alegre, diante de Raul Pont e Fogaça, no segundo turno, se afirmou que se tratava da nova direita contra a velha direita e se decidiu pelo voto nulo.)

Uma combinação entre sectarismo e oportunismo foi responsável pelo comprometimento da orientação política do novo partido, que o levou a perder a possibilidade de formação de um partido à esquerda do PT, que se aliasse a este nos pontos comuns e lutasse contra nos temas de divergência. O sectarismo levou a que sindicatos saíssem da CUT, sem conseguir se agrupar com outros, enfraquecendo a esquerda da CUT e se dispersando no isolamento. Levou a que os parlamentares do Psol votassem contra o governo em tudo – até mesmo na CPMF – e não apoiassem as políticas corretas do governo – como a política internacional, entre outras. Esta se dá porque o governo brasileiro tem estreita política de alianças com as principais lideranças de esquerda no continente – como as de Cuba, Venezuela, Equador, Bolívia -, que apóiam o governo Lula, o que desloca completamente posições de ultra-esquerda – que se reproduzem de forma similar a dessa corrente no Brasil nesses países -, deixando de atuar numa dimensão fundamental para a esquerda – a integração continental.

Por outro, o governo Lula passou a outra etapa, com a saída de vários de seus ministros, principalmente Palocci, conseguindo retomar um ciclo expansivo da economia e desenvolvendo efetivas políticas de distribuição de renda, ao mesmo tempo que recolocava o tema do desenvolvimento como central – deslocando o da estabilidade, central para o governo FHC -, avançando na recomposição do aparelho do Estado, melhorando substancialmente o nível do emprego formal, diminuindo o desemprego, entre outros aspetos. A caracterização do governo Lula como expressão consolidada do neoliberalismo, um governo cada vez mais afundado no neoliberalismo – reedição de FHC, de Menem, de Carlos Andrés Perez, de Fujimori, de Sanchez de Losada – se chocava com a realidade.

Economistas da extrema esquerda continuaram brigando com a realidade, anunciando catástrofes iminentes, capitulações de toda ordem, tentando resgatar sua equivocada previsão sobre os destinos irreversíveis do governo, tentando reduzir o governo Lula a uma simples continuação do governo FHC, reduzindo as políticas sociais a "assistencialismo", mas foram sistematicamente desmentidos pela realidade, que levou ao isolamento total dos que pregam essas posições desencontradas com a realidade.

O isolamento dessas posições se refletiu no resultado eleitoral, em que todas as correntes de ultra-esquerda ficaram relegadas à intranscendência política, revelando como estão afastadas da realidade, do sentimento geral do povo, dos problemas que enfrenta o Brasil e a América Latina. As políticas sociais respondem em grande parte pelos 80% de apoio do governo,rejeitado por apenas 8%. Para a direita basta a afirmação do "asisistencialismo" do governo e da desqualificação do povo, que se deixaria corromper por "alguns centavos", mas a esquerda não pode comprá-la, por reacionária e discriminatória contra os pobres.

Confirmação desse isolamento e de perda de sensibilidade e contato com a realidade é que não se vê nenhum tipo de balanço autocrítico, sequer constatação de derrota da parte da extrema esquerda. Se afirma que se fizeram boas campanhas, não importando os resultados, como se se tratassem de pastores religiosos que pregam no deserto, com a consciência de que representam uma palavra divina, que ainda não foi compreendida pelo povo. (Marx dizia que a pequena burguesia sofre derrotas acachapantes, mas não se autocrítica, não coloca em questão sua orientação, acredita apenas que o povo ainda não está maduro para sua posições, definidas essencialmente como corretas, porque corresponderiam a textos sagrados da teoria.)

Não fazer um balanço das derrotas, não se dar conta do isolamento em que se encontram, da aliança tácita com a direita e das transformações do governo Lula – junto com as da própria realidade econômica e social do país –, da constatação do caráter contraditório do governo Lula, que não deveria ser se inimigo fundamental revelariam a perda de sensibilidade política, o que poderia significar um caminho sem volta para a extrema esquerda. Seria uma pena, porque a esquerda brasileira precisa de uma força mais radical, que se alie ao PT nas coincidências e lute nas divergências, compondo um quadro mais amplo e representativo, combinando aliança a autonomia, que faria bem à esquerda e ao Brasil.

Emir Sader é sociólogo e professor.

Publicado originalmente no Blog do Emir

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Crivella lidera com folga e candidato petista dispara em pesquisa no Rio de Janeiro

A aliança PT-PMDB pode mesmo surpreender na eleição carioca. Isso já era esperado. O ritmo de crescimento da candidatura de Alessandro Molon, candidato do PT à prefeitura do Rio de Janeiro, é que pegou todos de surpresa. Semanas atrás aparecia com míseros 1% dos votos. Em nova pesquisa, agora pelo Instituto GERP realizada entre os dias 8 a 11 de abril, o candidato petista saltou para 9%, em empate técnico com Jandira Feghalli (PC do B), que aparece com 11%.

O senador Marcelo Crivella (PRB), também da base de apoio do presidente Lula, lidera a pesquisa, passando de 20% para 30%, enquanto o candidato da aliança PV-PSDB-PPS, Fernando Gabeira, aparece com 22%. Em queda, a candidata do DEM, Solange Amaral, apoiada pelo prefeito-dengue César Maia, que aparece com 4%, num empate técnico com Chico Alencar (PSOL), com 3%.

A gente tem que sempre ficar com um olho atrás com relação às pesquisas, mas de qualquer forma, fica evidente o crescimento da candidatura de Alessandro Molon (PT). Só falta o Lula e o Sérgio Cabral dar um empurrãozinho na candidatura de Molon, levando-o para as inaugurações das obras do PAC na cidade. O problema é o ciúme nas outras candidaturas governistas. Clique aqui para ver a matéria do Jornal O Dia.
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IBOPE: PESQUISA MOSTRA DISPUTA ACIRRADA EM PORTO ALEGRE

Prefeito José Fogaça lidera no primeiro turno e perde num eventual segundo turno em dois dos oito cenários do levantamento

ZERO HORA , de Porto Alegre

A primeira pesquisa Ibope para a prefeitura de Porto Alegre realizada este ano mostra uma disputa acirrada entre três pré-candidatos. Destacam-se no levantamento o prefeito José Fogaça (PMDB), que vence em todos os cenários de primeiro turno, Maria do Rosário (PT), que aparece em segundo lugar, e Manuela DÁvila (PC do B), que vem em terceiro, tecnicamente empatada com Rosário.
Realizada entre os dias 30 de março e 2 de abril, a pesquisa apresenta três cenários de disputa no primeiro turno. No primeiro deles é incluído José Fortunati (PDT). No segundo, Fortunati é substituído por Vieira da Cunha (PDT). E no terceiro são excluídos tanto os pré-candidatos do PDT como Mônica Leal (PP). Nenhum desses cenários altera significativamente os índices de Fogaça, Rosário e Manuela.
Num eventual segundo turno, a pesquisa indica que Fogaça perderia em dois dos oito cenários. Manuela venceria com 44% das intenções de voto contra 39% do prefeito. Rosário obteve 43% contra 40% de Fogaça, o que mostra empate técnico.
O Ibope perguntou aos eleitores em quais candidatos não votariam de jeito nenhum. Fogaça obteve o maior percentual (32%), seguido pela candidata do PSOL, Luciana Genro (22%), Rosário (21%) e o candidato do PSDB, Nelson Marchezan Júnior (21%).

Comentário do blogueiro:

A rejeição do prefeito é maior entre todos os candidatos. O que explica sua liderança no primeiro turno é a existência de três candidatos de densidade eleitoral no campo da esquerda (Manuela, Luciana e Maria do Rosário). Este cenário facilita a liderança do prefeito no primeiro turno. Porém, a pesquisa mostra que o prefeito terá dificuldade num provável segundo turno.

A disputa para o segundo turno está entre a petista Maria do Rosário e a musa da Câmara dos Deputados, a jovem deputada Manuela Ávila (PC do B). Luciana Genro (PSOL) não mostra fôlego para chegar ao segundo turno. No melhor cenário, a intenção de voto para a candidata chega a 9%, bem distante das outras duas candidaturas. Além disso, o baixo tempo de televisão e a fragilidade de sua aliança política justificam o pouco otimismo com a candidatura do PSOL.

Os números da pesquisa não dão vantagem para garantir que o prefeito de Porto Alegre esteja no segundo turno. O embate eleitoral será duro, e sua administração deverá ser bastante questionada, o que pode reduzir suas intenções de voto. De outro lado, as duas principais candidatas da esquerda (Manuela e Maria do Rosário), deverão fazer uma campanha de oposição ao prefeito, e não de enfrentamento mútuo.

PT e PC do B são prováveis aliados num eventual segundo turno, a não ser que suas candidaturas estejam na disputa. O descontentamento da população de Porto Alegre com a administração da governadora Yeda Cruisiuis ajuda a recuperação da força do PT na capital gaúcha. No Estado, a governadora tem reprovação de 49%, sendo 33% de péssimo.
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DATAFOLHA: SERRA lidera disputa por 2010 com 38%

Do Portal do IG

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), lidera a disputa pela Presidência da República em 2010 com 38% das preferências em uma pesquisa estimulada, com 18 pontos de vantagem sobre o principal adversário, o deputado federal Ciro Gomes (PSB), que ficou com 20% das intenções de voto, aponta pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira.

O levantamento foi feito entre os dias 25 e 27 de março, com 4.044 pessoas nas principais cidades do País. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos para cima ou para baixo.

A dois anos e meio da eleição, Serra aparece como favorito nos cenários em que é apresentado como o candidato do PSDB - com taxas que variam de 36% a 38% de preferência. De acordo com a pesquisa, Ciro Gomes é hoje o mais competitivo da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Neste cenário, estariam ainda, além de Serra e Ciro, Heloísa Helena, do PSOL, com 12% das preferências, e Marta Suplicy com 8%. Os votos em branco, nulo ou nenhum corresponderam a 16% e 9% dos entrevistados afirmaram não saber em quem votar. Serra teria o melhor desempenho no Sul do País, com uma votação que pode variar entre 43% a 45% dos eleitores.

Em um cenário em que Serra não aparece, a pesquisa mostra que Ciro teria a preferência de 31% das pessoas consultadas; Heloísa Helena, do PSOL, viria em segundo lugar, com 19% dos votos, seguida do governador Aécio Neves (PSDB-MG), com 15%. Dilma Roussef, a ministra da Casa Civil da Presidência da República, viria em quarto lugar, com 4%.

Dilma, neste cenário, alcançaria maior votação, de 8%, entre os eleitores com renda familiar mensal superior a 10 salários mínimos.

No terceiro cenário, Serra teria 38% dos votos, contra Ciro Gomes com 21%, vindo a seguir Heloísa Helena, com 15%, e Patrus Ananias, com 1%.

Em outro cenário em que Serra não participa e disputariam a corrida eleitoral Ciro Gomes, Heloísa Helena e Aécio Neves, Ciro ficaria com 28% dos votos, Heloísa Helena com 17%, Aécio Neves com 14% e Marta Suplicy, 11%.

Em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, outro levantamento já apontou que ele alcançou a maior popularidade em seus cinco anos e três meses de governo, com aprovação de 55% dos consultados. A aprovação de 55% é para ótimo e bom, 33% para regular e 11% para péssimo.

Comentário do blogueiro:

Ainda é muito cedo para um prognóstico mais realista para 2010. Serra ainda não obteve sua candidatura dentro do PSDB, mas a percepção da maioria é de que é candidato. Aécio Neves tem atuado com desenvoltura nos bastidores, podendo atrapalhar os planos do governador paulista. Mas não é percebido pela maioria como candidato. E o nível de desconhecimento do eleitorado é bem maior.

Além disso, o PT não tem candidatura percebida pelo eleitor, mas certamente terá candidato e chegará a um patamar que, na pior hipótese, estará acima dos níveis de Heloisa Helena, do PSOL. Além disso, os nomes de Dilma, Patrus e mesmo Tarso Genro, são poucos conhecidos do eleitorado. Marta Suplicy é mais conhecida, mas ainda tem grande espaço para crescer nas regiões norte e nordeste. Nada impede que surjam outros nomes – Fernando Pimentel (prefeito de BH), Fernando Haddad (ministro da Educação) e Jacques Wagner (governador da Bahia) não podem ser totalmente descartados. Tudo isso complica a análise dos cenários colocados.

Ciro Gomes (PSB) é o que melhor aparece nas pesquisas no campo governista. É hoje o político mais popular do nordeste depois de Lula. Enfrenta uma resistência em São Paulo e no sul do país, mas tem boa aceitação em Minas e Rio de Janeiro. Seu principal obstáculo é o tempo de televisão menor e a estrutura partidária pequena e fragmentada. O chamado bloquinho – PSB, PDT e PC do B – é instável e tem pouca unidade. E o PT deverá tentar cooptar para sua candidatura integrantes do PC do B e do PDT. Não há garantia de que bancarão sua candidatura. Além disso, dentro do PSB, Ciro não é unanimidade e enfrenta a ambição do presidente da legenda e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que busca se credenciar para uma candidatura de vice-presidente. Existem pedras no seu caminho rumo à presidência.

Há um detalhe consistente nas últimas pesquisas: a estabilidade dos números atribuídos a José Serra (PSDB). O governador paulista tem aparecido variando entre 36% e 38%, dentro da margem de erro, com apoio mais forte na região sul do país. Se a região sul e São Paulo são seus pontos fortes, Minas Gerais e nordeste podem representar seus pontos fracos. Se vingar sua vitória dentro do PSDB, tirando Aécio do páreo, este deverá contentar-se com a candidatura para o Senado. Uma candidatura que apresente um nome mineiro (seja na cabeça de chapa ou na vice) pode criar uma linha de resistência de Minas e Rio de Janeiro subindo para o nordeste. E Serra poderá ter dificuldade em superar o obstáculo.
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DATAFOLHA: Jandira Feghalli sobe e se aproxima de Marcelo Crivella

Pesquisa Datafolha publicada na edição deste domingo da “Folha de São Paulo”, mostra que o senador Marcelo Crivella (PRB) lidera a corrida para a prefeitura do Rio, seguido de perto pela ex-deputada Jandira Feghalli (PC do B). O senador Crivella tem 20% das intenções de voto, contra 18% de Jandira. Em seguida, aparece o deputado Fernando Gabeira (PV), com 9%, a deputada Solange Amaral (DEM), com 8%, o mesmo percentual do deputado Chico Alencar (PSOL). O deputado estadual Alessandro Molon (PT) aparece com apenas 1%, candidato que tem o apoio do governador Sérgio Cabral (PMDB).

Em outro cenário, com o secretário estadual de Esportes e Lazer, Eduardo Paes, a disputa ficaria da seguinte forma: Crivella (18%), Jandira (16%), Paes (10%), Gabeira (9%), Solange Amaral (9%), Chico Alencar (6%), e Molon (1%).

Apesar de liderança na disputa, Crivella é o candidato com maior índice de rejeição (28%), seguido por Solange (18%), Gabeira (16%), Jandira (13%), Chico Alencar (11%) e Molon (6%).

O Datafolha ainda mostra que Crivella tem preferência do eleitorado com baixa escolaridade (29% dos votos), dos mais pobres (23%). Já entre a população com curso superior, Gabeira e Jandira se destacam, com 25% e 21%, respectivamente. O mesmo acontece entre os mais ricos. Gabeira tem 30% dos votos daqueles que recebem mais de 10 salários-mínimos, enquanto Jandira tem 28% dos que ganham de 5 a 10 salários-mínimos.

Comentário do blogueiro: A eleição do Rio certamente terá segundo turno. Mas ainda há muita indefinição. Apesar de aparecer na lanterninha, Alessandro Molon (PT) é o que maiores chances de crescimento, pois contará com o maior tempo de horário gratuito, a máquina política do Cabral e a possibilidade de melhor identificação da candidatura às obras do PAC no município. Além disso, é um candidato com rejeição pequena. Resta saber se os atributos são suficientes para levá-lo ao segundo turno. Em um embate contra Crivella ou Jandira, é grande a chance dele sair vitorioso. Os candidatos Gabeira, Solange e Chico Alencar têm dificuldade de expandir o eleitorado. O Chico Alencar sofrerá com a baixa estrutura do partido, além do pequeno horário de televisão. Já a candidatura de Solange Amaral será atingida pela avalanche de notícias negativas da administração César Maia. A candidatura de Gabeira eu analisei no post “Fernando Gabeira: De ex-guerrilheiro de esquerda a candidato das elites”.
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