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Em caso de crise


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E para ouvir no Primeiro de Maio...



A Internacional cantada por Tony Babino. É a música que fecha com os créditos o ótimo "Capitalismo: uma história de amor", do Michael Moore.
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Sobre muros

A guerra fria acabou? Contraditoriamente, talvez a festa que a grande mídia internacional fará hoje para comemorar seu fim, com a queda do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1983, prove exatamente o contrário. Velhos clichês estarão de volta, embalados em belas imagens. Lembrarão que os maus comunas do lado de lá impediam seu povo de usufruir as maravilhas do mundo capitalista. Mas há vozes dissonantes, que não serão convidadas para os canapés, provando que o Fla x Flu resiste ao tempo. O historiador americano William Blum é uma delas, em artigo traduzido recentemente no Resistir cita um jornal vermelhíssimo de 1963 que aponta uma justa motivação:

"Berlim Oeste ressentiu-se economicamente do muro com a perda de cerca de 60 mil trabalhadores especializados que saíam diariamente das suas casas em Berlim Leste para os seus locais de trabalho em Berlim Oeste"


O jornal é um tal de New York Times, que assim relatou o incômodo de um estado que investia pesadamente em educação e via surgir uma crise com a perda de seu investimento.

Mas claro, há sempre o “mas”. O muro também servia para impedir que os comunistas fossem ao outro lado comer criancinhas. Temos que lembrar.

Particularmente, continuo achando muita hipocrisia comemorar a queda de um muro quando o mundo, dito “livre”, construiu tantas muralhas nesses últimos anos:


Muro construído pelo Egito na fronteira com Gaza.


Muro construído pelos EUA na fronteira com o México. Mais ótimas fotos aqui.


Muro construído pela prefeitura do Rio de Janeiro na favela Dona Marta.
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Diálogo colombino



Conversa com um crédulo e acrítico leitor dos nossos bem informados jornais:


− Esse Uribe é um canalha!

− Ah, mas ele foi macho. Os caras estavam fazendo jogo duro para libertar os reféns.

− Muito pelo contrário. Assassinaram o principal negociador das Farc, o Raúl Reys. Agora tudo ficou mais difícil. O que Uribe queria era exatamente evitar a libertação. Coisa de traíra.

− Mas esses caras são terroristas, não dá para confiar.

− Terroristas? Eles são um outro estado dentro daquele país. São guerrilheiros, querem implantar um governo marxista-leninista. Foram organizados em 1964 quando perseguidos por militares e paramilitares à mando da elite corrupta e assassina.

− Se querem o poder, deviam sair da clandestinidade. Fazer um partido e disputar eleições, dentro da democracia.

− Mas foi o que fizeram em 1984. Assinaram um acordo de cessar-fogo com o então governo de Belisário Betancur, criando a União Patriótica, uma frente de várias tendências, que elegeu 350 conselheiros municipais, 23 deputados e 6 senadores.

− E desistiram? Aposto que não gostaram da experiência democrática.

− Claro que não gostaram. As elites e o governo se aproveitaram do momento e assassinaram vários parlamentares, incluindo dois candidatos presidenciais, em um total de 4 mil militantes.

− Ah, mas hoje eles são ligados aos narcotraficantes.

− É uma grande mentira, criada pelo ex-embaixador dos EUA na Colômbia, Louis Stamb, e até hoje repetida pela mídia. A Colômbia, sua elite, vive e depende do narcotráfico. Seu atual presidente tem negócios e interesses nas drogas.

− Aí você já está apelando. Isso é teoria da conspiração.

− É? Mas quem diz não sou eu, mas o próprio governo americano.

− Cumé?

− Saiu na Newsweek de 9 de agosto de 2004. Segundo ela, um relatório do Departamento de Defesa dos EUA, de 1991, faz um Quem é Quem do mercado de drogas colombiano. Em uma lista dos 100 o nome de Álvaro Uribe Velez é o número 82. E ainda afirma a revista que ele tinha negócios nos EUA que envolviam cocaína, além de ser grande amigo de Pablo Escobar.

− Que babado! Ah, mas tem o Plano Colômbia, os EUA querem acabar com a produção de cocaína no país.

− Querem? O Plano Colômbia aumentou a produção. O grande país do norte é parceiro e interessado na produção de cocaína mundial.

− Tá maluco! E o DEA?

− Foram apanhados juntos com paramilitares. O governo americano, CIA e drogas fazem uma combinação há muito controvertida. Pesquise no Google.

− Teoria da conspiração!

− Pesquise o caso Irã-Contras. Tinham drogas naquele mafuá.

− O fato é que mataram os caras de pijamas, isso eu concordo.

− Pois é. Tem vídeo que mostra que foi de madrugada, todos dormiam, uma covardia.

− Até concordo.

− Mas de pijamas? E guerrilheiro usa pijamas? Na selva?

− Ah, mas eu li nos jornais.
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A Revolução Russa e a imprensa brasileira

Não é de hoje que a nossa imprensa comete equívocos grosseiros ou maldades intencionais com os fatos ligados a Revolução Soviética. Um excelente texto de Augusto Buonicore relata que desde Rui Barbosa a principal tarefa da mídia era desinformar.
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Bate-boca nonagenário




A Revolução Soviética ainda causa reação e incompreensões diversas. Em post no site O Biscoito fino e a massa, coloquei uma parte de minha visão e recebi resposta do leitor blogueiro Adriano. Repliquei e acabei falando mais sobre a revolução do que estava imaginando. E peguei gosto, quero mais debate.

Começou com este comentário meu:

Idelber, ótimo post. E lembrou falha minha por ainda não ter comentado o assunto em meu blog. Mas o farei. Tenho relido John Reed, um dos melhores relatos sobre a revolução russa, que deu em um filme, infelizmente sem a mesma qualidade. Como foram ricas as discussões! Quanta paciência dos bolcheviques com o pensamento burguês! Mesmo com o Palácio de Inverno tomado, com o poder já em suas mãos, as assembléias eram ricas em debate e contavam com ferrenha oposição de mencheviques, SRs, cadetes, social-democratas de direita, desejosos de um caminho de conciliação. Durante muito tempo a revolução contou com inimigos declarados e alguns não tanto. As anos seguintes foram igualmente riquíssimos. Impossível não reconhecer a vitória do socialismo que permitiu aquele país, em poucas décadas, deixar de ser um país agrário em uma das maiores potências industriais do planeta, responsável principal pela derrota do nazismo, mesmo que a máquina de propaganda ocidental tente o tempo todo esconder esta verdade. O discurso de direita, impedido de maiores lógicas em seus argumentos, passou a se fixar na mesma tecla: a barbárie cometida. A maldade no argumento é evidente. Já acontecia na contra-revolução em 1917, John Reed relata no livro. Não deixou de ser tentada depois, até hoje servindo como principal argumento da direita e, também, de herdeiros dos mencheviques. Estes deveriam cobrar de George Washington suas culpas. Afinal, o cara virou nota, mesmo tendo maltratado tantos soldadinhos ingleses.

Jurandir em novembro 12, 2007 10:59 AM

Adriano respondeu:

Senhores,

O paralelo entre George Washington e os bolcheviques é totalmente sem cabimento. Se a "direita" critica o socialismo soviético não é por ele ter matado nazistas ou quaisquer pessoas de outros povos com que a Rússia pudesse estar em guerra. O grande problema é que pelo menos duas dezenas de milhões de russos morreram na mão... de russos; isso é sem paralelo na história, a não ser que se fala da quase centena de milhões de chineses que morreram em quatro anos em decorrência da Grande Fome.
Em relação ao outro argumento de Jurandir, é preciso repetir que a economia russa estava em pleno desenvolvimento já nos últimos anos do atrasado sistema czarista. Fica, assim, posta em dúvida se a transição do "feudalismo" (ou agrarismo) se daria necessariamente, que é o que defendo, ou se se deveu ao totalitarismo socialista.
E, para defender Marx, também é preciso dizer que a revolução viria da mão dos trabalhadores, a partir da tomada de consciência do proletariado, que parece, no fundo, ter sido manipulado por líderes pequeno-burgueses como Lênin e Tróstsky.
Isso tudo sem contar ainda que a Rússia leninista só sobreviveu com a NEP, que foi uma espécie de estado de exceção... capitalista.


Adriano em novembro 12, 2007 5:25 PM

Repliquei assim:

Caro Adriano,

Sua acusação é conhecida. Foram vinte milhões de russos vítimas do seu governo? Eu o desafio a apresentar fontes diferentes de William Hearst, Robert Conquest e Aleksandr Solzhenitsyn. Para não me alongar aqui, sugiro um link.

O primeiro foi o grande magnata da imprensa marrom americana que inspirou o filme Cidadão Kane, um inimigo declarado do regime soviético, amigo de hitler nos anos 30. O segundo foi desmoralizado pelo The Guardian, que o acusou ser homem do IRD (Information Research Departement, do serviço secreto inglês, antes Communist Information Departement), o último, depois que a cada palestra aumentava o número de vítimas do regime soviético e reinventava histórias, começou a ser esquecido por seus próprios patrocinadores, caindo no ostracismo.

Todas estas mentiras caíram por terra quando em 1989, no governo Gorbachov, um grupo de historiadores russos, como V. N. Zemskov, A. N. Dougin e O. V. Xlevjik (pesquise no Google) teve acesso pela primeira vez a vários documentos do sistema corretivo soviético até a data de 1953, reunindo o resultado em 9 mil páginas que desmentem as mentiras até então inventadas sobre aquele período.

Acusar a revolução soviética de ser uma fábrica de mortos é nítida manobra diversionista. Foi o capitalismo, e ainda é, um dos maiores fabricantes de vítimas e de barbárie em toda a história da humanidade. Fique só nas ações dos EUA que já terá números e relatos impressionantes. Comece com a expansão americana chegando ao Caribe para destronar o decadente império Espanhol e ganhar de presente as Filipinas, caminho natural para o rico Oriente, seus recursos, seus mercados. A selvageria contra o indefeso povo filipino está registrada na história como um dos seus episódios mais cruéis.

Seu argumento de que nos últimos anos do czarismo havia pleno desenvolvimento da economia é absurdo. A fome e a miséria haviam aumentado substancialmente, inclusive com os efeitos da primeira guerra, motivo inclusive de ser a paz uma das principais bandeiras dos bolcheviques.

Massas manipuladas por líderes pequeno-burgueses? Nunca na história se discutiu e se deliberou tanto e por muitos. Que sistema democrático no mundo teve experiência de dar voz e poder a soldados, operários, camponeses como naquele? As democracias burguesas no mundo foram mais democráticas? Que isso? Se Bush não tivesse roubado não seria eleito.

Ah, sim, a NEP foi uma medida capitalista, o que demonstra o poderio do socialismo, que é o de ser capaz de ter jogo de cintura para fazer o mais certo, na hora mais exata. Ou, na melhor linguagem de Lênin: “É preciso voltar um passo atrás para depois avançar dois à frente". Quantas vezes o capitalismo ousou isso?


Bom, é assunto ainda para muitos posts.
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A revolução de outubro e seus impactos no século 20

Estava querendo fazer um post sobre as comemorações dos 90 anos da Revolução Russa. Até comentei sobre isso no excelente blog O biscoito fino e a massa, mas acabo de ler um texto onde está quase tudo que desejava dizer, e um tanto a mais. Aconselho a leitura.
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92% dos alemães orientais ainda preferem o comunismo no país

Pois é. Quem pesquisou foi a Der Spiegel, que nunca foi de esquerda.

A matéria está no site Vermelho.
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