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Lápis 13B - Coletivo de grafistas gaúchos pró-Dilma

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Quem anda de ré é caranguejo

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Desconhecemos o autor da imagem.
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São Paulo em alerta para evitar golpe baixo na reta final


Ato público realizado na USP reuniu estudantes, funcionários e professores para manifestar apoio à candidatura Dilma (Foto: Alci Matos/Divulgação)

Políticos ligados à campanha de Dilma Rousseff (PT) adotaram o discurso do “todo cuidado é necessário” para evitar que baixarias atrapalhem o êxito da ex-ministra nas eleições de domingo (31).
Após ser aventada, pela professora da USP Marilena Chaui, a possibilidade de que se repitam os golpes baixos da campanha de 1989, os integrantes da coligação pediram cautela aos militantes e lamentaram o nível ruim da discussão. A denúncia foi feita durante encontro de intelectuais e pessoas ligadas à Cultura, estudantes e professores universitários e políticos, na USP, em São Paulo. "Não vai dar tempo de explicar que não fomos nós. Por isso, espalhem pelas redes sociais", divulguem.

A filósofa denunciou na segunda-feira (25) uma possível articulação para tentar relacionar o PT e a candidatura de Dilma Rousseff a atos de violência. Ela afirmou, diante de um público de quase duas mil pessoas, que soube de uma possível ação violenta que seria montada para incriminar o PT durante comício do candidato José Serra (PSDB) no dia 29.

Segundo Marilena, a promessa dos participantes da suposta armação seria de "tirar sangue" durante o comício. As cenas seriam usadas sem que a campanha petista tivesse tempo de responder. "Dois homens diziam: `dia 29, nós vamos acertar tudo, vamos trazer o pessoal vestidos com camisetas do PT, carregando bandeiras do PT e vão atacar pra tirar sangue, no comício do Serra", reafirmou a filósofa em entrevista à Rede Brasil Atual. "É preciso alertar a sociedade brasileira toda, alertar São Paulo e alertar os petistas", pediu Marilena. A ação estaria em planejamento em um bar de São Paulo, no final de semana.

Para exemplificar o caso, ela disse que se trata de um novo caso Abílio Diniz. Em 1989, o sequestro do empresário foi usado para culpar o PT e o desmentido só ocorreu após a eleição de Fernando Collor de Melo.

Repercussão

Senadora eleita por São Paulo, a petista Marta Suplicy demonstrou tristeza com a informação de que militantes do PSDB podem vestir camisetas do PT e simular tumultos durante o evento marcado para sexta-feira (29) em São Paulo. “Imaginei que nós tivéssemos ultrapassado esse nível de mentira, calúnia e confusões que não interessam a ninguém neste Brasil que nós queremos”, afirmou à reportagem da Rede Brasil Atual na entrada do debate realizado na TV Record.

A senadora classificou de “desastrosa” a campanha realizada no segundo turno das eleições, afirmando que as baixarias e a resposta a elas têm tomado todo o tempo da discussão. “Achei que perdemos um tempo enorme discutindo temas que não devem ser discutidos em campanha eleitoral. Isso não foi benéfico para a nossa democracia. Não acho que nesta semana poderemos melhorar o padrão do que têm sido as discussões.”

Renato Rabelo, presidente do PcdoB, acrescentou que se pode esperar de tudo, inclusive a repetição de episódios de campanhas passadas. “Pela prática que os adversários vêm adotando a gente tem de pensar dessa maneira. Adotaram o caminho da campanha subterrânea para atingir nossa candidata de maneira grotesca. Então, tudo pode acontecer.”

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que compareceu ao ato na USP no qual foi feita a denúncia, lembra que a professora Marilena Chaui citou um exemplo concreto, com vários detalhes que lhe fazem mais verossímil. “O importante é alertar nossa militância para não aceitar provocações. Estamos atentos e não vamos aceitar.”

Já o candidato a vice na chapa de Dilma, Michel Temer, avalia que não se deve esperar uma repetição da campanha de 1989, na qual foram inventadas conexões entre o PT e o sequestro do empresário Abílio Diniz e foram utilizados depoimentos atacando a vida pessoal de Lula. “Não há nem condições para fazer isso. Não há fato nenhum que possa levar a isso”, respondeu. Para ele, acabou o momento das baixarias na campanha. “Tenho impressão que esta semana os ataques deverão ver-se reduzidos. Porque já se mostrou que não dão resultados, o eleitorado não está preocupado com isso.”

Mais panfletos

Também nesta segunda-feira o PT registrou um Boletim de Ocorrência (BO) no 45º DP contra um grupo que distribuía material irregular contra Dilma Rousseff na Praça Luis Neri, no bairro de Perus, em São Paulo. Aproximadamente 30 pessoas foram identificadas com o uniforme "Turma do Bem"; cinco foram presos em flagrante.


Fonte: MacroPT ABC
Imagem: Rede Brasil Atual
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BAIXE, COPIE, ESPALHE, ARREPIE-SE

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Militantes tucanos apelam para o desespero

A dúvida é: será que eleitor@s ainda tem dúvidas quanto ao número da candidata Dilma, que é 13?


Desespero nas urnas engana eleitores com #Dilma45 em adesivos e tweets


A imagem que você vê acima é fruto do desespero eleitoral. O twiteiro @SeoCruz registrou um carro com o adesivo da candidata Dilma adulterado: ao invés da legenda 13, do PT, o picareta mudou para a legenda do PSDB, 45.
Não pense que isso é novo. Em 2006, já na reta final do segundo turno, diversos panfletos com a imagem de Lula continham o número 45 para confundir o eleitor. Veja aqui matéria do portal Terra, feita em 05 de outubro de 2006, denunciando a fraude.
No Twitter a estratégia dos picaretas é a mesma com o uso da hashtag #Dilma45 para enganar os usuários do microblog. Use o search do Twitter e confirme a enganação digitando no campo de busca a referida hashtag. O usuário @millorb11, por exemplo, partiu para a canalhice de usar um twibbon e enganar seus seguidores,incentivando outros a usarem também.
Induzir o eleitor ao erro é crime. E você pode denunciar para a Procuradoria Geral Eleitoral pelo seguinte e-mail pge@pgr.mpf.gov.br



Fonte: Espalhe a Verdade
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Mitomania e megalomania versus razão

Só tivemos estômago para assistir os dois primeiros blocos do debate da Record na noite de segunda-feira, 25/10. Já não se trata mais de avaliar o desempenho dos candidatos ao discutir propostas políticas e administrativas. 

O que se viu, de um lado, foi uma candidata que tem um projeto político, calcado em suas realizações como Ministra do Governo Lula e, de outro, uma figura bizarra prometendo i) continuar com o PROUNI, um programa que ele próprio taxou de farsa [sic] segundos antes, e ii) desmatamento zero na Amazônia [!!!!!!!!!!!]. 

Não há como comparar aquilo que sai da boca de uma pessoa na posse das suas faculdades mentais e o que sai da boca de um mitômano e megalômano. É um confronto entre razão e delírio, no qual, uma das partes, não tem o menor contato com a realidade. Portanto não há grandes análises a fazer e qualquer avaliação de desempenho dos candidatos, nesse debate, não tem sentido. 

Só temos mais um desses ridículos "debates" e o que, talvez, Dilma precise fazer, a fim de se preparar, é reunir-se com pessoas da área da saúde mental para ver como ela pode conduzir o debate só para marcar presença com o mínimo esforço e sem nenhum desgaste para a sua imagem. Vai debater o que com quem? 

O que se tem a lamentar, nisso tudo, é a falta de discernimento de uma parte do eleitorado frente à mistificação do discurso serrista.

Atualizado às14h53min.
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Suspeita de badernaço em SP

Escreve o Azenha em seu blog:


A denúncia do leitor Fernando

Sou morador de São Paulo do bairro Santa Cecília, que fica próximo a avenida São João, e ontem ouvi duas pessoas em um bar que fui nesta avenida, falando baixinho ( até certo ponto ), sobre a armação que tá sendo criada para o dia 29 de outubro.
Segundo estas pessoas um número x de camisas foi mandada ser feita com a insignia do PT, a estrelinha, e muitas pessoas vão estar na passeata que FHC promove neste dia, o 29 de outubro, criando um badernaço sem igual e que terá grande mídia cobrindo, com estas camisas sempre aparecendo.
Falavam as duas pessoas que toda a grande mídia já sabe deste fato, e que isso quer fazer as pessoas pelo JN dar cobertura, e outras mídias também, de isso fazer o voto mudar, por sentimentalismo das imagens demonstradas, como eles falavam, de total vandalismo no centro de São Paulo, por parte de petistas. Serão apresentadas muitas pessoas ensanguentadas.
Escrevi para o Blog do Altamiro Borges, e estou escrevendo para quem pode fazer alguma coisa, no sentido de nos reunirmos e fazermos uma vigilia pública em local também público de São Paulo, por que o PSDB vai querer colocar fogo nas eleições, desacreditando a Dilma. Desacreditando no PT.
E preciso que alguém me ajude nisso.
Temos que colocar um local no centro de São Paulo, permanentemente visivel para todos, para que possamos fazer o que precisa ser feito, nesta reta final de eleições. escrevi para o Altamiro Borges no sentido do mesmo fazer um novo encontro pela liberdade de expressão, e em local público para que isso possa ser contido.
Não podemos dar bobeira alguma.
Eu ouvi estas pessoas conversando no bar e fiquei bastante preocupado, por causa de como elas tratavam disso, e pareciam saber demais para não ser verdade o que falavam.
Meu cel é: (11) 8606 XXXX
Me chamo Fernando e estou a disposição.
Abraços
PS do Viomundo: O Rodrigo Vianna atestou que o leitor Fernando existe e ele confirmou a denúncia por telefone.
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Se você realmente pretende eleger Dilma

Na reta final um recado à militância: Se você realmente pretende eleger Dilma
Por Conceição Oliveira em seu blog:

O Maria Frô sempre falou em política, vai continuar falando depois das eleições. O twitter @maria_fro idem. Aos amigos que decidiram pelo voto nulo, eu só tenho a lamentar, aos que deixaram de me seguir porque acham que estou over, aviso que não viram nada. Eu vou eleger Dilma Presidente, para mim não há escolha ou é Dilma ou exílio, eu não aguentarei ver meu país entregue nas mãos de uma extrema-direita que joga na lata do lixo os direitos humanos, os direitos civis, os avanços na pesquisa científica, os avanços em políticas sociais, o crescimento com inclusão.
Vejo alguns militantes petistas feito baratas tontas dando tiro no pé: repassam link do PIG, fazem spam no twitter sem conteúdo nas mensagens; repassam mentiras da campanha suja sem desmenti-las  quando tem dezenas de blogs com vários posts desmentindo a campanha da direita conservadora mais suja da história. Isso é burrice.
Neste blog e via twitter está blogueira aqui já está com os dedos doendo de tanto avisar incautos que: se você recebeu um mail ou link ou pegou um trolleiro safado que se faz passar por Dilma você deve denunciar por mail ou diretamente no site do espalhe a verdade qual é a calúnia que estão espalhando. No twitter bloqueie e reporte spam o trolleiro detrator.
Pense comigo, vc leu a mentira se indignou e passa ela pra frente, dando RT ou espalhando o mail com a palavra DENÚNCIA! Isso não é lá muito inteligente, não é? Você está contribuindo para espalhar a mentira e não a verdade.
Você é blogueiro, os trolleiros vão no seu blog e xingam Dilma, Lula etc., você aprova os comentários? Transforma o espaço dos comentários do seu blog em lixo exposto? Você realmente acha isso inteligente?
Na reta final desta campanha tente, ao menos esta semana, parar de dar tráfego para UOL, Veja, Estadão, O Globo e afins. Cada vez que você lê e linka uma matéria mentirosa e partidária destas famiglias que monopolizam a mídia no país, que agem como partido da oposição, você justifica a existência deste tipo de jornalixo que estas empresas praticam; estimula os anunciantes a continuarem financiando-os, afinal você os lê. Que tal pegar essas matérias e lê-las de forma crítica, já que você parece não conseguir deixar de lê-las? Mas me faça um favor não me mande esses links nem por mail, nem no meu twitter. Vou começar a radicalizar, se você me mandar eu vou bloqueá-lo.
Se você realmente pretende eleger Dilma seja um militante consciente, tenha na ponta da língua os argumentos que te convenceram a apoiar o governo Lula e a dar continuidade ao projeto político do PT. No Maria Frô tá cheio de manifestos, de textos próprios ou de bons autores que sabem com clareza porque o governo Lula merece ser defendido e merece ter continuidade com a eleição de Dilma Rousseff.
Se você realmente pretende eleger Dilma a cada e-mail detrator que receber, especialmente se for de pessoas amigas e conhecidas, faça o seguinte: além de denunciar para o espalhe a verdade (faça uma busca com a expressão aqui no maria frô que vc encontra todos os dados necessários para fazer a denúncia) responda às pessoas, usando a verdade, se não sabe pesquise no site espalhe a verdade e também  no site seja dita a verdade. Ambos vêm fazendo um excelente trabalho para desmentir a campanha suja da extrema-direita.
Se você realmente pretende eleger Dilma não fique o dia inteiro no twitter, vá pra outras redes sociais e dê visibilidade às propostas de Dilma e às realizações do governo Lula. Entre em comunidades de viagens e explique às pessoas que no governo Lula podemos entrar em 27 países europeus, ficar 3 meses sem exigência visto. Na época de FHC até ministro tirava sapato em aeroportos. Explique como o governo Lula fez o Brasil ganhar respeitabilidade no exterior. Explique que no governo Lula a classe C está andando pela primeira vez de avião. Reflita e escolha diferentes comunidades de diferentes temas de grande número de pessoas quais assuntos você pode abordar para convencer os indecisos ou desinformados, sempre mostrando as realizações de um governo que tem 82% de aprovação.
Se você realmente pretende eleger Dilma esqueça os trolls, dê block e reporte spam, não perca seu tempo com cretinos, use-o para convencer indecisos com paciência, delicadeza, generosidade, simpatia.
Se você realmente pretende eleger Dilma visite os blogs que produzem bom conteúdo e argumentos, há muitos na rede com vídeos, fotos, bons textos e os espalhe entre os seus amigos por mail, nas redes sociais, use-os em suas conversas no trabalho, na faculdade, com parentes e amigos.
Se você realmente pretende eleger Dilma ligue para seus parentes e amigos e argumente em favor da sua candidata.
Se você realmente pretende eleger Dilma saia às ruas e vá para os bares, butecos, igrejas, praças, ônibus, metrô, exiba com orgulho a sua candidata e converse com as pessoas. Imprima os belíssimos e bem feitos cartazes comparativos do @ilustrebob e converse com as pessoas.
E saiba de uma vez por todas, esqueça a vantagem das pesquisas, trabalhe como se a sua candidata estivesse em segundo lugar. Você tem uma semana para lutar com toda a sua força e amor pelo Brasil para que o nosso país continue avançando em políticas públicas inclusivas, para que cresça com justiça, para que o pré-sal realmente continue um patrimônio dos brasileiros e seus rendimentos sejam aplicados em educação, saúde, cultura e preservação do meio ambiente, para que o Brasil amplie sua infra-estrutura, invista em transportes públicos, para que façamos as Olimpíadas e a Copa mais bonitas da história, para que todos sejamos efetivamente cidadãos.
Eu estou na luta, bóra?
Hoje vou para a USP neste ato aqui e estarei em todos os demais que puder estar em minha cidade e estou fazendo tudo que disse pra vocês nos parágrafos anteriores, mas tenho certeza que não estou sozinha.
Atualizado às 21h21min.
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MUDANÇA DE COMANDO NA GLOBO

Laerte Braga


Os estragos causados pelo episódio da bolinha de papel atirada contra o candidato José FHC Serra são de grande monta na REDE GLOBO. A reação indignada de alguns jornalistas, em São Paulo principalmente, a preocupação com o bombardeio e desafios de outras redes em torno do noticiário do JORNAL NACIONAL sobre o episódio, tudo isso e muitos fatos outros, estão levando a direção geral do grupo a avaliar se promovem Ali Kamel para cima e afastam o todo poderoso do departamento de jornalismo, ou se simplesmente entram num acordo e Kamel vai cantar noutra freguesia.

A bolinha de papel não se desmanchou na água e acabou sendo a gota que faz transbordar.

A decisão será tomada após as eleições. Carlos Augusto Montenegro, diretor presidente do IBOPE, aumentou as preocupações do comando do grupo ao levar a informação que a bolinha de papel terá custado alguns pontos preciosos a José FHC Serra nas intenções de votos e Dilma teria hoje algo em torno de 16% de vantagem sobre o tucano.

O temor da GLOBO não está no fato do JORNAL NACIONAL ter apresentado um parecer forjado em torno do incidente envolvendo José FHC Serra. A mentira é intrínseca ao grupo. Mas no risco de crescimento das redes concorrentes. A RECORDE a mais próxima nos números de audiência e no que isso pode representar a curto, médio ou longo prazo para o “esquema”

O império de Roberto Marinho, pela primeira vez, parece estar sentindo o golpe, se vendo nas cordas e apostando fichas numa improvável eleição de José FHC Serra, mesmo assim, a um preço alto demais.

Para alguns setores do comando do grupo a empresa não é como VEJA. Tem preocupações com o parecer ser e não pode entrar numa zona de turbulência sem perspectiva de uma saída tranqüila. Ou pelo menos tenta fazer crer que é diferenciada. Banditismo de estilo mais nobre. Sangue azul.

A sorte de Ali Kamel está ligada à eleição de José FHC Serra e a própria GLOBO sabe que, a essa altura do campeonato, essa chance é mínima. Nem coelho da cartola, nem uma legião de coelhos.

E há quem entenda que o diretor de jornalismo comprometeu a credibilidade da rede e é preciso recuperá-la o mais rápido possível. O nível a que a grande mídia, GLOBO à frente, levou a campanha, o mais baixo da história das campanhas presidenciais no Brasil, pode afetar para além do JORNAL NACIONAL, do departamento de jornalismo, todo grupo.

Um episódio mais ou menos semelhante aconteceu em 1990 quando Armando Nogueira deixou o departamento de jornalismo da rede por conta do escândalo da PROCONSULT. Àquela época o fato revestiu-se de tal gravidade que algo inimaginável aconteceu. Brizola foi aos estúdios da GLOBO numa tentativa da empresa de atenuar os prejuízos causados com outra tentativa, a de fraude na totalização dos votos para o governo do estado do Rio.

Foi o primeiro momento na história de impunidade da GLOBO que a turma se viu acuada.

Kamel não age sozinho e nem monta todo esse sórdido esquema de mentira à revelia dos donos do império. Faz o que faz com aprovação dos senhores do “negócio”. A diferença é que os senhores do “negócio” se preservam nos castelos do baronato Marinho e têm, sempre, um bode expiatório à mão.

Sem falar nos interesses que acoplam a GLOBO a um todo que ultrapassa o setor de comunicações. Os braços são longos a toda a atividade econômica no País em se tratando de interesses escusos. Ou seja, há necessidade de prestar conta aos que pagam e ditam os caminhos do grupo.  

Nesta campanha eleitoral os interesses bilionários em jogo e a aposta de todas as fichas na campanha de José FHC Serra parecem ter deixado cegos os moradores do castelo e do PROJAC, uma espécie de centro de mentiras, boatos e cositas más.

A turbulência chegou ao auge no laudo falso do perito Ricardo Molina, prontamente desmentido pelas redes concorrentes e por um fenômeno que a GLOBO ainda não absorveu inteiramente. A blogsfera. Ou seja, o conjunto de blogs independentes de grandes e anônimos jornalistas ou não, a derrubar em cima de cada mentira, a versão global.

Hoje o número de internautas no País é significativo, a repercussão dos comentários em blogs, sites, portais, redes de comunicação acaba por criar uma força quase tão poderosa quanto a GLOBO.

Quase tão poderosa? É a avaliação de alguns especialistas pelo simples fato que, nesta eleição a candidata do PT vence por larga margem entre os eleitores de renda mais baixa (políticas sociais de Lula) e o prejuízo à GLOBO acontece nas chamadas classes médias, divididas entre os dois candidatos e ponderável parcela escapando do fascínio do plim plim.

O poder aquisitivo dos brasileiros aumentou nesses últimos oito anos, há um orgulho nacional com o papel do Brasil no mundo e o que esse novo perfil provoca no mundo  da comunicação não foi ainda tratado corretamente pela GLOBO, a mídia privada como um todo, não foi absorvido o que quer dizer que nessa nova realidade ainda tateiam apesar de todos os esforços para diminuir o impacto da transformação.

Foi visível na campanha de Obama, é visível na campanha de Dilma.

Tornou-se mais difícil mentir, enganar, características do grupo e da mídia privada.

O que não quer dizer que até domingo, 31 de outubro, dia da votação, todo o grupo não vá se empenhar na campanha de José FHC Serra e na onda de mentiras e boatos que possam prejudicar Dilma Roussef.

Nem tem como. Equivaleria a um pouso de barriga e os riscos de um incêndio são altos demais numa eventual mudança de posição (fora de propósito), ou correção de rota para uma área neutra.

A gênese da GLOBO é a mentira e o DNA preserva suas principais características até o último suspiro.

O que assusta os donos do “negócio” para além da derrota eleitoral? Um monte de fatores.

Surge uma discussão no Brasil impensável há meses atrás, falo de proporções. Até que ponto é possível a uma empresa/famílias manter o monopólio das comunicações e associada a empresas outras (menores), mas fechando o cerco em torno de quem ainda lê jornal impresso, revistas e que tais?

O que é de fato liberdade de expressão? A mentira? O engajamento em interesses de grupos econômicos nacionais e estrangeiros (associados)?

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Em tempo: Não propugnamos a troca de 6 por meia dúzia, que significaria a substituição do monopólio da Globo pelo monopólio da IURD-Edir Macedo-Record. Pelo contrário, defendemos a pluralidade dos meios de comunicação, ainda mais, em tempos de TV digital, o que exigirá regulamentação de artigos da Consituição Federal, quem sabe, de um novo marco regulatório da comunicação para dar conta das novas tecnologias [as que existem e as que ainda estão para serem desenvolvidas].

Atualizado às 23h11min a pedido do autor.
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Espalhe a verdade: cuidado com pesquisas de intenção de voto na reta final

Da página Espalhe a Verdade:

Cuidado com os boatos de pesquisas nesta reta final


O candidato a vice na chapa de José Serra, Índio da Costa (DEM), registrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um novo pedido de pesquisa eleitoral a ser realizada pelo Instituto GPP durante esta semana. Alguém aí conhece esse Instituto?
O candidato a vice na chapa de José Serra, Índio da Costa (DEM), registrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um novo pedido de pesquisa eleitoral (acesse http://www.tse.gov.br/sadAdmPesqEleAvisos/procPesquisaBySession.jsp?index=21 e busque pelo protocolo número 37295/2010) a ser realizada pelo Instituto GPP durante esta semana. Alguém aí conhece esse instituto?

Segundo a revista IstoÉ, o GPP é de Cesar Maia, que também é do DEM. Em sua página oficial na internet, lê-se apenas que o instituto “foi idealizado por um grupo de profissionais oriundos da Unicamp e concretizado por diferentes outros, de formação multidisciplinar, provenientes de distintos centros brasileiros de referência: Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE; UFF e UFRJ”. Muito esclarecedor.

Esta pesquisa, registrada no último dia 21/10 e que será realizada entre os dias 23 e 25/10, não é a primeira com cara, pinta e roupa de boato. Um recente levantamento divulgado pelo CNT/ Sensus foi na contramão de todos os institutos de maior credibilidade do país: enquanto Ibope, DataFolha e Vox Populi apontaram diferença entre 10 e 12 pontos entre Dilma e Serra, o Sensus trouxe um levantamento diferente, com vantagem de 5 pontos.

Outro dado que confere estranheza ao fato: para que uma pesquisa possa ser divulgada publicamente, ela deve ser registrada no TSE. Do contrário – se for usada apenas para uso interno – não é necessário o registro. Ou seja, é bem possível que tentem difundir na opinião pública os dados deste instituto pra lá de suspeito.

Será esta mais uma medida desesperada de nossos opositores nesta reta final de campanha?

Fique alerta! Espalhe a verdade!
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LULA FALA AOS LEITORES DO CLOACA NEWS

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Leandro Fortes esmiuça arapongagem tucana no caso Verônica Serra

Finalmente, uma reportagem que reune todos os dados, esmiuça-os e lança luz sobre os episódios e personagens que envolveram a quebra do sigilo fiscal de Verônica Serra e outros tucanos. No excelente texto de Leandro Fortes para a Carta Capital, fica mais do que explícita a origem da arapongagem: o desejo de Aécio Neves vingar-se de José Serra, por este tê-lo patrolado na disputa para a indicação do candidato do PSDB à Presidência da República na eleição 2010.
Não obstante às provas, a velha mídia tenta, a ferro e fogo, imputar ao PT e à candidata Dilma Rousseff a responsabilidade pelo ocorrido.
Leitura obrigatória para quem deseja estar bem informado.

Violação da lógica



A mídia rebola para esconder o fato: a quebra do sigilo da turma de Serra é fruto de uma guerra tucana. A PF revelou ter sido o jornalista Amaury Ribeiro Jr. (foto), então a serviço do jornal O Estado de Minas, que encomendou a despachantes de São Paulo a quebra dos sigilos. Por Leandro Fortes
A mídia rebola para esconder o fato: a quebra do sigilo da turma de Serra é fruto de uma guerra tucana
Apesar do esforço em atribuir a culpa à campanha de Dilma Rousseff, o escândalo da quebra dos sigilos fiscais de políticos do PSDB e de parentes do candidato José Serra que dominou boa parte do debate no primeiro turno teve mesmo a origem relatada por CartaCapital em junho: uma disputa fratricida no tucanato.
Obrigada a abrir os resultados do inquérito após uma reportagem da Folha de S.Paulo com conclusões distorcidas, a Polícia Federal revelou ter sido o jornalista Amaury Ribeiro Júnior, então a serviço do jornal O Estado de Minas, que encomendou a despachantes de São Paulo a quebra dos sigilos. O serviço ilegal foi pago. E há, como se verá adiante, divergências nos valores desembolsados (o pagamento  teria variado, segundo as inúmeras versões, de 8 mil a 13 mil reais).
Ribeiro Júnior prestou três depoimentos à PF. No primeiro, afirmou que todos os documentos em seu poder haviam sido obtidos de forma legal, em processos públicos. Confrontado com as apurações policiais, que indicavam o contrário, foi obrigado nos demais a revelar a verdade. Segundo contou o próprio repórter, a encomenda aos despachantes fazia parte de uma investigação jornalística iniciada a pedido do então governador de Minas Gerais, Aécio Neves, que buscava uma forma de neutralizar a arapongagem contra ele conduzida pelo deputado federal e ex-delegado Marcelo Itagiba, do PSDB. Itagiba, diz Ribeiro Júnior, agiria a mando de Serra. À época, Aécio disputava com o colega paulista a indicação como candidato à Presidência pelo partido.
Ribeiro Júnior disse à PF ter sido escalado para o serviço diretamente pelo diretor de redação do jornal mineiro, Josemar Gimenez, próximo à irmã de Aécio, Andréa Neves. A apuração, que visava levantar escândalos a envolver Serra e seus aliados durante o processo de privatização do governo Fernando Henrique Cardoso, foi apelidada de Operação Caribe. O nome sugestivo teria a ver com supostas remessas ilegais a paraísos fiscais.
Acuado por uma investigação tocada por Itagiba, chefe da arapongagem de Serra desde os tempos do Ministério da Saúde, Aécio temia ter a reputação assassinada nos moldes do sucedido com Roseana Sarney, atual governadora do Maranhão, em 2002. Naquele período, a dupla Itagiba-Serra articulou com a Polícia Federal a Operação Lunus, em São Luís (MA), que flagrou uma montanha de dinheiro sujo na empresa de Jorge Murad, marido de Roseana, então no PFL. Líder nas pesquisas, Roseana acabou fora do páreo após a imagem do dinheiro ter sido exibida diuturnamente nos telejornais. Serra acabou ungido a candidato da aliança à Presidência, mas foi derrotado por Lula. A família Sarney jamais perdoou o tucano pelo golpe.
Influente nos dois mandatos do irmão, Andréa Neves foi, por sete anos, presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) de Minas Gerais, cargo tradicional das primeiras-damas mineiras, ocupado por ela por conta da solteirice de Aécio. Mas nunca foi sopa quente ou agasalho para os pobres a vocação de Andréa. Desde os primeiros dias do primeiro mandato do irmão, ela foi escalada para intermediar as conversas entre o Palácio da Liberdade e a mídia local. Virou coordenadora do Grupo Técnico de Comunicação do governo, formalmente criado para estabelecer as diretrizes e a execução das políticas de prestação de contas à população. Suas relações com Gimenez se estreitaram.
Convenientemente apontado agora como “jornalista ligado ao PT”, Ribeiro Júnior sempre foi um franco-atirador da imprensa brasileira. E reconhecido.  Aos 47 anos, ganhou três prêmios Esso e quatro vezes o Prêmio Vladimir Herzog, duas das mais prestigiadas premiações do jornalismo nativo. O repórter integra ainda o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos e é um dos fundadores da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Entre outros veículos, trabalhou no Jornal do Brasil, O Globo e IstoÉ. Sempre se destacou como um farejador de notícia, sem vínculo com políticos e partidos. Também é reconhecido pela coragem pessoal. Nunca, portanto, se enquadrou no figurino de militante.
Em 19 de setembro de 2007, por exemplo, Ribeiro Júnior estava em um bar de Cidade Ocidental, em Goiás, no violento entorno do Distrito Federal, para onde havia ido a fim de fazer uma série de reportagens sobre a guerra dos traficantes locais. Enquanto tomava uma bebida, foi abordado por um garoto de boné, bermuda, casaco azul e chinelo com uma arma em punho. O jornalista pulou em cima do rapaz e, atracado ao agressor, levou um tiro na barriga. Levado consciente ao hospital, conseguiu se recuperar e, em dois meses, estava novamente a postos para trabalhar no Correio Braziliense, do mesmo grupo controlador do Estado de Minas, osDiários Associados. Gimenez acumula a direção de redação dos dois jornais.
Depois de baleado, Ribeiro Júnior, contratado pelos Diários Associados desde 2006, foi transferido para Belo Horizonte, no início de 2008, para sua própria segurança. A partir de então, passou a ficar livre para tocar a principal pauta de interesse de Gimenez: o dossiê de contrainformação encomendado para proteger Aécio do assédio da turma de Serra. O jornalista tinha viagens e despesas pagas pelo jornal mineiro e um lugar cativo na redação do Correio em Brasília, inclusive com um telefone particular. Aos colegas que perguntavam de suas rápidas incursões na capital federal, respondia, brincalhão: “Vim ferrar com o Serra”.
Na quarta-feira 20, por ordem do ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, a cúpula da PF foi obrigada a se movimentar para colocar nos eixos a história da quebra de sigilos. A intenção inicial era só divulgar os resultados após o término das eleições. O objetivo era evitar que as conclusões fossem interpretadas pelos tucanos como uma forma de tentar ajudar a campanha de Dilma Rousseff. Mas a reportagem da Folha, enviezada, obrigou o governo a mudar seus planos. E precipitou uma série de versões e um disse não disse, que acabou por atingir o tucanato de modo irremediável.
Em entrevista coletiva na quarta-feira 20, o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, e o delegado Alessandro Moretti, da Divisão de Inteligência Policial (DIP), anunciaram não existir relação entre a quebra de sigilo em unidades paulistas da Receita Federal e a campanha presidencial de 2010. De acordo com Moretti, assim como constou de nota distribuída aos jornalistas, as provas colhidas revelaram que Ribeiro Júnior começou a fazer levantamento de informações de empresas e pessoas físicas ligadas a tucanos desde o fim de 2008, por conta do trabalho no Estado de Minas. A informação não convenceu boa parte da mídia, que tem arrumado maneiras às vezes muito criativas de manter aceso o suposto elo entre a quebra de sigilo e a campanha petista.
Em 120 dias de investigação, disse o delegado Moretti, foram ouvidas 37 testemunhas em mais de 50 depoimentos, que resultaram nos indiciamentos dos despachantes Dirceu Rodrigues Garcia e Antonio Carlos Atella, além do office-boy Ademir Cabral, da funcionária do Serpro cedida à Receita Federal Adeildda dos Santos, e Fernando Araújo Lopes, suspeito de pagar à servidora pela obtenção das declarações de Imposto de Renda. Ribeiro Júnior, embora tenha confessado à PF ter encomendado os do cumentos, ainda não foi indiciado. Seus advogados acreditam, porém, que ele não escapará. Um novo depoimento do jornalista à polícia já foi agendado.
De acordo com a investigação, a filha e o genro do candidato do PSDB, Verônica Serra e Alexandre Bourgeois, tiveram os sigilos quebrados na delegacia da Receita de Santo André, no ABC Paulista. Outras cinco pessoas, das quais quatro ligadas ao PSDB, tiveram o sigilo violado em 8 de outubro de 2009, numa unidade da Receita em Mauá, também na Grande São Paulo. Entre elas aparecem o ex-ministro das Comunicações do governo Fernando Henrique Cardoso, o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, e Gregório Preciado, ex-sócio de Serra. O mesmo ocorreu em relação a Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor do Banco do Brasil e tesoureiro de campanhas de Serra e FHC.
Segundo dados da PF, todas as quebras de sigilo ocorreram entre setembro e outubro de 2009. As informações foram utilizadas para a confecção de relatórios, e todas as despesas da ação do jornalista, segundo o próprio, foram custeadas pelo jornal mineiro. Mas o repórter informou aos policiais ter disposto de 12 mil reais, em dinheiro, para pagar pelos documentos – 8,4 mil reais, segundo Dirceu Garcia – e outras despesas de viagem e hospedagem. Garcia revelou ao Jornal Nacional, da TV Globo, na mesma quarta 20, ter recebido 5 mil reais de Ribeiro Júnior, entre 9 e 19 de setembro passado, como “auxílio”. A PF acredita que o “auxílio” é, na verdade, uma espécie de suborno para o despachante não confessar a quebra ilegal dos sigilos.
A nota da PF sobre a violação fez questão de frisar que “não foi comprovada sua utilização em campanha política”, base de toda a movimentação da mídia em torno de Ribeiro Júnior desde que, em abril, ele apareceu na revista Veja como integrante do tal “grupo de inteligência” da pré-campanha de Dilma Rousseff. Embora seja a tese de interesse da campanha tucana e, por extensão, dos veículos de comunicação engajados na candidatura de Serra, a ligação do jornalista com o PT não chegou a se consumar e é um desdobramento originado da encomenda feita por Aécio.
A vasta apuração da Operação Caribe foi transformada em uma reportagem jamais publicada pelo Estado de Minas. O material, de acordo com Ribeiro Júnior, acabou por render um livro que ele supostamente pretende lançar depois das eleições. Intitulado Os Porões da Privataria, a obra pretende denunciar supostos esquemas ilegais de financiamento, lavagem de dinheiro e transferência de recursos oriundos do processo de privatização de estatais durante o governo FHC para paraísos fiscais no exterior. De olho nessas informações, e preocupado com “espiões” infiltrados no comitê, o então coordenador de comunicação da pré-campanha de Dilma, Luiz Lanzetta, decidiu procurar o jornalista.
Lanzetta conhecia Ribeiro Júnior e também sabia que o jornalista tinha entre suas fontes notórios arapongas de Brasília. Foi o repórter quem intermediou o contato de Lanzetta com o ex-delegado Onézimo Souza e o sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá. O quarteto encontrou-se no restaurante Fritz, localizado na Asa Sul da capital federal, em 20 de abril. Aqui, as versões do conteú do do convescote divergem. Lanzetta e Ribeiro Júnior garantem que a intenção era contratar Souza para descobrir os supostos espiões. Segundo o delegado, além do monitoramento interno, a dupla queria também uma investigação contra Serra.
O encontro no Fritz acabou por causar uma enorme confusão na pré-campanha de Dilma e, embora não tenha resultado em nada, deu munição para a oposição e fez proliferar, na mídia, o mito do “grupo de inteligência” montado para fabricar dossiês contra Serra. A quebra dos sigilos tornou-se uma obsessão do programa eleitoral tucano, até que, ante a falta de dividendos eleitorais, partiu-se para um alvo mais eficiente: os escândalos de nepotismo a envolver a então ministra da Casa Civil Erenice Guerra.
O tal “grupo de inteligência” que nunca chegou a atuar está na base de outra disputa fratricida, desta vez no PT. De um lado, Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte que indicou a empresa de Lanzetta, a Lanza Comunicações, para o trabalho no comitê eleitoral petista. Do outro, o deputado estadual por São Paulo Rui Falcão, interessado em assumir maior protagonismo na campanha de Dilma Rousseff. Essa guerra de poder e dinheiro resultou em um escândalo à moda desejada pelo PSDB.
Em um dos depoimentos à polícia, Ribeiro Júnior acusa Falcão de ter roubado de seu computador as informações dos sigilos fiscais dos tucanos. Segundo o jornalista, o deputado teria mandado invadir o quarto do hotel onde ele esteve hospedado em Brasília. Também atribuiu ao petista o vazamento de informações a Veja. O objetivo de Falcão seria afastar Lanzetta da pré-campanha e assumir maiores poderes. À Veja, Falcão teria se apresentado como o lúcido que impediu que vicejasse uma nova versão dos aloprados, alusão aos petistas presos em 2006 quando iriam comprar um dossiê contra Serra. Em nota oficial, o parlamentar rebateu as acusações. Segundo Falcão, Ribeiro Júnior terá de provar o que diz.
As conclusões do inquérito não satisfizeram a mídia. Na quinta 21, a tese central passou a ser de que Ribeiro Júnior estava de férias – e não a serviço do jornal – quando veio a São Paulo buscar a encomenda feita ao despachante. E que pagou a viagem de Brasília à capital paulista em dinheiro vivo. Mais: na volta das férias, o jornalista teria pedido demissão do Estado de Minas sem “maiores explicações”.
É o velho apego a temas acessórios para esconder o essencial. Por partes: A retirada dos documentos em São Paulo é resultado de uma apuração, conduzida, vê-se agora, por métodos ilegais, iniciada quase um ano antes. Não há dúvidas de que o diá rio mineiro pagou a maioria das despesas do repórter para o levantamento das informações. Ele não é filiado ao PT ou trabalhou na campanha ou na pré-campanha de Dilma.
Ribeiro Júnior pediu demissão, mas não de forma misteriosa como insinua a imprensa. O pedido ocorreu por causa da morte de seu pai, dono de uma pizzaria e uma fazenda em Mato Grosso. Sem outros parentes que pudessem cuidar do negócio, o jornalista decidiu trocar a carreira pela vida de pequeno empresário. Neste ano, decidiu regressar ao jornalismo. Hoje ele trabalha na TV Record.
Quando o resultado do inquérito veio à tona, a primeira reação do jornal mineiro foi soltar uma nota anódina que nem desmentia nem confirmava o teor dos depoimentos de Ribeiro Júnior. “O Estado de Minas é citado por parte da imprensa no episódio de possível violação de dados fiscais de pessoas ligadas à atual campanha eleitoral. Entende que isso é normal e recorrente, principalmente às vésperas da eleição, quando os debates se tornam acalorados”, diz o texto. “O jornalista Amaury Ribeiro Júnior trabalhou por três anos no Estado de Minas e publicou diversas reportagens. Nenhuma, absolutamente nenhuma, se referiu ao fato agora em questão. O Estado de Minas faz jornalismo.”
No momento em que o assunto tomou outra dimensão, a versão mudou bastante. Passou a circular a tese de que Ribeiro Júnior agiu por conta própria, durante suas férias. Procurado por CartaCapital, Gimenez ficou muito irritado com perguntas sobre a Operação Caribe. “Não sei de nada, isso é um absurdo, não estou lhe dando entrevista”, disse, alterado, ao telefone celular. Sobre a origem da pauta, foi ainda mais nervoso. “Você tem de perguntar ao Amaury”, arrematou. Antes de desligar, anunciou que iria divulgar uma nova nota pública, desta vez para provar que Ribeiro Júnior, funcionário com quem manteve uma relação de confiança profissional de quase cinco anos, não trabalhava mais nos Diários Associados quando os sigilos dos tucanos foram quebrados na Receita.
A nota, ao que parece, nem precisou ser redigida. Antes da declaração de Gimenez a CartaCapital, o UOL, portal na internet do Grupo Folha, deu guarida à versão. Em seguida, ela se espalhou pelo noticiário. Convenientemente.
O que Gimenez não pode negar é a adesão do Estado de Minas ao governador Aécio Neves na luta contra a indicação de Serra. Ela se tornou explícita em 3 de fevereiro deste ano, quando um editorial do jornal intitulado Minas a Reboque, Não! soou como um grito de guerra contra o tucanato paulista. No texto, iniciado com a palavra “indignação”, o diário partiu para cima da decisão do PSDB de negar as prévias e impor a candidatura de Serra contra as pretensões de Aécio. Também pareceu uma resposta às insinuações maldosas de um articulista de O Estado de S. Paulo dirigidas ao governador de Minas.
“Os mineiros repelem a arrogância de lideranças políticas que, temerosas do fracasso a que foram levados por seus próprios erros de avaliação, pretendem dispor do sucesso e do reconhecimento nacional construído pelo governador Aécio Neves”, tascou o editorial. Em seguida, desfiam-se as piores previsões possíveis para a candidatura de Serra: “Fazem parecer obrigação do líder mineiro, a quem há pouco negaram espaço e voz, cumprir papel secundário, apenas para injetar ânimo e simpatia à chapa que insistem ser liderada pelo governador de São Paulo, José Serra”. E termina, melancólico: “Perplexos ante mais essa demonstração de arrogância, que esconde amadorismo e inabilidade, os mineiros estão, porém, seguros de que o governador ‘político de alta linhagem de Minas’ vai rejeitar papel subalterno que lhe oferecem. Ele sabe que, a reboque das composições que a mantiveram fora do poder central nos últimos 16 anos, Minas desta vez precisa dizer não”.
Ao longo da semana, Aécio desmentiu mais de uma vez qualquer envolvimento com o episódio. “Repudio com veemência e indignação a tentativa de vinculação do meu nome às graves ações envolvendo o PT e o senhor Amaury Ribeiro Jr., a quem não conheço e com quem jamais mantive qualquer tipo de relação”, afirmou. O senador recém-eleito disse ainda que o Brasil sabe quem tem o DNA dos dossiês, em referência ao PT.
Itagiba, derrotado nas últimas eleições, também refutou as acusações de que teria comandado um grupo de espionagem com o intuito de atingir Aécio Neves, no meio da briga pela realização de prévias no PSDB. “Não sou araponga. Quando fui delegado fazia investigação em inquérito aberto, não espionagem, para pôr na cadeia criminosos do calibre desses sujeitos que formam essa camarilha inscrustada no PT.”
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