Ao longo da história gaúcha, enterrar canos e promover a saúde e a qualidade de vida de sua população nunca foram prioridade. Em especial nas últimas duas gestões no Palácio Piratini (Rigotto e Yeda), os investimentos em saneamento básico foram praticamente nulos. Fato que contribuiu para que o estado hoje possua apenas 15% de esgoto corretamente tratado. Ou seja, cerca de 85% da sua população ainda vive sem ter o tratamento adequado.
Por isso o anúncio do governador Tarso Genro de investimentos na ordem de R$ 2,8 bilhões na duplicação da rede de saneamento até 2015 representa uma ação quase revolucionária. Dobrará o índice de tratamento de esgoto cloacal e adequado abastecimento de água no RS. Significa a melhoria na qualidade de vida de mais 1,7 milhões de gaúchos e gaúchas, a maioria vivendo em pequenas e médias cidades. Também significa uma importante ação de prevenção à saúde, visto que o tratamento inadequado ou, pior, a inexistência do tratamento de esgoto, são causas para boa parte das enfermidades que assolam as pequenas comunidades.
Os recursos foram captados pelo governo estadual a partir de projetos enviados pela Corsan à União e estão integrados aos PACs I e II. Outra mudança de postura importante no RS. Se antes os governos gaúchos estavam de costas para o Brasil, deixavam de enviar projetos e perdiam investimentos, um dos pontos fortes do governo Tarso é justamente a retomada da parceria com o governo federal buscando desenvolver o estado com inclusão social.
