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A liberdade que os barões da mídia defendem


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Ali Ferzat

 «Homens encapuzados capturaram, espancaram e quebraram as duas mãos de um dos mais conhecidos cartunistas da Síria na manhã desta quinta-feira (25), disseram ativistas dos direitos humanos no país.» (R7)

ali-ferzat.com, comicbeat.com
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Funk e doença social

Uma sociedade que assiste inerte a prisão de funkeiros, acusados de "apologia ao crime" pelas letras de suas músicas, deve estar doente.
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Janio de Freitas, um jornalista que não se faz de louco, e o cablegate

Diz Janio de Freitas, um dos raros jornalistas da velha mídia que não se faz de louco nem nos trata como idiotas no caso do cablegate:
É de liberdade de informação que se trata. É do direito dos cidadãos de saber o que seus governos dizem e fazem sorrateiramente. É de jornalismo que se trata. E os meios de comunicação jornalística estão ficando tão mal quanto os governos desnudados pelo Wikileaks. Era a hora de estarem todos em campanha contra os governantes que querem sufocar as revelações. Ou seja, em defesa da liberdade de informação, da própria razão de ser que os jornais, TVs e revistas propagam ser a sua. Com escassas exceções, que se saiba, os meios estão muito mais identificados com os governantes do que com os cidadãos-leitores e com a liberdade de informação.
Via Toda Mídia
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Lula presta solidariedade a Assange

O rapaz foi preso e eu não estou vendo nenhum protesto contra [o cerceamento à] a liberdade de expressão. É engraçado, não tem nada. [...] pode colocar no Blog do Planalto o primeiro protesto, então, contra [o cerceamento à] a liberdade de expressão na internet, para a gente poder protestar, porque o rapaz estava apenas colocando aquilo que ele leu. E se ele leu porque alguém escreveu, o culpado não é quem divulgou, o culpado é quem escreveu. Portanto, em vez de culpar quem divulgou, culpe quem escreveu a bobagem, porque senão não teria o escândalo que tem. Então, Wikileaks, minha solidariedade pela divulgação das coisas e meu protesto contra [o cerceamento à] da liberdade de expressão.
Lula, nosso presidente, via Blog do Planalto
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A ONU sobre Assange e a liberdade de expressão

ELEANOR HALL: O representante das Nações Unidas para a liberdade de opinião e expressão diz que está trabalhando em um novo relatório sobre a liberdade de expressão na Internet.


Frank La Rue diz que não acha que os Estados Unidos serão capazes de processar Julian Assange. Mas ele alerta que seria um exemplo muito ruim para a liberdade de expressão se esse governo agisse contra ele.


Ele falou comigo hoje cedo, da sua casa na Cidade da Guatemala.


Frank La Rue você monitora a liberdade de expressão e tentativas de cerceá-la ao redor do mundo. Você concorda com os defensores do Wikileaks que seu fundador Julian Assange é um mártir da liberdade de expressão?


FRANK LA RUE: Ele certamente é. Se há uma responsabilidade pelo vazamento de uma informação, ela é exclusivamente da pessoa que fez o vazamento, não da imprensa que a publica. É assim que a transparência funciona e que a corrupção foi confrontada em muitos casos.
Via ABC News
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Liberdade de expressão na Internet

Qualquer usuário da Internet que se importa com a liberdade de expressão ou tem uma mensagem controversa ou impopular deve se preocupar com o fato de que os intermediários podem impedi-lo de expressá-la. [...] Seus direitos de liberdade de expressão são apenas tão fortes quanto o intermediário mais fraco. 
-- Marcia Hofmann, advogada da Fundação Fronteira Eletrônica (Electronic Frontier Foundation), no New York Times
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Gleen Greenwald sobre a prisão de Julian Assange

Não importando o que você ache do Wikileaks, eles não foram acusados de crime algum, muito menos indiciados ou condenados. Apesar disso, olhe o que aconteceu com eles. Eles foram removidos da Internet [...] seus fundos foram congelados [...] personalidades da mídia e políticos pediram que fossem assassinados e rotulados como uma organização terrorista. O que de fato está acontecendo é uma guerra pelo controle da Internet, e se ou não a Internet pode de fato servir ao seu fim último -- o qual é permitir que os cidadãos se unam e democratizar os controles sobre as facções mais poderosas do mundo.
-- Gleen Greenwald é advogado de direito constitucional e colunista da Salon. Via Democracy Now!
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As acusações a Assange e os vazamentos

A melhor maneira de mostrar que as acusações não têm nada a ver com silenciar o Wikileaks é deixá-lo continuar vazando enquanto Assange enfrenta seus acusadores.
-- Editorial de hoje do Guardian, via Biscoito Fino
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O direito do Wikileaks e do público nos EUA

Sejamos claros -- nos Estados Unidos, ao menos, o Wikileaks tem um direito fundamental de publicar informação política verdadeira. E igualmente importante, os usuários da Internet tem um direito fundamental de ler essa informação e expressar suas opiniões sobre a mesma. Vivemos em uma sociedade que valoriza a liberdade de expressão e se esquiva da censura. Infelizmente, esses valores são apenas tão fortes quanto a vontade de defendê-los -- uma vontade que parece estar se encolhendo agora de uma maneira alarmante.
-- Shari Steele para a Fundação Fronteira Eletrônica, via WL Central
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EUA vivem seu momento China

Estudantes que falam sobre o Wikileaks e o cablegate nas redes sociais podem não conseguir acesso a cargos no Partido, digo, em empregos públicos.

Via Huffington Post.
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Wikileaks para brasileiros

Texto da jornalista do Wikileaks e do Opera Mundi Natalia Viana:
Fui convidada por Julian Assange e sua equipe para trazer ao público brasileiro os documentos que interessam ao nosso país. Para esse fim, o Wikileaks decidiu elaborar conteúdo próprio também em português. Todos os dias haverá no site matérias fresquinhas sobre os documentos da embaixada e consulados norte-americanos no Brasil.
Por trás dessa nova experiência está a vontade de democratizar ainda mais o acesso à informação. O Wikileaks quer ter um canal direto de comunicação com os internautas brasileiros, um dos maiores grupos do mundo, e com os ativistas no Brasil que lutam pela liberdade de imprensa e de informação. Nada mais apropriado para um ano em que a liberdade de informação dominou boa parte da pauta da campanha eleitoral.
Buscando jornalistas independentes, Assange busca furar o cerco de imprensa internacional e da maneira como ela acabada dominando a interpretação que o público vai dar aos documentos. Por isso, além dos cinco grandes jornais estrangeiros, somou-se ao projeto um grupo de jornalistas independentes. Numa próxima etapa, o Wikileaks vai começar a distribuir os documentos para veículos de imprensa e mídia nas mais diversas partes do mundo.
Assange e seu grupo perceberam que a maneira concentrada como as notícias são geradas – no nosso caso, a maior parte das vezes, apenas traduzindo o que as grandes agências escrevem – leva um determinado ângulo a ser reproduzido ao infinito. Não é assim que esses documentos merecem ser tratados: “São a coisa mais importante que eu já vi”, disse ele.
[...]
Documentos sobre Brasil
No caso brasileiro, os documentos são riquíssimos. São 2.855 no total, sendo 1.947 da embaixada em Brasília, 12 do Consulado em Recife, 119 no Rio de Janeiro e 777 em São Paulo.
Nas próximas semanas, eles vão mostrar ao público brasileiro histórias pouco conhecidas de negociações do governo por debaixo do pano, informantes que costumam visitar a embaixada norte-americana, propostas de acordo contra vizinhos, o trabalho de lobby na venda dos caças para a Força Aérea Brasileira e de empresas de segurança e petróleo.
O Wikileaks vai publicar muitas dessas histórias a partir do seu próprio julgamento editorial. Também vai se aliar a veículos nacionais para conseguir seu objetivo – espalhar ao máximo essa informação. Assim, o público brasileiro vai ter uma oportunidade única: vai poder ver ao mesmo tempo como a mesma história exclusiva é relatada por um grande jornal e pelo Wikileaks. Além disso, todos os dias os documentos serão liberados no site do Wikileaks. Isso significa que todos os outros veículos e os próprios internautas, bloggers, jornalistas independentes vão poder fazer suas próprias reportagens. Democracia radical – também no jornalismo.
Impressões
[...]
Como disse um internauta, Wikileaks é o que acontece quando a superpotência mundial é obrigada a passar por uma revista completa dessas de aeroporto. O que mais surpreende é que se trata de material de rotina, corriqueiro, do leva-e-traz da diplomacia dos EUA. Como diz Assange, eles mostram “como o mundo funciona”.
O Wikileaks tem causado tanto furor porque defende uma ideia simples: toda informação relevante deve ser distribuída. Talvez por isso os governos e poderes atuais não saibam direito como lidar com ele. Assange já foi taxado de espião, terrorista, criminoso. Outro dia, foi chamado até de pedófilo.
Wikileaks e o grupo e colaboradores que se reuniu para essa empreitada acreditam que injustiça em qualquer lugar é injustiça em todo lugar. E que, com a ajuda da internet, é possível levar a democracia a um patamar nunca imaginado, em que todo e qualquer poder tem de estar preparado para prestar contas sobre seus atos.
O que Assange traz de novo é a defesa radical da transparência. O raciocínio do grupo de jornalistas investigativos que se reúne em torno do projeto é que, se algum governo ou poder fez algo de que deveria se envergonhar, então o público deve saber. Não cabe aos governos, às assessorias de imprensa ou aos jornalistas esconder essa ou aquela informação por considerar que ela “pode gerar insegurança” ou “atrapalhar o andamento das coisas”. A imprensa simplesmente não tem esse direito.
[...]
ViomundoOpera Mundi
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Dilma, liberdade de expressão e os valores liberais

Na entrevista da manhã de hoje, Dilma defendeu a liberdade de expressão pelo melhor motivo disponível: porque sem ela certas alternativas se fecham, o que fecha nossos horizontes, e nos prejudica no desenvolvimento das nossas capacidades e potencialidades.

Ela viveu sob tal limitação como jovem dos anos do AI-5, e por isso quer evitá-la.

É de se notar que tal razão para a defesa da liberdade de expressão é a mesma de John Stuart Mill, muito bem sintetizada no texto de Humboldt que serve de epígrafe. O que coloca Dilma em um vínculo normativo com valores liberais bem fundamentais.

Enquanto isso, a oposição continua manchada com uma agenda fundamentalista baseada em emoções negativas, ao invés de razões. Seria bom se ela repensasse -- ou pensasse em -- seus valores de base, e modificasse suas práticas para melhor refletí-los.
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Religião, Kehl e outras coisas

Não há nada de surpreendente no fato da religião tomar conta da agenda de debate do segundo turno.

Em primeiro lugar, temos um candidato, José Serra, que decidiu seguir a cartilha de campanha do Grand Old Party, isto é do Partido Republicano dos EUA, talvez porque os marqueteiros do Obama tenham lhe dado um fora, talvez porque não tem nada de bom a propor aos eleitores.

Isso mostra que, lamentavelmente, o PSDB conseguir ficar em um nível político abaixo do PFL. O PFL ao menos era um partido de coronéis. Já o PSDB se apresenta, de fato, como um partido do medo e da irracionalidade. Ok, o PFL rifou oportunidades dos pobres irem à facul, ao se opor ao Prouni, e agora temos o vice Da Costa propondo a conivência com a homofobia. Mas não esperávamos que o PSDB fosse colocar os direitos civis em risco só para tentar ganhar uma eleição.

Em segundo lugar, a candidata abertamente religiosa Marina Silva se saiu bem no primeiro turno. Certo, ela se saiu bem contando com votos de pessoas que não são religiosas. No entanto, se essas pessoas ainda assim votaram nela, agora fica parecendo que falta aos candidatos restantes incorporar a casca da política+religião, visto que suas propostas de Marina já foram encampadas por ambos candidatos ao segundo turno.

Pra nós, resta manter pé quente, cabeça fria, pois quem é religioso como meu amigo Williges não está nem um pouco feliz com o oportunismo do candidato Serra.

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O silêncio dos serristas no caso da demissão de Maria Rita Kehl do Estadão é eloquente.

Em primeiro lugar, mostra que não se escandalizaram pelo fato de uma articulista ter sido demitida após dizer a verdade.

Em segundo lugar, mostra que são coniventes com um jornal que privilegia sua opção política à verdade.

Em terceiro lugar, mostra que não têm compromisso com a liberdade de opinião.

O caso também torna uma piada o tal do XXX dias sob censura do Estadão. Mas o Estadão já é uma piada de qualquer forma.

Após a demissão da Maria Rita Kehl, infelizmente as opiniões dos outros articulistas do Estadão ficam maculadas, valendo bem menos. Afinal de contas, é seguro que eles estão de acordo com a opinião do patrão, mas não é seguro que eles retratam à risca a verdade.

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Você gostou do manifesto dos professores e pesquisadores de filosofia em defesa da candidatura Dilma Rousseff? Se quiser, assine embaixo, mesmo não sendo professor ou pesquisador.

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Dia 15 tem encontro dos blogueiros e tuiteiros pró-Dilma em Porto Alegre.

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Recebeu boatos contra Dilma?

Primeiro, marque a mensagem recebida como spam. Isso vai impedir que milhares de outras pessoas a recebam.

Segundo, veja os esclarecimentos aqui.

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Se quiser uma antimusa, o pessoal da censurada faz XXX dias Falha de São Paulo apresentou a Tucanhêde. Confere lá.
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Ato Público pelo direito à informação

Lembra o Saitica:

Elmar Bones (ex-editor do Coojornal) convida para ato público, 19 horas, pelo direito à informação e 25 anos do Jornal Já - Hoje, sexta-feira, dia 8/10, no Teatro Dante Barone, Assembléia Legislativa do RGS.

Participe!
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Os pingos nos iis de La Vieja Bruja sobre liberdade de expressão e denúncias vazias

A velha mídia histericou mais uma vez. Como soi acontecer em tais oportunidades, confunde seus desejos com a realidade. O quadro que se repete agora é bem conhecido de quem participou da batalha de 2006, na qual a blogosfera trouxe ao público informações ocultadas ou distorcidas pela velha mídia. Sendo mais do mesmo, dá um certo cansaço, mas também nos leva a agir, pois nos põe a pensar coisas como:

Tá na hora de caminhar pelas ruas do BomFim, comprar pão e pensar que a inteligência vai vencer as sombras e o ódio. De novo.

Isto é, tá na hora de usar argumentos e a razão, pois eles ocupam bem os espaços que a emoção do ódio ocupa tão mal. No quadro em tela, a histericagem é dizer que há alguma ameaça à democracia no ar, e o banho frio de realidade é colocar os pingos nos iis, avaliando a situação de maneira objetiva. É o que La Vieja Bruja fez, mais uma vez, com a competência que já mostrou em 2006. E antes. E depois. Eis seu texto, com meus comentários perturbando a leitura:
Há uma tênue e hipócrita linha separando o editorial de hoje [ontem] do Estado de São Paulo (“O desmanche da democracia”) da cobertura jornalística do “Manifesto pela democracia” (“Após ataques de Lula, juristas lançam ‘Manifesto em Defesa da Democracia’”), ato público realizado ontem, 22, em São Paulo, SP, por intelectuais, juristas, jornalistas e políticos tucanos.
Ainda bem.
Muito embora um “manifesto pela democracia” que condene o direito de um Presidente da República de expressar sua opinião acerca do comportamento da mídia esteja fadado à contradição – o que deve ser atacado é a verdade ou falsidade de suas opiniões, e não seu direito de as externar -, é ótimo que uma linha editorial qualquer assuma abertamente uma posição ideológica no debate público nacional.
La Bruja está nos fazendo ver o esdrúxulo, o contraditório nas ações, ou performativo, da manifestação do Estadão. O jornal louva uma manifestação que se diz pró-democracia. No entanto, e isto é oximorônico, o ato é contra a manifestação de uma opinião! Ora, isto é bizarro, pois qualquer liberal xumbrega, como eu, sabe muito bem que está ok atacar, isto é discutir, os argumentos apresentados, mas não se ataca a manifestação de uma opinião, ou argumento, por si só!

Ainda assim, apesar do bizarro da situação, para La Vieja é um ganho que o Estadão esteja abrindo sua posição ideológica - ainda que de maneira tímida, e, no fundo, ainda de dentro de um armário que não engana a mais ninguém, a não ser à velha mídia ela mesma, no seu armário (mas armários são assim mesmo)... Como o Lula sugere: é hora da imprensa assumir, de maneira categórica, que tem candidato e partido. Veja o vídeo.

A meu ver, isto não é suficiente. O Estadão e o resto da velha mídia ainda estão no armário, apesar de agora só se enganarem a si mesmos, já que todo o mundo já sabe que as organizações Globo, o Estadão e a Folha defendem o candidato Serra, e defendem os interesses do PSDB. É preciso que essa velha mídia saia do armário de maneira clara e explícita, para seu próprio bem, pois essa neurose é cansativa, tem seus tiques repetitivos, e virou mero autoengano. Chega. Basta. Digam claramente que defendem o Serra, e ganhem um pouco do nosso respeito.

Seja como for, o ponto de La Vieja é que o alinhamento do Estadão com uma posição política é um ganho, apesar do bizarro de ser uma posição política que se diz democrática, mas ataca uma manifestação política, ao invés do seu conteúdo veritativo. La Bruja continua:
Mesmo que falacioso – “(…) É claro que o que move o inventor da sua candidata à sucessão, Dilma Rousseff, é o medo de que a sequência de denúncias – todas elas com foros de verdade, tanto que já provocaram quatro demissões na Pasta, entre elas a da própria Erenice – impeça, na 25.ª hora, a eleição de Dilma no primeiro turno (…)” – e esperançosamente desesperado – “(…) Mas a tal ponto avançou o rolo compressor do liberticídio que diversos setores da sociedade resolveram se unir para dizer “alto lá”. Intelectuais, juristas, profissionais liberais, artistas, empresários e líderes comunitários – todos eles figuras de projeção – lançaram ontem em São Paulo um “manifesto em defesa da democracia”, que poderá ser o embrião de um movimento da cidadania contra o desmanche da democracia brasileira comandado por um presidente da República que acha que é tudo – até a opinião pública – e que tudo pode (…)” –, o editorial do Estadão assume, definitivamente, o discurso da candidatura oposicionista à sucessão presidencial, fato inédito nas mais recentes disputas eleitorais nacionais.
Com a paciência que é preciso ter ante a falácia, La Bruja mostra que os argumentos do Estadão são fracos. Muito fracos. Para o Estadão, a verdade de uma denúncia é medida pelas suas consequências. Ora, mas assim sendo, você prova a verdade de uma acusação falsa quando, por exemplo, você destroi a vida social de um pai de família inocente, acusando-o do estupro de uma criança, e assim fazendo-o mudar de emprego ou cidade, ou ser linchado. Se assim fosse, então a tortura seria um bom método de investigação, pois traz como consequência a confissão. Mas não é assim que se estabelece a verdade de uma denúncia. É preciso provas. Ou, ao menos, não é assim que as coisas devem ser feitas em Estados civilizados. Para não falar de Estados democráticos.

Ainda assim, esta falácia é comemorável, pois é louvável, por si só, que um jornal possa se alinhar a um partido oposicionista. Eu concordo. La Vieja continua:
Antes dessa revelação, os mais importates veículos impressos nacionais – o próprio Estadão, a Folha de São Paulo, o Globo, a Zero Hora, dentre outros –, bem como a mais importante rede de televisão – a Globo -, contentavam-se em repetir o velho, surrado e já senil mantra da imprensa nacional dita “livre”, segundo o qual toda crítica à liberdade de imprensa é, na melhor das hipóteses, uma desfaçatez, um mal-disfarçado ataque à democracia.
Graças, porém, ao amadurecimento de nossa democracia e de nosso republicanismo, que muito deve à garantia da liberdade de opinião sob a qual se vive no governo Lula, veículos de comunicação podem externar sua opinião sobre os rumos sucessórios às claras, bem ao contrário do que acontecia sob os anos de chumbo, quando alguns deles eram obrigados, por forças ocultas, a emprestar seus veículos – não os de comunicação, a bem da verdade – às patrulhas urbanas da força fascista que tripudiava sobre a democracia.
Hoje, no entanto, não há força oculta que proíba o Estadão de desqualificar um Presidente da República, a fim de rebater sua tese de que a imprensa tem apresentado denúncias sem provas. Furioso, corrupto, baixo, antidemocrático, cínico, autoritário e antiético foram os argumentos apresentados pelo Estado de São Paulo, numa tentativa surreal de vender à opinião pública a tese de que toda crítica à atuação da imprensa é uma crítica aos alicerces mesmos da democracia.
O ponto de La Vieja é que hoje, no governo Lula, e também nos governos imediatamente anteriores, temos a esplêndida situação na qual jornais podem falar o que quiserem do presidente, adjetivando à vontade. Isto é louvável, pois não era assim no passado da ditadura. A situação é tão aberta que os jornais podem, até mesmo, chamar a ditadura de "ditabranda", o que vai contra os fatos, mas ainda assim pode ser dito.

Sendo assim, temos que nos alegrar, pois vivemos em uma sociedade na qual os jornais são livres para se opor ao partido situacionista, ainda que usualmente tenham vergonha de admitir que são oposição. Nossa velha mídia é livre para se alinhar ao candidato oposicionista, ainda que não o assuma abertamente.

Mas, é claro, há algo que permanece bizarro: é louvável que vivamos em uma situação na qual temos ampla liberdade de imprensa, mas é reprovável, por ser oximorônico, que ao mesmo tempo se ataque pessoas por apresentarem opiniões e argumentos:
Ora, justamente ao contrário, desqualificar quem apresenta argumentos fundamentados é que é solapar a democracia. Embora não haja prova de que Erenice Guerra não tenha traficado influência a fim de beneficiar x ou y, também não há prova, além do testemunho de um suposto empresário – e convém ter em mente que, nesse caso, estamos tratando da palavra de uma pessoa contra outra -, de que tenha usado sua proximidade com Dilma Rousseff a fim de se locupletar, e muito menos de que a candidata petista à sucessão presidencial tenha sido sua cúmplice.
Portanto, sustentar que a imprensa tem apresentado denúncias sem provas não representa nenhuma ameaça à democracia, e muito menos seu “desmanche”.
O ponto é que muitos e muitos estão dizendo, desde antes de 2006, que a imprensa apresenta denúncias sem provas, e o faz, de maneira casuísta e oportunista, para beneficiar seus candidatos e partidos. E, muitas vezes, quem fez tais acusações apresentou as provas do que diz. Ora, sendo assim, é claro que tais críticos da imprensa não estão atacando a imprensa ou a liberdade de imprensa. O que se faz, em tais ditos, é argumentar em favor da tese da parcialidade da imprensa a partir de provas, e isso está ok. Cabe responder aos argumentos de tais críticos, não atacar suas pessoas, ou suas instituições. E cabe tratar argumentos como argumentos, não como ameaças às instituições, pois instituições sólidas e civilizadas têm como base nada mais, nada menos do que argumentos.

Quanto às denúncias vazias, isto é carentes de provas, elas são um problema. Primeiro, porque é abusivo tomar a consequência de uma denúncia vazia pela demonstração da sua verdade. Segundo, porque é perverso:
Como se prova inocência quando se é acusado de corrupção por uma única testemunha? Nao se prova. O ônus cabe a quem acusa e através dos caminhos competentes para tanto.
Resta a juristas, intelectuais, jornalistas, políticos tucanos e à mídia preocupada com a democracia, portanto, apresentarem provas suficientes do envolvimento de Dilma Rousseff no suposto tráfico de influência supostamente praticado por Erenice Guerra e familiares. E, mais ainda, apresentar provas suficientes do envolvimento da própria Erenice no referido esquema.
Pois é. Na boa, os tais intelectuais cansados e indignados deveriam refletir um pouco, dado que são... intelectuais! Que tal se indignarem com as denúncias vazias? Um bom motivo para isso é o fato delas não serem bem-vindas em sociedades civilizadas. E que tal se indignarem contra protestos contra manifestações de opiniões? Um bom motivo para isso é que o direito à opinião deve ser livre, estando aberto o direito, e por vezes o dever, de se mostrar que uma opinião é verdadeira, ou falsa.

Note que, se o direito à opinião é livre, então o direito à denúncia vazia é livre. No entanto, se uma denúncia vazia traz dano a alguém, como no caso do inocente acusado de estupro, então é preciso que o denunciante repare o dano, de maneira exemplar, pois isto é muito grave. E, obviamente, ainda que qualquer um possa apresentar qualquer denúncia vazia, daí não segue que qualquer um deve esperar que qualquer pessoa deva sofrer as consequências de quaisquer denúncias. Obviamente, em sociedades civilizadas, as pessoas e instituições só devem sofrer as consequências das denúncias sólidas, isto é das denúncias acompanhadas das provas suficientes e adequadas. E, de maneira igualmente óbvia, a credibilidade de um falante ou meio de comunicação é inversamente proporcional à quantidade de denúncias vazias apresentadas. Portanto, ainda que cada um possa denunciar vacuamente o quanto queira, desse tipo de comportamento segue a perda da credibilidade, não o contrário.
Enquanto tais provas não aparecem, a vantagem é toda do presidente Lula, pois afirmar que setores da mídia inventam estórias quando não apresentam provas de acusações que fazem é dizer a verdade.
Nada mais do que a verdade.
Pois é.
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SP e RJ promovem atos contra o golpismo midiático

Centro Barão de Itararé promove ato contra o golpismo midiático
COMPAREÇA AO ATO EM DEFESA DA DEMOCRACIA!
CONTRA A BAIXARIA NAS ELEIÇÕES!
CONTRA O GOLPISMO MIDIÁTICO!

Na reta final da eleição, a campanha presidencial no Brasil enveredou por um caminho perigoso. Não se discutem mais os reais problemas do Brasil, nem os programas dos candidatos para desenvolver o país e para garantir maior justiça social. Incitada pela velha mídia, o que se nota é uma onda de baixarias, de denúncias sem provas, que insiste na “presunção da culpa”, numa afronta à Constituição que fixa a “presunção da inocência”.

Como num jogo combinado, as manchetes da velha mídia viram peças de campanha no programa de TV do candidato das forças conservadoras.

Essa manipulação grosseira objetiva castrar o voto popular e tem como objetivo secundário deslegitimar as instituições democráticas a duras penas construídas no Brasil.

A onda de baixarias, que visa forçar a ida de José Serra ao segundo turno, tende a crescer nos últimos dias da campanha. Os boatos que circulam nas redações e nos bastidores das campanhas são preocupantes e indicam que o jogo sujo vai ganhar ainda mais peso.

Conduzida pela velha mídia, que nos últimos anos se transformou em autêntico partido político conservador, essa ofensiva antidemocrática precisa ser barrada. No comando da ofensiva estão grupos de comunicação que – pelo apoio ao golpe de 64 e à ditadura militar – já mostraram seu desapreço pela democracia.

É por isso que centrais sindicais, movimentos sociais, partidos políticos e personalidades das mais variadas origens realizarão – com apoio do movimento de blogueiros progressistas - um ato em defesa da democracia.

Participe! Vamos dar um basta às baixarias da direita!

Abaixo o golpismo midiático!

Viva a Democracia!

Data: 23 de setembro, 19 horas

Local: Auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (Rua Rego Freitas, 530, próximo ao Metrô República, centro da capital paulista).

Presenças confirmadas de dirigentes do PT, PCdoB, PSB, PDT, de representantes da CUT, Força Sindical, CTB, CGTB, MST e UNE e de blogueiros progressistas.

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Contra o golpismo midiático e em defesa da democracia

A União da Juventude Socialista (UJS) convoca os movimentos sociais do Rio de Janeiro para o ato "contra o golpismo midiático e em defesa da democracia".

O Ato será nesta quinta-feira, 23 de setembro, às 15 horas, em frente ao Clube Militar.

Neste mesmo horário o Clube Militar realizará com o Instituto Millenium um debate sobre "liberdade de expressão" com os jornalistas Merval Pereira (Globo) e Reinaldo Azevedo (Veja).

A sociedade sabe que o Instituto Millenium e o Clube Militar não possuem nenhuma credibilidade para falar em liberdade de expressão. Vamos mostrar para os golpistas que liberdade de imprensa não é o mesmo que liberdade de empresa.

Traga sua bandeira para defender a democracia!


Ato Político

"Contra o golpismo midiático e em defesa da democracia".

Local: Em frente ao Clube Militar (Av. Rio Branco, Nº 251, Centro, RJ).

Quando? Quinta-feira, 23 de setembro, às 15 horas.
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Liberdade de imprensa segundo o certeiro Brizola Neto

O privilégio de impressão dado pela nobreza e pelo clero, há cinco séculos, depois de evoluir para uma certa democratização com a pequena imprensa, que se multiplicava em pequenos jornais, no século 19 e começo do século 20, regrediu para a condição monopolista, à medida em que começaram a se formar os conglomerados de comunicação, nos últimos 50 anos.
No Tijolaço.
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Isto é uma vergonha



Pô, primeiro o Boris Casoy ofendeu os garis. Agora abriu processo contra bloguista que escreveu sobre o assunto. É triste ver o quanto um personagem tão mediocre pode causar tanto enjoo, náuseas e mal-estar.

Dizer que o figura se comporta de maneira lamentável é chover no Paquistão. Desrespeito a trabalhadores, constrangimento à opinião, abuso de espaço público (as ondas de rádio e TV são públicas) para a propagação incontestada no mesmo espaço de opiniões para lá de frágeis, carentes de fundamentos adequados (aqui a responsabilidade, em parte, é da Band, pois é ela quem gere de maneira tão desproporcional e tão despropositada sua grade)... Enfim, é duro ter que conviver com personagem tão pequeno tendo um espaço assim tão grande.

Mas imagino que a Band deva gostar, pois deve dar Ibope, e chamar patrocinadores, os quais pelo jeito curtem sua vinculação ao ódio, à ignorância e à mediocridade.

O bloguista que está sendo processado é Celso Lungaretti, e a postagem que incomodou o Casoy está aqui. Nela, Lungaretti nos conta um pouco da biografia do triste personagem merecedor do esquecimento, e nos fala da milionária repercussão, no YouTube, do video onde Casoy ofende garis. Um vídeo já foi visto quase 1,5 milhão de vezes (veja acima), outro, com o mesmo conteúdo, quase 700 mil vezes.

É claro que nenhuma entidade que representa jornalões e TVs do Brasil vai sair em defesa de Lungaretti, ou dizer que o processo movido pelo Casoy é uma vergonha, até porque tais entidades estão se lixando para a liberdade de opinião propriamente dita. E também é claro que ninguém em sã consciência espera tal coisa. Eis porque se propõe a denúncia do caso a órgãos internacionais. É por aí.

A notícia veio do Biscoito fino.
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Veja demite editor que critica fraude - os twits

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