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O jornalismo de simulacros


Por Washington Araújo no Observatório da Imprensa em 7/9/2010

– Que é a verdade? – disse zombando Pilatos e não esperou pela resposta.

Assim começa Bacon seu Ensaio sobre a Verdade. E Pilatos tinha mesmo razão em não esperar pela resposta: as duas correntes filosóficas dominantes na época – o Epicurismo e a doutrina da Nova Academia – concluíam pela não existência de uma resposta plausível para a questão. Os séculos passaram e encontramos, resistindo ao tempo, a confissão súplice e ardente de Santo Agostinho: "Ó Verdade, Verdade! Quanto intimamente suspiram por ti as medulas de minha alma!" E faltam muitos devotos de Agostinho em nossas redações.

O jornalismo brasileiro que já não era muito assertivo terminou a semana passada vestido em forma de grande ponto de interrogação. Aquela coisa improdutiva e entediante de investigar antes de publicar a matéria foi solenemente escanteada. Estamos sob o império do "grande Se", sob o domínio do "achismo" desde as coisas mais banais até às mais importantes para o país.

Às favas com a busca da verdade, com as declarações de princípios a invocar reiteradas vezes um simulacro de isenção, imparcialidade, busca incessante pela objetividade jornalística. É como se as primeiras páginas dos jornais, seus espaços nobres e vistosos se transformassem do dia para a noite em editoriais alagadiços, transbordando de uma seção a outra, de uma editoria a outra, irrompendo em colunas de notas políticas, avançando por sobre o colunismo social e até mesmo impregnando o espaço dos leitores com a opinião amplamente expostos em cataclísmicos editoriais e repercutidos ao longo da edição. Ufa! Mas não fica por aí: essa semana teve até o vazamento do áudio do apresentador do Jornal da Globo, William Waack, em que mandava Dilma Rousseff calar a boca.

Atos sórdidos

Há poucos dias tratei neste Observatório da angústia irreprimida da grande mídia pelos tais fatos novos, algo que realmente pudesse quebrar a espinha dorsal da continuidade política que vem se desenhando no horizonte, embalada que é por resultados de pesquisas de opinião praticamente unânimes. E, na falta de fatos novos, vamos de fatos velhos mesmos – afinal, se potencializa isso e aquilo, monta-se imensa colcha de retalhos com restos de escândalos antigos, menos antigos e relativamente novos e, quem sabe?, teremos algo que responda prontamente ao se procurar por seu nome: "Fato novo! Venha aqui! É pra você, fato novo!"

E assim tem sido com o chamado caso da violação do sigilo fiscal de cinco personalidades ligadas ao PSDB, sendo uma a filha do candidato José Serra e também um primo da mulher do candidato. Descobriu-se no mesmo par de dias que foram quebrados os sigilos fiscais de outras 315 pessoas, incluindo-se na numerosa lista o empresário Samuel Klein, dono da Casa Bahia e a da apresentadora da TV Globo, Ana Maria Braga.

O estardalhaço, como previsível, tem seu foco nas figuras do mundo político. É sobre essas cinco pessoas que tanta tinta é gasta, tanto papel é impresso, tanto espaço midiático é concedido e estendido até não mais poder. Quanto aos demais 315, que bem podem ser cinco centenas e meia de pessoas, a indignação não é suficiente para preencher o espaço de nota de rodapé. Tal é a realidade com que nos defrontamos.

Os inquéritos estão todos engatinhando, mas as sentenças finais já foram proferidas há bastante tempo pelos tribunais encastelados em nossas principais redações de jornais, emissoras de rádio e de tevê. A sentença que vem sendo propalada apresenta muitas variações para a não mais que duas conclusões:

1. Os sigilos fiscais das cinco personalidades ligadas ao PSDB foram deliberadamente quebrados com o intuito de favorecer a campanha presidencial de Dilma Rousseff, fazê-la avançar nas pesquisas de opinião pública e, concomitantemente, prejudicar a postulação presidencial de José Serra;

2. Estes atos sórdidos e cafajestes foram adredemente pensados, planejados e executados com conhecimento e aquiescência do comitê que coordena a campanha governista.

Uma coisa ou outra

O que falta é a prática daquilo que atendia pelo nome de bom jornalismo. O caso atual seguirá aos anais da crônica política brasileira como aquele em que a grande imprensa privilegiou a cobertura por ela mesma proferida para o caso, e seu poder imenso para relatar o necessário e indispensável processo de investigação que caso de tal monta continua a ensejar. E são muitos, numerosos, os fios desencapados nas repartições da Receita Federal em Mauá e em Santo André, municípios da grande São Paulo. Um roteiro minimamente razoável poderia ser seguido por jornalistas não-togados para desvendar o cipoal de contradições que o caso apresenta. Se perguntado por algum estudante de jornalismo não hesitaria em prescrever os seguintes passos:

** Refletir sobre o caso em si. É grave? Sim, gravíssimo. E a potencialização pela grande imprensa não seria menos grave. Não é papel da imprensa partidarizar o objeto de sua cobertura. E no presente caso é exatamente isso o que ocorre: as manchetes da manhã seguem direto para a propaganda política do principal beneficiário do affair.

** Há que se retroceder na agenda política do Brasil a setembro de 2009. Estabelecer com o distanciamento crítico possível qual era o quadro político nacional de então: Aécio Neves estaria descartado da indicação tucana para concorrer à presidência da República? Se não, por que algum familiar do então governador mineiro não teve seu sigilo fiscal violado?

** Conceder o benefício da dúvida antes de convocar o pelotão de fuzilamento. Há que se responder objetivamente a algumas questões elementares: e se Dilma Rousseff for completamente inocente? E se o seu partido não tiver qualquer participação com a violação dos sigilos? E se o assunto estiver mesmo restrito à esfera penal e não à esfera político-eleitoral?

** Há que se refletir sobre a ação do PSDB junto ao TSE visando cassar o registro da candidatura governista. Tal ação demonstrou o elevado grau de belicosidade que se busca injetar em uma campanha com tudo para ser modorrenta. Do início ao fim. E recebeu até nome: "Ação Bala de Prata". Não fosse a firmeza combinada com a serenidade do ministro do TSE Aldir Passarinho e teríamos o país de pernas pro ar. Não se publicou qualquer análise minimamente aprofundada sobre as implicações de tal investida oposicionista.

** Há que se levantar também o outro lado dessa história. A começar por esta singela questão: e se a gestação do atual escândalo foi premeditada, planejado com bastante antecedência para surgir como fato novo com poder de fogo capaz de levar a eleição do primeiro para o segundo turno?

** Há que se buscar a motivação da candidata governista ao desejar – ainda em setembro de 2009 – recolher de forma ilegal, e flagrantemente criminosa, informações contidas na declaração de renda de Verônica Serra, a filha do então governador paulista José Serra.

** Há que se descobrir a motivação para bisbilhotar o sigilo fiscal de Eduardo Jorge Caldas Pereira, vice-presidente do PSDB e de outros quadros do partido. O mesmo quando apresentadora Ana Maria Braga e o empresário Samuel Klein.

** Há que se notar que, no caso específico da quebra do sigilo de Verônica Serra, surgiu uma procuração falsificada da primeira à última letra e que tem como personagem central o hoje notório contador Antonio Carlos Atella. Notícias dão conta que o personagem carrega consigo perfil inequívoco do clássico estelionatário. Afinal trata-se de cidadão que chegou a possuir não apenas um CPF, mas cinco CPFs e que, sem papas na língua, pretende vender por bom dinheiro informações sobre seu modus operandi e, em suas palavras, "com essa estória vou me arrumar". Seria importante levantar a vida pregressa do atilado contador, vasculhar seus computadores, devassar sua vida profissional sempre com o devido respaldo legal.

** Projetar o presente caso no futuro buscando um padrão. Por exemplo, analisar sobre que ações poderiam proteger a sociedade brasileira da ação de delinqüentes interessados em turvar o processo eleitoral.

Uma coisa é certa: ou a imprensa se contenta em ser imprensa ou então desiste disso e funda uma agremiação política. Diretrizes partidárias não faltariam, a começar pela visceral defesa da liberdade de prensa, de imprensa, de empresa. O desafio seria saber delimitar uma de outra.



Arte: Bad News
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Qual a influência dos escândalos políticos?


Por Marlos Mello* no Observatório da Imprensa - 07/092010

A discussão de mídia exige muitíssima atenção. Não é fácil e devemos ir devagar. O poder de uma notícia ou de um comentário pode soar um julgamento irrevogável e por isso é necessário cuidado no instante que um apresentador expõe os fatos. Entretanto, não são apenas os apresentadores que ficam à espreita de um furo político. Na verdade, há, atualmente, analistas políticos de plantão esperando na porta das emissoras de televisão para dar o seu veredicto sobre os assuntos do momento. Mas, isso é assunto para outro artigo.

Seguidamente, semana passada, noticiou-se o fim da emenda eleitoral de 1997, que proibia a sátira e comentários mais "salgados" a respeito dos candidatos nos últimos três meses de campanha eleitoral. Porém, antes de você se dizer contra ou favor, é importante questionar o motivo da existência dessa proibição: de fato, o que faz a nossa sociedade se organizar em regras? Em certas ocasiões, parece que é coerente afirmar uma posição totalmente libertária, principalmente quando nos referimos à imprensa.

Os currículos e a imagem

Sim, caro leitor, essa busca é louvável e todos lutamos por ela. Todavia, sabemos que nossa sociedade ainda é muito "dependente" dos julgamentos morais dos meios de comunicação e de seus comentaristas. Não me entenda mal, por favor: não estou dizendo que as pessoas não têm o direito de dizer "não, não é bem assim, não foi assim que aconteceu". Sim, todo cidadão tem esse direito, mas não tem esse espaço nos meios de comunicação. Ou seja, há o direito de informação, onde acessamos os diferentes lados dos acontecimentos, porém quem escolhe as manchetes do dia? E a pauta dos noticiários? E a ênfase conotativa na hora de divulgar os fatos? Quem não se lembra das crônicas indiscretas de Alexandre Garcia nos anos 90? Onde ele não media as palavras durante os comentários e, não vamos tão longe, quando certos programas, atualmente, apresentam quadros sensacionalistas que parecem tentar associar continuamente a imagem do político a sinônimo de corrupção?

A pergunta que estamos nos fazendo durante esse artigo é semelhante à que muitos analistas políticos têm feito: por que discutimos tanto escândalos políticos nas mais diferentes campanhas eleitorais e esquecemos de debater outros temas, tão ou mais importantes? Contudo, sabemos que a simples suspeita de um escândalo pode desencadear um escândalo. E é nesse sentido que a mídia exerce um papel importante, segundo Vera Chaia, o de tornar público o escândalo, onde se expressa a desaprovação por aquela transgressão, oferecendo um campo amplo para a articulação de um discurso moralizador e reprovador. Dessa forma, a notícia representa o acontecimento em uma espécie de realidade filtrada pelas escolhas subjetivas do jornalista e de sua editoria.

O contexto eleitoral brasileiro é forjado nas projeções de marketing e pesquisa, como já mostramos no artigo do dia 31/08. No entanto, as campanhas eleitorais representam uma espécie de encruzilhada de caminhos diferentes. Os candidatos costumam assumir posições contundentes com o objetivo de convencer o eleitor que este é o "seu momento", ou seja, a grande oportunidade de fazer algo, realmente importante, pela nação. Por isso, os currículos devem ser impecáveis e a imagem tão bem exposta, porém observamos que as dificuldades de governar estão, geralmente, associadas intimamente ao modelo de desenvolvimento econômico e social do país. Quer dizer, de nada vale formarem-se dissidências e conglomerações de grupos pertencentes a "A" ou "B", pois a simples sensação de bem-estar de grande parte da população já expressa a sua vontade.

A arte de governar

No dia 3 de setembro o presidente Lula disse algo muito interessante, que vale a pena ser trazido à tona mais vezes porque, além de tudo, representa o motivo deste artigo: "A arte de governar é conhecer as necessidades do povo, chamar a sociedade para participar da consolidação das políticas públicas, e não ter preconceitos nem medo de ouvir as demandas populares", afirmou o presidente.

O campo político, assim como os campos jurídico, religioso e o jornalístico, expressam campos de forças e de disputas, servindo de ambientes férteis, onde os candidatos que souberem se aproximar e perceber as necessidades do povo e, principalmente, chamar as pessoas para discutir as soluções para os seus problemas, ganham legitimidade para governar. Essa legitimidade não é sobreposta a uma imagem, simplesmente, quase alegórica e fantasiosa, mas fundamentada na prescrição do que a população percebe e sente diante daquele que se apresenta para representá-lo.

Enfim, para finalizar, queremos argumentar que o discurso jornalístico se constrói, assim como qualquer outro, sob a luz da parcialidade. Ele pretende-se imparcial, escondendo-se sob a máscara da objetividade moral e eticamente aceita pela sociedade. Entretanto, a linguagem empregada busca, de algum modo, apresentar a postura e a visão de mundo do seu interlocutor ou patrocinador. 

*Psicólogo
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O Tracking Vox Populi/Band/iG aponta Dilma com 56% das intensões de voto e Serra com 21%. Por essas e outras, que circulam notícias sobre possível ataque midiático em diversos blogues,  ação essa apelidada de "bala de prata".
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Banrisul/Operação Mercari, Espionagem de dentro do Palácio Piratini e uma edição de jornal vergonhosa

Em dias bonitos, ensolarados, quase primaveris, como foi a segunda-feira, dia 6 de setembro, é recomendável a leitura de lixo. Por mais chocados que fiquemos com tal leitura, a beleza do dia aplaca o mal estar gerado por notícias, fotos, enquadramentos publicados no panfleto de extrema-direita chamado Zero Hora.

Depois de um final de semana em que o público leitor teve seu direito à informação negado pela família Sirotsky, sócia majoritária do Grupo RBS, que responsável pelo impresso que é uma afronta ao termo jornalismo, a Zero Hora estampa uma foto de capa da governadora [com perdão da má palavra] Yeda Rorato Crusius [PSDB], dançando com o representante do que há mais de retrógado no RS: Carlos Sperotto, presidente da Farsul.


Não é um mimo de cena? A Operação Mercari , da Polícia Federal, na quinta-feira, dia 2 de setembro de 2010, desbarata uma quadrilha de desvio de dinheiro público no Banrisul, via contratação de publicidade e prende o superintendente de Marketing do banco, Walney Fehlberg. Na sexta-feira, dia 3 de setembro, é preso o sargento César Rodrigues de Carvalho, lotado na Casa Militar do governo, que fazia a segurança pessoal de Yeda.

Nada disso mereceu destaque nessa segunda-feira. Pelo contrário, o Grupo RBS lançou mão da campanha "vamos limpar a barra da Yeda e da BM com miminhos". E lá vem a contracapa:


E tem mais! No miolo, para quem leu o embuste errebesseano, ao invés de desdobramentos da Operação Mercari, o anúncio de ação contra a União pela diretoria do Banrisul, devido às supostas "repercussões" da ação da Polícia Federal, que teria abalado a imagem do banco. A existência de uma qaudrilha no Banrisul está dentro da normalidade do novo jeito de governar. Tivesse o Governo Yeda mais cuidado com a imagem da instituição, pessoas, como Walney Fehlberg, jamais teriam sido nomeadas para o cargo. O mal se corta pela raiz, afirma o dito popular.

A imagem da BM seria positiva, se, a mando dessa desgovernadora,   não se prestasse a bater em movimentos sociais, que se manifestam de acordo com a Constituição Federal. Muito menos permitiria que, na corporação, houvesse um quadro que se prestasse a ser espião dentro do Palácio Piratini. Uma coisa é fazer serviço de inteligência, a fim de resguardar a Consituição do país. Outra coisa é espionagem, sabe-se lá a mando de quem e a que propósitos. 

Mas, para a família Sirotsky e acionistas, a postura do candidato da Unidade Popular pelo Riogrande, Tarso Genro [PT] é a única que destoa desse maravilhoso mundo encandato, onde a princesa dança com o príncipe na frente dos súditos, na maior cara de pau, depois de dois escândalos consecutivos, que abalaram  o meu palácio.  Tarso, para estragar a festa, sempre alguém do PT, denuncia que espionar é grave .Frente a danças e sorrisos de felicidade da capa e da contracapa, é o único "mau humorado" da edição: onde já se viu quebrar a harmonia dos deuses com um tom tão pesado de suas palavras?, devem ter pensado.

Por fim, seguindo a regra do Instituto Millenium e da senhora Maria Judith Britto, não poderia faltar uma paulada na campanha da candidata Dilma Rousseff e no PT em especial. Nota de capa.

Ou seja, a suposta espionagem pela Receita Federal da conta da filha de José Serra [PSDB], factoide produzido nos instestinos da campanha tucana, para avacalhar com a Dilma e com o PT e, de quebra, com Tarso, nesse pasquim errebesseano, é mais importante que a espionagem apurada pela Procuradoria do Estado, que foi engendrada dentro do Palácio Piratini!

É bom frisar, que a decadência de impérios foram precedidas de fatos como estes estampados em Zero Hora do monopólio midiático Grupo RBS. Fiel às origens de uma empresa que nasceu e crexceu sob às bençãos do autoritarismno, a RBS continua agindo como nos tempos áureos da censuira. Só que, agora, essa censura vem de dentro da própria empresa, acompanhada, o mais grave, de manipulação grosseira dos fatos. Ou seja, além de omitir, mentem. E tentam se passar como um ente apartidário e imparcial, mesmo tendo saído de seus quadros, aquilo de que pior chegou ao poder no RS, após a era do arbítrio: Britto, Fogaça, Yeda.

Como se lê, só em dia lindo pra não se azedar frente a tanta desfaçatez publicada em forma de notícia.

E a pergunta que não quer calar: onde encontramos dados sobre o total aplicado em Zero Hora das verbas publicitárias do Banrisul?


Com informações do RSurgente e Sul21. Imagens: Zero Hora.
Revisto e atualizado em 7/9/2010 às 18h33min.
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Jornal Nacional divulga mais uma mentira


O Jornal Nacional da Rede Globo tem que se retratar, por ter divulgado notitica mentirosa, ainda mais, que poderia ter confirmada a informação antecipadamente.Ainda mais, se considerarmos todas as facilidades de averiguação que a Internet proporciona.
Isso não foi jornalismo! Isso foi golpismo em cadeia nacional.

Segue a nota do Partido dos Trabalhadores de SP publicada no Viomundo:

Antonio Carlos Atella Ferreira é o contador acusado de quebrar o sigilo fiscal de Verônica Serra.

NOTA DO PT-SP SOBRE SUPOSTA FILIAÇÃO DE ANTONIO CARLOS ATELLA FERREIRA

Diante das notícias veiculadas por órgãos de imprensa acerca da filiação do Sr. ANTÔNIO CARLOS ATELLA FERREIRA ao Partido dos Trabalhadores (Diretório de Mauá – São Paulo), o DIRETÓRIO ESTADUAL DE SÃO PAULO DO PARTIDO DOS TRABALHADORES vem de público esclarecer que:


1. Foi apresentada ao Diretório Municipal do PT de Mauá, em outubro de 2003, proposta de filiação do Sr. ANTÔNIO CARLOS ATELLA FERREIRA;


2. Ocorre, porém, que ao ser escrita ou digitada a solicitação de filiação, o seu nome foi grafado de forma incorreta, encaminhando-se, em decorrência disso, aos órgãos competentes da Justiça Eleitoral, o pedido de registro de filiação em nome de ANTÕNIO CARLOS “ATELKA” FERREIRA;


3. Em decorrência de não existir compatibilidade entre o nome constante do pedido de registro de filiação e os documentos eleitorais firmados em nome de ANTÔNIO CARLOS ATELLA FERREIRA, a Justiça Eleitoral deixou de efetivar o registro da filiação;


4. Desde então, o Sr. ANTÔNIO CALOS ATELLA FERREIRA nunca procurou os Dirigentes do Diretório de Mauá para corrigir a situação da sua filiação junto a Justiça Eleitoral. Da mesma forma, ele nunca participou de qualquer órgão de direção partidária, nem de qualquer evento, seminário, reunião ou atividade promovida pelo Diretório, não tendo nunca cumprido quaisquer obrigações estatutárias estabelecidas para os nossos filiados, nem mesmo sequer comparecido para votar em quaisquer dos nossos processos eleitorais internos;


5. Assim, o Sr. ANTÔNIO CARLOS ATELLA FERREIRA, por não ter tomado qualquer iniciativa para regularizar o registro da sua filiação, acabou por ter o seu nome excluído, pela Justiça Eleitoral, do quadro de filiados do Partido dos Trabalhadores, não tendo ainda em momento algum, ao logo de todos estes anos, participado minimamente da nossa vida partidária. Desse modo, tanto perante a Justiça eleitoral como para o Partido dos Trabalhadores, ele não é considerado como integrante do nosso quadro de filiados.


São Paulo, 3 de 0utubro* de 2010


EDINHO SILVA
Presidente Estadual do PT

*Setembro 
*Atualizado em 18/06/2011.
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Gen. Petraeus convoca a imprensa pró-guerra


Norman Solomon, Commondreans*

Já é história: em meados de agosto de 2010, o comandante do exército dos EUA no Afeganistão lançou gigantesca campanha de mídia, para impedir qualquer retirada significativa das forças militares, no próximo verão.

Na 2ª.-feira, imediatamente depois de o Gen. David Petraeus ter dado longa entrevista no domingo, ao programa “Meet the Press” [Encontro com a imprensa], da rede de televisão NBC, para promover o esforço de guerra, o jornal New York Times publicou, em primeira página, a entrevista que o general dera ao próprio jornal, e noticiou que o general “sugeriu que resistirá a qualquer tipo de retirada rápida ou em grande escala, das forças norte-americanas”.

De fato, o general apenas comentou que poderia vir a opor-se a qualquer redução no nível das tropas dos EUA que estão no Afeganistão no período de um ano. Sobre a entrevista à NBC, o Times comentou que “Petraeus pareceu estar deixando aberta a possibilidade de não recomendar qualquer tipo de retirada de soldados norte-americanos no próximo verão.”

Na mesma 2ª-feira, o Washington Post também publicou uma linha sibilina sobre Petraeus que, repentinamente, parece extraordinariamente empenhado em dar entrevistas; para o Post, “Petraeus continua a apoiar a decisão do presidente Obama de iniciar a retirada no próximo mês de julho, mas disse que é cedo demais para definir o tamanho da retirada”. O jornal observou que “a presença do general em Cabul, não no quartel-general do Comando Central dos EUA em Tampa, dá força extra à sua voz, para reduzir a retirada, se escolher essa via.”

“Reduzir a retirada” significa manter a máquina de guerra girando com força máxima.

Sejamos bem claros sobre o que está acontecendo. O alto comando do exército no Afeganistão – evidentemente com pleno apoio da Casa Branca – desencadeou feroz blitz pela imprensa, para detonar qualquer possibilidade política de qualquer retirada daqui a um ano. A pleno galope, montado na imagem de que seria um “militar civil”, Petraeus está no comando de um movimento estratégico, com a imprensa, para manipular o que deveria ser processo democrático para decidir questões de guerra e paz.

E quem é, em última instância, o responsável por esse movimento manipulatório e antidemocrático? O comandante-em-chefe.

Muito suspeita e perigosamente, a ofensiva de imprensa de Petraeus foi posta em andamento poucos dias depois de o porta-voz do presidente Robert Gibbs ter comprado briga contra a ala progressista do Partido Democrático – o grupo que tem feito empenhada oposição à guerra no Afeganistão.

Mais de quarenta anos depois de o presidente Johnson ter usado a expressão “nervous Nellies” [aprox. “as nervosinhas”; na cultura norte-americana, corresponde à imagem de mulheres superansiosas, assustadiças, excessivamente preocupadas com a família] para desmoralizar o número crescente de Democratas que se manifestavam contra a guerra do Vietnã, a Casa Branca de Obama agora obra para desmoralizar os dissidentes progressistas, com expressões como “a esquerda profissional”[1].

Semana após semana, o presidente Obama sacrifica incontáveis vidas e bilhões de dólares a serviço do que Martin Luther King Jr. chamou – noutro momento de enlouquecido e horrendo esforço de guerra dos EUA – de “a loucura do militarismo”. Naquele momento como hoje, a Casa Branca pôs lenha na máquina de guerra do Pentágono, na ânsia de parecer forte e escapar às acusações de fraqueza, dos Republicanos.

Embora a história não seja igual ontem e hoje, repete-se e rima. Como um réquiem.

Hoje, como nos tempos finais do Dr. King, a guerra está em franca escalada, enquanto as vozes que se calam coniventes, ou que gritam a favor da guerra são vistas como sábias, prudentes. Quem não concorda e se cala, como sempre, é cúmplice.

O problema mais imediato que o governo e o Pentágono enfrentam é obterem, para a guerra, o aval da opinião pública. Por isso é hora, agora, de falar contra os esforços de um general comandante para fazer de uma nação, rebanho de ovelhas, e nos arrastar, todos, para mais guerra. Não importa quem trabalhe para persistir na loucura do militarismo. Temos de resistir.

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[1] Sobre isso, ver “Casa Branca desabafa contra ‘a esquerda profissional


* Norman Solomon é jornalista, historiador e ativista pacifista. Membro do grupo Fairness & Accuracy In Reporting (FAIR), em http://www.fair.org/index.php?page=100 .
Tradução Vila Vudu
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Casa Branca desabafa contra a “esquerda profissional”


Tradução: Caia Fittipaldi

10/8/2010, Sam Youngman, The Hill
http://thehill.com/homenews/administration/113431-white-house-unloads-on-professional-left

A Casa Branca está furiosa com as críticas que tem recebido da esquerda norte-americana, para a qual o presidente Obama estaria mais preocupado com os negócios do que com a pureza ideológica.

Em entrevista a “The Hill”, em sua sala na Ala Oeste, o secretário de imprensa da Casa Branca Robert Gibbs criticou duramente os militantes da esquerda-do-contra, os quais, disse ele, jamais estão satisfeitos com o que o presidente faça.

“Ouço esse pessoal dizer que o presidente é igual a George Bush. Parecem drogados”, disse Gibbs. “Parecem doidos.”

O secretário de Imprensa usou, contra a “esquerda profissional”, termos muito semelhantes aos usados pelos adversários de Obama na direita ideológica. Disse que “Só estarão satisfeitos, quando tivermos nos EUA o sistema público de saúde do Canadá, e quando o Pentágono tiver sido extinto. Não trabalham com dados de realidade.”

Dos que reclamam que Obama bajula os centristas em questões como a reforma da Saúde, Gibbs disse: “Não parariam de reclamar, nem se Dennis Kucinich fosse presidente.”

A Casa Branca, sob fogo constante dos inesperados inimigos de esquerda, tem-se sentido frustrada pelas opiniões, nos noticiários noturnos da televisão a cabo que reúnem vozes da esquerda, e nos quais Obama e seus principais assessores, como Rahm Emanuel, são diariamente execrados por não ter optado por um sistema público de saúde; por ainda não ter fechado a prisão de Guantánamo; e por, até agora, não ter posto fim à proibição de homossexuais assumidos nas Forças Armadas.

A esquerda norte-americana tem criticado Obama e sua equipe por se aproximarem cada vez mais do centro e por ter barganhado na negociação política da reforma do sistema de saúde, pelo resgate dos grandes bancos, pela regulação financeira pouco exigente e pelo pacote de $787 billhões de estímulo à economia, o qual, para algumas dessas vozes de esquerda, deveria ter sido maior.

Semana passada, Rachel Maddow, da rede MSNBC, descreveu David Axelrod, conselheiro político de Obama, como um “pretzel humano”, pelo modo como explicou a posição do governo sobre o casamento de homossexuais. Axelrod explicou que Obama opõe-se ao casamento de pessoas do mesmo sexo, mas apóia benefícios iguais para parceiros homossexuais.

A Casa Branca também está frustrada por estar sendo atacada por grupos políticos de esquerda, como o Progressive Change Campaign Committee (PCCC), que arrecada dinheiro para campanhas de candidatos e causas de esquerda.

Adam Green, um dos fundadores do PCCC, já criticou Obama por ter manifestado “mentalidade de perdedor” no debate sobre a reforma da saúde; e tem criticado o presidente e Emanuel por não se terem empenhado mais para incluir a opção pela saúde pública, na legislação final aprovada. O grupo tem publicado matéria paga em jornais, acusando Obama de ignorar o desejo dos milhões que o elegeram, em troca do apoio da senadora Olympia Snowe, Republicana do Maine.

Atualmente, o PCCC pressiona Obama para que indique Elizabeth Warren, heroína da esquerda dos EUA, como primeira presidente da nova agência de proteção ao consumidor criada pela “Reforma de Wall Street”.

Apesar de visivelmente decepcionado, Gibbs não citou nenhum nome dos detratores da Casa Branca.

Green escreveu em declaração distribuída por e-mail, na 2ª-feira à tarde: “Quando os Republicanos opuseram-se ao pacote de estímulo e quando Joe Lieberman opôs-se a opção pela saúde pública, que eram, de longe, as opções mais populares, o presidente deveria ter partido em caravana pelos estados, pedindo apoio para as políticas que os eleitores desejavam. Em vez disso, rendeu-se sem luta.”

Os duros comentários de Gibbs refletem frustração e perplexidade, da Casa Branca, que acredita ter feito muito na linha das teses que a esquerda sempre defendeu.

Em 18 meses de governo, Obama já aprovou a reforma da saúde, a reforma financeira e a legislação que garante pagamento equivalente para homens e mulheres em funções idênticas, dentre outras leis sempre desejadas pela esquerda norte-americana.

Obama prepara o fim da guerra do Iraque, e o fim das operações de combate está previsto para o final de agosto.

Aumentou a representação feminina na Suprema Corte, com a nomeação de duas juízas, uma das quais, a primeira hispânica. Mesmo assim, vários grupos de esquerda criticam-no por não ser suficientemente de esquerda.

“Fizemos 1001 coisas”, disse Gibbs, que então lembrou-se de incluir o Iraque e a reforma da saúde.

Para Gibbs, a “esquerda profissional” não representa os cidadãos norte-americanos progressistas que se organizaram, fizeram campanha, arrecadaram dinheiro e, por tudo isso, conseguiram eleger Obama.

Os verdadeiros progressistas, disse Gibbs, não são os esquerdistas de Washington, e “vivem na América profunda”. Esses são gratos pelo que Obama já conseguiu, num país com a economia destroçada, sob cerrada oposição do Partido Republicano e em pouco tempo.

No início do verão, Obama procurou contato com a esquerda – inclusive, convidou Maddow e outros jornalistas e blogueiros de esquerda para um almoço privado.

No final de julho, Obama fez uma aparição surpresa, por vídeo, com a ajuda de Maddow, na convenção dos “NetRoots” em Las Vegas, onde a esquerda profissional reunira-se para coordenar seus discursos de desapontamento com o presidente.

“Espero que vocês dediquem um momento e considerem o que já conseguimos”, disse Obama, a um público que dava sinais de impaciência. “E ainda não terminamos.”

A falta de compreensão, ou de reconhecimento, pelos feitos do governo Obama tem levado Gibbs e outros a uma espécie de desilusão irada.

Larry Berman, professor de ciência política da University of California-Davis e especializado em análise do desempenho presidencial, disse que também o surpreende que a esquerda dos EUA não entenda o quanto custou a Obama a aprovação das reformas, até aqui, nem reconheça como mérito a ação pragmática do presidente.

“Mas a ironia disso tudo”, continuou Berman, “é que a frustração de Gibbs apenas comprova que a oposição conservadora foi muito bem-sucedida na operação para minar a aprovação popular do presidente”, disse Berman. “Do ponto de vista de Gibbs, e do ponto de vista da Casa Branca, eles deveriam estar mais empenhados agora, isso sim, em reconquistar a confiança das pessoas que, supõem eles, teriam alguma obrigação de ser compreensivas, gratas e elogiosas.”

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Seminário analisa cobertura da imprensa gaúcha e nacional

O Seminário "Mídia Livre x Mídia Corporativa: nas Entrelinhas da Comunicação" foi um verdadeiro sucesso de público, tanto presencial quanto virtual. Transmitido ao vivo pela Rádio Web Putzgrila, o debate realizado [no dia 22/06] a Assembleia Legislativa, contou com a
audiência de mais de 2,5 mil internautas, atingindo além de outros estados - como Paraná, São Paulo e Minas Gerais - países como Estados Unidos e México.

Organizado pela Secretaria de Formação Política do PT-POA, o evento teve como objetivo discutir os rumos da imprensa no Rio Grande do Sul e no Brasil. Elmar Bones, do Jornal JÁ, Marco Aurélio Weissheimer, do Blog RSUrgente, e Maria Helena Weber, Profª. Dra. da Faculdade de Comunicação da UFRGS trouxeram importantes contribuições para a análise do tema. A mediação ficou a cargo de Cláudia Cardoso, do Blog Dialógico.

Cláudia abriu os trabalhos ressaltando que estamos vivendo um período importante em matéria de acesso à informação. Em função das novas tecnologias, avalia, é possível buscar outros mecanismos de conhecimento. "Há uma proliferação do próprio público, que antes apenas recebia a informação, agora está criando suas próprias mídias populares e produzindo conteúdo também", disse ela.
"Mídia se encaminha para outra derrota ao não querer reconhecer crescimento da Dilma"

Elmar Bones falou das derrotas que a grande mídia tem sofrido ao tentar coagir a opinião pública. Citou como exemplo a campanha que fizeram contra o governo Lula na questão do mensalão. "A intenção da mídia era derrubar o governo, desmoralizar. Mas o fato é que Lula saiu praticamente ileso, tanto que se reelegeu em seguida", afirmou.

O jornalista acredita que isso tenha acontecido por duas razões: pelas características pessoais do presidente Lula e pela ajuda dos movimentos sociais. "Esse apoio que teve dos movimentos sociais o blindou contra a farsa da mídia", disse Elmar, prevendo nova derrota com a candidatura de Dilma Rousseff.

"Desde o início se posicionaram contra. É um questionamento 'anti', que objetiva desgastar. Não vejo o debate das ideias", analisou. Para ele, a mídia não consegue sequer reconhecer o que as pesquisas estão mostrando: "Dilma subindo e Serra caindo".

Ao analisar o cenário estadual, Elmar lembrou da cobertura feita com relação ao projeto de lei que prevê a venda do terreno da Fase. "Trata-se de outra derrota", afirmou. A imprensa sempre tratou o assunto como se fosse uma reformulação da Fase.

"A Zero Hora fez praticamente uma campanha pela venda do terreno. Mas a reação aconteceu: tanto pelos moradores do terreno, quanto pela campanha organizada na Internet. Ou seja, mesmo a mídia mantendo a defesa o projeto naufragou. Este é mais um exemplo concreto da situação que vivemos. Esses grupos ainda são hegemônicos, mas estão sofrendo um desgaste muito grande".

Para o diretor da JÁ Editores, responsável pela publicação do jornal JA Bom Fim/Moinhos e pela Revista JÁ, a mídia não vai mudar se não surgirem alternativas concretas que as façam perder audiência e levem a mudar seus próprios métodos. "A mudança que precisa acontecer na comunicação é muito profunda: falo de método de trabalho, de organização, de relação dos trabalhadores. Isso só vai acontecer se nós tivermos fora das grandes empresas experiências de comunicação que tragam novos caminhos", finalizou.

Jornalismo cidadão

"É hora de a gente abandonar esse conceito de mídia alternativa, que esta muito ligado à ditadura militar". Foi com esta frase que Weissheimer iniciou sua intervenção. De acordo com ele o que se vê hoje é o surgimento de um "jornalismo cidadão", onde blogueiros e twitteiros fazem comunicação de qualidade diariamente.

Responsável pelo blog RS Urgente, Marco endossou os comentários feitos anteriormente por Elmar Bones sobre a cobertura envolvendo o terreno da Fase. Ele recordou a forma como o movimento de blogueiros se engajou na campanha pelo veto ao projeto, trazendo ao debate a informação de que a área do terreno representava a metade do Morro Santa Tereza.

"Quando surgiu esta informação o debate mudou, porque não se tratava mais de qualquer terreno. Isso representou uma guinada na disputa política e simbólica", avaliou, acrescentando que esse tipo de experiência já é uma realidade no Rio Grande do Sul. "Do ponto de vista midiático, não custou um centavo essa informação. Nossa mobilização municiou toda uma luta, agregou valor político ao debate e provou que não se trata mais de uma intervenção alternativa. É um espaço consolidado".

Segundo o jornalista, "blogueiros não são mais átomos isolados. Trata-se de um grupo construindo um futuro coletivamente. Uma força midiática e política concreta". Outro exemplo recente da força midiática através das redes sociais, segundo Marco, diz respeito à campanha organizada contra o narrador da Rede Globo Galvão Bueno no twitter.

Embora o otimismo, Marco não acredita no fim da mídia corporativa. "Nosso desafio daqui em diante é - além de denunciar - produzir informação de qualidade e de interesse público. O caso da Fase é um exemplo disto".

Dispersão da informação

O embasamento teórico da discussão ficou para o final, com a intervenção de Maria Helena Weber, Profª. Dra. da Faculdade de Comunicação da UFRGS. Ela falou da preocupação que tem com a dispersão da informação, que hoje é individualizada.

Questionou, também, as estruturas de comunicação dos 3 poderes - legislativo, judiciário e executivo -, que, de acordo com Maria Helena, são imensas e geraram um conceito chamado mídia das fontes, onde o jornalista ao invés de questionar, se abastece dessas informações. "Idéia de um grande leviatã, onde o Estado poderoso é que tem a capacidade de interagir com o cidadão".

Ela finalizou afirmando não ser tão otimista quanto ao futuro da imprensa. De acordo com a professora, "a grande mídia está refazendo o seu modo de se comunicar e por isto está enfrentando um grande embate e está sendo obrigada a seguir este grande processo".

Por Tatiana Feldens - Asscom PT-POA

Foto: Blog do Adeli

Tatiana Feldens
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Números do debate sobre a Mídia

Dia 22/6 no plenarinho da Assembléia Legislativa, foi realizado um debate sobre a mídia, onde estiveram presentes mais de 60 pessoas entre jornalistas, estudantes, profissionais da área, blogueiros, twitteiros e outros, além de quase 2,5 mil internautas que estavam ouvindo pela Rádio Web Putzgrila.

O debate foi ouvido, além da região metropolitada de Porto Alegre, por internautas de Caxias, Santa Maria, São Luiz Gonzaga, Uruguaiana e Bento Gonçalves no RS, mas também em Sao Paulo, Campinas, Guarulhos, Piracicaba, Londrina, Cascavel, Campo Mourão, Cuiabá, Ouro Verde - MG, Formiga - MG e em Hollywood, na Flórida.

O PT de Porto Alegre está de parabéns por esta grande iniciativa de realizar um grande debate.

O áudio está disponível para baixar, clicando AQUI.




Fonte e imagens: Buracos da Baltazar
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Seminário Nas Entrelinhas da Comunicação


Visando debater os rumos da imprensa em nível estadual e nacional, a Secretaria de Formação Política do PT-POA promove no próximo dia 22 de junho, às 19h, no Plenarinho da Assembleia, o seminário "Mídia Livre x Mídia Corporativa: nas Entrelinhas da Comunicação".

Trata-se de mais iniciativa do Diretório Municipal na busca pela reflexão sobre o caráter informativo e formativo que a imprensa tem sobre a sociedade.

"Queremos discutir o papel dos meios de comunicação no Rio Grande do Sul e no Brasil. Sabemos que há uma inovação muito grande com a internet, que possibilitou a democratização da informação. Mas também sabemos que as mídias tradicionais ainda são preponderantes e elas, por sua vez, ao invés de informar, afirmam como se fossem verdades as notícias", analisa o Secretário de Formação Política, Assis Brasil.

O Seminário será aberto ao público e contará com 3 palestrantes: Marco Aurélio Weissheimer, do Blog RS Urgente, Elmar Bones, do Jornal JÁ e Maria Helena Weber, Profª. Dra. Da Faculdade de Comunicação da UFRGS. A mediação ficará a cargo de Cláudia Cardoso, do Blog Dialógico.

Serviço
O que: Seminário de Comunicação
Quando: 22 de junho
Hora: 19h
Onde: Plenarinho da Assembleia
Outras informações: 3211 4888


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Viúvas da Ford

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A lorota da FORD por Kayser

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NOVOS ARES NA INTERNET - APRESENTAMOS O SUL 21



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Acabou-se o mistério. Na próxima segunda-feira, 10 de maio, por volta das 21 horas, entrará “no ar” o portal Sul 21, um jornal virtual diferente de tudo o que você já viu.
Como já anotou Marco Weissheimer, do RS Urgente, “os conceitos básicos que orientarão a linha editorial e o posicionamento do Sul 21 são os seguintes: foco predominante em temas políticos (entendendo a Política aí com “P” maiúsculo); qualidade da informação; busca de rigor na análise; postura crítica frente às desigualdades; permanente busca de diálogo, pluralidade e interatividade. O Sul 21 será um veículo de comunicação baseado em novas mídias colaborativas da Internet 2.0. O foco do jornal será a discussão sobre questões relevantes para o desenvolvimento da sociedade no Século 21, especialmente política e cultura, através de um olhar crítico em relação aos significados trabalhados pela mídia tradicional. Disputará qualidade e referência política, a partir de uma abordagem com humor, inteligência e colaboração”.
Como se vê, não é pouca coisa. A propósito, o próprio Weissheimer é um dos repórteres especiais do portal. O outro é ninguém menos que Elmar Bones, em cuja ficha corrida consta ter sido um dos fundadores do antológico Coojornal.
Não pretendemos aqui estragar as surpresas. Mas podemos adiantar que o Sul 21 conseguiu formar uma invejável seleção de craques, entre jornalistas, articulistas, intelectuais, blogueiros, humoristas e profissionais da imagem. O comando estará a cargo de Vera Spolidoro, jornalista de raro tino, que também assinará uma coluna.

Aí, você já deve estar perguntando aos seus botões: “tá, mas eu também poderei colaborar?”. Poderá, sim. O endereço para correspondência está logo abaixo, no final desta postagem. “Tá, mas vai estar no Twitter, no Facebook e no Orkut?” – você continuará indagando. Sim, sim e sim, responderemos. Aliás, o Twitter do Sul 21 já está fervendo aqui.
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Saia na frente e marque o Sul 21 em seus favoritos. E anote o endereço para correspondência: redacao@sul21.com.br
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RETOQUES FINAIS



























Já está quase tudo pronto. Aguarde o dia 10.
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