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EUA - Quem é o rottweiler americano.
POLÍTICA - O dia de Guy Fawkes
Diário do Centro do Mundo |
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POLÍTICA - Continuo achando que o Serra vai ser o candidato do PSDB.
Para Aécio é melhor que Serra seja o candidato numa eleição perdidaby Paulo Nogueira |
Três ratos cegos. FHC, Aécio e Serra estão parecendo eles, a um ano das eleições presidenciais. Podemos mudar também para quatro ratos cegos, se acrescentarmos Alckmin.
Pobre PSDB, inteiramente perdido e vencido pelas circunstâncias.
Um célebre provérbio romano diz: “Quando você não sabe para onde ir, nenhum vento ajuda.”
Os tucanos não têm a menor ideia sobre para onde ir. Ou têm ideias confusas e diferentes entre si.
Serra quer ser candidato. É uma das poucas coisas claras. Mesmo com a extraordinária repulsa que provoca entre tantos brasileiros, Serra quer mais uma vez tentar a presidência.
Que lógica ampara sua pretensão, ninguém exceto ele mesmo parece saber.
FHC não quer Serra. Este é também um fato da vida. Mas FHC não mandou em Serra nem quando era mais jovem e ocupava a presidência. Que dirá agora, já entrado nos 80 anos? Poucas vezes se viu, na alta política brasileira, alguém com tão pouca vocação para mandar como FHC e nem alguém com tão pouca disposição para obedecer como Serra.
Logo, é jogo de soma zero aí.
E Aécio? Este parece não saber o que quer. É revelador, a esse respeito, o noticiário da Folha. Ontem, o jornal disse que FHC e Aécio estavam incomodados com as peregrinações de Serra país afora em busca de apoio.
Hoje, a mesma Folha – pobres leitores – diz que Aécio quer que as pessoas deixem Serra em paz para fazer o que quiser.
Se você leu a Folha ontem, saiu dizendo para os amigos uma coisa. Se leu hoje, está dizendo o oposto. Se leu ontem e hoje, pode mandar uma queixa para a ombudsman.
Toda essa confusão caótica pode esconder o seguinte: Aécio, no fundo, não quer ser candidato numa eleição que ele sabe perdida.
Não chega a ser uma inovação. Serra, em 2006, se esquivou para que Alckmin fosse para o abatedouro.
Serra -- agora em fim de linha, até por força da natureza -- entende que não tem nada a perder. Uma candidatura vai fazê-lo aparecer na televisão em cadeia nacional e afagar sua vaidade inexpugnável.
Para Aécio, é diferente. Ele é mais jovem, e talvez prefira não ser submetido em 2014 a um previsível vexame. As próximas eleições terão dois protagonistas, duas, aliás, Dilma e Marina.
O resto vai ser o resto. Eduardo Campos afirmou ter dúvidas sobre se Aécio vai adiante. É engraçado, mas a mesma lógica se aplica a ele mesmo, Campos: faz muito mais sentido vê-lo bater em retirada em 2014 para se preparar para 2018.
Aécio pode fazer o que Serra fez em 2006, sair de fina e esperar o futuro, de mãos dadas, simbolicamente, com Campos.
É, na verdade, a decisão mais inteligente para ele. Ele ficaria relativamente preservado de uma surra que se afigura histórica para os tucanos.
E teria mais tempo, depois, para ver se encontra argumentos decentes para que a voz rouca queira conversar com ele.
Com ciúme da Folha, Globo escala Chico Caruso para puxar saco dos EUA e jogar contra o Brasil
Correndo atrás do prejuízo, para ver quem se rebaixa mais diante dos Estados Unidos, O Globo convocou seu chargista Chico Caruso para ilustrar a mentira deslavada de que Brasil e EUA se espionam (imagem acima), notícia plantada primeiramente pela Folha, o primeiro jornal a jogar contra o Brasil, como comentei aqui.
Mas O Globo, que sempre está na contramão do Brasil e dos brasileiros, não fez por menos e endossou a mentira, que é comparar a espionagem dos EUA - que se meteu em milhões de e-mails, conversas telefônicas, tendo grampeado a Petrobras e o telefone da presidenta Dilma - com ações de contraespionagem, feita por agentes brasileiros, em território brasileiro.
É isso o que vai ficar na cabeça das pessoas que vêm apenas as primeiras páginas dos jornais penduradas nas bancas, e não a verdade: os Estados Unidos praticaram a maior velhacaria política de que se tem notícia, espionando o mundo inteiro, inclusive países amigos, como o nosso.
Mas para a Folha e O Globo não, foi só uma espionagem como todo mundo faz. Essa é a mídia corporativa que temos, de quatro e traíra, udenistas como Mangabeira, que beijou a mão do presidente dos EUA.
MÍDIA - indignação tardia.
Indignação tardia
O artigo de Míriam Leitão contra Reinaldo Azevedo está atrasado, exatamente, 10 anos.
Os rosnados e latidos do blogueiro da Veja, recém contratado como colunista da Folha de S.Paulo, só suscitaram indignação na colega de O Globo, agora, porque a estrutura de mídia (e de poder) ao qual ambos pertencem está desmoralizada e prestes a desmoronar.
Na última década, a direita hidrófoba latiu, rosnou e babou do mesmo jeito, inclusive dentro das Organizações Globo, mas Míriam, profissional zelosa em anunciar, toda manhã, o fim do mundo patrocinado pelo PT, manteve-se calada. Conivente.
Jornalista elegante e de belo texto, não duvido que há muito Míriam Leitão despreze Reinaldo Azevedo, cujo único talento, a bajulação dos ricos, infelizmente está agregado à absoluta falta de talento para escrever coisas minimamente inteligíveis.
Para ela, como para muitos da direita brasileira, era como um psicopata domesticado que, enquanto se mantivesse apenas no espaço radical da Veja, seria de boa valia para o serviço.
Fora dessa perspectiva, Míriam deve ter sempre olhado para o texto do colega de luta liberal com o devido desprezo que qualquer jornalista mediano tem pela má escrita, sobretudo quando se trata de um amontoado de clichês retirados de velhas apostilas da ESG enfeitado por espasmos de falsa erudição roubada ao Google e a orelhas de clássicos da literatura universal.
Agora que o cão raivoso deixou o canil da TFP e veio latir mais perto, no mesmo espaço singular do triste colunismo da mídia nacional, Míria Leitão decidiu, finalmente, se pronunciar.
Tarde demais.
Vão todos - mírians, reinaldos, jabores, magnolis e gullares - afundar juntos e abraçados na mesma lama em que se meteram por conta própria.
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