31 DE MARÇO É UM DIA PARA LAMENTAR


O golpe de 1964 fez o Brasil dar um passo gigantesco para trás.
Geisel, de óculos escuros, foi um dos horrores nacionais
Geisel, de óculos escuros, foi um dos horrores nacionais
Num país, algumas datas são para celebrar. Outras, para lamentar.
O dia 31 de março é para lamentar.
Há 49 anos, uma conspiração destruiu uma democracia com o argumento cínico de que estava exatamente preservando a democracia.
O que havia de mais atrasado na sociedade da época se juntou na trama: militares, CIA, políticos conservadores e grandes empresários do jornalismo, como os Mesquitas, Roberto Marinho e Octavio Frias de Oliveira.
A administração que nasceu dessa aliança foi um colosso da inépcia. O Brasil piorou dramaticamente – excetuado o pequeno grupo que tomou conta do Estado.
A desigualdade floresceu.
O país se favelizou. Conquistas trabalhistas foram extirpadas, como a estabilidade. Greves – a única arma dos trabalhadores – foram proibidas. O ensino público que era excelente – e promovia a mobilidade social – foi devastado, com a perseguição a professores e o controle obsceno do que era ensinado nas salas de aula.
O Brasil deu um passo gigantesco para trás em 31 de março de 1964.
Os generais presidentes – Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo – merecem um esculacho eterno.
Falavam em combater a corrupção dos civis e não conseguiram criar em seu partido, a Arena, nada que fosse além de Paulo Maluf.
Foram mais de vinte anos de pesadelo.**
Alguns cúmplices dos militares acabaram também se dando mal. Carlos Lacerda, o eterno conspirador, queria que eles derrubassem João Goulart e preparassem o terreno para que ele, Lacerda, ascendesse à presidência.
Os Mesquitas foram obrigados a publicar receitas para ocupar o espaço de textos censurados.
Frias foi submetido à humilhação de receber uma ordem telefônica para demitir o diretor de redação Claudio Abramo, e obedeceu.
Passou.
Mas é bom não esquecer que 31 de março é um dia para lamentar.
*Por Paulo Nogueira,  jornalista e Editor do
http://diariodocentrodomundo.com.br (fonte desta postagem).


**Notado Editor do Blog: Dentre os pesadelos vivenciados durante a famigerada ditadura civil/militar estão milhares de prisões arbitrárias de civis e militares (que não compactuaram com o golpe), torturas,  banimentos e assassinados de patriotas que ousaram lutar contra o arbítrio. Uma dessas pessoas foi a jovem santiaguense Sônia Angel, trucidada aos 27  anos em São Paulo, em 1973.

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George Harrison & Eric Clapton




 While my guitar gently weeps - George Harrison & Eric Clapton 

Concerto realizado para The Princes Trust Concert  - 1987

Participam: George Harrison: Guitarra e voz; Eric Clapton: Guitarra; Jeff Lyne: Guitarra; Phil Collins: Bateria; Ringo Starr: Bateria; Ray Cooper: Percussão; Mark King: Baixo; Elton John: Piano; Jool Holland: Piano.
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Azenha: Globo e governo Dilma parecem estar perto da vitória


Por Renato Rovai*

Azenha anunciou que vai fechar o Viomundo depois de perder ação na justiça movida pela Globo. É uma notícia-bomba. Uma derrota parcial da luta pela democratização no país. E quando alguém perde, outro alguém ganha. Os vencedores são os grandes grupos econômicos de comunicação, mas também uma boa parte do governo que anda mais preocupada com negócios do que em construir políticas públicas que modifiquem a imensa concentração deste segmento.
No momento, estou em Tunis, na Túnisia, cobrindo o Fórum Social Mundial. Antes de vir pra cá estive em Brasília. Conversei com muita gente. E confirmei o que já imaginava. Primeiro, que o governo Dilma não vai mexer no que considera um vespeiro, a regulamentação da comunicação. Segundo, que o ministro Paulo Bernardo deixou de ser apenas uma adversário desta tese. Passou a se um inimigo. E mais do que isso, agora instrumentaliza nossa luta para conquistar ainda mais poder.
Bernardo hoje é o homem dos grandes grupos de comunicação no PT. É o sujeito que livra as teles e a Globo dos “monstros” que querem a regulamentação e a democratização. E o que fazemos, no fundo, o ajuda a ampliar seu poder. Foi neste contexto que seu secretário-executivo, Cezar Alvares, teria dito a frase de que o governo Dilma não faria a regulamentação das comunicações. Aquilo não foi um deslize. Foi a assinatura de um contrato público com o povo da radiodifusão. Foi a Carta ao Povo Brasileiro de Dilma com esses setores. Eles queriam um sinal claro. Bernardo deu.
Mas não é só isso. Paulo Bernardo (e não só ele) também tem se referido a blogueiros como vagabundos e pilantras. E completa a frase com “e o governo ainda sustenta essa gente…”. Convenhamos, isso é bobagem. O que não é bobagem é que ele tem feito pressão pessoal para que ninguém mais apoie os poucos veículos que ainda recebem alguma verba publicitária. (Aliás, se você quer saber o tamanho deste apoio, leia este artigo do Miguel do Rosário.)
Nos Correios, por exemplo, a ordem é clara. Se algum centavo for destinado a esse “povo”, cabeças rolarão. Procure algo dos Correios em qualquer veículo da mídia alternativa ou livre. Mas também procure na Veja, na Globo, na Folha e no Estadão…
Azenha não está anunciando o fechamento do seu blogue por causa da Secom e do Paulo Bernardo. Mas também não está fazendo isso só por causa da Globo. Se a gente tivesse nesta luta pela democratização da mídia, mas não se sentisse sendo usado, talvez ele não tivesse tomado esta atitude.
Espero que ela ainda reflita e que um movimento cidadão o anime a seguir em frente. Azenha nunca teve um centavo de recurso público no seu blogue. E desde que o conheço nunca se mostrou interessado neste tipo de financiamento. Mas ele sonhou junto com muitos de nós que teríamos condição de melhorar a correlação de forças da comunicação no Brasil. Imaginou que tínhamos aliados. E ouviu, como eu, discursos de muitos se comprometendo com a causa.
E com o tempo passando, foi percebendo que só estávamos sendo usados. É este o exato sentimento: usados. E talvez essa sua decisão seja um sinal para um movimento que pode se tornar bastante importante. O Azenha não pode ficar sozinho nisso. É hora de refletir.
*Jornalista, Editor do Blog do Rovai - fonte desta postagem -  http://revistaforum.com.br
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'Quando o Viomundo me apresentou Azenha' (Maria Frô)


"Eu brigo muito com Azenha, agora mesmo tenho vontade de dizer para ele: Não, você não vai fechar o Viomundo, a gente vende roupa no brechó, pastel na feira, sei lá, mas você não vai fechar o Viomundo!  Eu conheci você por causa do Viomundo! 

 O Viomundo me apresentou o Azenha, o jornalista Luiz Carlos Azenha. (...)

Vou começar a fazer chantagem, apelar, sei lá. Mas o que gostaria de pedir agora a quem me lê é que não deixem estas corporações midiáticas e este governo subserviente a estas corporações vencer a liberdade de expressão. Não deixem que um idiota com cara de fuinha que não sabe porra nenhuma de jornalismo e democracia leve a melhor. (...)

E se vocês gostarem um tantinho do Maria Frô me ajudem a não deixar o Viomundo fechar. Já decretei no Face se isso acontecer, encerro o Maria Frô. Será greve de verbo dissonante num mundo cada vez mais discurso único.  Sinceramente? Ando exaurida de tantos recuos e covardia dos que não têm mais desculpas para assim agir. Parece que está chegando a hora em que a coragem será o silêncio."
-Para ler, na íntegra,  a  solidária, contundente e emocionante  postagem da companheira Conceição Oliveira, editora do excelente 'Maria Frô',  Clique Aqui
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Martinha




* Eu daria a minha vida -  Martinha (1968)
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Globo consegue o que a ditadura não conseguiu: calar imprensa alternativa



por Luiz Carlos Azenha*

Meu advogado, Cesar Kloury, me proíbe de discutir especificidades sobre a sentença da Justiça carioca que me condenou a pagar 30 mil reais ao diretor de Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, supostamente por mover contra ele uma “campanha difamatória” em 28 posts do Viomundo, todos ligados a críticas políticas que fiz a Kamel em circunstâncias diretamente relacionadas à campanha presidencial de 2006, quando eu era repórter da Globo.

Lembro: eu não era um qualquer, na Globo, então. Era recém-chegado de ser correspondente da emissora em Nova York. Fui o repórter destacado para cobrir o candidato tucano Geraldo Alckmin durante a campanha de 2006. Ouvi, na redação de São Paulo, diretamente do então editor de economia do Jornal Nacional, Marco Aurélio Mello, que tinha sido determinado desde o Rio que as reportagens de economia deveriam ser “esquecidas”– tirar o pé, foi a frase — porque supostamente poderiam beneficiar a reeleição de Lula.

Vi colegas, como Mariana Kotscho e Cecília Negrão, reclamando que a cobertura da emissora nas eleições presidenciais não era imparcial.

Um importante repórter da emissora ligava para o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, dizendo que a Globo pretendia entregar a eleição para o tucano Geraldo Alckmin. Ouvi o telefonema. Mais tarde, instado pelo próprio ministro, confirmei o que era também minha impressão.

Pessoalmente, tive uma reportagem potencialmente danosa para o então candidato a governador de São Paulo, José Serra, censurada. A reportagem dava conta de que Serra, enquanto ministro, tinha autorizado a maior parte das doações irregulares de ambulâncias a prefeituras.

Quando uma produtora localizou no interior de Minas Gerais o ex-assessor do ministro da Saúde Serra, Platão Fischer-Puller, que poderia esclarecer aspectos obscuros sobre a gestão do ministro no governo FHC, ela foi desencorajada a perseguí-lo, enquanto todos os recursos da emissora foram destinados a denunciar o contador do PT Delúbio Soares e o ex-ministro da Saúde Humberto Costa, este posteriormente absolvido de todas as acusações.

Tive reportagem sobre Carlinhos Cachoeira — muito mais tarde revelado como fonte da revista Veja para escândalos do governo Lula — ‘deslocada’ de telejornal mais nobre da emissora para o Bom Dia Brasil, como pode atestar o então editor Marco Aurélio Mello.

Num episódio específico, fui perseguido na redação por um feitor munido de um rádio de comunicação com o qual falava diretamente com o Rio de Janeiro: tratava-se de obter minha assinatura para um abaixo-assinado em apoio a Ali Kamel sobre a cobertura das eleições de 2006.

Considero que isso caracteriza assédio moral, já que o beneficiado pelo abaixo-assinado era chefe e poderia promover ou prejudicar subordinados de acordo com a adesão.

Argumentei, então, que o comentarista de política da Globo, Arnaldo Jabor, havia dito em plena campanha eleitoral que Lula era comparável ao ditador da Coréia do Norte, Kim Il-Sung, e que não acreditava ser essa postura compatível com a suposta imparcialidade da emissora. Resposta do editor, que hoje ocupa importante cargo na hierarquia da Globo: Jabor era o “palhaço” da casa, não deveria ser levado a sério.

No dia do primeiro turno das eleições, alertado por colega, ouvi uma gravação entre o delegado da Polícia Federal Edmilson Bruno e um grupo de jornalistas, na qual eles combinavam como deveria ser feito o vazamento das fotos do dinheiro que teria sido usado pelo PT para comprar um dossiê contra o candidato Serra.

Achei o assunto relevante e reproduzi uma transcrição — confesso, defeituosa pela pressa – no Viomundo.

Fui advertido por telefone pelo atual chefão da Globo, Carlos Henrique Schroeder, de que não deveria ter revelado em meu blog pessoal, hospedado na Globo.com, informações levantadas durante meu trabalho como repórter da emissora.

Contestei: a gravação, em minha opinião, era jornalisticamente relevante para o entendimento de todo o contexto do vazamento, que se deu exatamente na véspera do primeiro turno.

Enojado com o que havia testemunhado ao longo de 2006, inclusive com a represália exercida contra colegas — dentre os quais Rodrigo Vianna, Marco Aurélio Mello e Carlos Dornelles — e interessado especialmente em conhecer o mundo da blogosfera — pedi antecipadamente a rescisão de meu contrato com a emissora, na qual ganhava salário de alto executivo, com mais de um ano de antecedência, assumindo o compromisso de não trabalhar para outra emissora antes do vencimento do contrato pelo qual já não recebia salário.

Ou seja, fiz isso apesar dos grandes danos para minha carreira profissional e meu sustento pessoal.

Apesar das mentiras, ilações e tentativas de assassinato de caráter, perpretradas pelo jornal O Globo* e colunistas associados de Veja, friso: sempre vivi de meu salário. Este site sempre foi mantido graças a meu próprio salário de jornalista-trabalhador.

O objetivo do Viomundo sempre foi o de defender o interesse público e os movimentos sociais, sub-representados na mídia corporativa. Declaramos oficialmente: não recebemos patrocínio de governos ou empresas públicas ou estatais, ao contrário da Folha, de O Globo ou do Estadão. Nem do governo federal, nem de governos estaduais ou municipais.

Porém, para tudo existe um limite. A ação que me foi movida pela TV Globo (nominalmente por Ali Kamel) me custou R$ 30 mil reais em honorários advocatícios.

Fora o que eventualmente terei de gastar para derrotá-la. Agora, pensem comigo: qual é o limite das Organizações Globo para gastar com advogados?

O objetivo da emissora, ainda que por vias tortas, é claro: intimidar e calar aqueles que são capazes de desvendar o que se passa nos bastidores dela, justamente por terem fontes e conhecimento das engrenagens globais.

Sou arrimo de família: sustento mãe, irmão, ajudo irmã, filhas e mantenho este site graças a dinheiro de meu próprio bolso e da valiosa colaboração gratuita de milhares de leitores.

Cheguei ao extremo de meu limite financeiro, o que obviamente não é o caso das Organizações Globo, que concentram pelo menos 50% de todas as verbas publicitárias do Brasil, com o equivalente poder político, midiático e lobístico.

Durante a ditadura militar, implantada com o apoio das Organizações Globo, da Folha e do Estadão — entre outros que teriam se beneficiado do regime de força — houve uma forte tentativa de sufocar os meios alternativos de informação, dentre os quais destaco os jornais Movimento e Pasquim.

Hoje, através da judicialização de debate político, de um confronto que leva para a Justiça uma disputa entre desiguais, estamos fadados ao sufoco lento e gradual.

E, por mais que isso me doa profundamente no coração e na alma, devo admitir que perdemos. Não no campo político, mas no financeiro. Perdi. Ali Kamel e a Globo venceram. Calaram, pelo bolso, o Viomundo.

Estou certo de que meus queridíssimos leitores e apoiadores encontrarão alternativas à altura. O certo é que as Organizações Globo, uma das maiores empresas de jornalismo do mundo, nominalmente representadas aqui por Ali Kamel, mais uma vez impuseram seu monopólio informativo ao Brasil.

Eu os vejo por aí.

PS do Viomundo: Vem aí um livro escrito por mim com Rodrigo Vianna, Marco Aurelio Mello e outras testemunhas — identificadas ou não — narrando os bastidores da cobertura da eleição presidencial de 2006 na Globo, além de retratar tudo o que vocês testemunharam pessoalmente em 2010 e 2012.

PS do Viomundo 2: *Descreverei detalhadamente, em breve, como O Globo e associados tentaram praticar comigo o tradicional assassinato de caráter da mídia corporativa brasileira.

Leia também:


*Jornalista, Editor do http://www.viomundo.com.br
...
Nota do Editor do Blog: Nossa total e irrestrita solidariedade ao companheiro Luis Carlos Azenha,  Editor do glorioso Viomundo, valoroso e corajoso jornalista  cuja competência  e brilhantismo já foi mais do que provada - e que, mais do que isso, ilustra indelevelmente seu currículo por  não 'dobrar a coluna' ao PiG, asseclas  e seus  satélites. 
Companheiro Azenha, não esmoreça: eles 'no passarán!" (Júlio Garcia)
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'Uma breve história da baderna'

Marietta Baderna


Por Marco Weissheimer - O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), retirou do armário uma surrada palavra muito utilizada pelos militares e seus aliados civis antes, durante e depois do golpe de 1964 que instaurou uma ditadura civil-militar no Brasil: “baderna”. Os baderneiros de plantão foram os estudantes e demais manifestantes que decidiram sair às ruas para protestar contra o aumento do preço da passagem de ônibus na capital gaúcha. Como sói acontecer, o contexto do uso da palavra se repete: o protesto é legítimo, mas descambou para a baderna no momento em que a gurizada passou a “depredar” e tentar invadir a prefeitura. O uso que fazemos das palavras nunca é inocente. Elas, as palavras, têm história e vida própria. A nossa relação com elas também. (...)
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É de + !!!



*Charge do Kayser  - ('É demais')
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Protestos em Porto Alegre contra aumento das passagens de ônibus


Revolta contra aumento da passagem gera grande protesto na noite de Porto Alegre

Porto Alegre/RS - Sul21, por Samir Oliveira - Centenas de manifestantes realizaram, na noite desta quarta-feira (27), um novo ato contra o aumento da passagem de ônibus em Porto Alegre. Iniciado por volta das 18h30, em frente à prefeitura, o protesto só foi terminar às 22h, em frente ao Palácio da Polícia, na avenida Ipiranga.
Antes de a passagem aumentar, cinco protestos foram realizados no centro da Capital. Após o aumento – que ocorreu na última quinta-feira (21) e elevou a tarifa de R$ 2,85 para R$ 3,05 -, os manifestantes têm realizado praticamente um ato por dia. Até então, o maior deles havia sido na noite de segunda-feira (25), quando estudantes bloquearam durante quatro horas a avenida Ipiranga, em frente à PUCRS. (...)
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Feliciano Vira Policial e Drama Pode Virar Tragédia


Marco Feliciano foi eleito de forma lídima e democrática para a Presidência da CDHM.

Sua eleição é fruto do acordo entre Partidos nas divisões dos cargos nas Comissões.

O PSC faz parte da base aliada, esta gigantesca base aliada que engessa o Governo Dilma.

Então em princípio não há o que reclamar.

Mas o fato é que a indicação de Feliciano pelo PSC  é um desastre político.
.
Até porque vale aqui o versículo em 1 Co 6.12 que diz: "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas são proveitosas..."

A eleição foi lícita, mas é proveitosa  ao momento político e social brasileiro?

Ou traz apenas escândalo? "Ai do homem pelo qual vem o escândalo.." Mt 18.7

E Feliciano por sua vez, sendo fundamentalista e inábil, não é a pessoa mais indicada para presidir tal Comissão.

Para se defender Feliciano diz que representa os evangélicos. O que não é verdade, representa um segmento dos evangélicos. O mais intolerante e radical.

Nesta defesa Feliciano tenta  arrastar todos os cristãos para a sua trincheira.

O protesto que ora ocorre não é contra o Presidente da CDHM  ser religioso ou não, o protesto é contra a pessoa inábil e intolerante de Marcos Feliciano.

Não tentem os radicais de um lado ou de outro avançar mais que isto.

Porque não há coisa melhor para incendiários, religiosos ou não, que transformar esta imaturidade política do PSC numa guerra religiosa.

Hoje, com a prisão de manifestantes por ordem do próprio Pastor,  que ao aceitar a provocação e reagir desta forma demonstra seu imenso desequilíbrio para o cargo, o fosso entre a CDHM e a Sociedade aumentou mais.

A desmoralização do Congresso avança mais.

Não fique fora disto  a indiferença dos Partidos que no acordo político desprezaram o valor da CDHM e em troca de outros cargos em outras comissões abandonaram suas bases, levando-as para esta batalha onde o grande perdedor pode ser o Estado Democrático de Direito.

Espero que o bom senso, a harmonia, a habilidade política, e a racionalidade prevaleçam,  e possamos assistir a um bom desfecho deste drama, que entre prisões e agressões pode terminar em tragédia para felicidade apenas dos radicais, sendo eles ateus ou religiosos.

Ao finalizar só uma coisa me intriga: porque o Globo é contra Feliciano?

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Governo gaúcho lança o Plano Estadual de Qualificação Profissional



Porto Alegre/RS - O governador Tarso Genro lançou, nesta terça-feira (26), no Palácio Piratini, o Plano Estadual de Qualificação Profissional 2013 (PEQ). O chefe do Executivo parabenizou a Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social (STDS), gestora do Plano, pela iniciativa e pelos resultados apresentados e afirmou que este é "um exemplo eloquente de articulação entre Estado e municípios, promovendo a transversalidade entre as diversas áreas do Governo".

O titular da STDS, Luís Augusto Lara, apresentou durante o evento a oferta de qualificação profissional para o Estado em 2013: serão 112.616 vagas em mais de 120 tipos de cursos gratuitos, realizados em mais 200 municípios gaúchos. Estes índices representam um aumento de 52.419 vagas, em comparação a 2012, quando foram ofertadas 60.197 vagas do Plano Estadual de Qualificação, volume maior do que os últimos dez anos somados.

De acordo com Lara, o Rio Grande do Sul é responsável por um terço da qualificação profissional do Brasil. "Em 2012, com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, na modalidade de Formação Inicial e Continuada (Pronatec/FIC) e o Plano Territorial de Qualificação (Planteq) qualificamos mais de 40 mil pessoas. O diferencial do RS deve-se ao trabalho conjunto com as prefeituras e secretarias de assistência social, que realizaram a busca ativa de famílias dos programas sociais para que se qualificassem", ressaltou.

Lara salientou, ainda, que por meio do Plano Estadual de Qualificação Profissional, foi elaborado um grande mapa estratégico das oportunidades de qualificação. "Com isso, trabalhamos para identificar as reais necessidades de mão de obra qualificada nas diferentes regiões. Essa iniciativa será fortalecida este ano, com a formação de Comitês Microrregionais, com a parceria de prefeituras, centrais sindicais, comissões municipais de emprego, unidades ofertantes e representantes governamentais, que debaterão as demandas de cursos em cada localidade", afirmou.

Confira a prestação de contas do PEQ em 2012 e a oferta de 2013:

Plano Estadual de Qualificação Profissional em 2012: 60.197 vagas

PRONATEC 2012
58.090 vagas pactuadas e ofertadas no RS
60.116 pré-matrículas via assistência Social +1.675 via FGTAS/SINE = 61.791
38.517 matrículas +1.279 via FGTAS/SINE = 39.796

PLANTEQ 2012
2.107 vagas pactuadas
1.951 matrículas
1.154 pessoas qualificadas
44 municípios contemplados

Plano Estadual de Qualificação Profissional em 2013: 112.616 vagas

PRONATEC 2013
106.494 vagas pactuadas
201 municípios contemplados
Pronatec/FIC dividido em: Prisional, Carnaval, Gastronomia, Celulose Riograndense

PLANTEQ 2013
1.122 vagas pactuadas
37 tipos de cursos
23 municípios

PROJOVEM TRABALHADOR 2013
5 mil vagas pactuadas
12 tipos de cursos
26 municípios

Texto: Bruna Bueno  -  Foto: Caroline Bicocchi/Palácio Piratini
Edição: Redação Secom  -  Fonte: http://www.estado.rs.gov.br
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Canción EL REGRESO DEL AMIGO, dedicada a Hugo Chávez Frías


EL REGRESO DEL AMIGOUna canción del cantautor cubano Raúl Torres, interpretada por él junto a Pancho Amat, Arnaldo Rodríguez, Eduardo Sosa, Augusto Enríquez, Dayron Ortega, Lena, Amaury Varona y Yaramy Hernádez. Escrita el 7 de marzo de 2013. Grabada el 8 de marzo. Estrenada en la Mesa Redonda del 12 de marzo de 2013 dedicada a Venezuela.
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É demais!


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As viagens de FHC e Lula e a escandalização seletiva


Autor: 
 *
    Um ex-presidente brasileiro está rodando o mundo, em viagens patrocinadas por empresas e corporações que cresceram e ganharam muito dinheiro em seu período de governo. Nestas viagens, a presença do ex-presidente ajuda as empresas patrocinadoras a captar investimentos e ganhar mercados.
     As empresas amigas também patrocinam palestras deste líder político no Brasil e contribuem com fundos milionários para o Instituto que leva seu nome e destina-se a preservar sua memória.
     Se este ex-presidente se chamasse Luiz Inácio, suas atividades no exterior seriam manchete da Folha de S. Paulo, colocando-o sob suspeita de atuar como lobista de empresas sujas.
     Mas estamos falando de Fernando Henrique Cardoso, que também viaja fazendo palestras, a convite de empresas, ONGs e instituições diversas.  A diferença mais notável entre eles (há muitas outras) é que FHC vai lá fora para falar mal do Brasil.
    Nas asas do Itaú, seu patrocinador master, Fernando Henrique esteve no Paraguai em 2010 , no dia em que o banco inaugurou a operação para tomar o mercado no país vizinho.
    O Itaú também o levou a Doha e aos Emirados Árabes ano passado, como informou a imprensafinanceira, com a intenção de morder parte dos 100 milhões de dólares que o Barwa Bank tem para investir no mercado imobiliário brasileiro.
    
Itaú Unibanco and Fernando Henrique Cardoso visiting Qatar and the UAE
   A Folha estava lá (mas não diz quem pagou a viagem da colunista Maria Cristina Frias)  “FHC vai ao Oriente Médio com Itaú para atrair investimento”, ela escreveu.  Zero de suspeição ou malícia. O jornal  não se preocupou em saber se a embaixada brasileira alugou impressoras para apoiar o ex-presidente em sua missão, mas registrou direitinho o que ele disse lá sobre o governo brasileiro atual: Corrupção cresceu em relação a meu governo, diz FHCCom esse papo, o ex deve ter atraído investimentos para o Chile.
    FHC também falou mal do Brasil quando foi à China, em maio passado, de novo pelas asas do Itaú (nem parece que é um banco, deve ser uma agência de viagens). Reclamou do ajuste do câmbio, da falta de planejamento, e fez o comercial do patrocinador: “Baixar a taxa de juros (no Brasil) é importante, mas tem que olhar as consequências”, ele disse aos chineses. O Estadão resumiu no título a visão de Brasil que FH passou em Pequim: Não se pode crescer a qualquer a custo, diz FHC”. 
     Em novembro  do ano passado, a casa americana  JP Morgan pagou FHC para falar do Brasil sem sair de casa: O Brasil está pagando o preço por não ter dado continuidade aos avanços implementados”, ele disse, numa palestra para investidores estrangeiros em São Paulo.
     Na edição deste sábado, a Folha sugere ao Ministério Público que promova uma ação para alguém devolver “gastos indevidos” com horas extras de motoristas e deslocamento de funcionários,  nas embaixadas por onde Lula passou. Mas não se comove com o fato de a estatal paulista Sabesp ter pingado R$ 500 mil na caixinha do Instituto FHC (ah se fosse o Visanet...).
    Fernando Henrique ainda era presidente da República, em 2002, quando chamou ao Palácio da Alvorada os donos de meia dúzia empresas para alavancar o instituto que ainda ia criar: Odebrecht, Camargo Corrêa, Bradesco, Itaú, CSN, Klabin e Suzano. A elas se juntaria a Ambev. Juntas, pingaram 7 milhões no chapéu de FH. Mas foi o Tesouro que pagou o jantar, descrito em detalhes nesta reportagem da revista Época.
     Todos à mesa eram gratos à FHC pelo Plano Real e não se duvide de que alguns tenham coçado o bolso por idealismo. Mas se a Folha utilizasse o mesmo relho com que trata Lula, teria registrado que os Itaú e Bradesco eram gratos pela maior taxa de juros do mundo; a Ambev deve seu monopólio ao CADE dos tucanos; a CSN é a primogênita da privataria e quase todos ali deviam algum ao BNDES.
     FHC e seu instituto prosperaram. No primeiro ano como ex-presidente ele faturou R$ 3 milhões em palestras (“o critério é cobrar metade do que cobra o Bill Clinton”, explicou, modestamente, um assessor de FHC). A primeira palestra, de US$ 150 mil de cachê, que serviu de parâmetro para as demais, foi bancada pela Ambev. O IFHC já tinha R$ 15 milhões em caixa e planejava gastar o dobro disso nas instalações.
     O IFHC abriga o projeto Memória das Telecomunicações (esqueçam o que ele escreveu, mas não o que ele privatizou), patrocinado naturalmente pela Telefónica de Espanha.
    Todas as empresas citadas neste relato são anunciantes da Folha de S. Paulo e estão acima de qualquer suspeita enquanto anunciantes. Apodrecem, aos olhos do jornal, quando se aproximam de Lula.
   Eis aí o segundo recado da série de manchetes: afastem-se dele os homens de bem. O primeiro recado, está claro, é: mãos ao alto, Lula!
    A Folha também se considera acima de qualquer suspeita. Só não consegue mais disfarçar o ódio pessoal que move sua campanha contra o ex-presidente Lula.
*Via Luis Nassif Online  http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif
(Sugestão da Advogada Adriana Castiel - Santiago/RS)
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Documento oficial do governo FHC informa ao FMI que vão privatizar tudo: água, esgoto, minérios, energia, estradas, imóveis, até a Petrobras

Página oficial do Ministério da Fazenda do governo FHC de 8 de março de 1999 publica o Memorando de Política Econômica, com alguns ajustes que se tornaram necessários ao "programa do governo brasileiro apoiado pelo FMI Banco Mundial BID BIS e pela maioria dos países mais industrializados", em 13 de novembro de 1998. O ajuste se fazia necessário porque em janeiro de 1999, primeiro mês do segundo mandato de FHC,houve a desvalorização do Real (que o governo sempre negara que iria fazer), que quase quebrou o país.

Numa parte do documento, que publico a seguir, fica claro que a opção preferencial do governo Fernando Henrique Cardoso era vender tudo para cumprir as metas feterminadas pelo FMI. Para tanto, no parágrafo 27 deixava claro:

27. O Governo pretende acelerar e ampliar o escopo do programa de privatização - que já se configura como um dos mais ambiciosos do mundo. Em 1999 o Governo pretende completar a privatização das companhias federais geradoras de energia e no ano 2000 iniciará o processo de privatização das redes de transmissão de energia. No âmbito dos Estados espera-se que a maioria das companhias estaduais de distribuição de energia seja privatizada ainda em 1999. O Governo também anunciou que planeja vender ainda em 1999 o restante de sua participação em empresas já privatizadas (tais como a Light e a CVRD) bem como o restantes de suas ações não-votantes na PETROBRAS. O arcabouço legal para a privatização ou arrendamento dos sistemas de água e esgoto está sendo preparado. O Governo também pretende acelerar a privatização de estradas com pedágios e a venda de suas propriedades imobiliárias redundantes. Estima-se que a receita total do programa de privatização para o ano de 1999 seja de R$ 27 8 bilhões (quase 2 8 por cento do PIB) (do total cerca R$ 24 2 bilhões serão gerados no nível federal) com mais R$ 22 5 bilhões no período 2000 - 2001.

Confira a íntegra do documento aqui. O título da página, para que não reste dúvida é "Acordo Brasil e FMI".

Está aí a prova inconteste de que o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso pretendia queimar a casa para vender carvão.

Dica do Stanley Burburinho (@stanleyburburin)
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Taiguara Vive!



* Taiguara, no show "Treze Outubros", conta sobre seu contato com uma das censoras nos tristes tempos da famigerada ditadura militar. O relato se refere a canção "Nova York" - algo que o clip não permite deixar exatamente claro. O incômodo em questão  é a presenca da palava "Policia", entre as outras "po" e "poluicao". Citando a necessidade de preservar o recurso poético sendo utilizado, a aliteração, Taiguara sugere cantá-la então  na língua Inglesa - desde que a letra da cancão de fato se refere a cidade de Nova Yorque - e a censora permite que assim a cancão "passe"; embora foneticamente o trecho, mesmo com a palavra registrada em inglês  possui o mesmo som que o original "o po, a policia (*police e a) e a poluição" - proporcionando assim, o mesmo obvio resultado. 

Após o relato, Taiguara, ao piano, canta a bela "Que as criancas cantem livres".
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**Taiguara Chalar da Silva (Montevidéu9 de outubro de 1945 — São Paulo14 de fevereiro de 1996) foi um cantor e compositorbrasileiro nascido no Uruguai durante uma temporada de espetáculos de seu pai, o bandoneonista e maestro Ubirajara Silva.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1949 e para São Paulo, posteriormente, em 1960. Largou a faculdade de Direito para se dedicar à música. Participou de vários festivais e programas da TV. Fez bastante sucesso nas décadas de 60 e 70. Autor de vários clássicos da MPB, como HojeUniverso do teu corpoPiano e violaAmandaTributo a Jacob do BandolimViagemBerço de MarcelaTeu sonho não acabouGeração 70 e "Que as Crianças Cantem Livres"; entre outros.
Considerado um dos símbolos da resistência à censura durante a ditadura militar brasileira, Taiguara foi um dos compositores mais censurados na historia da MPB, tendo cerca de 100 canções vetadas. Os problemas com a censura eventualmente levaram Taiguara a se auto-exilar na Inglaterra em meados de 1973. Em Londres, estudou no Guildhall School of Music and Drama e gravou o Let the Children Hear the Music, que nunca chegou ao mercado, tornando-se o primeiro disco estrangeiro de um brasileiro censurado no Brasil.
Em 1975, voltou ao Brasil e gravou o Imyra, Tayra, Ipy - Taiguara com Hermeto Paschoal, participação de músicos como Wagner TisoToninho HortaNivaldo OrnelasJacques MorelenbaumNovelliZé Eduardo Nazário, Ubirajara Silva e uma orquestra sinfônicade 80 músicos. O espetáculo de lançamento do disco foi cancelado e todas as cópias foram recolhidas pela ditadura militar em poucos dias. Em seguida, Taiguara partiu para um segundo auto-exílio que o levaria à África e à Europa por vários anos.

*via YouTube e http://pt.wikipedia.org/wiki/Taiguara
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Eu Te Amo




* Chico Buarque, Telma Costa e Tom Jobim - 'Eu Te Amo' (1984)


Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Ah, se ao te conhecer
Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
Se nós nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu
Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios ainda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair
Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir.
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Agora eles tentam derrubar Lula da ex-Presidência da República



Por Eduardo Guimarães*

A frase que intitula este texto deriva de brincadeira que tomou as redes sociais na internet na última sexta-feira por conta de mais uma “denúncia” do jornal Folha de São Paulo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – sobre palestras que ele dá no exterior.
A tal “denúncia” virou motivo de piada porque pretendeu negar a um cidadão em pleno exercício de seus direitos constitucionais a prerrogativa de todo ex-presidente da República de ter apoio do Estado ao fim de seu mandato e o direito a atividades estritamente privadas que a outros ex-presidentes jamais foram negadas.
Aqui e em muitos outros países democráticos – como nos Estados Unidos, por exemplo – ex-presidentes se tornam instituições nacionais. Além de direito a segurança e a proventos, quase todos eles se tornam palestrantes e são remunerados por isso – com maior ou menor êxito.
De Bill Clinton a Fernando Henrique Cardoso, ex-presidentes fundam institutos que levam seus nomes e que reúnem acervos contando a história de suas passagens pela Presidência, além de desenvolverem estudos políticos, econômicos e sociais.
Outro ex-presidente norte-americano que têm um instituto que atua fortemente em consonância com seu patrono é o prêmio Nobel da Paz Jimmy Carter, que atua em direitos humanos e até em fiscalização de eleições em várias partes do mundo, além de o próprio Carter ser um renomado palestrante.
FHC deu muita palestra remunerada, tem direito a todos os benefícios do Estado concedidos a Lula, inclusive suporte em missões no exterior, pois não se imagina que quando um ex-presidente visita outro país a representação diplomática desse país o trate como qualquer um.
No entanto, no dia seguinte à denúncia da Folha de que Lula faz o que tantos outros ex-presidentes fazem em termos de palestrar no exterior com despesas e até honorários pagos pelos anfitriões, o jornal voltou à carga “denunciando” que as representações diplomáticas brasileiras lhe dão suporte quando visita os países em que estão sediadas.
Nunca se viu isso em relação a nenhum outro ex-presidente. Até uma doação de quase meio milhão de reais de dinheiro público ao ex-presidente FHC não mereceu da própria Folha mais do que uma notinha escondida nas páginas internas – e que após ser publicada nunca mais foi notícia.
A “denúncia” contra Lula, porém, além de ganhar destaque principal na primeira página do jornal na sexta-feira continuou sendo martelada no sábado, agora sob a “revelação bombástica” de que a visita de um ex-presidente a outros países gera custos às representações diplomáticas brasileiras sediadas neles.
Eis por que faz todo sentido a piada que surgiu na internet. O jornal em questão, bem como alguns outros veículos da imprensa escrita e eletrônica, passaram anos tentando derrubar Lula da Presidência da República e, agora, querem derrubá-lo da condição de ex-presidente.
Nesse ponto, vale uma reflexão: o que a última pesquisa Datafolha sobre a sucessão presidencial de 2014 e a mais nova “denúncia” contra o ex-presidente têm a ver uma com a outra? Na opinião deste que escreve, pesquisa e denúncia têm tudo a ver.
As duas iniciativas de uma das quatro cabeças da hidra reacionária e despótica que há 500 anos aterroriza o Brasil decorrem da mesma obsessão da direita midiática em derrotar Lula através da arma mais poderosa de que ela sempre dispôs: a difamação.
E impedir a reeleição de Dilma Rousseff não passa de outro capítulo dessa odisseia reacionária, pois seu governo é produto do respeito, da admiração e da confiança que a maioria massacrante do povo brasileiro concedeu e continua concedendo ao ex-presidente.
A tal “principal arma” da dita “imprensa” que atua como partido político de oposição perdeu a eficácia contra Lula e não foi por acaso. Isso porque esses veículos ainda acreditam que podem inventar um cenário para o país e fazê-lo virar realidade.
Um dos fenômenos administrativos mais comentados é a preservação da condição de vida dos brasileiros em um momento em que o mundo padece sob a crise econômica mais grave da história. Contudo, a oposição brasileira e sua mídia insistem em tentar pintar uma realidade totalmente diferente.
Oposicionistas queridinhos da mídia vivem dizendo que o país “está em frangalhos” apesar de a qualidade de vida no Brasil ser hoje a melhor em toda sua história, com pleno emprego, crescimento e distribuição de renda a todo vapor. E a mídia endossa tal premissa oposicionista.
Sempre digo que quem votou em Lula em 2006 e em sua indicada em 2010 apesar da tempestade de acusações contra ele e ela durante aqueles processos eleitorais – e que hoje está sendo recompensado por isso –, dificilmente mudará de opinião.
Não existe nenhuma acusação a Lula hoje que não tenha sido feita até 2010, ano em que colheu sua terceira estrondosa vitória eleitoral consecutiva sobre seus inimigos políticos, que há muito deixaram de ser adversários.
Note-se que o período mais fértil para tais inimigos lograrem desmoralizá-lo e inflarem o anti-Lula da vez foi entre 2008 e 2009, quando o desemprego aumentou e a renda das famílias sofreu alguma queda devido à crise internacional.
Todavia, nem quando aquele período crítico lambeu a condição de vida dos brasileiros Lula sofreu perda de popularidade. Isso ocorreu porque ficou claro para a sociedade que o que ocorria era conjuntural e que o governo saberia reverter a situação, como de fato reverteu.
E é claro que as medidas populares que Dilma vem tomando, como reduzir os juros, o preço da energia elétrica, os impostos da cesta básica e tudo mais que vem fazendo em benefício da população, ajudam a aumentar ainda mais a aprovação da presidente.
Assim, ao menos mais da metade do eleitorado brasileiro está convencido de que a dita “grande imprensa” é inimiga de Lula e Dilma e aliada de seus opositores e, por conta disso, não leva em conta seus ataques a eles.
Não é pouca coisa que em plena tempestade de “notícias ruins” exageradas ou inventadas que a mídia oposicionista tenta contrapor à realidade concomitantemente com a glamourização de possíveis adversários de Dilma no ano que vem, que ela e Lula apareçam como virtualmente eleitos em primeiro turno naquele pleito.
E o que é mais: os adversários dos petistas que vêm sendo incensados por esses veículos – quais sejam, Marina Silva, Eduardo Campos e Aécio Neves, sem falar do imorredouro amor midiático por José Serra, que já virou obsessão – em vez de se beneficiarem da artilharia midiática antipetista, perderam votos.
O fato, portanto, é que uma crescente maioria dos brasileiros sabe direitinho que há em curso uma conspiração dos mais ricos contra os avanços sociais que a maioria empobrecida ou remediada vem experimentando.
É óbvio que não se pode cantar vitória antes do tempo, até porque golpes de última hora continuarão sendo engendrados até o fechamento das urnas em 2014. Contudo, está claro que a estratégia de inventar uma realidade sobre o país ou difamar Lula e Dilma, não vai funcionar.
Mas a pior notícia para a oposição vem agora: só como exercício, venho tentando engendrar uma estratégia mais inteligente contra os petistas e a conclusão a que chego é a de que a estratégia em curso é a única possível, a despeito de seus defeitos insanáveis.
*Via http://www.blogdacidadania.com.br
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