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O que a Senadora Ana Amélia fazia ao lado de "produtor" escravista?


Empresa de família de deputado federal entra na "lista suja" da escravidão




Complexo Agroindustrial Pindobas,
empresa pertencente à família do deputado Camilo Cola (PMDB-ES), está
entre as 56 novas inclusões no cadastro. Empresário é fundador do grupo
Itapemirim




Por Anali Dupré, Daniel Santini, Guilherme Zocchio e Stefano Wrobleski




O Complexo Agroindustrial Pindobas,
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QUANDO AS "MISSES" SE ENCONTRAM

Ana Amélia, Miss  Lagoa Vermelha 68:  aquecendo as turbinas para levar o latifúndio do RS ao Senado

Manuela, musa do Congresso: a esquerda que a direita adora

 Nada a estranhar, como se verá adiante. O encontro político da senadora Ana Amélia Lemos (PP), ex-miss Lagoa Vermelha, com deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB), ex(?)-musa do Congresso Nacional, visando o apoio da primeira à candidatura à Prefeitura de Porto Alegre da segunda, será mais uma grande efeméride no autoproclamado “Estado mais politizado do Brasil”.
   É o que se depreende da matéria veiculada na Zero Hora (RBS) do dia 16.04.12, na qual é informado que “em três agendas partidárias, ela [Ana Amélia] reforçou os argumentos em defesa da aliança com Manuela D’Ávila”.
   Segundo ainda o mesmo pasquim, que ganhou força no RS apoiando a “ditabranda”, Ana Amélia está tentando “derrubar as resistências do PP que torcem o nariz para a aliança com os comunistas, sobretudo os ruralistas.”
   Diz a senadora: “Eu fiz a lembrança de que coube a um comunista, Aldo Rabelo, a tarefa de articular  o Código Florestal. Se pudessem, agricultores de todo o Rio Grande fariam uma estátua para Aldo. Para isso serviu o PCdoB”, arremata, insuspeitamente, a representante da direita latifundiária gaúcha.
   E, dando uma extraordinária lição sobre a necessidade do fortalecimento dos partidos políticos, tão reclamada em prosa e verso: “ou o partido acompanha a sua preferência ou se prepara para uma situação em que o diretório fechará aliança com Fortunati [atual prefeito, do PDT e candidato à reeleição] e ela, de forma independente, apoiará Manuela. E, completa a senadora: - É claro que isso é possível.É uma democracia partidária muito positiva.” (uau!)
   Para inicio de conversa, Ana Amélia, que foi casada com o falecido senador biônico Octávio Cardoso (Arena), entende de democracia, afinal seu partido acabou com uma, a brasileira, em 1964.
   Mas, na verdade, não há motivos para espanto com esse apoio:  o que Ana Amélia deseja mesmo é amarrar o PCdoB gaúcho à sua candidatura ao governo do Estado em 2014, pois como sabido, Ana Amélia, com o apoio da RBS, empresa para a qual trabalhou por 33 anos, já é candidatíssima.
   Quanto ao PCdoB, que inclusive ofereceu a vaga de vice para o PP, também não causa espécie: trata-se de um partido que, de comunista, só tem o nome. Não nos esqueçamos de que, quando concorreu à prefeitura, em 2008, Manuela teve com vice nada menos do que o ex-deputado Berfran Rosado, do PPS, que foi secretário do governo Britto, o qual vendeu, de forma vergonhosa, o patrimônio do Estado, e que preparava a venda da Companhia Riograndense de Saneamento, então presidida por Berfran, só tendo sido parado pela eleição de Olívio Dutra. Aliás, Berfran também foi secretário do escandaloso governo de Yeda Crusius (PSDB). Precisa dizer mais?
   E, como bem lembrou Ana Amélia, o PP não precisa temer os comunistas de opereta do PCdoB: eles já deram uma mãozinha para o latifúndio no Código Florestal.
   Diante de tão comovente aliança, só nos resta sentar diante da passarela e assistir a esse desfile de horrores que (também) assola a política gaúcha.

Tudo para dar certo: a colegial deslumbrada e a tia do agronegócio.
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