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Oposição tenta sair do esgoto

Oposição com Bom Senso 
Marcos Coimbra

Uma das mais lúcidas avaliações das perspectivas da oposição nos próximos dois anos foi apresentada esta semana pelo senador José Agripino (DEM-RN). Louve-se sua sinceridade e bom senso.

Atributos que nem sempre revela possuir. Quem não se lembra de sua lamentável interpelação, em 2008, à então ministra Dilma Rousseff, a respeito de mentir sob tortura? Teve a resposta que merecia, registrada para a posteridade em um vídeo que é até hoje acessado no YouTube.

São, no entanto, águas passadas.

O senador ocupa, desde 2011, um cargo complicado. É o presidente de seu partido, função a que chegou sem tê-la pleiteado. Assumiu-a em um momento em que o DEM parecia prestes a se dissolver, sangrando a céu aberto depois da debandada da maioria de seus integrantes em direção ao PSD de Gilberto Kassab.

Para piorar o cenário, seus correligionários remanescentes se dividiam em dois grupos antagônicos, um ligado a Rodrigo Maia (DEM-RJ) e outro ao ex-senador Jorge Bornhausen (SC). José Agripino tornou-se opção de conciliação.

Difícil encontrar alguém com currículo tão antilulopetista. Começou na política na ARENA e daí foi para o PDS. Foi fundador do PFL, líder do partido no Senado, integrante da tropa de choque das oposições ao governo Lula.

Biografia que o credencia a dizer o que disse e torna mais relevante a entrevista que concedeu à Folha de São Paulo.

O essencial estava em seu prognóstico de que, sozinhos, PSDB e DEM “não têm chances de vitória em 2014”.

Foi franco desde a largada, sequer incluindo na lista o PPS. Com razão, pois a agremiação tornou-se pouco mais que estafeta para missões desagradáveis - como protocolar requerimentos de instalação de CPIs e pedidos de abertura de inquérito no Ministério Público.

(Que destino triste o do velho Partido Comunista Brasileiro! Nesta semana em que perdemos Oscar Niemayer, um dos mais ilustres militantes do “Partidão”, dá pena ver aonde foi levado por suas lideranças atuais.)

Mas José Agripino foi ainda mais incisivo: disse que não sabia o que poderia ser feito para atrair outras correntes de opinião a integrar uma frente capaz de derrotar o governo na próxima eleição.

Para ele, a soma de PSDB, DEM e, vá lá, PPS, não é competitiva e tem pouca possibilidade de crescer significativamente.

Isso é mais verdadeiro que quase tudo que se lê hoje em dia. E tem consequências práticas, se ele e seus companheiros de oposição menos irracional forem ouvidos na hora de decidir que campanha farão na sucessão de Dilma.

Em política, raramente o errado acaba dando certo. Quase sempre, a conta chega, com juros e correção monetária.

Tivessem as oposições pensado olhando para a frente, dificilmente teriam feito o que fizeram em 2010. Apostar outra vez em Serra foi adiar a tarefa que permanece à frente delas. Continuam tendo que criar um novo rosto, diferente do que tinham há vinte anos.

É difícil construir uma candidatura vencedora ao longo de uma só eleição, como ilustram as exceções que confirmam a regra. Em 1994, Fernando Henrique precisou das fanfarras de um plano econômico lançado na véspera. No caso de Dilma, apesar da extraordinária popularidade de Lula, apesar do forte desejo de continuidade, a dúvida a respeito de alguém pouco conhecido levou a eleição para o segundo turno.

Em 2014, se José Agripino estiver certo, o projeto fundamental das oposições é preparar-se para o futuro.

O que significa fazer uma campanha afirmativa, propositiva, otimista, que leve até quem não votará em seu candidato a simpatizar com ele. Significa não fazer como Serra, tentar ganhar a qualquer preço e apenas sair da eleição com a imagem destruída.

Significa manter-se ao largo das maluquices da extrema direita oposicionista, dos pitbulls cujo único sentimento é a raiva. E parar de ler alguns comentaristas, que talvez saibam conspirar, mas de eleição não entendem nada.
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Soninha Francine e o aparelhamento do Estado

NOME
ÓRGÃO
CARGO
TOTAL BRUTO
(R$)
TOTAL DO MÊS
 (R$)
TOTAL LÍQUIDO
(R$)
NEIDE FERREIRA GASPAR
EDUCACAO
ASSIST.TECN.
GABINETE I
3.343,00
3.343,00
2.779,92
TANIA ESTHER GASPAR SIMOES
CASA CIVIL
DIRETOR II
5.366,10
4.599,52
4.480,13
SARAH MARMO AZZARI
CULTURA
DIRETOR I
3.087,83
3.087,83
2.596,14
RACHEL MARMO A DOMENICHELLI
MEIO AMBIENTE
ASSIST.TECN.
COORDENADOR
5.780,79
5.540,79
4.585,68



17.577,72
16.571,14
14.441,87
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Hiper-antipetismo dependente não, PPS independente sim!

A dura crítica que Raul Jungmann faz à atuação do próprio partido. O artigo dá pistas do modus operandi da oposição política brasileira, mesmo não concordando inteiramente com o teor do artigo.

Por Raul Jungmann, publicado no portal do PPS

O hiper-antipetismo é um mix de três atitudes. A crítica e negação permanente do PT e seu governo, a denúncia como método e a afirmação do fim próximo do lulopetismo como mantra. Por não ser autônomo, ele requer aquilo que nega para existir e dele depende.

Na sua origem, temos as razões pelas quais reagimos ao petismo e vice versa.

A principal delas é que eles surrupiaram o lugar que entendíamos nosso, enquanto a ditadura nos perseguia e esmagava.

Depois, dividiram a história da esquerda em duas, uma antes e outra depois deles.

Segundo a narrativa petista, no tempo do PCB vigiam os acordos de cúpula e o controle das massas pelas elites. Com o advento do PT, instala-se a era inaugural da verdadeira esquerda, independente e autônoma, não colaboracionista do capital. A esquerda que chegou ao poder.

Outra razão de disputa, menos visível, é que nós e eles sempre tivemos pretensão à hegemonia da esquerda e nisso somos parecidos.

Para nós, eles nunca aderiram de fato à democracia e às instituições. Para eles, somos vira-casacas e subalternos da direita representada pelos tucanos e demistas.

Se nós do PCB/PPS sempre colocamos o conjunto, as frentes democráticas e a política de alianças em primeiro lugar, eles, egoístas e estreitos, privilegiaram a construção do seu partido e projeto, sem concessões.

Esse caldo e disputa desandaram de vez quando deixamos o governo Lula em 2004, que queria, via Ciro Gomes, nos transformar em barriga de aluguel.

De lá para cá, fomos ficando mais e mais críticos, até que o antipetismo tornou-se a principal raison d’etre da nossa ação política.

Não que nos faltassem motivos, ao contrário.

Lula e o PT descambaram para um despudor nunca visto no uso e acobertamento da corrupção. Aparelharam o Estado até tornarem-no um quase apêndice do petismo. Ameaçaram amordaçar liberdades em nome da impunidade e da ojeriza as críticas.

Destroçaram e cooptaram a oposição. Rasgaram seu programa e roubaram as bandeiras dos seus antecessores. Engoliram ou cooptaram os movimentos, sindicatos e a sociedade civil.

A isto tudo respondemos radicalizando na ação e no discurso, até chegarmos ao “hiper-antipetismo” e dele nos tornarmos dependentes, com graves efeitos colaterais.

O primeiro deles é que fomos reduzindo nosso interesse por quaisquer outras preocupações e propostas. Deixamos de ter uma agenda própria e global para concentrar todas as nossas energias em negar, denunciar e combater o mal simbolizado pelo PT e seu demiurgo, Lula.

Assim, passo a passo, descolamos da política e mergulhamos num embate moral, do bem que representávamos, versus o mal personificado no lulopetismo.

Com isso, empobrecemos nosso discurso e prática. Descuidamos de nós mesmos, atados que fomos à nossa némesis.

O segundo dos efeitos negativos é que delegamos aos nossos aliados a construção de um projeto de poder próprio e de como chegar até ele, pois o nosso projeto era, e segue sendo, derrotar o PT. Donde resulta que pouco ou nada temos a anunciar, preocupados em denunciar que estávamos e estamos.

Terceiro, gradativamente abdicamos de elaborar políticas para o país. Aliás, deixamos de olhar as transformações positivas pelas quais o Brasil passa. Enquanto nós só vemos o que está errado, a grande maioria da população percebe e apóia o que está dando certo.

Diante dessa “ilusão” que se alastrava pelos campos e cidades, contagiando os ingênuos ou manipulados, apelamos ao milenarismo, passando a avistar o “juízo final” em cada esquina da conjuntura.

Num momento, o fim estava próximo porque os juros subiam a níveis insustentáveis; mais adiante, porque o endividamento das famílias ia explodir. Depois, batemos na tecla da crise global, que faria descer sua espada sobre os maus e os males do reino.

Hoje o mensalão; amanhã o último escândalo e o próximo, já engatilhado. Sem falar do retorno inexorável e descontrolado da inflação...

Trocamos a análise dos fatos e sua penosa interpretação pela paixão.

Nesse andar, tornamo-nos um “partido decente” não por escolha, mas por decantação. Se eles eram indecentes, não nos restava outra alternativa.

Ser decente não é um programa para o país, nem um projeto partidário. Sabemos disso. Mas, como decretamos a morte do comunismo, que a socialdemocracia está moribunda e sobre o socialismo nada temos a dizer, a “decência” foi preenchendo nosso vazio ideológico.

Fomos também ficando rígidos e isolados, no desconforto de conviver com adversários de ontem, parceiros de hoje.

Noutro nível, falhamos em entender o lulopetismo e dele extrair lições. Em analisar a razão de sua ascenção; as condições de formação do seu bloco de poder de ciclo longo e que ainda não apresenta sinais de entropia – algo que nos negamos terminantemente a reconhecer.

Em decorrência, sucumbimos também em desenvolver uma política de resistência e convívio de médio e longo prazo com o PT no poder, preparando o partido para essa lenta travessia.

Aferrados à negação deles, tropeçamos em (re)construir nossa identidade, abalada desde a passagem do PCB para PPS. Afinal, ser “anti” não basta ou é suficiente para afirmar uma identidade, dado que permanecemos presos e dependentes do outro, nosso oponente.

Nesse sentido, o hiper-antipetismo é uma prisão, pois nos deixa atados ao campo do lulopetismo, que detestamos. Psicologicamente, estacionamos no terreno da contra-dependência, sem nos alçarmos à independência plena, que é essencialmente afirmativa.

Presos à nossa paixão negativa pelo lulopetismo, esquecemos que a liberdade não passa apenas pela negação de outro, mas pela afirmação de nós mesmos.

Resultado: de 2004 para cá fomos estiolando. Não produzimos nada de envergadura e riqueza comparáveis aos nossos primeiros anos como PPS.

O corolário do hiper-antipetismo dependente, enterrada a 3ª via com Ciro Gomes, tem sido a gravitação em torno do projeto tucano. Estes crescem no desdém por nós, na mesma medida em que diminuímos eleitoralmente.

Nesse cenário, a proposta de candidatura própria a presidente em 2014 representa uma ruptura com a cultura da denúncia, cuja cristalização se dá no hiper-antipetismo. É o retorno a uma política de afirmação partidária e de anúncio de um novo tempo.

É passar da negação do outro, a sua “morte” (tanatos), para a nossa afirmação e vida (eros). É transitar da prisão e da dependência para a liberdade de se (re)criar.

Isso não implica deixar de ser oposição, de denunciar desvios, abandonar o nosso campo de alianças ou de dar duro combate ao lulopetismo.

Sem qualquer auto glorificação, posso afirmar que poucos o combateram tão dura e persistentemente como fiz . Mas não sou antipetista. Sou pepesista, com orgulho, alegria e confiança.

Orgulho, pela nossa história, altivez e ética partidárias. Alegria pela democracia interna que desfrutamos e valores que possuímos.

Confiança porque, como de tantas outras vezes, saberemos construir uma saída para a crise que passamos. Que não é apenas nossa, mas geral e ampla dos partidos e da política representativa.

Porém, temos convicção que não alcançaremos essa saída com base apenas na negação do outro, dissociada da afirmação de um projeto próprio, do resgate de uma agenda positiva e de poder do PPS.
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CAMPANHAS ELEITORAIS

Laerte Braga, jornalista


A enxurrada de mails com “denúncias” e “piadas” em torno da candidata Dilma Rousseff sugere o que poderia vir a ser um eventual governo José Arruda Serra. Pornografia política. E erros simples de divisão, aritmética. Numa aula onde “explicava” os dados e cálculos que usou para chegar ao salário mínimo de 600 reais as contas expostas no quadro, ou lousa como gostam de dizer no esquema FIESP/DASLU, estavam erradas.

É só ir lá e olhar.


É o reflexo do que fez pela educação prefeito e governador em mandatos inacabados (a despeito do compromisso assinado de cumpri-los até o fim).

Ou do desespero diante da perspectiva de derrota.

A falta de argumentos ou programa é absoluta. Sobra a maledicência, a calúnia, o modo sujo de fazer campanha e a mania de denúncias feitas sem qualquer base ou comprovação.

Como aquela de 200 mil reais num envelope pardo. Nem tocam mais no assunto quando se provou que no tal envelope de VEJA não caberiam 200 mil reais. E muito menos os contratos assinados no governo de Serra com a EDITORA ABRIL, sem licitação e com evidente caráter de compra da opinião do grupo.

Do contrário, fossem as denúncias reais, o jornalista Diogo Mainardi não teria fugido do Brasil para evitar sua prisão. É que, em denúncias anteriores, questionado e desafiado a prová-las na Justiça, o dito cujo não provou nada, está indenizando as vítimas de calúnias e escapando do processo criminal.

Era o menino de ouro de VEJA.

Nem a FOLHA DE SÃO PAULO teve como evitar o volume de restrições e ressalvas feitas às contas de José Arruda Serra em 2009. Está lá, na edição de domingo, 25 de setembro. Tribunal de Contas de São Paulo.

Vendam seus candidatos como o mundo dos negócios vende seus produtos”. Leonardo Hall, presidente do Partido Republicano em 1956. Putz! Em 2010 o PSDB e o DEM com o PPS agarrado num conselho qualquer, seguem à risca a lição.

O diabo é a data de validade. Ou o produto que estão tentando “vender”.

O produto passa a ser o candidato. Sua embalagem é seu aspecto físico, sua maneira de falar, de sorrir, de se mexer. Sua definição, seu posicionamento é seu programa”.

Serra é untuoso, aquele tipo glostora, não importa que seja careca, aliás, queria dois carecas, ele e José Roberto Arruda.

Ernest Dichter, psiquiatra, fundador do Instituto for Motivational Research tinha como objetivo principal “desvendar as motivações ocultas dos clientes a fim de melhor orientá-los para este ou aquele produto”. É dele a citação acima.

Em 1939, lá atrás mesmo, a propósito do sabão Ivory. “o sabão não era avaliado tanto pelo preço, pela aparência, pela espuma, ou pela cor e sim pelo conjunto dessas qualidades somadas a outra, imponderável e quase evanescente e que denominei personalidade do sabão.”    

José Arruda Serra, uma espécie de escorpião que escorrega e tem a capacidade de se transformar em tira manchas mesmo que as manchas não saiam e tenham sido geradas por ele e seus miquinhos amestrados.

Ou Marina da Silva, a verde que vira marrom e toma a forma de um camaleão.

A revista VEJA exala ares de indignação com a resposta de vários setores sociais a esse jornalismo marrom, podre, que pratica. Fala em liberdade de expressão.

Liberdade de informar, de comunicação.

É óbvio. Mas e mentir?

Do automóvel à televisão, todos os bens selecionados pelo sistema espetacular  são também suas armas para reforço constante das condições de isolamento das multidões solitárias. O espetáculo encontra sempre mais e de modo mais concreto, suas próprias pressuposições.

Mais ou menos a história do ladrão de galinhas que consegue montar um galinheiro, um complexo de abatedouros e frigoríficos, etc, etc, e no final da história mantém aquele negócio de roubar galinha por hobby. O delegado puxa a cadeira e manda o cara sentar, pede desculpas e pergunta se quer cafezinho.

FHC por exemplo.

A afirmação acima é de Guy Debord em A SOCIEDADE DO ESPETÁCULO (Contraponto).

Arruda Serra é “evanescente”.

VEJA é o espetáculo da indignação do bandido.

“Sou culpado majestade, pago a minha dívida com a sociedade”

“Soltem esse homem, é o único que fala a verdade aqui”. Um califa em visita a um presídio onde até então todos eram inocentes.

VEJA já colocou vaca dando leite sabor baunilha em furada jornalística sem tamanho, falando em avanço espetacular da ciência.

E a GLOBO?

Que tal as conclusões do Tribunal de Contas de São Paulo sobre os superfaturamentos de Arruda Serra?

Há uma tentativa de depreciar a candidata Dilma Roussef, que não se estende a Marina da Silva, na sua condição de mulher. Enxergam Marina dócil ao modelo, ao sistema, é esse o papel que cumpre.

Na cabeça dessa gente, VEJA, GLOBO, etc, como diabos u’ a mulher pode pretender governar o Brasil? E ainda mais indicada por um trabalhador, um presidente de origem na classe operária?

Pô! Cumé que fica a elite FIESP/DASLU e todas as parafernálias em torno com esse negócio de festa junina em junho, todo mundo de chapéu de palha?

Por trás do preconceito contra Dilma está o preconceito contra a própria liberdade que defendem como se fossem os detentores da chave da porta da democracia.

São pilantras.

Candidato sabão.

Jacqueline Kennedy, pouco antes do marido ser assassinado, chegou a enviar um bilhete a uma assessora, estava começando a campanha da reeleição de John Kennedy, relatando as agruras de ser apenas mulher numa sociedade machista.

Chego até a achar que se Pierre (Salinger) resolver me fazer aparecer com as crianças na capa de Look, mergulhada num banho de espuma, eu não terei como fugir a isso” (O ESTADO ESPETÁCULO, Roger-Gérard Schwartzenberg, Difel, 1978)

Hoje esse tipo de coisa assusta e evanesce no candidato sabão e as tecnologias geradoras de mulher Melancia, mulher Melão, mulher Pera, o pomar inteiro.

Qual o sentido disso?

Peçam uma idéia a esses veículos ditos de comunicação ou a essa chuva de mails dizendo que Dilma é isso, Dilma é aquilo, peçam uma idéia?

No máximo um penduricalho no cérebro.

Transformar a mulher num objeto?

É repugnante a mídia privada no Brasil. Dizer isso não fere nem a liberdade de expressão, nem o direito de informar e comunicar, fere o caráter criminoso de organizações sustentadas por elites econômicas e mentirosas.

Todas as vezes que esse assunto liberdade de expressão vem a baila eu gosto de perguntar – que tal a legislação dos EUA por aqui? Será que a GLOBO topa?

É só uma comparação, uma pergunta. Por lá esse tipo de monopólio apesar de FOX, CNN, é destroçado em pouco tempo. E rádios comunitárias são abertas aos montes.

O que eles querem é a “liberdade de expressão deles”. Só isso.

No duro mesmo? Arruda Serra e só um Tiririca metido a FHC. Com uma diferença . O original deve ter mais de um milhão de votos por conta exatamente do modelo gerado por esse monte de Faustão que nos defende de bactérias e coisas que tais.

Ou a turma do BBB, Boninho, jogando água suja em mulheres que passam e ao talante dessas deslumbrantes personalidades, “nossos heróis”, não têm conduta adequada aos padrões Barra da Tijuca.

Então, tome pancada. É isso que pensam desde os tempos da ditadura militar.

E cá prá nós, por desastre que Tiririca possa ser (num sei, só o conheço de ouvir falar), pior que Arruda Serra não é. Não tem como.
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A empulhação política guasca tem endereço

Enganam-se as pessoas de boa fé, que consideram, atualmente, o Palácio Piratini, ou o paço Municipal, ou os legislativos municipal e estadual, como representantes da chinelagem portoalegrense<->guasca.

A empulhação política a que gente de boa fé tem sido submetida nos últimos 25 anos, e que fez o RS eleger Pedro Simon [PMDB], José Gogaça [PMDB], Antônio Britto {PMDB/PPS], Germano Rigotto [PMDB], Sergio Zambiasi [RS] e Yeda Cruisus {PSDB], entre tantos e tantas, tem esse endereço:

Avenida Ipiranga, 1075, Porto Alegre, RS

  
É este o endereço onde a direita guasca organiza seu discurso empulhador, mistificador, quando não mentiroso, que ajuda a sustentar políticos de meia tijela e/ou chinelos. É aqui, que governos altamente suspeitos se mantem, sem sofrerem qualquer constrangimentos midiáticos. Pelo contrário! Ainda são protegidos, através de editoriais, notas, reportagens.

É aqui, que governos com recorte popular são detonados, bombardeados dia sim, outro também. A novidade, que, diferente dos anos 90, temos a Internet como espaço democrático e cidadão.

E uma mentira produzida pela velha mídia monopolizada/oligopolizada não se sustenta[rá] por muito tempo. 
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Não se pode permitir que outro Pedro Simon se crie no Senado


Algumas das razões por que não se deve votar em Germano Rigotto [PMDB]

Para refrescar a memória das gaúchas e dos gaúchos, sempre tão desatentos à história e às coisas da política, citamos 3 fatos relativos à atuação deste político do PMDB, quando foi governador do RS.

Educação

Empréstimo bancário para o magistério poder receber o 13º salário.

Saúde

Rigotto, ao assumir em 2003, nomeia Osmar Terra para a Secretaria da Saúde. Desde então, o estado o RS deixa de investir o mínimo constitucional na área da saúde, como pode ser lido aqui, aqui e aqui, já que o mesmo secretário permanece no cargo no governo Yeda Crusius.

Segurança

A atuação de Rigotto na área de segurança não foi menos danosa para o estado. Foi ele quem nomeou, em 2003, para Secretaria da Segurança, José Otávio Germano [PP], que teve seu nome envolvido no rumoroso escândalo do Detran, cujo processo ainda tramita na Justiça de Santa Maria/RS, e que também foi alvo de duas CPI na Assembleia Legislativa do RS [aqui e aqui].

A sua administração foi pífia, sem crescimento econômico e penalizando a população via tarifaços. Além de tudo, sua chegada ao Governo do RS, deu-se através de uma manobra cretina, onde ele se apresentava como o "pacificador" [discurso que mantém até hoje], num momento em que o necessário debate se polarizava entre dois projetos políticos distintos, representados por Britto [PPS] e Tarso.[PT]. Rigotto, uma figura anódina, através desse artifício, buscou um distanciamento entre os dois candidatos, sendo ele próprio uma mera continuidade do brittismo! Tudo isso, logicamente, com apoio e blindagem da mídia corporativa, em especial, do Grupo RBS.

Atualizado às 23h43min.
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Fases

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Frente Popular retomada

Tarso Genro, Dep. Fed. Beto Albuquerque [PSB] e Dep. Fed. Manuela D'Ávila [PCdoB]

Nesta segunda-feira, dia 24 de maio de 2010, PCdoB e PSB oficializaram seu apoio à candidatura do ex-Ministro da Justiça Tarso Genro ao governo do estado do RS. Ao que parece, as direções nacionais foram decisivas para tal acordo no estado. Não nos esqueçamos que, em janeiro deste ano, a dupla de deputados acima participou de churrasco para lá de suspeito no litoral norte.

De qualquer maneira, prevaleceu o bom senso e a reativação da Frente Popular é uma ótima notícia para os que desejam modificar a política de terra arrasada, instalada no RS pelos Governos Britto [PMDB, hoje PPS], Rigotto [PMDB] e Crusius [PSDB], - todos apoiados pelo PRBS - com um pequeno intervalo de ar puro, durante o Governo Olívio Dutra [PT, 1999-2002].

Que os bons ares retornem ao riogrande em 2010!

Imagem: Caco Argemi para o Sul21
Atualizado às 2h. Nova atualização às 2h06min.
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Dilema do PPS: do Partidão ao mensalão

Do Site Congresso Em Foco

Tradicionalmente de oposição em Brasília, partido viu ruir sua aposta em Arruda, não sabe o que fazer em outubro e tem ainda dois dos seus filiados diretamente envolvidos com o escândalo.

De pedra a vidraça: acostumados à posição de acusadores, Augusto Carvalho e o PPS sofrem para explicar suas relações com Arruda e o mensalão


Partido tradicionalmente de oposição no Distrito Federal, o PPS busca agora uma nova identidade. Com a revelação do esquema de propinas envolvendo membros do Executivo e do Legislativo, o partido perdeu seu candidato ao governo local. Para piorar, dois dos seus nomes mais conhecidos também são citados no inquérito 650DF, que deflagrou a Operação Caixa de Pandora. Por enquanto, os herdeiros do Partido Comunista Brasileiro (PCB) estão na espera da conclusão das investigações, que podem manchar ainda mais a imagem da legenda na capital do país.

A Operação Caixa de Pandora revelou o mensalão do governador José Roberto Arruda (sem partido). De 27 de novembro para cá, Arruda viu sua base ruir. PMDB, PSDB e PPS determinaram a saída de seus filiados do governo. Na prática, porém, poucos realmente saíram. Na Câmara Legislativa, somente Alírio Neto (PPS) passou a ter postura oposicionista. Isso, porém, somente depois de a executiva nacional cobrar explicações ao deputado sobre sua postura, em especial na condução da CPI da Corrupção. Alírio chegou a ser ameaçado de expulsão depois de ter, na presidência da CPI, ter interpretado que uma decisão judicial serviria para fazer voltar todo o processo à estaca zero.

Sem perspectiva de poder

Ameaçado de expulsão do DEM, Arruda preferiu se desfiliar para evitar mais exposição negativa. Com a saída de Arruda do partido, acabou a perspectiva de poder dos partidos que formavam a base aliada. Como ele não pode se candidatar a cargo algum, os governistas procuram por alternativas. Paulo Octávio (DEM), o vice, chegou a dizer que não pretende se candidatar mais ao GDF. Nas pesquisas, também desgastado com as denúncias que o governo enfrenta, ele não se mostra um candidato viável. Nesse rastro, cresce nos levantamentos o ex-governador Joaquim Roriz (PSC).

Nesse cenário, onde o PPS passou oito anos na oposição, cresce a dificuldade do partido em encontrar um candidato para apoiar. As conversas começaram com legendas como o PSB, PV e o PDT. Porém, em um cenário onde as esquerdas devem se aglutinar ao redor do PT – e os verdes podem lançar candidato próprio para dar palanque à candidatura presidencial da senadora Marina Silva –, o quadro se complicou para o PPS, já que, nacionalmente, o partido está ligado ao PSDB e ao DEM, no Bloco Democrático Popular. “Não fechamos porta para nenhum partido”, disse o presidente regional do PPS, Cláudio Abrantes, ao Congresso em Foco.

De pedra a vidraça

“Vivemos uma situação sui generis para um partido que sempre teve a imagem de fiscalizador”, comentou Abrantes. A referência é óbvia. O deputado Augusto Carvalho fundou a ONG Contas Abertas, destinada a fiscalizar gastos do governo federal e dos demais poderes (ao assumir a Secretaria de Saúde, Augusto, por exigência dos demais integrantes da ONG, afastou-se da organização). Antes de ser deputado federal, Augusto protagonizou, como deputado distrital, investigações importantes contra o GDF, como a CPI da Educação, que presidiu. Fernando Antunes, que presidia o PPS local quando estourou a Operação Caixa de Pandora, é funcionário da Corregedoria Geral da União cedido ao GDF, foi presidente da União Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon) e foi vice-presidente da Transparência Brasil.

De pedra a vidraça, Antunes e Carvalho vêem-se agora na condição de investigados pela operação da Polícia Federal que investiga o mensalão do Arruda. No inquérito, Antunes e Carvalho, que comandavam a Secretaria de Saúde do DF, são acusados pelo ex-secretário de Relações Institucionais do GDF Durval Barbosa de cobrar propina da empresa Uni Repro Soluções Tecnológicas, detentora de contrato de prestação de serviços que em apenas dois anos elevou os gastos da secretaria com serviços gráficos de R$ 235 mil (2006) para mais de R$ 14,8 milhões (2008).

Além disso, Antunes é citado no inquérito durante uma conversa entre Durval Barbosa e o ex-secretário de Saúde e ex-chefe da Casa Civil José Geraldo Maciel, outro alvo da operação. No diálogo gravado por Barbosa com autorização judicial, os dois mencionam que parte do dinheiro arrecadado por Antunes e pelo deputado Augusto Carvalho servia para “ajudar” o presidente nacional do PPS, o ex-deputado federal Roberto Freire.

Em outra situação, Antunes foi condenado em primeira instância pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) a devolver R$ 200 mil ao condomínio no qual foi síndico por quatro anos (1998-2002). Todos negam as acusações. Antunes e Carvalho já apresentaram suas defesas ao PPS, que espera a conclusão das investigações para tomar uma posição. Por enquanto, a postura é de passar confiança aos dois. “Nós vamos esperar a conclusão das investigações. Por enquanto, demos um voto de confiança aos dois”, disse Abrantes.

Operador

Porém, as controvérsias envolvendo o partido não param aí. O policial civil aposentado Marcelo Toledo Watson, apontado por Durval como um dos operadores do mensalão do Arruda, filiou-se ao PPS em 2 de outubro de 2009, três dias antes do prazo para filiações determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele já havia disputado as eleições de 2006 para deputado distrital, ficando como segundo suplente do PSL, que elegeu Raimundo Ribeiro (hoje PSDB).

Antes de estourar a Operação Caixa de Pandora, Toledo era cotado para ser candidato a deputado federal pelo partido. Também foi cogitado para ser suplente no Senado, provavelmente de Augusto Carvalho. Toledo foi gravado entregando um pacote de dinheiro a Durval Barbosa. Na conversa, Toledo dá a entender que o dinheiro que ele pagava era destinado ao vice-governador Paulo Octávio. Ele, segundo a conversa, precisaria dos valores para financiar campanhas de prefeitos do entorno do DF. Toledo é sócio da empresa Voxtec Engenharia e Sistemas Ltda., que faz parte do consórcio que começou a executar, em janeiro de 2009, um contrato no valor de R$ 21 milhões com o Transporte Urbano do Distrito Federal (o DFTrans). O dinheiro entregue a Durval seria a propina cobrada à empresa.

O PPS nega que a filiação dele tenha se concretizado. Seu nome, porém, está no sistema do partido, com o número de filiação 804828. O site tem uma cópia do documento. A explicação da sigla é que a entrada só é concretizada quando enviada ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Procurado pelo Congresso em Foco, ao TRE disse não ter condições de verificar se a filiação foi à frente ou não. Já o TSE afirmou que somente o partido pode confirmar a informação.

O Congresso em Foco apurou ainda que, antes do escândalo estourar, a entrada de Toledo no partido causou ciúmes. Membros mais antigos do PPS reclamaram da possibilidade de ele ser suplente ao Senado. Isso antes de a Operação Caixa de Pandora estourar. Um deles relatou ao site que foi cobrar do então presidente Antunes se ele realmente tinha se filiado. “Ele mal chegou e já quer sentar na janelinha? Isso não pode acontecer”, afirmou. Hoje, o PPS não parece querer Toledo sequer sentado na última e mais escondida poltrona do seu ônibus. O fato é que hoje, o PPS em Brasília parece oscilar entre duas alternativas nada confortáveis. A menos pior delas: como resolver em outubro a aposta eleitoral em Arruda, que se revelou errada. A péssima: o que fazer se as investigações comprovarem envolvimento direto de algum de seus filiados.
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Soninha atucanada

Hoje à noite no programa de televisão do PPS, Soninha chama a atenção para a escolha de um candidato forte de oposição que está governando e não fazendo campanha. Até as pedras sabem que esse candidato é o Serra. Aliás, o PPS é um partido tão ridículo que queria fazer uma prévia para escolher o candidato de outro partido, o PSDB. Voltemos ao assunto. Oh, Sonhinha, quem te viu né. Está gostando da boquinha prefeitura do Kassab? Soninha é fraude eleitoral, algo nojento. Gastar milhões de reais com campanha publicitária da SABESP em rede nacional, quando a empresa só atua em São Paulo, no entendimento dela não é campanha. É campanha sim, mas também não deixa de ser um agrado (ou melhor propina) para os grandes meios de comunicação. A Rede Globo agradece. Viajar para inaugurar obras de correlegionários de Serra em outro Estado também não é campanha. Pobre do contribuinte paulista.

Para saber mais sobre o programa do PPS, veja o post anterior.
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Fusão com o PSDB é saída para evitar a extinção eleitoral do PPS

O PSDB pode dar mais um passo para a direita do espectro político. O PPS estuda uma fusão com o PSDB para evitar o seu desaparecimento. Na verdade, trata-se de anexação do PPS ao PSDB. Como o antigo partidão está à direita do PSDB, a fusão é mais uma guinada à direita do tucanato. Tudo negociado entre o líder do partido na Câmara, o presidente do PSDB e o governador José Serra. E com as bênçãos de Roberto Freire.
A cada eleição, o PPS fica mais nanico. O risco é que o partido acabe em extinção. Suas lideranças gostam de atribuir ao assédio governista sua fraqueza eleitoral, mas a explicação é bastante simplória. O buraco é mais fundo. O presidente do PPS, Roberto Freire, é um frustrado. Um político sem votos que comanda o partido como se fosse sua propriedade. Lembra muito Brizola no comando do PDT. Mas Brizola tinha história, uma liderança carismática, seguidores e uma grande base social. Nesse sentido, Freire nem nos sonhos mais longínquos chega perto de Brizola ou de qualquer outro grande político nacional. Aliás, Roberto Freire é um político menor. Só ele pensa que tem relevância política.
O problema dos frustrados é quererem fazer da política uma arena para desafogar suas frustrações. O caminho de Roberto Freire e de seu partido acabou sendo a radicalização política em direção à direita do espectro político. Acontece que esse espaço já foi ocupado pelo DEM, outro partido que ultimamente não tem muito a comemorar em termos eleitorais. Além disso, o PPS tornou-se uma sub-legenda ou partido de aluguel para servir aos interesses do DEM e do PSDB. O resultado é o contínuo fracasso eleitoral. Nas últimas eleições municipais, o PPS foi o partido que mais reduziu de tamanho, perdendo praticamente 60% das prefeituras conquistadas em 2004. Nessa situação, é natural que os parlamentares do partido fiquem preocupados com sua reeleição em 2010. Uma saída óbvia é ser anexado ao PSDB, pelo menos assim deixa de ser sub-legenda daquele partido.
A anexação do PPS fortalece a batalha de Serra contra seu rival no partido Aécio Neves. A proximidade de José Serra com lideranças do PSDB é notória. Se for confirmada a fusão entre os dois partidos (ou melhor, adesão do PPS ao PSDB), Aécio Neves tem mais um revés na sua pretensão de ser candidato do partido em 2010. De fato, não está mesmo fácil para Aecinho obter a indicação. Enquanto Serra fortalece seus vínculos com o DEM e o PPS e cria canais dentro do PMDB (Orestes Quércia em São Paulo), Aécio flerta com partidos do arco governista. Resumindo, Serra tem controle sobre seu futuro político, pois tem base no partido e naqueles que estão em oposição ao governo. Já Aécio não comanda seu futuro, pois Lula ainda é comandante maior dos partidos que estão na sua base.

É claro que o cenário eleitoral pode alterar bastante, mas a margem de manobra do presidente é infinitamente maior que do governador mineiro. Um sinal de desespero de Aécio Neves é o recente ataque histérico (e fortuito) ao governo Lula. Ao contrário de Serra, que busca apropriar da agenda governista, Aécio radicou o discurso e adotou a agenda derrotada em 2006 – privatização, redução dos gastos sociais, arrocho salarial do funcionalismo público, etc. É o famoso choque de gestão tucano. De fato, é uma estratégia de alto risco, que tem tudo para não prosperar.

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O drama da oposição política

Duas matérias que saíram hoje na Folha de São Paulo evidenciam o drama que vive a oposição – PSDB, DEM e PPS – às voltas das eleições municipais deste ano. Na primeira, a matéria da Folha mostra que a oposição só governa hoje 25 das cem principais cidades brasileiras. Aponta ainda como fator de enfraquecimento da oposição o fato de que apenas 64% dos prefeitos que lhes restaram são pré-candidatos, contra 76% dos partidos governistas.

A Folha também destacou em outra matéria a luta do DEM para permanecer entre os grandes partidos. O isolamento do partido de direita, disputando hoje o mesmo eleitorado do PSDB, até então seu principal aliado político. De fato, o partido terá grande dificuldade em manter as prefeituras que possui nas grandes cidades. Em São Paulo e Rio de Janeiro, o partido dificilmente manterá à frente dos executivos municipais. Clique aqui para ver as matérias publicadas originalmente no Congresso em Foco.
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Aliança PSDB, PPS e PV irá lançar Gabeira para a prefeitura do Rio; Wagner Montes desiste da candidatura

A Coluna de Merval Pereira no jornal O Globo deste domingo (clique aqui para ler a matéria) informou que o deputado Fernando Gabeira prepara-se para lançar sua candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro numa aliança da Frente Rio formada pelos partidos PSDB, PPS e PV. O boato sobre a candidatura de Gabeira já estava circulando nos bastidores algum tempo. O deputado parece que resistia à iniciativa, mas foi convencido a entrar no jogo eleitoral.

A aliança só foi possível em razão da pouca disposição da deputada Denise Frossard, do PPS, em candidatar-se à prefeitura do Rio. A deputada, que aparece nas pesquisas de intenção de voto próximo de 15%, também não era bem vista com bons olhos por setores do partido e seus aliados. Além disso, a aliança resolve o problema da disputa interna dentro do PSDB, que não tem um candidato natural, mas tinha três pré-candidatos. O PSDB deverá ficar com o vice.

É bastante estranha a posição do PPS. Reforça a tese de que o partido tornou-se um apêndice do PSDB. A deputada Denise Frossard é a única que aparece bem nas pesquisas. Politicamente o partido deveria cerrar fileiras para sua candidatura, mas o partido parece disposto a abrir mão da candidatura. Resta saber o que partido ganhará saindo da disputa.

Gabeira reforçou sua imagem com sua atuação parlamentar. Após a saída do PT por desavenças com o então ministro José Dirceu, Gabeira participou de CPIs importantes e obteve amplo espaço na mídia. Isso permitiu ao deputado na última eleição elevar seu potencial de votos, elegendo-se com boa votação no Rio. Há uma certa receptividade de seu nome junto à população da zona sul carioca. Porém, suas posições sobre drogas, aborto, prostituição e outros temas polêmicos representam um empecilho para atingir eleitores de comunidades mais carentes.

O fato é que a candidatura de Gabeira tem pouca chance de decolar e sair vitoriosa. Sua plataforma política só encanta setores da classe média. Sofre do mesmo problema de Denise Frossard: não chega ao eleitorado mais pobre. A tendência é Gabeira conquistar boa parte do eleitor que aparece nas pesquisas votando em Frossard, mas insuficiente para uma eleição majoritária. A candidatura resolve mesmo são disputas internas nos partidos da Frente Rio. O deputado, por outro lado, tem pouco a perder politicamente. Poderá sair vitorioso mesmo derrotado nas eleições. Só precisará no final do processo eleitoral ser um político maior que entrou no início da campanha. A tarefa não é difícil.
Em tempo: o deputado estadual e apresentador de TV Wagner Montes desistiu da candidatura ao governo do Rio neste último sábado após três debates internos. A justificativa para sua desistência é que sua principal plataforma política é segurança pública e pouco poderá fazer como prefeito. Sua pretensão é concorrer ao governo estadual em 2010. O deputado é um dos líderes das pesquisas de intenção de voto para a prefeitura do Rio, ao lado da deputada Denise Frossard e do senador Marcelo Crivella. Wagner Montes negou que a desistência tenha qualquer vinculação com a candidatura de Marcelo Crivella, um dos líderes da Igreja Universal, proprietária da Rede Record, onde o deputado apresenta o programa “Balanço Geral”. O PDT, partido de Wagner Montes, deve escolher o deputado estadual Paulo Ramos para a prefeitura do Rio em convenção no próximo domingo. O partido também não descarta composição entre PV, PPS, PSB e PC do B. Dessa forma, segundo as últimas informações, dois pré-candidatos líderes - Wagner Montes e Denise Frossard - nas pesquisas podem não saírem candidatos à prefeitura do Rio. Permanecem as pré-candidaturas de Marcelo Crivella, PRB, e Solange Amaral, DEM.
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