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Papo Ilustrado: mais da maior praia do mundo

Mais imagens dos ininterruptos 220 km de litoral entre Rio Grande e Chuí (RS), a "maior praia do mundo".
Acima, em grafite e aquarela, o farol da Barra do Chuí, momentos antes de ser aceso para a noite (vendido).
 E duas imagens da Capilha, capela de 1844, às margens da Lagoa Mirim, no Taim. Acima, uma vista lateral
em grafite e aquarela (vendido). Abaixo, a primeira etapa do trabalho, onde eu faço o desenho a grafite e marco (c/ iniciais) as cores e sombras in loco para depois finalizar em aquarela. Vou postar depois de pronta, pra gente poder comparar.
Todos os desenhos feitos entre dez/2011 e fev/2012.
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Papo Ilustrado: a maior praia do mundo

No final de 2011 fui convidado para um projeto inusitado: participar como desenhista da expedição de uma série de documentários sobre "a maior praia do mundo", a faixa contínua de areia (mais de 200km) entre o balneário do Cassino, em Rio Grande, e o arroio Chuí, limite sul do país. O pai da idéia, o cineasta, escritor e pintor Pena Cabreira, da produtora Cubo Filmes, vendeu para a RBS TV quatro filmes de 15 min.para o programa "Histórias Curtas". A idéia é mostrar desde os faróis da enorme praia até a fantástica riqueza humana, histórica e natural da região. Topei na hora, e me engajei nas duas excursões em busca de imagens e depoimentos que fizemos, eles filmando e eu desenhando, no começo de dezembro de2011 e no começo de janeiro de 2012. Agora, na etapa de finalização, a idéia é registrar em  filme a colocação da cor em aquarela nos desenhos a lápis que fiz in loco, pra usar como vinhetas nos filmes.
    O navio Altair encalhou em 1976 nas proximidades do Cassino, e desde então  se deteriora lentamente, na beira da  praia...
                                           Lápis de cera aquarelável (dez/2011)
Foi uma viagem por espaços novos, numa região que eu conhecia pouco, e por tempos antigos, me levando de volta aos anos 70, quando percorri o RS, o Brasil e o mundo, viajando de carona, escalando morros e
 mergulhando no mar, sempre desenhando...
  Na praia do Hermenegildo, o mar avança gradativamente sobre os terrenos à beira do mar.
       Grafite e aquarela (dez/2011)
O balneário do Hermenegildo,no município de
Santa Vitória do Palmar, me lembrou os veraneios
de infância, em pacatos chalés no litoral norte, com muitas casas fechadas, pouca gente e o som dominante do mar e do vento. Mas no auge da temporada se transforma e vira o point de toda região. Em Santa Vitória do Palmar, a lucidez dos 97 anos do advogado e historiador Anselmo Amaral
(desenho em esferográfica, acima) nos situou na história dos Campos Neutrais, o trecho entre o Chuí e o Taim, onde os impérios espanhol e português, no séc. XVIII, concordaram em criar uma zona tampão, terra de ninguém.
E no meio do nada, nas areias do isolado farol do Verga, ocupando a precário recinto de concreto que
sustenta a estrutura do pequeno farol, encontramos
um ex-jornalista vivendo como eremita solitário (desenho em esferográfica, acima).
Além de tudo, é impressionante a variedade da fauna e da flora e o carisma das paisagens, no litoral, nas lagoas e nos banhados. Ilustração disso são as capivaras (o maior roedor do mundo) e os maçaricos,  mamíferos  e pássaros preservados na reserva do Taim ( desenhos c/ hidrocor) e a árvore à beira da lagoa Mirim (desenho c/ esferográfica, caneta e hidrocor). Essa é uma amostra pequena do material que recolhi
nas viagens. Depois eu  mostro mais imagens aqui na blogaleria. Enquanto isso, convido a todos para assistirem, nos quatro sábados de março/2012, às 12h30, na RBS TV, os quatro filmes da série " A Maior Praia do Mundo".
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Papo Ilustrado: 11 de setembro

Mais importante do que o traço apressado desse desenho é a data (no canto superior esquerdo). 
É... foi feito no dia dos fatos, refletindo a minha perplexidade, quase estupefacção, como que vinha sendo gradativamente desvendado pela televisão. A maior potência militar e tecnológica da história driblada por um bando de fanáticos via um truque comezinho, e por isso mesmo, inimaginável. No entanto, foi uma "vitória" de Pirro, porque a resposta foi terrível, indiscriminada e totalmente desproporcional. Gerou duas guerras, no Iraque (que não tinha nada com o fato), e no Afeganistão, que foi apenas usado pela Al Qaeda.
E vendo a cobertura majoritária da mídia, nessa efeméride dos dez anos, me veio uma sensação de estranheza: nos atentados de onze de setembro de 2001 morreram cerca de três mil pessoas; só na guerra do Iraque a conta foi de um milhão de civis mortos... Como disse a repórter Heloísa Villela, na Record (que
apresenta uma linha mais jornalística do que a Globo e a Band), uma tragédia humana... 300 vezes maior!
Por que a mídia (com a exceção referida) só fala nos três mil dos Estados Unidos? Será que algumas vidas (em dólares) valem mais do que outras? Com essa dúvida, fiz o desenho abaixo, sobre a guerra do Afeganistão.
Portanto, enquanto a nossa excelente mídia não explica o mistério desse câmbio macabro, eu convido todos a lamentar um milhão e três mil mortos.
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Papo Ilustrado: Ah, a "Comunicação"...

Seja chamada de "Imprensa (escrita, falada ou televisionada)", "Meios de Comunicação Social", ou simplesmente "Mídia", essa talvez seja a área estratégica mais atrasada (exceto em tecnologia) no nosso
emergente Brasil. Todos os interessados chiam incessantemente contra os "gargalos" logísticos e estratégicos
que atrapalham o progresso do país (a bronca do momento é o atraso nas obras para a Copa e as Olímpiadas), mas poucos discutem o sistema medieval que controla a informação no Brasil. A informação é um bem de primeira necessidade, está para mente como o ar está para o corpo. Não pode ser tratada como um mero produto, "comóditi" ou serviço. Mas é exatamente assim que é usada pelas oito ou nove famílias que se adonaram da maior parcela da mídia nacional. Os fatos, e sua exposição jornalística, a notícia, são mostrados, ou sonegados, invariávelmente, nas versões que protegem os interesses e perpetuam no poder essas famílias e seus prepostos políticos. Ou seja, em termos de mídia, ainda estamos no século XVI, no tempo das capitanias hereditárias: rádio e TV , como as capitanias, são concessões do poder político... 

Mas toda e qualquer proposta de controle social, direito e contrapartida democrática de quem concede (o governo eleito, ou seja, todos nós eleitores) sofre a imediata acusação de "censura !". Como se o fato de querermos ter controle, numa democracia, de como e por quem queremos ser informados fosse a mesma coisa que a truculenta supressão da informação patrocinada pela ditadura militar...
Mas, encarando todos esses poderosos usurpadores, organizações como os sindicatos de jornalistas e o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação demonstraram, na I Conferência Nacional de Comunicação  (2009), a necessidade de regulamentos contemporâneos para o setor, um Marco Regulatório (como existe nas melhores democracias do
mundo).  Além disso, a ConfeCom propos a criação de Conselhos de Comunicação Social nos estados, a exemplo do CCS que existe no Congresso Nacional como órgão consultivo, de acordo com a Constituição Federal de 1988.  Mas... as forças que trabalham para manter o país na Idade Média são poderosas, e se bloqueiam o que já existe (o CCS do Congresso está desativado, na prática, desde 2006), imagine-se o que ainda precisa ser criado, como os CCS dos estados...
No entanto, se o Brasil quiser ser a referência mundial das nossas melhores esperanças, vai ter que entrar de vez no século XXI, fazendo, além de coisas como a reforma agrária, uma verdadeira "reforma  aérea" nas comunicações. As forças da INcomunicação usam principalmente a estratégia do silêncio, para calar a discussão do assunto.  Que é simplesmente o direito de fazer (a seu bel prazer) a cabeça de gerações de brasileiros! Portanto, quem tiver qualquer espaço de diálogo, em qualquer linguagem, que levante essa lebre, pra fazê-los sair da toca...
Os desenhos desse "papo" iustraram matérias da revista Mídia Com Democracia, do FNDC, em 2009 e 2011, em lápis e aquarela o primeiro, e caneta c/ aquarela os dois últimos.
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Papo Ilustrado: carnaval oriental

Embora já tivesse ouvido falar, há dez anos tive a chance de constatar in loco que existe vida carnavalesca no Prata. Republica Oriental del Uruguay, no caso. Assisti por acaso, em Punta del Este, ao desfile das Comparsas carnavalescas, e fiz estes desenhos ao vivo, colorindo em aquarela depois. O Uruguai tem uma
significativa, embora pouco conhecida, tradição africana. E as Comparsas são associações que refletem a cultura lubola (africana), desfilando ao som dos tambores do candombe (que aos ouvidos brasileiros soa como um samba mais básico). Têm nomes como "La Campana" ( A Campainha), "Generación Lubola", "La Berenjena" ( A Beringela), "Hijos de La Luna", "La Carolina", "Maldombe" ( Candombe de Maldonado),etc. E cada uma a seu jeito, desfilam ítens obrigatórios: os símbolos da lua e da estrela, presentes nos estandartes e alegorias (vide desenho acima), balisas malabaristas com bastões (como nas bandas marciais), e os personagens, que não podem faltar, do médico charlatão ( um preto velho de barba branca, cartola, bengala e maleta) acompanhado da mãe preta com sua sombrinha. Além deles, são indispensáveis as lindas passistas e, fechando o desfile, a bateria de tambores do candombe.
Outra tradição do carnaval oriental é a Murga. Equivale ao nosso bloco de carnaval, com o pessoal vestido de pierrô e arlequim (ou qualquer traje colorido) e mandando ver seu candombe mais ou menos mambembe com variados instrumentos. Em Punta, no verão o que mais aparece são murgas muito pobres,
esperando faturar una granita com os turistas. Como essa que eu desenhei: três gatos pingados, um surdo, um tamborim e, claro, um chapéu...  Comecei registrando o bloco de sujos no meu bloco, mas em seguida começaram a virar personagens de uma possível ( e nunca executada) história em quadrinhos.
Os desenhos, portanto, foram executados em grafite e aquarela, bico de pena, cabo de pincel e pincel seco ( nanquim) em fevereiro  de 2001, em Punta del Este, Uruguai, e ficaram inéditos até hoje.
Bom carnaval, brasileiro e oriental!
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Papo Ilustrado

A Feira do livro de Porto Alegre completou neste 2010 cinquenta e seis anos de realização ininterrupta. Diferente de outros eventos, voltados para o atacado dos negócios entre editoras e distribuidoras, a nossa é uma feira do leitor. 
Durante duas semanas, passeando sob os jacarandás floridos da Praça da Alfândega, no centro de Porto Alegre, quem gosta de literatura pode comprar (com desconto) qualquer tipo de livro nas inúmeras bancas de editores, livreiros, distribuidores e sebos. Correndo o risco agradável de topar, em pessoa, com seu autor predileto, local, nacional ou internacional. Rolam autógrafos, oficinas, palestras, shows, tanto para adultos quanto para crianças. O desenho abaixo foi feito em 1996 (42 ª Feira) para o Jornal do Comércio ( P.Alegre), em bico de pena e nanquim, e caricatura parte da "fauna" que frequenta todas as feiras: o pavão cheio de si, o crocodilo e a naja trocando fofocas, o cachorrão azarando a gatinha, o sábio jurássico, o veadinho, o erudito papagaio (que só sabe citar pensamentos alheios), o gambá ( que prefere litros a livros), e o fissurado rato de livraria.


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