UNIDADE 24 HORAS !



Cópia de proposição apresentada no sentido de transformar a Unidade de Saúde da Sede do Município de Colombo, em 24 horas, para que a população da sede, da zona rural e da região, tenham atendimento médico mais próximo de suas residências durante período integral.

Indicação N° 001/2012

Senhor Presidente,

... Senhores Vereadores, 

 O Vereador que abaixo subscreve, na forma regimental, submete à apreciação da Câmara Municipal de Colombo a seguinte proposição:

 Indicação à Prefeitura Municipal de Colombo / Secretaria de Saúde

ASSUNTO:

Transformar a Unidade de Saúde da Sede em unidade 24 horas.


Justificativa

Devido a dificuldade de atendimento na Santa Casa de Colombo, que esse encontra sem médicos plantonistas, a população de região não tem onde ser atendido. Trata-se de uma questão de emergência fazer o atendimento 24 horas na unidade de saúde citada.

Colombo, 14 de fevereiro de 2012.

Helder Luiz Lazarotto
Vereador
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POLÍTICOS DE MERDA

Os anos passam e os políticos continuam os mesmos... Aqueles que permanecem em seus cargos são reeleitos até com grande vantagem sobre aqueles outros que são fracos nas promessas; que não fazem assistencialismo ou não têm dinheiro para adquirir votos suficientes à eleição.


A cada quatro anos a mesma história se repete: os políticos prometem e o povo - iludido – baseado em suas promessas, espera uma vida melhor; com saúde, escolas, segurança e oportunidades...

Esses “políticos” miseráveis que iludem o povo – principalmente os menos favorecidos - com promessas mentirosas, deveriam ser colocados em uma cruz para servirem de pasto aos abutres.  Dessa forma, quem sabe, estariam se redimindo de suas mazelas e pudessem, talvez, livrar suas almas de arder eternamente no quinto dos infernos.
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PASSADO E PRESENTE


As reclamações de moradores do Guaraituba, São José e Paloma, que estão abandonados pelo Prefeito e pelos vereadores que os "representam", tiram qualquer um do sério. Este blog, recebeu dezenas de e-mail com todos os tipos de reclamações. Vou citar algumas: horário de ônibus, asfalto, buracos,valetas a céu aberto, a falta de segurança, atendimento nos postos de saúde, enchentes, entre outras.
A região do Guaraituba, é uma das mais populosas da cidade. Tem três (03) vereadores eleitos com a maioria dos votos desses bairros, EURICO DINO, GILBERTO DA AGROLOMBO E NIVALDO JNP, justificando suas reclamações dizem que não são atendidos pelos seus nobres representantes e quando conseguem falar com um deles, culpam o Secretário de Obras, pelo não atendimento de suas indicações. Esses mesmos vereadores que andam com suas kombis de assistência social, para cima e para baixo, fazendo campanha para a próxima eleição, do que fazendo alguma coisa de útil, deveriam se impor diante do Executivo e exigir um maior atendimento a esta área da cidade, que segundo seus moradores, está em completo abandono.
Vejam o cúmulo do absurdo, nas sessões da Câmara, o vereador EURICO DINO, não abre a boca, está mais preocupado com sua campanha de pré-candidato do que tratar das questões da cidade. NIVALDO JNP, idem, e quando fala só sai asneiras. O desaparecido,  GILBERTO DA AGROLOMBO,, esse é impressionante, o nobre vereador não aparece a semana inteira em seu gabinete, e no dia de sessão é um zero a esquerda. Alguém poderia confiar neles na próxima eleição?
 
Quando  postamos esses fatos, os nobres vereadores, ficam tiriricas,ofendidos, raivosos e seus asseclas mandam recadinhos anôminos, estamos morrendo de medo.. E tenho dito.


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Operação bancária

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ENTREVISTA COM PAULO HENRIQUE AMORIM



Reproduzimos abaixo a íntegra da entrevista que o jornalista e blogueiro Paulo Henrique Amorim concedeu  ao boletim Classe, publicado pela CUT do Rio de Janeiro.  






Classe: Nos fale um pouco sobre sua origem e sua trajetória na imprensa brasileira.
 
Paulo Henrique Amorim - Eu praticamente nasci como jornalista, no sentido de que o meu pai era jornalista. Ele enfrentou a censura da ditadura Vargas e trabalhou com o então jornalista Mário Martins, depois senador, e hoje conhecido como pai do Franklin Martins, do Vítor e da Ana Maria Machado. Meu pai levava para a casa aquelas folhas em que se desenhava o jornal. E eu praticamente me alfabetizei preenchendo essas páginas de jornal que o meu pai levava. Aí quando eu fui para a escola já estava praticamente alfabetizado.


Classe: Você é carioca de onde?


PHA - Sou carioca da Glória, mas me criei na Zona Norte. Marechal Hermes, Vila Kosmos, Cascadura, naquela região ali.


Classe: Ao criar o blog Conversa Afiada, você chegou a imaginar que ele faria o sucesso estrondoso que faz?


PHA - Não. O blog nasceu, na verdade, mais por uma preocupação tecnológica minha. Eu sempre tive, como jornalista, desde o comecinho, uma angustia que me perseguia, que era a necessidade de nunca me deixar atrasar tecnologicamente. Eu sempre quis estar na tecnologia da frente. Eu me lembro que ficava angustiado porque nunca tinha feito televisão. Depois, fiquei angustiado porque não tinha feito internet. Eu não pretendia fazer um blog necessariamente político, um blog necessariamente afiado. Eu sempre acreditei que ser jornalista é ser repórter. Ser jornalista é dar informações originais ou mostrar acontecimentos de um ângulo original. Sempre em busca de oferecer informação, porque numa sociedade democrática a informação é um bem precioso. Você permite que as pessoas com mais informação decidam melhor. Seja como eleitor, seja como pai, seja como membro de uma comunidade, seja como empreendedor, seja como consumidor, etc, etc.


Classe: Que balanço você faz do estágio atual da luta pela democratização das comunicações no Brasil?


PHA - O estágio atual é de desalento. De desalento e decepção. O presidente Lula governou debaixo de vara. A imprensa brasileira, que no meu site eu chamo de PIG, tratou o Lula de uma forma vergonhosamente parcial. E o Lula foi incapaz de tomar qualquer providência para criar os mecanismos institucionais que permitissem oferecer ao público uma visão alternativa do que estava acontecendo. Aos 44 do segundo tempo, Lula pediu ao Franklin para fazer um projeto de lei. Ele deu apoio à Confecom, a Confecom apresentou todas as ideias que seriam necessárias apresentar. O Franklin fez uma série de seminários e reuniões para buscar, inclusive, o testemunho e o reconhecimento de organizações internacionais que tratam da questão do marco regulatório. Isso foi consubstanciado num projeto de lei, numa série de propostas que o Franklin entregou educadamente ao seu sucessor, o Paulo Bernardo, o que acho que o Franklin fez muito bem. O Paulo Bernardo fez críticas deselegantes ao projeto, com palavras que a boa educação não recomendam.


Classe: A rigor, ele sentou em cima do projeto.


PHA - Ele sentou em cima e colocou debaixo dos projetos que o Sérgio Motta fez para o Fernando Henrique. O Sérgio Motta fez três projetos de marco regulatório da mídia, e o FHC jogou os três fora. Jogou fora não, botou na gaveta. E debaixo desses três do Sérgio Motta, o Paulo Bernardo botou o do Franklin. Eu acho que os primeiros sinais que a presidenta Dilma deu neste sentido foram decepcionantes. A primeira coisa que ela fez foi ir ao aniversário da Folha. A primeira coisa que o Lula fez em 2002 depois de eleito foi ser co-âncora do Jornal Nacional em companhia do William Bonner e da Fátima Bernardes. Ali eu disse : bom, a vaca foi para o brejo. Porque o Jornal Nacional tratou o Lula de uma maneira parcial, sempre parcial, e a primeira coisa que ele faz foi se sentir honrado em ancorar os Jornal Nacional ao lado dos algozes.


Classe: Isso se deve a uma crença de que possível ter uma convivência pacífica com a mídia ou é medo mesmo?


PHA - Eu acho que é medo. O Lula e a Dilma têm medo da Globo. É só isso.


Classe: Têm mais medo da Globo do que da Folha, por exemplo?


PHA - Sim, Folha, Estadão e Veja são subadversários.


Classe: Medo exatamente de quê?


PHA - Têm medo de o Jornal Nacional derrubar o governo. Porque as denúncias da Folha, do Estadão e da Veja não têm a menor repercussão, a menor importância, se elas não tiverem a câmara de eco do Jornal Nacional. E a câmara de eco do Jornal Nacional reproduz, aumenta, amplifica e dá mais dimensão ao que acontece no Congresso. Nós temos o caso do ínclito e notável senador Álvaro Dias, que é um plagiador. Como se sabe, ele não tem nenhuma ideia original. Ele denuncia tudo que já foi denunciado. Então, eu acho que o grave nessa posição não é que eles, Lula e Dilma, estejam apenas preservando o seu governo. O problema aí não é preservar o governo Lula e Dilma, o problema aí é criar os mecanismos institucionais para a democratização da mídia. O Boni disse na entrevista que ele deu ao Geneton, na Globo News, que nenhuma televisão no mundo tem o share de audiência que a Globo tem. Nenhuma. Em nenhuma nova democracia do mundo, e eu não falo de Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e França, estou falando de novas democracias como México, Portugal, Espanha, Argentina, Chile e Uruguai. Em nenhuma nova democracia no mundo existe o que existe aqui no Brasil com a Globo. E consolidada através de mecanismos, como, por exemplo, a propriedade cruzada.


Classe: Paulo Henrique, há não muitos anos as pessoas praticamente cruzavam os braços em relação ao poderio da mídia. Hoje muitas pessoas e entidades debatem o tema, que culminou com a Confecom. Você acha que podemos projetar um futuro melhor ou lutamos contra forças tão poderosas que tudo isso pode não dar em coisa alguma?


PHA - Isso pode dar em alguma coisa. Hoje o constrangimento do governo é maior. Você vê, por exemplo, que o PT fez um seminário para estudar a questão da comunicação e o Paulo Bernardo fugiu.


Classe: Como fugiu do Encontro Internacional dos Blogueiros, em Foz do Iguaçu?


PHA - Como fugiu de Foz do Iguaçu. Paulo Bernardo não vai. Ou seja, o governo Dilma não tem condições de discutir com a sociedade a questão da Ley de Medios. O PT não pode discutir a Ley de Medios. O PT não tem que fazer seminário, o PT tem que governar. O PT é governo há oito anos, mais um, nove. Quem faz seminário é oposição. Já tem a Confecom, já tem o projeto do Franklin.


Classe: Mas o presidente do PT, Rui Falcão, disse que o partido tem sua própria pauta, e que ela, em alguns momentos, é diferente da pauta do governo.


PHA - Trololó, trololó. O PT não tem pauta diferente nenhuma. O PT é governo. Quem tem outra pauta é o PSDB. Ou troca o Paulo Bernardo ou põe o Paulo Bernardo para botar uma Ley de Medios no Congresso.
Classe: Ele tem dito que vai colocar o projeto do Franklin para consulta pública na internet.


PHA - Ele está dizendo a mesma coisa desde que chegou. O fato é o seguinte: o Paulo Bernardo não pode ir a uma reunião do PT. Ele não tem autoridade moral e política para ir a uma reunião do PT. Isso é uma forma de constrangimento importante para o governo. Eu entrevistei o Inácio Arruda, senador do PCdoB. Ele fez um paralelo muito interessante. Quando o Adib Jatene quis aprovar, no governo FHC, a CPMF, ele bateu na porta de todas as lideranças do Congresso para pedir uma CPMF. E aprovou. E agora o governo tem que bater em todas as portas para aprovar uma Ley de Medios, Agora, diz o Franklin : o ponto de partida de qualquer Ley dos Medios é a Constituição brasileira de 1988.


Classe: Frankilin tem dito: vamos trabalhar com livrinho na mão.


PHA - Isso. Vamos trabalhar com o livrinho na mão. O Inácio Arruda lembrou que todas as correntes de opinião brasileiras estão entre os 81 senadores e os 513 deputados federais. Vamos botar todo mundo numa mesa, como se faz num bom Congresso, e discutir. A bancada do coronelismo eletrônico tem uma posição, eu tenho outra, o PT tem outra, os tucanos têm outra, e vamos negociar. Agora , isso só chega se o governo tomar a iniciativa Qual é o medo de mandar uma Ley de Medios para o Congresso? Sai da toca, vamos discutir no Congresso. Esse trololó que tem aí de censura é papo furado. É como eu digo: em dúvida, copia a lei americana, pois nos EUA é onde se pratica o capitalismo mais selvagem.


Classe: Muita gente pergunta com um jornalista com as suas posições conviveu na Rede Globo. Você chegou a ser cerceado ou pressionado?


PHA - Bom, minha posição na Globo foi a seguinte: eu fui comentarista econômico durante algum tempo. Depois, na maior parte do meu tempo na Globo, eu fiquei em Nova York, onde a minha relação ou a minha contraface com as questões políticas nacionais era mais remota, era mais rara. Quando eu trabalhei na Globo, eu fui absolutamente leal à Globo, não tem conversa. Eu fui um funcionário exemplar. Evidentemente que na Globo havia uma restrição política muito severa. Durante um certo tempo, a gente não podia falar, na editoria de economia, que era o meu caso, não podia falar no nome do Maílson da Nóbrega, ministro da Fazenda, porque o Roberto Marinho tinha uma operação com exportação de casas pré-fabricadas que o Maílson vetou. Por causa disso o nome Maílson da Nóbrega não podia ser citado. A gente podia falar do governo, mas não podia falar em Ministério da Fazenda, nem em Mailson Nóbrega. O que é uma coisa meio esquisita, mas, se você está trabalhando lá, das duas uma: ou cai fora ou obedece. Quando eu percebi que a Globo pretendia me dar uma rasteira, que foi quando eles me destituíram do cargo de chefe do escritório em Nova York, aí eu fui procurar emprego e saí da Globo para ganhar o dobro do que eu ganhava lá. Foi uma escolha profissional e também política. Porque, durante o tempo que trabalhei na Globo, eu discordava de muitas das posições da Globo. E trabalhava desconfortável e irritado, como, por exemplo, o dia em que o Jornal Nacional fez aquela famosa edição do debate entre Lula e Collor. Eu conversei com os editores do debate, com o Ronald Carvalho, que chegou lá na ilha e disse o que era para ser feito para o editor Octávio Tostes. Aliás, o Octávio Tostes teve muita coragem, foi ao Sindicato dos Jornalistas e, diante do Osvaldo Maneschi, gravou um depoimento histórico em que relata esse episódio. Então, o editor Ronald Carvalho chegou à ilha e disse para o Octávio Tostes: “ponha a mão no nariz e meta a mão na merda: é tudo que tem de bom do Collor e tudo que tem de mau do Lula.” O Alberico Souza Cruz, que veio de São Paulo para o Rio, porque estava aqui em São Paulo a acompanhar o candidato Collor no debate, chegou depois do almoço à TV Globo, entrou na ilha 7 e perguntou ao Tostes como é que estava a coisa. O Tostes disse “olha , eu segui esta instrução do Ronald e assim será feita a edição.” Aí o Alberico disse: “além disso, eu quero que ponha também isso e aquilo.” Depois que a matéria ficou pronta, saiu da ilha 7 e foi para a ilha 10, uma ilha mais complexa, com mais recursos de edição, fora do deadline de fechamento do Jornal Nacional, daí a grave importância que essa matéria tinha. Aí o Alberico reviu a matéria na ilha 10 e aprovou como foi para o ar.


Classe: E a edição do Jornal Hoje, da parte da tarde, foi feita por quem?


PHA - Foi feita pela Vianey Pinheiro, o Pinheirinho. Foi uma edição profissional, jornalística, correta, que era a que deveria ter sido repetida, mas o pessoal do Collor visitou a Alice Maria depois da edição do Hoje e disse que aquela edição não lhes interessava. E foi o que foi feito. E o doutor Roberto Marinho deu ao Ronald essa informação. Essa informação que o Ronald passou ao Octávio Tostes foi a informação que o doutor Roberto deu ao Ronald : tudo de bom para o Collor e tudo de ruim para o Lula.


Classe: Então, foi essa a participação do Roberto Marinho?


PHA - Doutor Roberto dava as ordens. Ele não ia para a ilha. O Alberico não sabia o que fazer numa ilha, não sabia dar um play numa ilha de edição, mas ele sabia dar ordens. Então, a minha insatisfação política na Globo sempre foi muito grande. Agora, como profissional, eu fui leal à Globo e me orgulho disso. Como fui leal à Bandeirantes e sou leal à Record. Agora, isso não impede que eu tenha as minhas posições políticas e quando me fazem essa pergunta eu costumo dar a seguinte resposta : a diferença entre o trabalho servil, o trabalho escravo, e o trabalho no regime capitalista, é que no trabalho servil o dono é dono do empregado. No regime capitalista, o dono contrata o empregado. O empregado dá a sua força de trabalho e recebe salário. O empregador recebe a força de trabalho e paga o salário. Se um dos dois está insatisfeito, rompe-se o contrato. Não existe a propriedade do empregado. Eu não estava satisfeito e fui me embora.


Classe: Em que circunstância surgiu a sacada genial de batizar o oligopólio da mídia de PIG (Partido da Imprensa Golpista)?


PHA - O Fernando Ferro, deputado federal pelo PT de Pernambuco, o Ferrinho, um bravo deputado, fez um discurso da tribuna da Câmara para denunciar uma denúncia vazia do Ali Kamel, que atribuiu a uma determinada apostila do Ministério da Educação uma frase ou uma informação que não constava, ou seja uma denúncia vazia, falsa. E o Fernando Ferro disse que o Ali Kamel era um membro do Partido da Imprensa Golpista. E aí eu achei aquilo genial e pá. Mas sempre digo que a ideia original é do Fernando Ferro.


Classe: Numa entrevista sua ao Pânico na TV, você explicou didaticamente por que a Miriam Leitão nada entende de economia. Como é isso?


PHA - A Miriam Leitão é um embutido da Sadia. Se você pegar as partes que compõem o embutido da Sadia, provavelmente você não consumirá. A Miriam Leitão não tem nenhuma ideia original. Ela nunca ofereceu uma ideia original. O que ela faz é embutir tudo na atividade dela na Globo. Agora, eu digo também o seguinte: a Miriam não tem nenhuma importância. Embora ela seja a mais importante pensadora neoliberal do Brasil, porque não há nenhum outro pensador neoliberal no Brasil que defenda o neoliberalismo tanto quanto ela, o que dá uma ideia do pensamento neoliberal no Brasil. O importante não é a Miriam Leitão, porque ela é um embutido da Sadia. O importante é a Globo e o importante é a Globo poder fazer o que faz através da Miriam, que é catequizar, persuadir, doutrinar, convencer, invadir a sua privacidade utilizando um bem público que é a TV aberta.


Classe: Os processos que movem contra você interferem no seu cotidiano , na sua vida familiar? Como é lidar pessoalmente com isso. Eles te aborrecem muito?


PHA - Olha, já me aborreceu mais. Hoje eu olho para isso com mais distância. Hoje já vejo isso com certo humor. Mas a vingança será pesada. Eu pretendo depois transformar isso tudo em livro e defender a tese de que eu, como Azenha, como Rodrigo Viana, como Nassif, como Esmael do Paraná, e uma série de blogueiros do interior do Brasil, estamos sendo vítimas de um processo que nada mais é do que uma tentativa de nos calar pelo bolso. Essas ações todas, no meu caso são 41 ações, não resistem a uma análise superficial. O Daniel Dantas, por exemplo, move 13 ações contra mim, e ele perde.


Classe: Cíveis e criminais?


PHA – Não, ele não entrou no crime porque ele não é bobo. Ele é mais esperto que os outros. Ele sabe que no crime é mais difícil ganhar. O que ele faz? Ele não ganha no mérito, quando ele ganha é na chicana. Quando ele ganha é na regra do jogo. Entendeu? Aí você tem que ir numa outra instância para refazer a regra, a regra como ela efetivamente é. É assim que ele trabalha. O Dantas nunca ganha no mérito. Ele diz que as provas são falsas, no caso da Satiagraha; ele não deixa trazer para o Brasil as derrotas que ele sofreu na justiça britânica; ele mata a Chacal, devolveu a Operação Chacal para a primeira instância e logo, logo prescreve; não deixa abrir os discos dele, faz com que o Eros Grau sente em cima dos discos; ele não deixa julgar, se julgar, ele está ferrado. Se julgar, ele vai em cana, como fez o De Sanctis, que colocou ele duas vezes em cana. Mas eles me enobrecem. É aquele meu ditado “diz-me quem te processas e te direi quem és”. Eu sou processado pelo Daniel Dantas, Gilmar Mendes, Eduardo Cunha, Naji Nahas, Ali Kamel, pelo Heraldo Pereira (que diz que sou racista, eu sou racista!), o Carlos Jereissati, o Sérgio Andrade. É esse elenco que me processa. E disse me orgulho. Quando o meu neto tiver um pouquinho mais de discernimento, eu vou dizer: “ seu avô é um uma cara muito legal, olha quem processa ele.” Então, qual é o objetivo deles? É me calar pelo bolso, não é calar com uma condenação. Ah, o Heráclito Fortes me processa três vezes, o Heráclito Fortes , o Apolo da bancada Dantas, o homem que defendia o Dantas da tribuna do Senado e que dizia frases como “prefiro Dantas ao Delúbio”.Isso é um Varão de Plutarco. Cícero não foi tão brilhante. Muito bem, querem me calar pelo bolso, mas não vão calar.


Classe: Falando um pouco mais de política, você não acha que a Dilma caiu na armadilha de demitir uma série de ministros pautada pela mídia?


PHA - Acho que ela faz muito bem. Acho correta a tese dela, a política dela. Localizou o malfeito, dança. Está certo. O meu problema com esta mídia que denuncia corrupção não é a denúncia da corrupção. O problema é o caráter político dessa denúncia. Agora, nós estamos diante de um fato brutalmente suspeito; uma empresa chamada Controlar tinha o monopólio de fazer o controle da poluição por parte dos automóveis de São Paulo e descobriu-se que isso era uma patranha. Essa patranha levou à prisão de um cavaleiro de nome João Faustino, que era, ou é, suplente do senador Agripino Maia e durante anos a fio trabalhou no gabinete do chefe da Casa Civil do Serra, o senador Aloísio Nunes, exercendo a tarefa que não se sabe bem qual é. Muito bem, o João Faustino diz que tem uma relação antiga com o Serra e com o Fernando Henrique, isso da própria boca dele. E colocaram indisponíveis os bens do Kassab graças ao Serra. Ele foi vice do Serra. O João Faustino trabalhou com Serra.


Classe: Coordenou a campanha do Serra no Nordeste.


PHA - Isso, coordenou a campanha do Serra no Nordeste. Queria que o ínclito e brilhante senador Jarbas Vasconcelos fosse vice do Serra. Deu entrevista dizendo isso. E o Serra ? Ele, agora dá conferência sobre juros e foge da imprensa pela porta dos fundos. O Serra foge da imprensa e o Paulo Bernardo foge do PT.


Classe: Como você vê esta obsessão do Serra de ainda sair candidato a presidente. Há uma especulação de que ele pode sair candidato pegando uma carona no PSD do Kassab, caso o Aécio seja o candidato pelo PSD.


PHA - É um patologia. O Mercadante tem uma teoria muito interessante que é a do mergulho para frente. Toda vez que o Serra se vê numa situação de ser julgado pelo que fez, ele dá um pulo para frente. Agora, por exemplo, em lugar de ser julgado pela campanha que ele fez em 2010, que segundo Ciro Gomes, foi uma campanha calhorda, a campanha da bolinha de papel, a campanha do aborto, a campanha do fundamentalismo, a campanha do bispo de Guarulhos, a campanha de entregar o pré-sal para a Chevron, a campanha de querer invadir a Bolívia, a campanha de acabar com o Mercosul. Em vez de discutir essa campanha, ele é candidato em 2014. Ele não tem alternativa. Mas o Vesgo do Pânico tem mais chance de ser presidente da República que o Serra.


Classe: Que nota você daria hoje, no conjunto, para o governo da Dilma?


PHA - Acho que ela está indo muito bem, muito bem. Eu lamento que ela tenha esta atitude em relação ao marco regulatório, que eu prefiro chamar de Ley de Medios, e faço isso propositadamente porque nós temos a pretensão de nos rivalizarmos com a Argentina, o que não é o meu caso que admiro muito a Argentina.É para deixar claro que a Argentina tem uma Ley de Medios muito boa, muito boa. E foi tirada na marra. As pessoas foram para a rua pedir a Lei de Medios. E Globo de lá, o Clarin, trabalhava com o mesmo Ibope daqui. E a Cristina meteu a mão na Globo e no Ibope.


Classe: E fez campanha de massa, no dia da entrega do projeto ao Congresso argentino, ela levou 50 mil pessoas com ela.


PHA - Exatamente. E não deu entrevista para a Globo. Se elegeu duas vezes sem dar entrevista para a Globo. E a Dilma se submete àquelas perguntas capciosas do William Bonner e da Fátima Bernardes.


Classe: Mas, fora a questão da comunicação, por que você acha que a Dilma vai muito bem? Seria por que ela dá continuidade à obra do Lula?


PHA - Ela continua a obra do Lula e está dando alguns saltos à frente, como esse programa de Brasil sem Miséria, esse programa de fortalecimentos das pequenas e médias empresas. Acho quer ela tem dado saltos importantes na política de saúde e na política de educação. Na condução da política econômica também, porque ela tirou o monopólio dos neoliberais do Banco Central. Os neoliberais comandavam o Banco Central desde o governo Sarney.


Classe: O Alexandre Tombini, atual presidente do Banco Central, não é um neoliberal?


PHA - O Tombini não é neoliberal e tem uma vantagem: ele não dá entrevista em off para a Míriam Leitão.


Classe: Falando sobre a doença do ex-presidente Lula, comentários como o da Lúcia Hipólito, na rádio CBN, logo no dia da divulgação do problema, soltando foguete e colocando Lula fora do jogo político, não chega a ser indecente, uma falta de respeito ao drama alheio?


PHA - Eu não ouvi o comentário da Lúcia Hipólito. O que eu posso te dizer é o seguinte: O PIG foi fazer o enterro do Lula. O PIG convocou o enterro do Lula. Foi para a capela do cemitério da Consolação para enterrar o Lula. O meu problema com a doença do Lula é com o Hospital Sírio e Libanês. Por que saem notícias sigilosas e confidenciaissobre o estado de saúde dos pacientes do Sírio e Libanês na Folha e na TV Globo? Eu sou paciente do Sírio e Libanês. Fiz uma cirurgia lá. Tirei uma hérnia de disco lá. Eu quero saber e, aliás, mandei um e-mail agora para o Sírio e Libanês para saber se as informações sobre a minha cirurgia serão
tão públicas como o tratamento do Lula. Se forem, eu quero tomar as medidas judiciais para processar o Sírio.


Classe: Para o jornalista Paulo Henrique Amorim, o que foi o mensalão?


PHA - O mensalão foi uma operação de caixa dois de campanha que é tão brasileira quanto goiabada com queijo. Caixa dois. Todo mundo sabe disso. Mensalão é senha para você entrar no site do impeachment do Lula.


Classe: A versão que passaram era a de que existia uma espécie de guichê no qual os parlamentares recebiam pelos serviços prestados ao governo nas votações do Congresso?


PHA - É, inclusive os que votavam com o governo. Era preciso comprar os parlamentares que votavam sistematicamente com o governo. É um negócio sensacional. É um negócio de português, desculpe. Eu, como neto de português, posso dizer isso com toda autoridade. É um mensalão português. Um mensalão patrício. Como diz o Mino Carta, o mensalão está por provar-se. Eu quero ver o Supremo provar o mensalão. E tem mais: eu quero ver provar a culpa do José Dirceu. É que no Brasil não se faz a seguinte pergunta: de onde vem o dinheiro do mensalão? Vêm do Daniel Dantas. Ninguém pergunta: quem botava dinheiro no duto do mensalão? Era o Dantas, isso está comprovado. Os documentos da Brasil Telecom encaminhados à CVM mostram o dinheiro que a Brasil Telecom, no tempo do Dantas, dava para o Marcos Valério. O Marcos Valério fazia um estudo sobre a imagem da Brasil Telecom e ganhava um trilhão de dólares para fazer isso. Alguém aqui é bobo?


Classe: Na sua opinião, então, se o Supremo julgar pela prova dos autos, absolve todo mundo?


PHA - Eu acho que absolve muita gente, inclusive o José Dirceu. Mas o problema é que o Supremo costuma votar com a faca no pescoço. É o único Supremo no mundo que vota com a faca no pescoço. Eu não conheço outro caso igual.


Classe: Dê alguns exemplos?


PHA - Ué, um ministro do Supremo disse que votou, no caso do mensalão, porque estava com a faca no pescoço. Quem empunhava a faca, a faca de Brutos? Era o Ali Kamel.


Classe: A que você atribui o bom trânsito que o Dantas tinha com os governo de FHC e manteve nas eras Lula e Dilma?


PHA - É porque o Dantas corrompeu o Brasil. O Dantas comprou o Brasil. Executivo, Legislativo e Judiciário. E imprensa. Os quatro poderes. Comprou tudo. E, no caso da imprensa, ele teve um plano de negócio originalíssimo. Ela comprava dono e o jornalista, porque normalmente os corruptores da imprensa compram um ou outro. Ele comprava os dois.


Classe: O ministro da Justiça atual tem alguma ligação com ele?


PHA - Sim, ele trabalhou para o Dantas. O José Eduardo Cardoso é assalariado do Dantas.


Classe: O advogado Greenhalg também?


PHA - Greenhalg também O Jose Eduardo Cardoso, como deputado federal , representante do povo de São Paulo, foi à Itália defender os interesses do Dantas. E aqui no Brasil tentou ajudar o Dantas no Ministério Público Federal. Ele é funcionário do Dantas.


Classe: Existe por parte da mídia uma clara intenção de criminalizar os movimentos sociais. Na democracia que vai se consolidando no Brasil, qual deve ser o papel desses movimentos?


PHA - Acho que esses movimentos têm um papel muito importante. Mas eu vou te falar o seguinte: eu acho muito legal movimento social em defesa do meio ambiente, em defesa da mulheres, em defesa do casamento gay. Eu sou a favor disso tudo. Eu sou a favor do meio ambiente, tenho aqui na minha casa uma micro reprodução dos Jardins do Burle Max. Sou a favor do casamento gay. Acho o machismo um absurdo. Tudo isso está certo. Agora, a oposição no Brasil gastou muita munição com essas causas secundárias. Subalternas em relação ao problema da injustiça social.


Classe: A que oposição você se refere?


PHA - Eu quero dizer o seguinte : os que protestam , os inconformados, os indignados, os ativistas sociais defendem causas que são comoventes e enaltecedoras e espero sejam bem–sucedidos. Não no caso de Belo Monte, que eu acho que é nada mais, nada menos que uma ponta de lança dos interesses americanos no Brasil. Ponto. Mas eu acho que mais importante do que tudo, na minha opinião, é a questão da injustiça social. Esta sociedade, apesar da inclusão de 40 milhões de pessoas na classe média, apesar da ascensão social do pobre, apenas dos programas Brasil sem Miséria, é uma sociedade injusta. É uma sociedade cruel, é uma sociedade que não tem democracia, é uma subdemocracia. Esse é o assunto que me interessa. Negócio de meio ambiente e tal, eu acho tudo muito bom, sou a favor do meio ambiente. Mas não gasto cinco minutos do meu tempo preocupado com isso. Não gasto. Eu acho que estas redes sociais são muito úteis, mas não vão mudar o mundo, não vão mudar ro Brasil, enquanto não enfrentarem de frente o problema da desigualdade.


Classe: Qual o destino dos jornais impressos no Brasil? Na sua opinião, eles caminham para o fim?


PHA – Acho que caminham para uma espécie de fim. Ele vai ser um produto de menos importância. Um produto de nicho. Assim como as revistas hoje são revistas de nicho, os jornais serão jornais de nicho. Tem mais chance de sobreviverem jornais de comunidade. Os dedicados à economia, como Valor, Financial Times, Wall Street Journal têm mais chances de sobreviverem do que a Folha. E o problema não e só de tecnologia. Não é só porque hoje existe uma tecnologia melhor do que a do jornal impresso. O problema é que os jornais brasileiros são muito ruins.O jornais brasileiros são péssimos. Não dá para ler, são mal escritos, não têm imaginação, são medíocres, são incompletos. Além de parciais.


Classe: Qual a sua opinião sobre a polêmica do diploma para jornalista?


PHA - Ah, eu sou contra. Sou inteiramente contra o diploma de jornalista. Isso é uma racionalização para um negócio de faculdades privadas. Não é preciso ter diploma para ser jornalista. Você pode ser jornalista com três meses de treinamento numa boa Pronatec. Com três meses na Pronatec, você faz um jornalista de boa qualidade. Agora, você precisa, de preferência, ter jornalistas com curso universitário. Pode estudar filosofia, matemática, física, biologia, literatura portuguesa.Isso tudo ajuda.Agora, o jornalista precisa respeitar os fatos. Como diz o Mino Carta, a verdade factual. Deve tentar também, o máximo possível, ser objetivo, até onde é possível ter alguma objetividade, ou seja, tentar a imparcialidade. Mas, sobretudo, o jornalista deve fustigar os poderosos.


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Qualidade no Parlamento

Um ex-vereador de Campo Mourão mostra o quão banal pode ser a atuação parlamentar. Há 12 anos, José Gilberto de Souza vende projetos de lei através de um site e afirma já ter vendido ideias para vereadores de todos os estados brasileiros. Por R$ 200, um legislador pode comprar um pacote com dez projetos, mas também tem a opção de comprar 100 projetos por R$ 1,2 mil. O negócio de José Souza mostra não somente a total falta de ética como a incapacidade de parlamentares. São representantes eleitos pelo voto popular que não honram a confiança dos eleitores, mostram que não entendem as necessidades da população. Um bom vereador não é aquele que apresenta um grande número de projetos, mas sim o que tem propostas que sejam relevantes para toda a comunidade.

Pps Colombo publicado no seu Mural
"COMENTÁRIO SOBRE A MATÉRIA DA GAZETA DO POVO ,DE VENDA DE PROJETOS POR UM VEREADOR, FEITO POR NOSSA PRÉ-CANDIDATA A VICE PREFEITA FRANCIELLE GOES

Ex-vereador de Campo Mourão vende projetos de lei pela internet há 12 anos;
Gazeta do Povo

Quando votamos em um vereador estamos elegendo um representante da população para elaborar projetos de lei, alguém que conheça nossas necessidades como comunidade, que tenha projetos que nos tragam benefícios e não decepções.
Esperamos de um vereador inteligência e preparo para o desempenho da sua obrigação, pois irá receber salário e gratificações para desempenhar com sabedoria essa função. Agora, o que esperar de um vereador que precisa comprar pacotes de projetos para se manter ativo?
Não ter instrução já é uma falha, não saber montar projetos de sua própria autoria é outra, agora comprar é pior!
Vejamos, basta ouvir as necessidades de sua própria comunidade, necessidades que
são diárias e reais. Escolher bons assessores seria uma prática recomendável, montar uma boa equipe é fundamental para os projetos fluírem, não basta usar dinheiro público para contratar pessoas incompetentes que só servem para passar parte de seu salário ao vereador que o contratou.
Esperamos mais como população.
Nas próximas eleições vamos prestar atenção nestes detalhes, escolher pessoas realmente competentes, capazes de realizar algo de fazer a diferença! Vamos e iremos fazer mais por COLOMBO!

COMENTÁRIO SOBRE A MATÉRIA DA GAZETA DO POVO ,DE VENDA DE PROJETOS POR UM VEREADOR, FEITO POR NOSSA PRÉ-CANDIDATA A VICE PREFEITA FRANCIELLE GOES

FONTE DA NOTÍCIA:
http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/conteudo.phtml?tl=1&id=1226804&tit=Ex-vereador-de-Campo-Mourao-vende-projetos-de-lei-pela-internet-ha-12-anos
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• O cachorro do Michel Teló

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Boris Casoy é "uma vergonha"!


Lamentável.

O Sr, Boris Casoy destilando ódio no jornal da TV Bandeirantes.

Impressiona como um jornalista se preste a esse tipo de serviço; um jornalismo medíocre, rastejante e bem característico daqueles que tentaram impingir a culpa ao posicionamento político de Lula, como causa determinante ao câncer de esôfago.

Imagine alguém culpar o ódio e o reacionarismo de Boris Casoy, como causa da deficiência de seus membros inferiores. Seria uma prova de completa ignorância, não é mesmo?

Pois o Sr.Boris Casoy teve  poliomielite com 1 ano de idade.

"A deficiência deixa marcas profundas" 
 (http://www.ame-sp.org.br/noticias/entrevista/teentrevista03.shtml)

A ignorância também!

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Quanto a Eliane Tranquesi, não sou do tipo que imagina que a morte de alguém seja o Habeas Corpus de seus pecados. Esperemos que cumpra pelo menos os 94 anos que os advogados empurraram com a barriga, no quinto dos infernos!
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Papo Ilustrado: mais da maior praia do mundo

Mais imagens dos ininterruptos 220 km de litoral entre Rio Grande e Chuí (RS), a "maior praia do mundo".
Acima, em grafite e aquarela, o farol da Barra do Chuí, momentos antes de ser aceso para a noite (vendido).
 E duas imagens da Capilha, capela de 1844, às margens da Lagoa Mirim, no Taim. Acima, uma vista lateral
em grafite e aquarela (vendido). Abaixo, a primeira etapa do trabalho, onde eu faço o desenho a grafite e marco (c/ iniciais) as cores e sombras in loco para depois finalizar em aquarela. Vou postar depois de pronta, pra gente poder comparar.
Todos os desenhos feitos entre dez/2011 e fev/2012.
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charge

Publicada in "Bens & Serviços" ( Porto Alegre, fev/2012)
Esferográfica, aquarela
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Governo diz que pretende diminuir DSTs e incetiva a promiscuidade

Amigos, faco questao de postar o comentario do meu amigo Sicario que vem ao encontro de tudo aquiilo que penso a respeito desse governo de depravados que descobriram uma maneira de fazer tudo que e infamia e mudaram a mentalidde do povo brasileiro e o pior sem nenhuma barreira, sem nenhuma punicao por parte daqueles que deviam zelar pela orde, estabilidade  e paz no nosso querido Brasil      

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• And the Oscar goes to...

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José Enio Casalecchi e a UNESP, 36 anos depois


Ao ficar sabendo, no dia 19 de fevereiro, da morte do historiador, meu amigo e colega José Enio Casalecchi, foi como se uma incontrolável máquina do tempo tivesse sido acionada. A notícia triste, muito triste, me projetou para o passado. Convivi com ele desde meus primeiros anos na UNESP, ainda nos anos 1970. Zé Enio foi uma dessas personalidades que ajudaram a construir a universidade, a agregar pessoas e a dar rumo para as atividades acadêmicas. Entre 1979 e 1983, nossas relações foram particularmente fortes, em decorrência do esforço que fazíamos para inserir a universidade nas lutas democráticas contra a ditadura. José Enio foi um dos principais esteios da UNESP que ganhou fôlego a partir de 1984. Por sua visão institucional, sua afabilidade, sua generosidade e sua firmeza tornou-se um dos mais importantes diretores da minha faculdade, em Araraquara. Sua morte abriu um vazio que dificilmente será preenchido. É uma perda enorme. Dessas que a gente lamenta, chora e tem dificuldade para assimilar.
Dediquei a ele o artigo que saiu no Estadão de hoje e que vai reproduzido abaixo. Não é uma homenagem que possa estar à altura dele. É somente um gesto a mais para associá-lo à história da UNESP. A dedicatória que abriu o artigo procura destacar sua importância, para mim e para a universidade.

 
À memória do Prof. José Enio Casalecchi (1939-2012),
cujo legado honra uma geração.

Quando a Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”- UNESP foi criada, em 1976, poucos acreditavam que daria certo. A organização de uma instituição universitária digna do nome a partir de faculdades isoladas distribuídas por 15 cidades do interior paulista parecia desafio impossível de ser vencido. Fugia das tradições acadêmicas brasileiras e não tinha modelos para seguir. Além do mais, o clima geral do país – estávamos no auge da ditadura militar – hostilizava a vida intelectual, esteio da organização acadêmica que se pretendia.
Os primeiros anos foram difíceis, marcados por muitas arbitrariedades. Havia no entanto uma base de onde partir, fornecida pelas faculdades que se reuniam na nova estrutura e estavam solidamente estabelecidas. A ideia-força era consolidar o que se tinha para então interiorizar a universidade. O esforço confundia-se com a expectativa de democratização do país, ganhando fôlego e impulso com ela.
O primeiro reitor organicamente vinculado à comunidade acadêmica, Jorge Nagle, foi escolhido no mesmo momento (1984-1985) em que o regime militar se decompunha, às portas da Nova República. Foi ali, naqueles anos emblemáticos, que a UNESP ganhou seu primeiro sopro de identidade e começou a se reconhecer como tendo direito de existência, sem sentimento de inferioridade em relação a outras universidades.
Hoje, passados 36 anos, a UNESP é uma universidade com todas as letras. Passou a ser vista com respeito dentro e fora do país. Está implantada em 23 cidades, incluída a Capital do estado. E exibe números impressionantes.
Seus 3,5 mil professores compõem com os 7.153 funcionários uma plataforma consistente para as atividades de ensino, pesquisa e extensão de serviços. A UNESP oferece 171 opções de cursos de graduação, que formam, por ano, 5,6 mil novos profissionais e agregam mais de 35 mil alunos. Na pós-graduação, mais de 10 mil alunos estudam em 117 mestrados e 93 doutorados acadêmicos. Milhares frequentam cursos de especialização. Os inscritos no vestibular passaram de 9.700 em 1976 para 89.550, pois o numero de vagas oferecidas aumentou de 2.800 para 8.000.
A UNESP está entre as instituições que mais produzem ciência no Brasil, em todas as áreas. Seus projetos de extensão universitária incluem o apoio à gestão municipal, a orientação a pequenos empresários, o atendimento médico e odontológico, a formação de professores e a previsão do tempo para agricultores.
Sua infraestrutura inclui 1.900 laboratórios e 30 bibliotecas, com 2,6 milhões de livros, além de museus, biotérios, clínicas de psicologia e fisioterapia, hospitais veterinários e cinco fazendas experimentais, perfazendo uma área total de 62,8 milhões de m2. Conta ainda com o importante Hospital de Clínicas de Botucatu, com 462 leitos, e administra o Hospital Estadual Bauru, com outros 318 leitos.
A UNESP deixou de ser vista com desconfiança. Em 2010, figurou em 6º lugar no Ranking Iberoamericano SIR. Ao longo de 2011, avançou 116 posições no Webometrics Ranking of World Universities, passando a ocupar a 122ª posição no mundo e a 4ª na América Latina. Por mais que tais rankings sejam polêmicos e não devam ser lidos de forma produtivista, deixando de lado a qualidade do que se faz, alguma coisa eles indicam.
Como pôde a UNESP dar este salto? Houve, antes de tudo, a longa série de reitores comprometidos com a construção de uma universidade que se dedicasse à pesquisa sem descuidar do ensino e que fizesse de sua distribuição espacial um fator de adensamento estratégico no território paulista. Isso possibilitou a fixação de um padrão de gestão e facilitou a incorporação da ideia de autonomia não como questão financeira, mas sim como liberdade de fazer escolhas e tomar decisões – autonomia diante do Estado, dos dogmas, dos interesses particulares e das pressões locais.
Mas nada disso teria proliferado se professores e servidores técnicos não tivessem demonstrado determinação. Quem trabalha na UNESP sabe como é forte o preconceito contra as “faculdades do interior” e como pesa a atração dos grandes centros. Houve um momento em que a UNESP parecia ser uma espécie de trampolim para a USP. Alguns docentes fizeram esta trajetória, que nada tem de condenável. A maioria, no entanto, permaneceu nos campus, convertendo-os em ótimos lugares para se produzir ciência e ensinar. São eles o maior patrimônio da UNESP.
Hoje, imersa numa fase de sucesso, a UNESP precisa permanecer interpretando com rigor o mundo e as pessoas que a cercam. Há problemas e desafios novos a exigir respostas novas, tanto no âmbito da gestão quanto do ensino e da pesquisa. Muitos deles são de natureza ética e política. Como ensinar, como ligar a formação acadêmica ao mercado, como fazer ciência de ponta sem deixar de lado a ciência aplicada? O que fazer com as tecnologias da informação e o as possibilidades de ensino à distância? Qual o papel dos professores na direção da universidade? Não há consensos consistentes a este respeito. Dá-se o mesmo com inúmeras outras questões.
O vitorioso projeto da UNESP tem tudo para seguir em frente. Sua continuidade depende basicamente da capacidade que a comunidade acadêmica (os professores, sobretudo) tiver de fortalecer os pactos internos e o diálogo institucionalizado. Daqui para frente, problemas e desafios tenderão a ser sempre mais complicados. Exigirão, por isso mesmo, doses adicionais de entendimento e articulação, para que interesses e modos de pensar particulares continuem a se manifestar sem competir entre si de modo improdutivo. Esse é certamente o melhor recurso para que o planejamento institucional possa ser feito com os olhos no longo prazo e nas necessidades sociais. [Publicado em O Estado de S. Paulo, 25/02/2012, p. A2].
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