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'Joaquim Barbosa pode renunciar', é o que informa o jornalista Carlos Chagas, pai de Helena Chagas, ministra da Secom

Só agora caiu na rede uma coluna escrita pelo veterano jornalista Carlos Chagas, pai da ministra Helena Chagas, com a bombástica informação de que o ministro e atual presidente do STF, Joaquim Barbosa, poderia renunciar não somente à presidência do Supremo, como também ao cargo de ministro, caso o resultado do julgamento do mensalão não seja o desejado por ele.

Recebi vários e-mails, que estão correndo a rede, pedindo confirmação da matéria. Sim, a coluna existe e foi escrita em 4 de maio deste ano. Portanto, há mais de três meses. Mas, agora, com a retomada do julgamento do chamado mensalão, ela corre a rede, como um buscapé.

Eis a íntegra do que escreveu Carlos Chagas sobre o assunto, em sua coluna regular na Tribuna da Imprensa:

A conspiração dos derrotados (ou Joaquim Barbosa pode renunciar)


Carlos Chagas       
Serão desastrosas as consequências, se  os mensaleiros conseguirem convencer a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal a iniciar o segundo tempo do julgamento do maior escândalo político nacional, dando o dito pelo não dito e o julgado por não julgado, na  apreciação dos embargos apresentados até quinta-feira.
Primeiro porque será a desmoralização  do Poder Judiciário, tendo em vista que os réus já foram condenados em última instância, em seguida a exaustivas investigações e amplas condições de  defesa.
Depois, porque como reação a tamanha violência jurídica,  Joaquim Barbosa poderá renunciar não apenas à presidência do Supremo, mas ao próprio exercício da função de ministro. Esse rumor tomou conta de Brasília, ontem, na esteira de uma viagem que o magistrado faz a Costa Rica, de onde retornará amanhã. Se verdadeiro ou especulativo, saberemos na próxima semana, mas a verdade é que Joaquim Barbosa não parece capaz de aceitar humilhações sem reagir. Depois de anos de trabalho  como relator do processo, enfrentando até colegas de tribunal, conseguiu fazer prevalecer a Justiça, nesse  emblemático caso  em condições de  desmentir o mote de que no Brasil só os ladrões de galinha vão para a cadeia. Assistir de braços cruzados a negação de todo o esforço que ia redimindo as instituições democráticas,  de jeito nenhum.
Em termos jurídicos, seria a falência da Justiça, como,  aliás,  todo mundo pensava antes da instauração do processo do mensalão. Em termos políticos, pior ainda: será a demonstração de que o PT  pode tudo,  a um passo de tornar-se  partido único num regime onde   prevalecem interesses de grupos encastelados no poder. Afinal, a condenação de companheiros de alto quilate, por corrupção, ia revelando as entranhas da legenda que um dia dispôs-se a recuperar o país, mas cedeu às imposições do fisiologismo.
Teria a mais alta corte nacional mecanismos para impedir esse vexame? Rejeitar liminarmente os embargos não dá, mas apreciá-los em conjunto pela simples reafirmação de sentenças exaustivamente exaradas, quem sabe? Declaratórios ou infringentes, os recursos compõem  a conspiração dos derrotados. [Fonte]
A mim não me surpreenderá nada, se Joaquim Barbosa tomar essas atitudes, porque Joaquim Barbosa age como o palhaço do dito popular cuja a alegria é ver o circo pegar fogo.


Madame Flaubert, de Antonio Mello

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Tucano é quem distribui R$ 1,8 bi de verbas da Secom da Helena Chagas, e ainda quer Pizzolato na cadeia

De galho em galho, o tucano Roberto Messias vem subindo na árvore burocrática do poder em Brasília, desde o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso. Hoje, Messias é secretário-executivo da Secom, sentado em cima de uma verba de R$ 1,8 bilhão, que ele distribui como folhas de malmequer para Globo, Folha, Veja, Estadão etc.

É o que mostra reportagem da excelente Conceição Lemes, de onde retirei o trecho a seguir:

Em 2011, com a posse da presidenta Dilma Rousseff, houve nova dança de cadeiras na Secretaria de Comunicação Social da Presidência República.
Helena Chagas assumiu o posto de ministra-chefe em substituição a Franklin Martins.
Yole de Mendonça, até então secretária de Comunicação Integrada, tornou-se secretária-executiva, no lugar de Ottoni Fernandes Filho, que deixou a Secom junto com Franklin, no final do governo Lula.
Roberto Messias passou a ser secretário de Comunicação Integrada.
Em julho de 2012, Yole aposentou-se, deixando a Secom-PR. Desde abril de 2013, é diretora vice-presidente de Gestão e Relacionamento da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A EBC é a gestora dos canais TV Brasil, TV Brasil Internacional, Agência Brasil, Radioagência Nacional e do sistema público de Rádio – composto por oito emissoras.
Messias era o preferido da ministra Helena Chagas para o posto de Yole [secretário-executivo]. Concorreu com um petista, que teria sido preterido por “ser petista demais”.

Prevaleceu a solução técnica, tão a gosto de Dilma. Só que essa função, vendida como técnica, é, na verdade, política.
Assim, possivelmente sem saber, a presidenta colocou em mãos de gente “herdada” do governo do PSDB a distribuição de R$ 1,8 bilhão de verbas publicitárias do governo federal. [Não deixe de ler a reportagem completa no Viomundo]
Madame Flaubert, de Antonio Mello

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