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Golpistas do Supremo atraem partidos reacionários sem voto


Gilmar Mendes foi convidado a se filiar ao DEM
- O senador Júlio Campos (MT) convidou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes a se filiar ao DEM e concorrer ao governo do Mato Grosso em 2014, informa a coluna Panorama Político, de Ilimar Franco, publicada neste domingo no GLOBO.

Campos relatou à Executiva do partido que tinha feito o convite e que ele fora bem recebido pelo ministro:

- Ele me respondeu: ‘Já fiz de tudo nesta vida. Já fui presidente do STF. Quem sabe?’.

Gilmar Mendes nasceu em Diamantino, no Mato Grosso. No final de novembro, o colunista Ancelmo Gois publicou que, com o STF em alta, havia partidos políticos sonhando com o passe de ministros da Corte. No PV e no PSB, o alvo seria Carlos Ayres de Britto; no PSOL, Joaquim Barbosa, atual presidente do Supremo.
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Danuza Leão deveria estar na seção de humor

Danuza já não se usa (ou a “corrupção das massas”)

“Deviam botar na seção de “Humor” do jornal a coluna absolutamente jurássica, alienada e cada vez mais engraçada de Dona Danuza”


Realmente não se usa, tá por fora, old fashion, triássico, o preconceito de classe dominante manifestado e assinado embaixo por Danuza Leão em sua coluna da FSP e muito bem captado por Saul Leblon da Carta Maior. Porque acontece que eu não leio Danuza Leão e por três motivos: 1)Por que ainda não fiquei louca; 2) Por que não quero ficar besta; 3) Por que não chuto cachorro morto. Mas Saul, como é editorialista, precisa ler TUDO (até por força das circunstâncias) – ergo: dá-lhe, estômago de aligátor – e flagrou Dona Danuza legal.

Ele diz que, na coluna supracitada, Danuza “lamenta a ascensão do consumo de massa no Brasil, não por ter restrições ao consumo, mas porque ficou difícil ‘ser especial’ nesses tempos em que ‘todos têm acesso a absolutamente tudo, pagando módicas prestações mensais’. Musicais na Broadway perderam a graça, não pelo gosto duvidoso do que se oferece ali, mas é que por míseros R$ 50 mensais o porteiro do prédio também pode ir. Enfrentar doze horas de avião para chegar a Paris, entrar nas perfumarias que dão 40% de desconto, com vendedoras falando português e onde você só encontra brasileiros – não é melhor ficar por aqui mesmo?”, conclui desolada a triássica Danuza.

Leblon observa que as raízes desse desencanto com o Brasil, personificado na elite caricatural assumida por Danuza, encontram uma explicação no relatório da consultoria Boston Consulting Group (BCG), divulgado semana passada. O estudo compara meia centena de indicadores econômicos e sociais de 150 países, coletados junto ao Banco Mundial, FMI, ONU e OCDE, e o Brasil surge como a nação que melhor utilizou o crescimento econômico dos últimos cinco anos para elevar o padrão de vida e o bem-estar do seu povo.

O PIB brasileiro cresceu a um ritmo médio anual de 5,1% entre 2006 e 2011. Mas os ganhos sociais obtidos no período se equiparam aos de um país que tivesse registrado um crescimento explosivo de 13% ao ano, diz a análise. Ou seja, para efeito de redução da pobreza, as coisas se passaram como se o Brasil tivesse crescido bem mais que a China nos últimos cinco anos. O salto na qualidade de vida da população, segundo a consultoria, decorre basicamente da prioridade implementada à distribuição de renda no período.

Algo que Danuza Leão “intui” apenas através da crescente dificuldade de se distinguir a si própria do porteiro do prédio.

As diferenças entre ambos naturalmente continuam abissais. Mas registraram a queda mais rápida da história brasileira nos anos Lula, quando a pobreza recuou à metade e 97% da infância foi para a escola. É o que demonstram também os dados do IBGE divulgados nesta 4ª feira: o índice de Gini que mede a desigualdade encontra-se hoje no menor nível em 30 anos. Ainda assim os 40% mais pobres têm apenas 11% do total da riqueza do país. Mas o deslocamento da seta na década Lula é um fato: entre 2001 e 2011, a renda dos 20% mais ricos – equivalente a 24 vezes a dos 20% mais pobres em 2001 – caiu para 16,5 vezes em 2011.

Nada disso é captado no visor histórico de quem está obcecado em preservar espaços de um privilégio socialmente patológico, incorporado à rotina da classe dominante como extensão, digamos, da paisagem tropical. O desencanto inconsolável com o Brasil deixado por Lula inclui outras versões igualmente elitistas, mas de apelo não tão exclusivista. O porteiro do prédio neste caso é a ‘corrupção de massa’ que o governo Lula teria promovido, segundo os críticos, num aparelho de Estado antes depenado com elegância pelos donos do país. Assim como o porteiro de Danuza, a corrupção no aparelho público agora comandado pelo PT também é real.

Não é o caso do que se convencionou chamar de Ação Penal 470 – ainda que a prática do caixa 2 de campanha tenha igualmente nivelado o partido aos adversários, que, a despeito de tudo, desfrutam da tolerância obsequiosa nos circuitos escandalizados com os forasteiros. A atual operação Porto Seguro, a exemplo de outras desencadeadas pela Polícia Federal desde 2003, desnuda com vasta difusão midiática, aquilo que antes era encoberto, pouco investigado e raramente punido. Não é necessário revisitar o personagem do ‘engavetador geral da República’, de bons serviços prestados à causa tucana.

E Saul conclui: “Porém há nuances que a esquerda não pode mais ignorar. A virtude que se cobra do campo progressista não é um dote imanente a porteiros que conquistaram o legítimo direito de viajar a prestação, tampouco a qualidade intrínseca de governantes eleitos pelos pobres. Virtuosas devem ser as instituições, ancoradas em leis justas e indutoras da convivência solidária; no serviço público digno e transparente; na escola capaz de preparar cidadãos para o livre discernimento; nos bens comuns valorizados e desfrutados coletivamente.”

Realmente é preciso integrar luta econômica & idéias emancipadoras a fim de ampliar o horizonte subjetivo para além do consumismo individualista. Do contrário, só resta o vale tudo por dinheiro. E a coluna de Dona Danuza, absolutamente jurássica, alienada e cada vez mais engraçada. Deviam botar na seção de “Humor” do jornal.
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Vórtice de lixo do Pacífico ganha irmão do Atlântico

Algum tempo atrás foi localizado um redemoinho de lixo do tamanho do estado do Texas no Oceano Pacífico. Pela dinâmica das águas, esse monte de lixo atingirá a costa do Havaí em algum momento do futuro. Agora, localizaram outro vórtice de lixo no Oceano Atlântico. Ainda não se conhece seu tamanho, mas se sabe que o agrupamento de detritos se move entre 22 e 38 graus, latitude norte.

Os vórtices de lixo - também chamados de "sopas de lixo", ou "bolhas de lixo" - do Pacífico e do Atlântico são formados principalmente por partículas minúsculas de plástico, as quais saturam a água, e envenenam os ecossistemas. Os peixes confundem essas partículas com alimentos, e morrem após ingerí-las.
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