Mostrando postagens com marcador Kassab. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Kassab. Mostrar todas as postagens

Para Folha, fiscal diz 'Prefeito [Kassab] sabia de tudo'. Mas fiscal diz 'Prefeitos' [Kassab e Serra]

Ronilson Bezerra Rodrigues
Ele acusa Serra, Kassab e Mauro Ricardo
de saberem de tudo


O auditor fiscal Ronilson Bezerra Rodrigues, preso sob acusação de liderar o grupo que cobrava propina para reduzir o ISS (Imposto sobre Serviços) de imóveis, diz num telefonema que o "secretário" e o "prefeito" com que trabalhou "tinham ciência de tudo", revela gravação da conversa obtida pela Folha.

Assimm começa matéria da Folha. E é verdade. A Folha reproduz até o áudio na matéria. Só que... Ronilson disse mais: " Chama o secretário e os prefeito (sic) ".

O secretário a que se refere é Mauro Ricardo (leia sobre ele aqui: Mauro Ricardo, que arquivou processo do desvio de meio bilhão de reais em SP, é homem de confiança de Serra desde 1995). Os prefeitos são José Serra e Gilberto Kassab.

A Folha escondeu Serra, no título e no corpo da matéria, mas deixou o rabo de fora, no áudio. Tudo lá, é só conferir aqui.

Abaixo, o trecho do áudio, que eu subi para o Youtube.





Madame Flaubert, de Antonio Mello

Clique para ver...

Mauro Ricardo, que arquivou processo do desvio de meio bilhão de reais em SP, é homem de confiança de Serra desde 1995




No último dia útil do ano de 2012, sexta-feira, 28 de dezembro, ao apagar das luzes da prefeitura Kassab, Mauro Ricardo mandou arquivar processo de investigação do esquema dos fiscais da prefeitura, revelado agora, que pode ter desviado R$ 500 milhões, meio bilhão de reais, dos cofres públicos de São Paulo. Ao ler isto, é bom não esquecer (porque a mídia serrista vai esconder o fato nas entrelinhas) que Mauro Ricardo era secretário de Kassab, porque era apadrinhado por Serra, seu Godfather. Acompanhe:

Mauro Ricardo Costa começou a trabalhar com José Serra em 1995, quando assumiu a Subsecretaria de Planejamento e Orçamento, no Ministério de Planejamento e Orçamento, comandado por Serra.

Quando Serra trocou de Ministério, passando a ser Ministro da Saúde, adivinhe quem foi chamado para assumir a presidência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa)? Ele mesmo, Mauro Ricardo.

Em 2005, quando Serra chegou à Prefeitura de São Paulo, chamou Mauro Ricardo para ser seu Secretário de Finanças.

Depois, Serra se elegeu governador de São Paulo. Enquanto esteve à frente do cargo, seu secretário de Estado da Fazenda foi Mauro Ricardo.

Como Serra perdeu a eleição presidencial para Dilma, não deixou seu protegido ferido na estrada, ao desamparo, e Mauro Ricardo passou a exercer a mesma função de secretário de Finanças que exercia na administração Serra, afinal, o paulistano sabe que Serra é Kassab, e vice-versa.



Madame Flaubert, de Antonio Mello

Clique para ver...

Serra e Kassab, uma dupla do barulho

Clique para ver...

Plano de Serra inclui projeto já fracassado na gestão Kassab

A implantação de faixas exclusivas para motos pode ser retomada caso Serra seja eleito. Está em seu programa de governo: "Estudar a implantação de novas motofaixas a partir da experiência das avenidas Vergueiro e Sumaré".

O plano de metas de Kassab prevê a criação de oito motofaixas, mas não só a meta não será cumprida como Kassab e seu secretário dos Transportes, Marcelo Branco, já deram declarações de que elas pioraram a segurança dos motociclistas. Serra cedeu à pressão de entidades de motociclistas e motofretistas, que reivindicam mais faixas exclusivas.

Falha
Clique para ver...

E a CPI não vai chamar Serra/Kassab/Richa?

A estratégia da mídia é igualar o petista Agnelo e peemedebista Sérgio Cabral ao tucano Maconi Perillo, esse último atolado até o pescoço no cachoeiragate. Para ser coerente com essa estratégia, devia-se acrescentar nessa seara os tucanos José Serra e Beto Richa, o aliado serrista Gilberto Kassab, além do homem forte do governo mineiro, Danilo de Castro.

Serra e Kassab foram mais generosos com a construtora Delta do que Cabral, além do contrato bilionário no lixo paulistano. Além disso, é incompreensível a conivência da mídia o tucano Beto Richa, o governador que tentava contornar a proibição dos jogos ilegais para o esquema Cachoeira no Estado do Paraná. E Danilo de Castro aparece nas gravações das negociatas de Cachoeira em Minas Gerais.

Mas qual a legitimidade da mídia pautar a CPI quando parte dela está sob suspeita por envolvimento com o esquema?
Clique para ver...

O namoro PT-Kassab na eleição paulistana

Nesse namoro do Kassab com o PT o único que perde é o segundo. O desgaste que alguns figurões petistas (Lula, principalmente) estão provocando na pré-candidatura do Haddad é totalmente desnecessário. A análise da aliança eleitoral deve ser puramente eleitoral, e menos ideológica. Quando soma, faz-se a aliança. Quando diminui, saí fora. E, nesse quesito, Kassab tem pouco ou nada a devolver para o PT na sucessão paulistana.

O seu partido é novo e, por essa razão, não tem horário eleitoral para turbinar a candidatura do Haddad. E o prefeito Kassab está com avaliação negativa altíssima, o que favorece uma candidatura de oposição. A atual conjuntura política da cidade de São Paulo é por mudança, não continuidade. Ou seja, não é ignorando os eleitores com campanha que preserve a administração municipal que o partido aumentará suas chances de vitória.

Não faz sentido o PT em São Paulo virar situação, deixando que os partidos de sustentação ao governo Serra/Kassab (PSDB, DEM e PMDB, principalmente) tenham a chance de ser a candidatura da mudança. Gabriel Chalita já percebeu esse vácuo. E, se o candidato tucano não for o Matarazzo (este não tem jeito de descolar da administração do Kassab), os tucanos também posarão de oposição, ou seja, mudança.

Se o objetivo do PT é ter uma boa base de sustentação no legislativo caso vença o pleito, quero enfatizar que não precisam se preocupar. Afinal, o PSD tem o DNA do peemedebismo e, dessa forma, irá fazer parte da base de qualquer governo (seja PT, PMDB ou PSDB). O PT não precisa absorver o custo antecipadamente.

Na análise política não podemos ser ingênuos. Nessa questão está óbvio que o jogo é muito maior que a eleição na capital paulistana. Existe uma disputa por espaços dentro do PT com olho em 2014, com reflexos na reeleição de Dilma e na sucessão do Estado de São Paulo.

Em verdade, os patrocinadores da aliança Kassab-PT avaliam que é possível ganhar as eleições com Haddad, mesmo carregando o custo Kassab (porque ele é ônus hoje, não bônus). E, com essa aliança e Haddad vencendo, o grupo que defende a pré-candidatura de Marinho ao governo paulista se fortalece, assim como aumenta as chances de uma ampla aliança. Os grupos da Marta e do Mercadante se enfraquecem.

Por outro lado, Dilma poderá oferecer um ministério para o Kassab, reduzindo o poder de fogo do PMDB no Congresso. Tal estratégia comporta riscos eleitorais para Haddad, porém, explica a movimentação de algumas lideranças petistas em torno do kassabismo.
Clique para ver...

Os limites do adesismo

Defesa do projeto PSD explica proposta de Kassab ao PT

Cláudio Gonçalves Couto, publicado no Valor Econômico

Se há algo que notabiliza como político o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, é a sua habilidade como articulador. Antes mesmo de ser guindado por José Serra à condição de alcaide da maior metrópole brasileira, Kassab já havia se destacado como o principal construtor do PFL paulista, organizando o partido pelo interior. Foi essa capacidade como negociador político, mais do que eventuais sucessos administrativos, que lhe renderam o posto de vice-prefeito na chapa demo-tucana e, depois, a reeleição, cindindo o PSDB. Seguiu nessa senda ao deflagrar uma defecção em massa do DEM, que teve como subproduto substancial a oportunidade de migração sem custos ou riscos para insatisfeitos de todos os matizes, tanto os desconfortáveis no barco da oposição como os incomodados em agremiações do campo governista. Nada mais fácil, já que o PSD não seria “de direita, de esquerda, nem de centro”, apenas oportunista.

A última cartada desta raposa foi a oferta ao PT de uma aliança nas eleições municipais paulistanas. O fato de seu partido ser um invertebrado ideológico, disposto a negociar com quem quer que seja, em princípio facilita as coisas. Mas isto não seria exatamente algo indispensável, já que a lógica coalicional do multipartidarismo brasileiro facilita todas as aproximações, a despeito de quaisquer origens programáticas que as agremiações possam ter tido. Isto fica evidente tanto pelo apoio do PP (partido do capitão Bolsonaro e sucessor da Arena da ditadura militar) ao governo da ex-guerrilheira Dilma Rousseff, quanto pela presença do PCdoB na administração kassabista em São Paulo. Nessa festa partidária brasileira, ninguém é de ninguém e todos são de todos; ou quase. Um dos limites mais claros para isto está nas alianças eleitorais entre os dois partidos polares do sistema nacional, PT e PSDB. Para esses dois, são interditadas as alianças nacionais, estaduais ou em municípios de primeira grandeza, embora sejam liberadas as coligações pelo interiorzão afora, onde a lógica da política nacional não faz sentido e a ideologia é uma língua estranha.

Aliança entre PSD e PT só interessa ao primeiro

Ao acenar publicamente com seu possível apoio ao PT no pleito paulistano, Kassab aumenta seu cacife numa negociação com os tucanos, seus parceiros de primeira hora. De quebra, facilita sua amizade com o governo federal. Contudo, para que tal proposta matreira seja politicamente levada a sério, é preciso considerar se tal aliança é proveitosa para o PT, já que o casamento não sai sem a anuência das partes. Fazendo-se as contas, faz muito pouco sentido, pois o prefeito paulistano não tem muito a oferecer, mas pode causar prejuízos. Vejamos.

Em primeiro lugar, o PSD não carreia tempo de TV para seus aliados (não mais do que 30 segundos), pois tendo sido criado após as últimas eleições congressuais, não obteve votos para deputado federal e, consequentemente, não pontua no critério de distribuição do tempo no horário eleitoral gratuito. Em segundo lugar, a administração de Kassab é mal avaliada pela população, como demonstram todas as pesquisas. Assim, contar com seu apoio mais tira do que atrai votos – como também foi demonstrado em recente pesquisa do Datafolha. Em terceiro lugar, o PT faz uma forte oposição à administração Kassab na Câmara Municipal e em outras instâncias, de modo que uma aliança obrigaria o partido a moderar seu discurso e, no limite, defender o aliado. Como explicar ao eleitor tal mudança de posição? E, se como afirmou Fernando Haddad ao Valor de ontem, candidatos não devem esconder seus aliados, seria muito difícil jogar Kassab para baixo do tapete.

Em quarto lugar, poder-se-ia alegar que Kassab barganharia a aliança eleitoral em troca do eventual apoio dos vereadores de sua base ao futuro prefeito petista, se eleito. Ora, mas há quem duvide que os vereadores que hoje apoiam o prefeito na Câmara, sejam ou não de seu partido, apoiarão qualquer um que for eleito, desde que recebam algo em troca? Portanto, uma oferta como essa apenas enganaria a ingênuos, que se dispõem a pagar por algo que já têm. Em quinto lugar, Kassab poderia barganhar o apoio do PSD à presidenta Dilma em troca da aliança em São Paulo. Mas vale aqui a mesma lógica dos vereadores: o PSD e seus deputados se dispõem a apoiar qualquer governo que atenda a seus pleitos no Legislativo.

O único ganho a ser auferido pelos petistas no caso de uma aliança com o PSD seria o isolamento de José Serra em relação a um de seus maiores aliados. Contudo, tal ganho é largamente sopesado pelos prejuízos que traz (como nas segunda e terceira razões aduzidas acima). Ademais, Serra já passa por um processo de isolamento dentro de seu próprio partido, tanto na frente nacional (com Aécio à frente), como na estadual (com Alckmin à frente). Para quê, então, gastar cartuchos importantes na aceleração de um processo que já está em curso por questões internas à disputa tucana? Faz mais sentido buscar uma aliança com o principal parceiro nacional, o PMDB, eliminando um adversário que também é ligado à educação, jovem e com forte potencial de crescimento (Gabriel Chalita). Ou então, repetir a tradicional aliança com o PCdoB, que possui um candidato bem situado nas pesquisas (Netinho de Paula) e que reforçaria a candidatura petista na periferia da cidade, oferecendo um contraponto à imagem de moço de classe média escolarizada de Haddad (apesar de sofrer forte rejeição).

Em suma, embora o assédio de Kassab ao PT seja um ato de esperteza política, ela faz muito mais sentido para o prefeito de São Paulo do que para o partido de Lula. Entretanto, como ele, apesar de engenheiro e muito matreiro, não é o único que sabe fazer contas, é pouco provável que tal aliança prospere.

Cláudio Gonçalves Couto é cientista político, professor da FGV-SP e colunista convidado do “Valor”. 
E-mail claudio.couto@fgv.br
Clique para ver...

Adesão é com eles mesmos!

Clique para ver...

Kassab e suas Pérolas: São Pedro é responsável pelas enchentes em SP

Jornal da Tarde, 12/01/11.
Clique para ver...

MAIS UM DEMO PRO SACO



O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (ex-PFL, antiga ARENA) e a vice-prefeita, Alda Marco Antonio (PMDB) tiveram seus mandatos cassados pela Justiça Eleitoral. A notícia completa pode ser lida aqui. Alguém gritou “pega ladrão” e não sobrou um, meu irmão.
Clique para ver...

Mídia, demos e a tragédia da Renascer

Em seu blog, Altamiro Borges publicou um post que evidencia mais uma vez a qualidade da mídia que temos. Se não fosse a Internet, que torna mais democrática a informação, não teríamos acesso às vozes como essa do artigo publicado logo abaixo. É a mídia tucano-demos, do candidato Serra 2010, dissimulando, escondendo aqueles políticos que estão por trás da Igreja Renascer. De fato, a mídia não quer mostrar que a Prefeitura de São Paulo, na gestão Kassab, fez vistas grossas na fiscalização do Templo da Renascer. E claro que também não quer que o eleitor paulistano saiba do ostensivo apoio da Igreja Renascer ao candidato do DEM. A Internet está aí para isso mesmo: para que possamos divulgar aquilo que a mídia comercial não mostra. Segue o artigo abaixo:

Do Blog do Miro

Mídia, demos e a tragédia da Renascer

Altamiro Borges

O sempre atento Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB e ex-deputado estadual, postou no seu blog uma notinha reveladora do caráter da mídia. “O Bispo Gê Tenuta, o responsável pela Igreja Renascer, já foi deputado estadual e hoje é suplente de deputado federal pelo DEM/SP. Parece, inclusive, que vai assumir o mandato. Não vi uma única linha que tocasse nesta condição política do religioso. A mídia não quer associar a tragédia, que resultou na morte de nove pessoas, com a prefeitura. Kassab e Bispo Gê são do mesmo partido. Tanto a prefeitura como os responsáveis da igreja descuidaram de itens essenciais à segurança dos fiéis”, registra o texto “empresário da fé”.

A manipulação da mídia, como alerta Nivaldo, é realmente impressionante. Se o tal bispo tivesse apoiado Marta Suplicy na eleição paulistana, com certeza o vínculo seria manchete dos jornalões e das revistas. O “colunista” Arnaldo Jabor, cuja esposa, Suzana Villas Boas, presta assessoria ao governador José Serra, teria feito suas gracinhas na TV Globo. Mas como o líder evangélico é do demo (ex-PFL), nem a sigla partidária aparece quando citam seu nome. As imagens de Kassab e Bispo Gê juntos em campanha sumiram do ar. Talvez nem as centenas de pessoas soterradas nos escombros do prédio inseguro da Igreja Renascer façam a devida ligação bispo-prefeito-demos.

TV Globo esconde a sujeira

A Renascer fez ativa campanha para Gilberto Kassab, apadrinhado do presidenciável José Serra. Engajado na campanha, o diretor-executivo de jornalismo da TV Globo, Ali Kamel, deu até uma trégua na guerra liderada pela emissora contra as igrejas evangélicas. Para livrar a cara do demo, ela deixou de alardear a prisão, nos EUA, dos fundadores da igreja, Sônia e Estevam Hernandes, acusados de desvio ilegal de dinheiro. Também abafou as investigações que apontaram Fernanda Hernandes, filha dos fundadores da Renascer, como “funcionária fantasma do deputado estadual Geraldo Tenuta, conhecido como Bispo Gê”, segundo relato do casal global no Jornal Nacional.Para interferir na batalha eleitoral, a mídia deixou de lado a “imparcialidade” nas apurações das irregularidades da Igreja Renascer – inclusive as que denunciaram o uso indevido de entidades assistenciais para enriquecer a instituição “religiosa”. Faz o mesmo agora, diante dos escombros do prédio e dos nove mortos, omitindo as relações do Bispo Gê com o DEM e o prefeito reeleito da capital paulista. A cada dia que passa, a mídia hegemônica se transforma no principal partido da direita no Brasil. O que ela chama de cobertura jornalística é, de fato, manipulação política.

Aero-Yeda e o silencia midiático

Outro caso emblemático desta distorção é o tratamento dado pela mídia à compra de um jato para governadora do Rio Grande Sul, Yeda Crusius. A tucana, que chafurdou o governo em inúmeros casos de corrupção, anunciou a aquisição do avião executivo orçado em US$ 26 milhões. Diante das críticas, ela rebateu: “Podem chamá-lo de Aero-Yeda, de Queen Air, do que quiserem”, em mais uma prova de inabilidade e arrogância políticas. A mídia, porém, parece que inocentou a governadora. Na Folha de S.Paulo foram publicadas apenas três notinhas, não houve destaque no Jornal Nacional. Bem diferente do escarcéu promovido contra o chamado “Aero-Lula”.

Até o blogueiro Ricardo Noblat estranhou as reações diante desta nova aquisição. “Quatro anos depois de criticar duramente o governo do presidente Lula pela compra do Airbus presidencial, integrantes do comando do PSDB se esquivaram de comentar a decisão da governadora do Rio Grande do Sul, a tucana Yeda Crusius, de também adquirir um jato para vôos internacionais”. O blogueiro, que também é colunista do jornal O Globo, só não criticou o vergonhoso silêncio da mídia hegemônica – por motivos óbvios.
Digite aqui o resto do post
Clique para ver...

O que houve de errado na campanha petista na eleição de São Paulo?

Uma primeira observação diz respeito à própria dinâmica eleitoral. Existem três tipos de campanhas eleitorais na ótica do candidato: (i) eleições perdidas, em que só um grave erro do adversário pode levá-lo à vitória (é o caso da candidatura petista em Curitiba); (ii) eleições possíveis de ganhar, mas deve contar com o erro do adversário e não errar na campanha, ou seja, o ganhador é aquele candidato que errar menos na formação de alianças e na campanha eleitoral; e (iii) eleições vencedoras, em que só um grave erro pode levar o candidato à derrota (Curitiba também é o melhor exemplo para o caso da candidatura de Beto Richa). Para complicar esse quebra-cabeça, existem ainda eleições que podemos chamar de continuidade (situação) e outras de mudança (oposição).

Tal cenário torna-se ainda mais complexo com o instituto da reeleição, que beneficia enormemente o candidato que tem a caneta na mão. Um ditado comum é que o candidato a um cargo executivo no Brasil é eleito para oito anos, mas com um referendo popular na metade do mandato quando a população tem a opção de repensar sua escolha, confirmando a escolha inicial ou escolhendo outro mandatário. Uma prova da força da reeleição para o candidato-mandatário é que todos eles conseguiram melhorar a imagem de suas administrações com as eleições. Mesmo as candidaturas perdedoras (é o caso de Serafim Almeida em Manaus), a avaliação do governo melhorou ao longo da campanha eleitoral. A construção de ampla aliança com grande tempo de televisão colaborou para melhorar a imagem de seus governos.

Como poderíamos classificar a eleição da capital paulistana? Sem dúvida nenhuma tratava de uma eleição possível de ganhar, mas com grandes dificuldades para um partido de oposição ao governo local. Uma dos complicadores é que também a eleição paulistana poderia ser enquadrada como de continuidade, muito embora a aprovação regular do governo local no início do período eleitoral.

No cenário da eleição paulistana, a candidatura da Marta não tinha o menor direito de errar. E ainda tinha que contar com o erro do adversário. A campanha de Marta começou bem, trabalhou com competência a redução da rejeição à candidata nas primeiras semanas de campanha. Foram os acertos de sua campanha que levaram a atingir 41% nas pesquisas em certo momento do primeiro turno, sendo que sua taxa de rejeição estava em 26%, contra 33% do prefeito naquela pesquisa. A pergunta a ser respondida é: o que mudou a partir desse pico eleitoral? De forma bastante simples, a campanha petista começou a errar sistematicamente, e a campanha de Kassab mostrou grande competência de exposição do candidato, exaltando suas realizações, minimizando suas fragilidades e reduzindo sua rejeição. Amparado por um grande tempo de televisão, Kassab melhorou significativamente a aprovação de sua administração, o que traduziu em votos para o candidato.

A campanha petista começou a errar bem antes da polêmica com relação às perguntas “é casado? Tem filhos?”. A campanha de Marta sabia que era muito difícil vencer no primeiro turno, e tal fato não mudou quando ela obteve uma taxa de intenção de votos recorde. Mas foi justamente a partir dessa época que a campanha de Marta perdeu seu eixo (que nunca mais foi encontrado). A constatação era de que Kassab era mais fácil de ser vencido que Alckmin no segundo turno. O problema era que ele estava em terceiro lugar e poderia ficar de fora do segundo turno. A campanha de Marta passou então a polarizar com Kassab, como forma de minar o candidato Alckmin. Esse movimento favoreceu enormemente o candidato Kassab destruindo a campanha alckmista. Ou seja, a forma que a campanha petista encontrou para minar o segundo colocado na época fortaleceu a candidatura anti-Marta de Gilberto Kassab. Marta e Kassab trouxeram realizações de suas gestões para estabelecer comparações, mas Alckmin só podia dizer que tinha sido bom governador e poderia ser bom prefeito. De fato, Alckmin tinha pouco a oferecer para o tipo de candidato que o eleitor paulistano buscava naquele momento.

O grande erro da campanha da candidata Marta foi abandonar uma estratégia eleitoral que a tinha levado ao maior patamar que obteve nas pesquisas, redução de sua taxa de rejeição e a conseqüente melhora em sua imagem. Além do mais, naquele instante ela pela primeira vez aparecia vencendo os adversários no segundo turno. A clara mudança na estratégia eleitoral com o intuito de enfrentar um candidato supostamente mais frágil no segundo turno (retrospectivamente já sabemos que a tese não era verdadeira) foi um erro colossal. A candidata petista precisava era chegar ao segundo com uma boa imagem pessoal e a campanha estava conseguindo esse resultado. A estratégia adotada não assumidamente naquele instante era de alto risco. Provou-se ao longo do resto da campanha que a polarização com Kassab elevou a avaliação de seu governo, e a conseqüente subida nas pesquisas, e aumentou consideravelmente a rejeição da petista, o que traduziu em queda em sua intenção de votos.

A campanha de Marta deixou de pautar as eleições, o que explica que problemas como trânsito sumiram da campanha, enquanto temas que incomodavam a candidata petista passassem ao centro do debate eleitoral. Um exemplo disso foi ressurgimento da questão das taxas e da saúde pública. É fato que o governo Serra-Kassab não tem muito o que mostrar com relação à saúde em São Paulo, mas têm uma avaliação melhor que da ex-prefeita. O curioso dessa história é que Marta teve que construir todo o sistema de saúde pública de São Paulo, que inexistia até então. Quando dizem que ela não fez nada, é bom lembrar que ela só municipalizou a saúde em São Paulo, não é pouca coisa, como bem lembrou o Blog do Bruno. Ou seja, a Marta tirou São Paulo do atraso e recomeçou do zero a implantação do Sistema Único de Saúde em São Paulo. A tarefa da prefeita Marta foi incomparavelmente superior a essa invenção privatista chamadas AMA (Assistência Médica Ambulatorial). São unidades de atendimento de baixo grau de complexidade administrados por terceiros. O atendimento continua ruim e precário. Não houve investimento em programas mais estruturantes como Saúde da Família ou Unidades Básicas de Saúde.

De fato, as duas últimas eleições em São Paulo foram dominados pelos paradigmas estabelecidos na gestão de Marta Suplicy. Assim como na saúde, na educação a eleição se dá em torno dos CEU de Marta, embora houve piora significativa na qualidade na gestão Serra-Kassab, principalmente com redução dos espaços para cultura e diversão dos jovens da periferia. No trânsito, a mídia simplesmente sumiu esse tema do debate, até mesmo porque foram abandonados os projetos que valorizavam o transporte público da época de Marta sem que nada fosse colocado no lugar. Mesmo o projeto Cidade Limpa, menina dos olhos do prefeito do DEM, teve início na gestão de Marta com a recuperação do centro, mas sendo aperfeiçoado e ampliado na gestão seguinte. O fato é que os paradigmas para a cidade de São Paulo continuam sendo dados pela ex-prefeita Marta Suplicy, mesmo sendo esta derrotada nas urnas. O inusitado nessa história é que o vencedor não traz idéias novas para São Paulo, mas apenas representa um projeto de menor radicalização (isto é, menor inclusão) daquilo que ele promete continuar ou aperfeiçoar, mas que não foi definido por ele, mas pela candidata derrotada.

A candidatura de Marta ao forçar uma polarização, com comparações, perdeu a chance de apresentar novas idéias e projetos para São Paulo. Ela trouxe o passado, que não era bom para ela, em vez de focar no futuro, muito mais promissor. Não adianta ficar batendo em ponta de faca. Ela perdeu em 2004, o jeito é aceitar e conviver com aquela derrota. Trazer o passado para melhorar a avaliação daquela gestão que supostamente teria sido injusta não faz qualquer sentido. O eleitor não quer ser considerado burro. Se descobrir que errou em 2004, ficará mais puto ainda com quem fez perceber esse erro. A comparação só fazia sentido se tivesse sido vitoriosa, mas não foi esse o caso. Agindo assim, a campanha perdeu o rumo e o resultado foram quedas continuadas nas intenções de votos e subida de sua rejeição. Até mesmo quando quis trazer para o debate o nepotismo do candidato e de seu suposto amante, fez isso de forma atrapalhada. Não soube explorar uma fragilidade do adversário com competência. Marta perdeu a oportunidade de melhorar sua imagem perante o eleitor paulistano, mesmo que isso não levasse a sair vitoriosa das urnas. O melhor é esquecer mais esse round, mas tirar as lições para batalhas futuras dos motivos que a levaram à derrota.

Clique para ver...

O vale-tudo da corrida eleitoral

É hipocrisia imaginar que na corrida político-eleitoral o vale-tudo não é a regra, mas a exceção. A campanha da Marta Suplicy em São Paulo errou na estratégia eleitoral ao abordar a vida privada do candidato Kassab, mas não quer dizer que a eleição é uma peleja entre mocinhos. É um erro permitir que a campanha eleitoral invada indevidamente a vida privada do candidato. Esse é apenas um princípio. Todavia, o maior erro em termos de estratégia eleitoral é que a campanha da Marta devia prever a reação negativa da mídia, apesar de estar aí uma grande hipocrisia.
Os petistas reclamam que a mídia sempre escancara a vida privada deles, mas quando acontece com seus adversários, essa mesma mídia insurge indignada. É público e notório que a vida privada de Lula e Marta Suplicy (só para citar alguns) foi e continua sendo invadida descaradamente pela grande mídia que a todo custo busca proteger a vida privada do candidato Kassab. Marta Suplicy foi e continua sendo vítima de preconceitos resultados da invasão de sua vida privada (algumas verdadeiras calúnias). Esse é mais um caso de indignação seletiva.
Estrategicamente, a candidata Marta Suplicy deveria ter reconhecido o erro no início, pedido desculpas, sem abandonar a estratégia de levar ao eleitor mais informação negativa sobre seu adversário. Seria uma escolha tática, e não tem nada a ver com a noção de certo ou errado. Aliás, em eleição a idéia de certo ou errado é bobagem. Tanto é verdade que contra o PT vale-tudo, e ninguém fica espantado.
Tudo indica que Marta Suplicy só viu o comercial depois de sua divulgação, mais tal fato não é atenuante para ela. A responsabilidade da campanha é sempre do candidato (a). Assim, ao perceber a repercussão negativa, a melhor estratégia é sempre reconhecer o erro, pedir desculpas e manter a estratégia de outra forma (desde que ainda se acredite que a estratégia possa surtir resultado eleitoral).
Uma maneira inteligente de abordar a suposta homossexualidade do candidato Kassab é questionar a existência da Secretaria de Desburocratização. Para que foi criada? Teria sido para abrigar na administração de Kassab o deputado Rodrigo Garcia? Quais os critérios que levaram sua escolha? No final, alguém acabaria levantando a questão do homossexualismo de Kassab, sem precisar que a campanha abordasse sua vida pessoal.

Também é importante questionar o estrondoso crescimento do patrimônio de Kassab desde que iniciou na política no governo de Celso Pitta. O comercial de Marta Suplicy traz essas questões, mas a mídia ignora, centrando somente na sua suposta indignação. Nesse episódio, a mídia sem pudor propaga que a candidata tem preconceito contra homossexuais. É o vale-tudo da mídia contra Marta Suplicy. Contra Marta Suplicy o vale-tudo é permitido.
Clique para ver...

O Mantra

Do Blog do Luís Favre, de 27 de agosto de 2008

“A petista é, entre todos os candidatos à prefeitura, a que tem a maior taxa de rejeição.”

Hoje no Blog de Josias (jornalista Folha de São Paulo)

Pesquisa Datafolha - Rejeição e intenção de voto

Comentário deste blogueiro: A frase do Josias de Souza, da Folha de São Paulo, fala por si só. É mais uma demonstração cabal da tentativa de manipulação escandalosa do jornalismo engajado para a direita do espectro político. É mentira deslavada, na maior cara de pau, o que dispensa maiores comentários. Depois ficam reclamando que o povo não é mais influenciado pela mídia. Esquecem de dizer que o povo foi colocado de lado pela mídia há muito tempo. E o povo sabe das coisas, não é bobo. Enquanto o PSDB paulistano com a candidatura de Alckmin critica a administração Kassab, que não deixa de ser do PSDB, Marta Suplicy continua subindo. Se até eles já perceberam que a administração não é essa coca-cola que a Folha tenta vender, fica difícil defender o governo tucano-demo da prefeitura de São Paulo.

Clique para ver...

Agora o jogo fica mais claro para o eleitor

A cientista política Fática Pacheco, em artigo publicado no Estado de São Paulo, faz uma análise do crescimento das intenções de voto da candidata Marta Suplicy (PT). Sua análise baseia-se na performance de Marta na mídia eletrônica e impressa no período pré-horário eleitoral quanto de sua sintonia com as preocupações dos eleitores paulistanos. Vale a pena conferir.

Agora o jogo fica mais claro para o eleitor

Fátima Pacheco Jordão

Embora só comece oficialmente depois de amanhã, o horário eleitoral no rádio e na televisão já teve um ensaio em agosto. A mídia, tanto impressa como eletrônica, fez uma opção diferenciada de cobertura, tratou de forma mais focada os problemas de eleitores nas suas regiões, elaborou diagnósticos e estimulou os candidatos a oferecer as soluções que propõem.

Em São Paulo esse processo foi ainda mais sofisticado, organizações civis até encaminharam aos candidatos perguntas sobre metas a serem alcançadas em cada distrito da cidade. Ou seja, há uma percepção geral de que o eleitor busca respostas mais precisas dos candidatos. E é nesse tom que o horário oficial eleitoral que começa vai ser formatado. A sintonia dos candidatos com esta pauta pôde ser acompanhada no noticiário de maior audiência na cidade - o SPTV2, da TV Globo. Na última semana, estimulados pela emissora, os candidatos discutiram saúde, coleta de lixo e segurança nos bairros.

Este ensaio prévio já rendeu resultados. Marta Suplicy, a primeira a apresentar programa completo de governo, virou o jogo antes da entrada do novo tempo da campanha. A pesquisa do Ibope, publicada ontem, mostra que ela ganhou pontos em quase todos os segmentos pesquisados e se coloca na perspectiva de poder ganhar a eleição no primeiro turno. O que seria inédito para essa complexa cidade, com seus graves problemas que todos sabem.

Os números mostram, efetivamente, uma forte aceleração das decisões na cabeça dos eleitores: os que não declinam nomes espontaneamente eram, em junho e julho, 40%. Caíram agora, nesta pesquisa Ibope, para 33%. Ou seja, cresce a parcela de eleitores com declaração de voto mais convicta, porque espontânea.

Quase todos os que consolidaram sua posição foram para Marta, que cresceu de 22% para 29%. Seus concorrentes mais diretos não mudaram. Alckmin fica no patamar anterior de 14% e Kassab no de 6%. Ou seja, apenas Marta Suplicy aproveitou as novas características da cobertura da mídia e consolidou, entre indecisos, boa parcela de votos. Ela respondeu mais convincentemente às questões sensíveis aos eleitores.

O mesmo ocorreu nas taxas de voto estimulado. Entre julho e agosto a dupla situacionista Kassab e Alckmin tinha 42% (média das pesquisas publicadas) e perdem agora 8 pontos (34%). Marta, com 41% agora, aumenta a distância de Alckmin para 15 pontos, claramente assumindo a liderança. Mais ainda, pela primeira vez na série publicada de pesquisas, ela tem taxas superiores a Alckmin nas projeções de segundo turno (47% a 42% respectivamente).

Os segmentos que mais mudaram de posição corroboram a hipótese de que a petista teve um desempenho, na mídia de massa, mais focado nos problemas da cidade e que fez uso mais produtivo do seu tempo na mídia. Seus concorrentes ainda perderam espaço para discutir quem tem o apoio de quem e vazaram para o eleitor tensões internas de seus partidos, gerando obviamente insegurança no eleitorado.

Observando o comportamento de diferentes segmentos através do voto espontâneo, a candidata do PT avança 5 pontos no total e soma 29% do eleitorado, cresce 13 pontos entre os menos escolarizados, segmento que já liderava - chega agora a 38%; cresce 8 pontos entre mulheres (antes liderado por Alckmin) e acumula 30% e ainda cresce 8 pontos (chega a 33%) entre jovens eleitores, até então majoritariamente indefinidos.

Quanto ao voto estimulado, em que o entrevistado lê um cartão com a lista de candidatos, a petista ganha 7 pontos, tirando-os de Alckmin e Kassab, e avança mais nos segmentos já citados. Estes saltos são coerentes com a ampliação da campanha na mídia de massa, a incorporação ao debate dos segmentos de mais baixa renda ou escolaridade e a falta de foco no eleitor dos seus principais oponentes.

Marta consegue uma superação notável, entre eleitoras, segmento que Alckmin ainda sustentava. Esta rodada da pesquisa Ibope mostra um giro importante entre as mulheres, passa de um empate anterior (Alckmin 35%, Marta 32%) para uma liderança considerável (Marta 43%, Alckmin 28%).

Os segmentos onde Marta mais cresceu são os mais estratégicos porque tradicionalmente mantêm taxas mais altas de indefinição até as vésperas da eleição e só consolidam sua escolha com o horário eleitoral no rádio e na TV. Neste ano não será diferente, pesquisas qualitativas em curso têm captado esta tendência. Ninguém brinca em serviço nesta fase da campanha. Marta e Kassab têm mais tempo de rádio e de televisão e ambos, administradores testados na cidade, têm mais o que defender, propor e contrapor. A comparação de suas administrações será o grande referencial na cabeça do eleitor.

Alckmin, com menos tempo, vai precisar ampliar para argumentos de ação e de propostas o pilar que mais o sustenta até o momento: uma boa imagem pessoal - o menos rejeitado dentre os candidatos. O jogo não está todo na mesa, mas vai agora depender da tela.

Publicado na edição do dia 17/08/2008 de O Estado de S. Paulo.
Clique para ver...

Marta lidera corrida pela prefeitura paulistana

Pesquisa do Datafolha publicada na Folha de São Paulo neste domingo, 30 de março de 2008, realizada pelo Datafolha, aponta que a ministra do Turismo Marta Suplicy (PT) subiu 4 pontos, chegando a 29%, contra 28% de Geraldo Alckmin (PSDB) e 13% do prefeito Gilberto Kassab (DEM). A pesquisa é a primeira realizada após a definição da candidatura da ministra do Turismo, contando com o apoio do presidente Lula.

O Datafolha também apontou que o deputado federal Paulo Maluf (PP) teria 8% dos votos e deputada federal Luiza Erundina (PSB), 7%. Na pesquisa, Paulinho da Força (PDT) aparece com 3%, enquanto a vereadora Soninha (PPS) e o deputado federal Aldo Rebelo (PC do B) aparecem com 1% dos votos. Os postulantes Ivan Valente (Psol) e Zulaiê Cobra (PHS) ficaram abaixo de 1% das intenções de voto. Os votos brancos e nulos ficaram em 7% e 2% dos eleitores não souberam opinar.

Outros Cenários
A pesquisa Datafolha também apontou outros cenários. Sem a participação de Paulo Maluf (PP), Alckmin lidera com 30%, contra 29% de Marta Suplicy (PT). Kassab sobe para 15% e Erundina aparece com 9% das intenções de voto. Sem Luiza Erundina, Marta Suplicy sobe a 30%, Alckmin fica com 29% e Kassab aparece com15%, Maluf fica com 9%. Num cenário sem Maluf e Erundina, Marta e Alckmin aparecem com 32% das intenções de voto e Kassab fica com 17%. Na pesquisa espontânea, 15% dos eleitores escolheram Marta, 11% votariam em Kassab e 8% em Alckmin, 3% em Maluf e 1% em Erundina.

Segundo Turno

Segundo a pesquisa Datafolha, no segundo turno Alckmin derrotaria Marta por 53% a 41%. Kassab também seria derrota por Alckmin por 59% a 27%. Marta venceria Kassab por 53% a 37%. Marta Suplicy é a que apresenta maior índice de rejeição, 29%. Alckmin tem rejeição de 15%, e Kassab ficou com 27%. O maior índice de rejeição é Paulo Maluf, 51%. Erundina aparece com 23% de rejeição.

Aprovação do prefeito

Sobre a aprovação do prefeito Gilberto Kassab (DEM), a taxa de ótimo/bom ficou em 38%, contra 35% de 14 de fevereiro. É o melhor índice desde o início do seu governo. A porcentagem dos que avaliam seu governo como ruim/péssimo também cresceu, passando de 23% para 27%. Outros 31% consideram seu governo regular, ante 38% da última pesquisa.

A pesquisa entrevistou 1.089 eleitores nos dias 25 e 26 de março e a margem de erro é 3%, para mais ou para menos.

Avaliação da Pesquisa Datafolha

Segundo o diretor-geral do Instituto Datafolha, Mauro Paulino, “há um rigoroso empate entre os dois” (Marta e Alckmin). “Nas pesquisas anteriores, não era tão claro. Havia uma leve vantagem de Alckmin. Hoje, não existe mais”, completou Paulino, acrescentando em seguida que, “se a eleição fosse hoje, não seria possível fazer um prognóstico”.

Segundo Paulino, a tendência de crescimento de Marta pode ser expressa na evolução da pesquisa espontânea (sem apresentação dos nomes dos potenciais candidatos).

Em novembro, ela aparecia com 7% da preferência, enquanto Kassab contava com 10%. Agora, quatro meses depois, ela tem 15% contra 11% do prefeito. Em comparação com fevereiro, ela passou de 10% para 15%. De novembro para cá, Alckmin passou de 4% para 8%.“Esse crescimento revela que a exposição que a ministra teve no intervalo de duas pesquisas deu resultado”, avalia Paulino.
O Datafolha também apontou que Marta teve uma variação positiva em todos os segmentos de eleitores em comparação a fevereiro. O crescimento mais significativo aconteceu entre os eleitores com renda familiar mensal superior a dez salários mínimos. Marta passou de 15% para 24%, um aumento de nove pontos percentuais.
Também com 24%, Kassab teve a mesma variação (de nove pontos) entre esse eleitorado. Foi nesse estrato que Alckmin registrou sua maior queda: 12 pontos. Em fevereiro, o tucano tinha 40% entre os eleitores com renda familiar superior a dez mínimos. Agora, tem 28%. Marta teve uma variação positiva de quatro pontos entre os entrevistados com renda de cinco a dez mínimos. Alckmin, uma oscilação negativa de três pontos percentuais.

A pesquisa também registra um aumento significativo de Marta entre os eleitores com nível médio de escolaridade. Nesse segmento, ela passou de 26% para 34%. Alckmin, por sua vez, sofreu uma queda de cinco pontos, de 32% para 27%. Em comparação a fevereiro, a petista também apresenta um crescimento de seis pontos entre os eleitores de 16 a 24 anos, faixa em que tanto Kassab como Alckmin tiveram uma queda de cinco pontos.

Comentário do blogueiro: A melhora na avaliação da ministra Marta Suplicy era aguardada. O caos no trânsito de São Paulo é apenas o reflexo do abandono de políticas públicas de transporte público de massa – para os pobres e a baixa classe média – iniciadas na gestão de Marta Suplicy. A gestão Serra-Kassab (PSDB-DEM), ao abortar a política martista sem colocar outra no lugar, combinada com a ausência de investimentos nos corredores de transporte, é o principal responsável pelos congestionamentos gigantescos que assistimos nos últimos dias. Enfim, a Marta Suplicy não era tão ruim assim. A desastrada administração dos governos do PSDB e DEM a nível municipal e estadual, por mais que a imprensa tenta esconder e proteger, está cada dia mais evidente. Além da agenda negativa que assombrou as candidaturas de Alckmin (só falta fazer a conexão entre as obras apressadas do metrô de Alckmin e o caos no trânsito) e Kassab, o aumento da exposição da ex-prefeita funcionou. Dias atrás vazou que pesquisas qualitativas feitas sobre a candidatura Marta Suplicy mostram que ela venceria em qualquer cenário. Isso ainda não está refletido nas pesquisas. Mas o fato é que o desgaste administrativo do prefeito e as brigas internas no PSDB devem ajudar a candidatura de Marta.
Clique para ver...
 
Copyright (c) 2013 Blogger templates by Bloggermint
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...