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O andar de cima faz a festa para Marina

Tales Faria, do Blog dos Blogs
Há muito tempo não se vê uma candidatura presidencial surgir com apenas 3%dos votos e ser tão saudada pela imprensa, como o possível lançamento donome da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva. Algo parecido, talvez,tenha sido o aparecimento de Guilherme Afif Domingues em 1989, acho quepelo PL. A turma do andar de cima ficou eufórica com o Afif, mas, como elenão emplacou, tentou-se o “choque de capitalismo” do tucano Mario Covas e,depois, houve o embarque na canoa de Fernando Collor de Mello.
Neste fim de semana, mal surgiram as especulações de que Marina deverá sairdo PT para o PV, ela já foi capa das revistas Época e IstoÉ. Na primeira,adianta-se simplesmente a possibilidade de a moça ocupar o Palácio doPlanalto, sob o título Marina presidente?. Na segunda, a chamada da primeirapágina, ao lado da foto da provável candidata, festeja: O Brasil não é só PTe PSDB.
A bem da verdade, no plano regional, a candidatura de Fernando Gabeira aprefeito do Rio, curiosamente pelo PV, também teve o apoio entusiástico eimediato dos mesmos que agora comemoram o nome de Marina. E, de fato, Gabeiracresceu durante a campanha até chegar ao segundo turno. Não é improvável queMarina também cresça, embora não seja seguro apostar que ela ultrapasse ocandidato tucano, José Serra, ou a preferida do Palácio do Planalto, DilmaRousseff (PT), nem mesmo outra alternativa do campo governista, o deputadoCiro Gomes (PSB-CE).
Segundo pesquisas do Datafolha divulgadas neste fim de semana, Serra continualiderando a disputa, com 37% das intenções de voto do eleitorado; Dilma contacom 16% e Ciro, com 15%. Acima de Marina estaria ainda a ex-senadora HeloísaHelena, do PSOL, com 12% da preferência dos entrevistados. Então por quetanta festa em torno de Marina Silva?
Porque o andar de cima aposta que a entrada da candidata ecológica, antes demais nada, preenche o vazio de uma candidatura feminina na oposição, emcontraponto à governista Dilma, já que a expectativa é que Heloísa Helena sevolte para Alagoas. Uma substituição até bem mais palatável para osconservadores do que a ex-senadora alagoana. A ecologia deixou de ser um temade propriedade da esquerda, como foi nos anos 60 e 70, e passou a transitarpor todas as ideologias. O PV de São Paulo, por exemplo, é dominado porpolíticos de direita acusados de fisiologismo, Gabeira teve o apoio do DEM, olíder do partido na Câmara é o deputado Sarney Filho (MA).
Também porque a candidatura de Marina, mesmo que não chegue a lugar algum,parece ter grande potencial para conquistar votos no campo das esquerdas.Mas, principalmente, porque o aparecimento de Marina embaralha um jogo queestava se encaminhando para o desenho proposto pelo presidente Luiz InácioLula da Silva: eleições polarizadas entre Dilma e Serra apenas, o quetornaria a campanha plebiscitária. Nesse quadro, o Palácio do Planalto temapostado que o grande tema a ser posto na mesa seria a comparação entre ogoverno Lula e o governo anterior, do tucano Fernando Henrique Cardoso.
Segundo o Datafolha deste fim de semana, a avaliação do governo Lula está em67% para ótimo/bom, 25% para regular e apenas 8% para ruim/péssimo. Emoutubro de 2002, o Datafolha captou uma avaliação positiva (ótimo/bom) dogoverno Fernando Henrique Cardoso em apenas 23% dos entrevistados.
Ou seja, a polarização apontaria para uma luta desigual, uma verdadeirasurra, creem os lulistas. Mas bastou Marina Silva aparecer, e o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) voltou a colocar sua candidatura na rua, declarando queestá mesmo mais propenso a disputar a Presidência da República do que ogoverno de São Paulo, e que, se Marina “aceitar a convocação do PV, elaimplode a candidatura da Dilma”. Não é certo que imploda a candidaturaDilma, mas tem tudo para implodir a tese da polarização.
Mas fica uma pergunta no ar: e o outro lado? Marina rouba votos da esquerda,mas também rouba votos entre eleitores do PSDB e do DEM. Sua permanência nadisputa, junto com Ciro Gomes, praticamente garante que haverá um segundoturno, em que inevitavelmente a campanha se polariza. Ou seja, estaria-seapenas adiando a polarização. Mais nada.
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DATAFOLHA: SERRA lidera disputa por 2010 com 38%

Do Portal do IG

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), lidera a disputa pela Presidência da República em 2010 com 38% das preferências em uma pesquisa estimulada, com 18 pontos de vantagem sobre o principal adversário, o deputado federal Ciro Gomes (PSB), que ficou com 20% das intenções de voto, aponta pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira.

O levantamento foi feito entre os dias 25 e 27 de março, com 4.044 pessoas nas principais cidades do País. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos para cima ou para baixo.

A dois anos e meio da eleição, Serra aparece como favorito nos cenários em que é apresentado como o candidato do PSDB - com taxas que variam de 36% a 38% de preferência. De acordo com a pesquisa, Ciro Gomes é hoje o mais competitivo da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Neste cenário, estariam ainda, além de Serra e Ciro, Heloísa Helena, do PSOL, com 12% das preferências, e Marta Suplicy com 8%. Os votos em branco, nulo ou nenhum corresponderam a 16% e 9% dos entrevistados afirmaram não saber em quem votar. Serra teria o melhor desempenho no Sul do País, com uma votação que pode variar entre 43% a 45% dos eleitores.

Em um cenário em que Serra não aparece, a pesquisa mostra que Ciro teria a preferência de 31% das pessoas consultadas; Heloísa Helena, do PSOL, viria em segundo lugar, com 19% dos votos, seguida do governador Aécio Neves (PSDB-MG), com 15%. Dilma Roussef, a ministra da Casa Civil da Presidência da República, viria em quarto lugar, com 4%.

Dilma, neste cenário, alcançaria maior votação, de 8%, entre os eleitores com renda familiar mensal superior a 10 salários mínimos.

No terceiro cenário, Serra teria 38% dos votos, contra Ciro Gomes com 21%, vindo a seguir Heloísa Helena, com 15%, e Patrus Ananias, com 1%.

Em outro cenário em que Serra não participa e disputariam a corrida eleitoral Ciro Gomes, Heloísa Helena e Aécio Neves, Ciro ficaria com 28% dos votos, Heloísa Helena com 17%, Aécio Neves com 14% e Marta Suplicy, 11%.

Em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, outro levantamento já apontou que ele alcançou a maior popularidade em seus cinco anos e três meses de governo, com aprovação de 55% dos consultados. A aprovação de 55% é para ótimo e bom, 33% para regular e 11% para péssimo.

Comentário do blogueiro:

Ainda é muito cedo para um prognóstico mais realista para 2010. Serra ainda não obteve sua candidatura dentro do PSDB, mas a percepção da maioria é de que é candidato. Aécio Neves tem atuado com desenvoltura nos bastidores, podendo atrapalhar os planos do governador paulista. Mas não é percebido pela maioria como candidato. E o nível de desconhecimento do eleitorado é bem maior.

Além disso, o PT não tem candidatura percebida pelo eleitor, mas certamente terá candidato e chegará a um patamar que, na pior hipótese, estará acima dos níveis de Heloisa Helena, do PSOL. Além disso, os nomes de Dilma, Patrus e mesmo Tarso Genro, são poucos conhecidos do eleitorado. Marta Suplicy é mais conhecida, mas ainda tem grande espaço para crescer nas regiões norte e nordeste. Nada impede que surjam outros nomes – Fernando Pimentel (prefeito de BH), Fernando Haddad (ministro da Educação) e Jacques Wagner (governador da Bahia) não podem ser totalmente descartados. Tudo isso complica a análise dos cenários colocados.

Ciro Gomes (PSB) é o que melhor aparece nas pesquisas no campo governista. É hoje o político mais popular do nordeste depois de Lula. Enfrenta uma resistência em São Paulo e no sul do país, mas tem boa aceitação em Minas e Rio de Janeiro. Seu principal obstáculo é o tempo de televisão menor e a estrutura partidária pequena e fragmentada. O chamado bloquinho – PSB, PDT e PC do B – é instável e tem pouca unidade. E o PT deverá tentar cooptar para sua candidatura integrantes do PC do B e do PDT. Não há garantia de que bancarão sua candidatura. Além disso, dentro do PSB, Ciro não é unanimidade e enfrenta a ambição do presidente da legenda e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que busca se credenciar para uma candidatura de vice-presidente. Existem pedras no seu caminho rumo à presidência.

Há um detalhe consistente nas últimas pesquisas: a estabilidade dos números atribuídos a José Serra (PSDB). O governador paulista tem aparecido variando entre 36% e 38%, dentro da margem de erro, com apoio mais forte na região sul do país. Se a região sul e São Paulo são seus pontos fortes, Minas Gerais e nordeste podem representar seus pontos fracos. Se vingar sua vitória dentro do PSDB, tirando Aécio do páreo, este deverá contentar-se com a candidatura para o Senado. Uma candidatura que apresente um nome mineiro (seja na cabeça de chapa ou na vice) pode criar uma linha de resistência de Minas e Rio de Janeiro subindo para o nordeste. E Serra poderá ter dificuldade em superar o obstáculo.
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