Ministro Paulo Bernardo quer completar serviço de FHC e privatizar o que resta de público nas teles

Atenção, é privatização mesmo, nmão se trata de concessão. A ideia do governo, segundo o ministro, é passar para propriedade das operadoras bens da União concedidos a empresas de telecomunicação. Esses bens seriam devolvidos à União em 2025.

O governo certamente deve fazer isso em função dos excelentes serviços prestados por essdas empresas, campeãs em reclamação no Procon, como você pode conferir aqui, onde elas ocupam os primeiros lugares nas listas de reclamação, acompanhadas por dois intrusos, o Itaú (Feito para F. você) e o Bradesco (para F. você)

A campanha “Banda Larga é um direito seu” lançou no dia 20 de março uma nota criticando a proposta, que reproduzo a seguir:

Governo Dilma prepara nova privatização das telecomunicações: o que restou de FHC

A história nos prega peças. O ministro das Comunicações do governo Dilma, ligado ao Partido dos Trabalhadores, cogita a possibilidade de doar bilhões em bens considerados públicos às teles em troca de investimentos em redes de fibra óptica das próprias empresas. A infraestrutura essencial para os serviços de telecomunicações, minimamente preservada na privatização de FHC, será entregue às mesmas operadoras para que estas façam aquilo que deveria ser obrigação da prestação do serviço.

Quando o sistema Telebras foi vendido, em 1998, a telefonia fixa passou a ser prestada por concessionárias. Essas empresas receberam da estatal toda a infraestrutura necessária à operação do serviço, a qual foi comprada por alguns bilhões de reais. Definiu-se um prazo para as concessões e os bens a ela relacionados foram regulados como reversíveis, isto é, devem voltar à União ao final dos contratos de concessão para nova licitação. São bens submetidos ao interesse público, que retornam à posse do Poder Público para que, terminada a concessão, a União defina com quem e como deve se dar continuidade à prestação, já que é ela a responsável pelo serviço de acordo com a Constituição Federal.

Esse modelo de concessão foi adotado em razão de uma escolha crucial do governo FHC, a aplicação de regime jurídico ao serviço de telefonia fixa condizente com sua essencialidade – o regime público. Ele permite ao Estado exigir metas de universalização e modicidade tarifária das empresas concessionárias, além de regular as redes do serviço como reversíveis.

Telefonia fixa passaria ao regime privado

Antes da privatização, de 1995 a 1998, foram investidos bilhões de recursos públicos para preparar as empresas para os leilões. A planta da telefonia fixa quase dobrou. Posteriormente à venda, as redes reversíveis se desenvolveram para cumprir metas de universalização previstas nos contratos de concessão a serem concluídas até 2005. A ampliação da cobertura foi viabilizada pela tarifa da assinatura básica, reajustada durante muitos anos acima da inflação e até hoje com valor injustificadamente elevado.

Além desse incremento dos bens da concessão, a infraestrutura da telefonia fixa se tornou suporte fundamental para a oferta de acesso à banda larga no país. Mesmo as redes que eventualmente não tenham relação direta com o telefone, apresentam ligação financeira com ele. Afinal, também durante anos, e ainda hoje, houve subsídio cruzado ilegal da concessão às redes privadas de acesso à Internet. A telefonia que deveria ter tarifas menores passou a se constituir na garantidora da expansão da banda larga conforme critérios de mercado e de interesse econômico das operadoras.

Assim, a medida cogitada pelo ministro Paulo Bernardo aponta ao menos dois graves problemas. Primeiro, ela significa a transferência definitiva ao patrimônio das teles de bilhões em bens que constitucional e legalmente deveriam retornar à União, pedindo em troca que essas empresas invistam em si mesmas, ou seja, em redes que serão para sempre delas. Segundo, a doação bilionária envolveria grande parte da espinha dorsal das redes de banda larga no país, enfraquecendo ainda mais o Estado na condução de políticas digitais. Como se não bastasse, essa medida significaria o suspiro final do regime público nas telecomunicações, com a prestação da telefonia fixa passando exclusivamente ao regime privado.

A justificativa para a operação

Diante do desafio de especificar quanto das redes atuais de telecomunicações são ligadas à telefonia fixa ou resultado de suas tarifas, o arranjo em avaliação sem dúvida simplifica o processo em favor das operadoras. Não só isso, minimiza as vergonhosas consequências de até agora já ter sido vendido um número considerável de bens reversíveis sem autorização ou conhecimento da Anatel, que deveria tê-los controlado desde as licitações, mas não o fez efetivamente.

Se aprovada tal proposta, o nosso saldo será a privatização do que resta de público nas telecomunicações e o profundo desprezo pelo caráter estratégico da infraestrutura de um serviço essencial como a banda larga. Estaremos diante do desrespeito violento à determinação constitucional de que a União é a responsável pelos serviços de telecomunicações, na medida em que perderá o direito de interferir na gestão de redes que passarão a ser exclusivamente privadas.

A justificativa ensaiada para essa operação é a de que, por um lado, os bens da concessão estão se desvalorizando e, por outro, de que é preciso disseminar fibra óptica pelo país e não há como obrigar as empresas a investirem onde não existe interesse econômico. Porém, o que o governo quer é encontrar novo subterfúgio para não enfrentar sua falha central nesse campo: o não reconhecimento da banda larga como serviço essencial.

Serviços essenciais e redes estratégicas

A necessária tarefa de levar banda larga e redes de fibra óptica a todo o Brasil poderia ser realizada sem a transferência de bens de interesse público à iniciativa privada se o governo garantisse a prestação da banda larga também em regime público. Como visto, esse regime confere ao Estado maiores prerrogativas para exigir o cumprimento de obrigações por parte das empresas. Paralelamente, o modelo regulatório atualmente desenhado prevê mecanismos públicos de subsídio para parte dos investimentos impostos.

O principal deles é o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST), com recursos constantemente contingenciados pelo governo federal. De acordo com a lei que o instituiu, o FUST só pode ser utilizado para o cumprimento de metas de universalização, obrigação que se refere apenas a serviços prestados em regime público. Nesse caso, o financiamento público para a ampliação das redes das operadoras se justifica pelos seguintes motivos: (i) o dinheiro se destina somente à parte dos investimentos que não pode ser recuperada com a exploração do serviço; (ii) os valores das tarifas são controlados para que o serviço seja acessível à população, contemplando-se também acessos gratuitos; e (iii) a rede construída não é patrimônio definitivo das operadora, pois sua posse volta à União ao final da concessão. Com tais garantias, outros subsídios poderiam ser estudados e aplicados sem significar favorecimento das teles.

Entretanto, o governo mantém a prestação da banda larga exclusivamente em regime privado, criando alternativas ilegais e bastante complicadas para lidar com a demanda de ampliar as conexões à Internet no país e, ao mesmo tempo, evitar o enfrentamento com os poderosos interesses privados. Ao invés de submeter as grandes empresas do setor às obrigações do regime público, opta pela frouxa negociação da oferta de planos de banda larga popular, por empréstimos pouco transparentes do BNDES, pela desoneração de tributos na ordem de 6 bilhões de reais para a construção de redes privadas, pela defesa da utilização do FUST também em regime privado e, agora, considera admissível a doação às teles dos bens que restaram da privatização para que elas invistam em redes próprias, não reversíveis.

Nunca antes na história desse país se tratou com tamanha leviandade serviços essenciais e redes estratégicas! [Fonte]
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Veterano do Iraque sobre civis mortos por helicóptero Apache dos EUA: 'Nunca vou superar isso'



A cena ficou famosa, escandalizou o mundo e nos abriu os olhos para o WikiLeaks, que nos revelou as imagens secretas de um helicóptero Apache dos EUA abrindo fogo contra civis no Iraque.

Parecia um videogame, mas as imagens eram reais, demasiadamente reais, como conta o veterano da guerra do Iraque Ethan McCord. Ele estava em terra, no batalhão 216 e todos se deslocaram para o local dos assassinatos.

“Um dos homens estava decapitado, a parte superior de sua cabeça estava completamente aberta e seu cérebro estava espalhado pelo chão, e o cheiro... esse cheiro ainda me persegue a cada dia. Não sei como descrevê-lo", disse McCord.

As seqüelas são inumeráveis. McCord começou a beber e tentou acabar com sua vida em várias ocasiões. E o seu não é um caso isolado. De fato, oito de seus colegas se mataram depois da guerra e, igual a ele, dezenas de milhares de veteranos estadounidenses padecem de transtorno por estresse postraumático.

"Sei que nunca jamais melhorarei", lamentou. "Nunca vou superar isso" [Fonte].
Os mortos e seus familiares que restaram também não. Nem o Iraque, país totalmente destruído, com a sociedade fragmentada, em frangalhos, após a invasão das "Forças do Bem", que foram buscar as armas químicas que não haviam, nunca existiram, foram apenas um pretexto para a invasão e a guerra pelo petróleo.


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Vaticano apoiou golpe contra Allende e ditadura de Pinochet, revela WikiLeaks


Papa João Paulo II e o ditador Pinochet

Wikileaks fez públicos esta segunda-feira quase dois milhões de documentos diplomáticos secretos dos Estados Unidos, que datam dos anos 70, inclusive vários que revelam a cumplicidade do Vaticano no golpe de Estado contra Salvador Allende no Chile (1973) e sua colaboração e apoio à ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

O secretário do Estado Vaticano, Giovanni Benelli, braço direito (e põe direito nisso) e número dois do papa Paulo VI (1963-1978) apoiava, em nome do Sumo Pontífice, o golpe de Estado no Chile, segundo o diário italiano A Republica, um dos meios internacionais que participam nas publicações de WikiLeaks.

Outro documento sustenta que o Vaticano defendeu o regime de Pinochet, “negando as repressões denunciadas”, as quais tachou de “propaganda comunista”.

A Santa Sé afirmou que “possivelmente o maior sucesso da propaganda comunista é a exagerada cobertura dos acontecimentos (no Chile)”, e reconheceu que até “círculos moderados e conservadores pareciam muito dispostos a crer nas mentiras sobre os excessos da Junta chilena”.

Ainda que admitisse algum derramamento de sangue, o Vaticano citou a Nunciatura em Santiago e o Episcopado chileno dizendo que “a Junta estava fazendo todo o possível para retificar a situação e que os relatórios midiáticos que falam de uma repressão brutal não têm fundamento”.

Outro documento sustenta que o Vaticano defendeu o regime de Pinochet, “negando as repressões denunciadas”, às quais tachou de “propaganda comunista” [Fonte]. 

Como se vê, mudam os papas, mas a doutrina da Igreja Católica segue sendo apoiar os poderosos e o braço armado que lhes dá sustentação, exatamente o oposto de tudo que pregou Jesus Cristo: a defesa dos humildes, dos doentes, das crianças, dos pobres, meio em que Ele nasceu, viveu e, nas mãos dos poderosos, morreu.
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Ato em Porto Alegre denuncia Yoani Sánchez e afirma apoio à Revolução Cubana


Militantes da Associação Cultural José Martí e do Fora do Eixo realizaram neste domingo atividade de conscientização a respeito da blogueira Yoani Sánchez e da Revolução Cubana, no Parque da Redenção, em Porto Alegre. Foram entregues panfletos explicando o papel cumprido pela blogueira e a importância da Revolução Cubana e de suas conquistas.(...)
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BOCA BRABA




* 'As Razões do Boca Braba' -   João de Almeida Neto
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