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11 de setembro de 2001

Em setembro de 2001, eu tinha a convicção de que nenhum acontecimento poderia ser mais insólito e com cara de filme B do que o sequestro de Sílvio Santos, ocorrido no final de agosto. A charge abaixo fala da chatice evangélica da filha do Abravanel.


Entre uma menção a Deus e outra, a filha do Homem do Baú revelou que o sequestrador metido a MacGyver a chamava de princesa. Era a chamada Síndrome de Estocolmo, que fazia outras vítimas naquela época (o desenho tá ruim que dói, o sujeito saltitante era pra ser o FHC. Mas naquela época, qualquer bonequinho com "boca de sovaco" e cabelo grisalho era facilmente identificável).

Mas aquilo não era nada comparado com o que viria menos de duas semanas após. Acordei com a TV mostrando a primeira torre já em chamas e assisti ao vivo o choque do segundo avião. Lembro que recebi uma mesa digitalizadora, comprada pela internet, naquela tarde, enquanto as torres desabavam. A charge abaixo foi feita na noite daquele dia, durante uma reunião da Grafar, na CCMQ. Depois, foi finalizada com a mesa digitalizadora nova e publicada na revista Talebang. Uns três ou quatro anos mais tarde, o Marco Aurélio publicou uma versão cover degenerada no jornaleco da Azenha.



A revista foi publicada no final de 2001, em meio à paranoia que se seguiu aos atentados. Os EUA já haviam invadido o Afeganistão e iniciado sua Guerra ao Terror, que perdura até hoje e se espalha por todo e qualquer lugar do Oriente Médio onde houver petróleo.


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Sapatada

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Novas velharias (de novo e de novo...)

Pois é, mais uma vez o blog ficou às traças. E, ao invés de eu tomar vergonha na cara e fazer uma charge nova, resolvi aplicar o golpe da publicação de charges históricas, vulgo velharias.

A primeira que eu achei no meu baú virtual é de 2001. Fala da ajuda humanitária gentilmente oferecida pelos estadunidenses aos afegãos. Foi publicada na revista Talebang.

A segunda é de 2002. Foi feita à época do assassinato de Tim Lopes que, entre outras reações, mais ou menos legitimas, gerou um bizarro debate sobre liberdade de imprensa. Por meio de alguma estranha linha de raciocínio, alguém da Globo conseguiu ver no assassinato, com requintes de crueldade, uma forma de censura. O Elias Maluco foi transformado de sociopata homicida a censor. E essa verdadeira estupidez não foi contestada por ninguém na grande imprensa. Nem chargistas, nem colunistas!

A charge foi feita para o Pasquim 21, mas não foi publicada.



A terceira também é de 2002. É sobre um avião batendo em um prédio - no caso, a Torre da Pirelli, em Milão. Mas o fato, em comparação com o 11 de setembro do ano anterior, não teve o mesmo impacto, literalmente...

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Enquanto isso, em Washington...

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Qualquer semelhança

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Os Estados Unidos na geopolítica mundial depois do conflito na Geórgia

Do Blog O Biscoito Fino e a Massa, de Ildelber Avelar
Convenhamos que é meio humilhante começar a atirar e 48 horas depois implorar de joelhos por um cessar-fogo. Há algo de comovente em ver uma nação dar-se conta de que durante muito tempo acreditou num conto da carochinha. Segundo os relatos que chegam, o estado de espírito na República da Geórgia pode se resumir com uma pergunta atônita: onde estão os americanos que disseram que nos protegeriam, que eram nossos amigos? Os georgianos descobriram, na base da porrada, o que os latino-americanos minimamente informados já sabem há mais de um século: o que os EUA querem dizer quando alardeiam seu compromisso com a “liberdade e a democracia”.

As analogias históricas não funcionam muito bem para se compreender o conflito desta semana porque a Geórgia é – ou era, até a semana passada – um dos poucos lugares da galáxia onde o presidente americano goza de popularidade real. Como se sabe, a estrada que leva ao aeroporto de Tbilisi foi batizada com o tenebroso nome de George W. Bush. Ao longo dos últimos 16 anos em que predominou uma paz tensa na Ossétia do Sul e na Abkházia, e muito especialmente desde a eleição de Mikhail Saakashvili em 2004, a Geórgia tem sido a menina dos olhos do entrismo da OTAN.
Em abril deste ano, Bush defendeu abertamente a entrada da Geórgia no Tratado, sob os olhares estupefatos dos europeus, que sabiam muito bem a provocação que isso representaria para a Rússia. Logo em seguida, 1.000 marines foram enviados à base militar de Vaziani, na fronteira com a Ossétia do Sul, para treinamento do exército georgiano. Desde a visita de Bush ao país em 2005, os EUA apresentam a Geórgia como modelo de democracia, não se importando muito com as incontáveis denúncias de violações dos direitos humanos. Tudo indica que Saakashvili imaginou que contaria com algo mais que declarações verbais americanas no momento em que iniciasse a aventura militar na Ossétia do Sul (região onde, diga-se de passagem, fala-se língua da família irânica, sem relação com o georgiano, que é língua do grupo sul-caucasiano). Para piorar sua situação, as tropas russas são detestadas na Geórgia, mas são populares na Ossétia. Resumindo: a Geórgia imaginou que tinha entrado no clube.
Não é de se estranhar que a imprensa não tenha dito muito sobre as centenas de milhões de dólares em armas, treinamento, equipamento eletrônico, aviação e morteiros fornecidos por Israel para a Geórgia nos últimos anos. Por volta de 100 agentes israelenses participaram da preparação da invasão georgiana à Ossétia do Sul. O contato aqui foi via Davit Kezerashvili, ministro da defesa georgiano, ex-residente de Israel. Outro ministro, Temur Yakobashvili, deu entrevista a uma rádio israelense no dia 11 de agosto, afirmando que um pequeno grupo de soldados georgianos foi capaz de dizimar uma divisão militar russa inteira, graças ao treinamento israelense. Tampouco é de se estranhar que depois da surra levada pela Geórgia, Israel tenha subestimado o seu papel no processo.

Mas o que salta aos olhos neste conflito é a completa desmoralização da liderança americana. Há tempos não se via os EUA espernearem tanto com tanta impotência. O vice-presidente Dick Cheney falou em não deixar a agressão russa sem resposta e os russos solenemente ignoraram. O candidato republicano John McCain, cujo principal conselheiro foi lobista do governo georgiano durante anos, batucou seus queridos tambores de guerra sem que os russos dessem o menor sinal de preocupação. O New York Times relatou que duas altas autoridades americanas chegaram ao ponto de afirmar que os EUA estão aprendendo a hora de ficarem calados. Enquanto isso, McCain declarava que no século XXI, as nações não invadem outras nações, talvez imaginando que as invasões americanas no Afeganistão e no Iraque aconteceram no século XVIII.

Se o cálculo da direita americana foi se aproveitar do episódio para reforçar um belicismo que costuma lhe render dividendos eleitorais, há bons motivos para se imaginar que o tiro pode ter saído pela culatra. Não há indicadores claros de que a atual viagem de Condoleeza Rice à região, à reboque do presidente francês Sarkozy, possa reverter esse quadro significativamente. O que é certo é que o presidente Mikhail Saakashvili – que num discurso no sábado passado chegou a evocar McCain, um candidato a uma eleição num país estrangeiro – já pode falar sobre tiros pela culatra com a autoridade de um doutor honoris causa.
(Artigo publicado também na Agência Carta Maior)

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Medalha de ouro em cara-de-pau

Depois de muito tempo, fiz uma charge sobre o Bush e sua preocupação tão sincera. A caricatura dele ficou ruinzinha. Bem pior do que costumava ser, como pode ser visto na segunda charge, de 2004. É o que dá ficar só desenhando a Yeda...




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