ONU CONDENA PROJETO ISRAELENSE DE NOVAS COLÔNIAS NA CISJORDÂNIA INVADIDA

Palestinos comemoram com bandeiras a volta de Mahmoud Abbas à Cisjordânia e a recente vitória na ONU (Nasser Shiyoukhi/Associated Press)

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-mon, considerou o projeto de Israel para novas colônias em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia [territórios palestinos] um "golpe fatal" ao processo de paz entre israelenses e palestinos.

A declaração, feita neste domingo, segue o anúncio de Israel na sexta-feira sobre a intenção de construir 3.000 casas nas duas regiões em sequência ao reconhecimento da Palestina ao status de “Estado observador não-membro” pela Assembleia Geral da ONU.

"As colonizações são ilegais pelo direito internacional e se (esse projeto) se concretizar, daria um golpe fatal nas últimas oportunidades de garantir uma solução de dois Estados", disse em nota o porta-voz de Ban.

Em uma declaração em um tom particularmente severo em relação ao governo israelense, Ban destacou que esse projeto "ameaça separar totalmente Jerusalém Oriental do resto da Cisjordânia".

"É com grande preocupação e uma profunda decepção que o secretário-geral recebeu o anúncio de Israel" de construir esses novos assentamentos, informou o comunicado.

"Em nome do interesse na paz", Israel deve "renunciar seu projeto", concluiu Ban.

A decisão israelense gerou críticas entre a comunidade internacional, especialmente de parte dos Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido.

COLÔNIAS

A aprovação das 3.000 casas [na Palestina invadida] foi publicada pelo jornal isrelense "Haaretz" na sexta-feira, um dia após a aprovação histórica do reconhecimento da Palestina na ONU.

Segundo o jornal, o governo israelense também pretende acelerar 1.000 permissões adicionais para construção nas áreas ocupadas por judeus nos territórios palestinos e o projeto da chamada “colônia E1”, que, se construída, dividirá a Cisjordânia em duas.

O anúncio foi a primeira indicação de represália de Israel, que criticou a ONU por ter enviado uma resolução em apoio ao pleito dos palestinos.

Representantes israelenses chamaram o reconhecimento da Palestina pela ONU de 'teatro político negativo', consideraram um obstáculo às conversas de paz e ameaçaram adotar sanções contra os palestinos.

No domingo, Israel anunciou que não deve repassar os impostos arrecadados [dos próprios palestinos nos territórios da Palestina invadida] em nome da ANP (Autoridade Nacional Palestina), numa "baixa" [nome eufêmico para "roubo"] que pode chegar a US$ 100 milhões.

ESTADO PALESTINO

O reconhecimento dos territórios palestinos como “Estado observador não membro da ONU” (Organização das Nações Unidas) foi aprovado na quinta (29) na Assembleia-Geral da organização por 138 votos a favor, nove contrários e 41 abstenções.

O status de “Estado observador”, semelhante ao do Vaticano, não garante direito a voto e fica aquém do reconhecimento pleno, que transformaria a Palestina no 194º membro da organização.

Desde a entrada na ONU, em 1974, os palestinos eram representados pela OLP (Organização para Libertação da Palestina), que tinha o status de “entidade observadora”.

Pelo direito internacional, [segundo a interpretação dos judeus] o reconhecimento de Estados não se dá na ONU (Organização das Nações Unidas), mas "por outros países".

O diálogo de paz entre israelenses e palestinos está paralisado há dois anos.”

FONTE: portal UOL/Folha  (http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1194831-onu-condena-projeto-israelense-de-novas-colonias-na-cisjordania.shtml). [Trechos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].
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Alckmin corre atrás do prejuízo

Por Altamiro Borges

Um fantasma ronda o ninho tucano – e não tem nada a ver com a cambaleante candidatura de Aécio Neves. Após quase duas décadas de hegemonia em São Paulo, o PSDB teme perder o estratégico governo estadual. Segundo matéria publicada no Estadão, que nunca reclamou da ausência de alternância no governo paulista, o sinal de alerta já soou no Palácio dos Bandeirantes. “Alckmin corre para dar uma marca à sua gestão”, alardeia o título da reportagem assinada por Julia Duailibi e Bruno Boghossian.

"Seria a maior derrota da oposição"

O desespero começou a bater logo após o encerramento das eleições municipais de outubro. O PSDB foi derrotado na capital paulista, o maior colégio eleitoral do país, nas mais importantes cidades da região metropolitana e em vários municípios de peso do interior do estado. As urnas confirmaram a tal “fadiga do eleitorado”, conforme já havia reconhecido o próprio FHC. Diante desde resultado preocupante, os tucanos agora procuram analisar as causas do declínio num estado considerado a fortaleza da sigla.

“O governador Geraldo Alckmin (PSDB) entra na segunda fase do seu mandato sem uma marca forte na administração, com obras em ritmo lento e uma crise na área da segurança para administrar”, conclui o próprio Estadão. “Integrantes do governo Alckmin admitem reservadamente que precisarão aprimorar a gestão e marcar gols até 2014 para evitar que o sentimento de mudança que marcou a eleição na capital se repita - e o governo de São Paulo, comandado pelo PSDB desde 1995, passe às mãos dos petistas”.

O jornalão, que anunciou em editorial o apoio ao tucano José Serra, é taxativo: “Seria a maior derrota da oposição no país”. Ele ainda lista algumas das razões do declínio do PSDB em São Paulo. “Aliados do governador afirmam que a administração é muito dependente da figura de Alckmin – que já enfrenta desgastes por causa do aumento de assassinatos na Grande São Paulo. Pesquisa Datafolha feita apenas na capital mostrou que caiu de 40% para 29% a taxa dos que consideram o governo ótimo ou bom”.

Falta de dinamismo e desespero

O Estadão lembra que “os principais projetos tocados pela equipe do Palácio dos Bandeirantes, que deveriam ser apresentados como vitrine na campanha à reeleição, em 2014, ainda patinam. O trecho leste do Rodoanel, por exemplo, deveria ficar pronto em 2014, mas, segundo integrantes do governo, só 20% das desapropriações necessárias e 5% da terraplenagem foram realizadas até agora”. Os investimentos na expansão e modernização do Metrô também estão bem abaixo do prometido e esperado.

A falta de dinamismo da gestão inclusive tem irritado Geraldo Alckmin, que abandonou a insossa figura do “picolé de chuchu”. No final do ano passado, ele prometeu “pisar no acelerador” e anunciou investimentos de R$ 22 bilhões em 2012. “Integrantes do governo já admitem que apenas 65% desse valor deve ser alcançado até o fim do ano. Insatisfeito com o desempenho, o governador cobra que sua equipe entregue ‘medalhas’, ou seja, marcas em suas áreas”. Alckmin já nem esconde as ácidas críticas aos seus secretários.
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Se um dia eu chegasse a ser presidenta da República ou tivesse algum outro cargo de relevância, que pudesse mandar e resolver as coisas, juro que não iria ter assessores escolhidos por interesses políticos ou por troca de favores. Iria comandar a nação me baseando pelos comentários dos leitores de jornais e revistas do País. Sim. Atualmente as coisas mais inteligentes e perspicazes que tenho lido vêm destas colunas. É gente que sabe do que fala e não tem medo de dar a cara pra bater.
Carta de leitor só é publicada com nome e endereço. Portanto, o autor é facilmente identificado. Sujeito que lê jornal e revistas já demonstra ter credibilidade, pois se preocupa em estar bem informado, em acompanhar o que acontece ao redor de si. E aquele que lê e ainda se dispõe a escrever sobre o assunto, quer contestando, quer apoiando, este sim, merece todo o nosso respeito e atenção. E não falo só como jornalista, mas principalmente como povão, povão que quer viver num Brasil melhor, com mais educação, cultura, saúde e segurança.
Se os políticos fossem mais inteligentes, certamente não perderiam uma coluna do leitor de todos os jornais do Estado e das principais revistas da Nação. Filtraria nelas idéias e selecionaria cabeças pensantes para conselheiros. Prestaria muita atenção nas cobranças dos leitores, para efetivamente atender aos anseios da população e aceitaria as sugestões, colocando em prática muitas coisas simples que podem resolver grandes problemas.
Dia destes, em uma coluna, uma leitora revela em pouquíssimas linhas, o motivo do desastrado resultado do Enem: “No País inteiro os alunos terminam o ensino fundamental sem estarem alfabetizados. É o resultado da aprovação automática.
E não adianta culpar os professores, pois isso virou Lei. Que absurdo!”, diz ela, coberta de razão. Para quê estudar e se esforçar para tirar nota boa, pois vai passar de qualquer jeito. Daí dá nisso. Querem resolver a questão? Retomem a velha e boa escola com reprovação e tudo.
Senhores, leiam o que está sendo escrito pelo leitor sobre o mensalão, sobre os ataques terroristas em São Paulo, sobre o Zé Dirceu e companhia limitada, sobre a destinação de verbas, sobre o Joaquim Barbosa e sobre tudo o mais. São opiniões sinceras e reveladoras, de um povo que não quer mais servir de massa de manobra, que sabe o rumo que quer tomar. Leiam e prestem muita atenção, pois as cartas não mentem jamais...
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“A VOTAÇÃO NA ONU LEGITIMOU O STATUS QUO RACISTA” [CONTRA OS PALESTINOS]

As contínuas e incompreensivelmente impunes invasões e apropriações da Palestina (em verde) pelos israelenses

Por Joseph Massad, no jornal inglês “The Guardian”

Joseph Massad

“Dia 29/11/1947, a Assembleia Geral da ONU votou e aprovou a divisão da Palestina entre os palestinos nativos e colonos judeus majoritariamente europeus. O plano de partição assegurava aos colonos (1/3 da população) 57% da terra; e aos habitantes originais (2/3 da população) somente 43%.

No dia seguinte, 30/11, os colonos iniciaram a conquista militar da Palestina, expulsando de lá centenas de milhares de palestinos. Declararam seu Estado no dia 14/5/1948. Dos 37 judeus que assinaram a “Declaração do Estabelecimento do Estado de Israel”, apenas um era nascido na Palestina, o marroquino Behor Chetrit.

Os palestinos rejeitaram o plano, que os expropriava de terras suas. Exércitos árabes intervieram para fazer parar a expulsão dos nativos, mas falharam, e mais centenas de milhares de palestinos foram expulsos. Os colonos “conquistaram o território” a eles atribuído pelo plano de partição da ONU, e “plus” metade do território que a ONU atribuíra aos palestinos.

O plano de partição estipulava que até 47% da população do Estado judeu seria composta de árabes; e que a população do Estado árabe teria menos de 1% de judeus. O plano insistia em que os dois Estados ficavam proibidos de expulsar ou discriminar contra suas minorias. Para a ONU, “Estado judeu” significava Estado que pregava e defendia o nacionalismo judeu, sem discriminar contra não judeus; e a definição de “Estado judeu” e “Estado árabe” não permitia limpeza étnica, razão pela qual os colonos [não-]judeus a aceitaram imediatamente. Mas, desde então, os colonos e seus descendentes insistem em que, para eles, o “Estado judeu” pode discriminar, mediante leis e políticas, contra, por exemplo, não judeus; e promovem “limpeza étnica”.

A ONU afirmou o direito dos refugiados, de retornar às próprias casas e receberem compensação pelas perdas; Israel recusa-se a cumprir o que a ONU afirmou. Depois que Israel ocupou 22% da Palestina restante, em 1967, e estabeleceu mais colônias nos territórios ocupados, mais resoluções foram aprovadas na ONU, de condenação às violações pelos israelenses, da lei internacional.

Em 1974, a ONU reconheceu a “Organização para a Libertação da Palestina” (OLP) como única representante legítima dos palestinos. Desde então, a ONU várias vezes reiterou o compromisso com as resoluções aprovadas desde 1948, e conclamou Israel a reverter as medidas ilegais implantadas por sucessivos governos israelenses.

Depois dos “Acordos de Oslo” de 1993, a OLP foi marginalizada, e a “Autoridade Palestina” (AP) foi reconhecida como representante dos palestinos da Cisjordânia e de Gaza (mas não dos palestinos habitantes de Jerusalém Leste, embora eles também votassem nas eleições em área da “Autoridade Palestina”).

Depois de 2007, a “Autoridade Palestina” deixou de representar os palestinos de Gaza, que passaram a ser representados pelo “Hamás” eleito. O novo projeto da “Autoridade Palestina” passou a ser estabelecer um miniestado, em território não contínuo na Cisjordânia e sem soberania. Esse projeto logo entrou em dificuldades, porque Israel não interrompeu a [invasão e] colonização ilegal da Cisjordânia (e de Jerusalém Leste). Cessaram as negociações, o que deixou a “Autoridade Palestina” sem qualquer legitimidade ou objetivo final real que explicasse sua existência.

Semana passada, a Assembleia Geral da ONU votou a favor de a Palestina ser admitida como “Estado observador”. Por mais que alguns digam que não, a nova situação mina ainda mais o status da OLP na ONU: a OLP representava todos os palestinos; a Autoridade Palestina só representa os habitantes da Cisjordânia.

O reconhecimento também diminui geograficamente o Estado palestino, que passa, dos 43% da Palestina histórica assegurados pelo plano de partição inicial [pela ONU, em 1947], para menos de 18% do território original (e, provavelmente, para 10%, se se descontarem as anexações, colônias, áreas militares etc.); e reduziu a população palestina, de cerca de 12 milhões, para 2,4 milhões de habitantes da Cisjordânia, 40% dos quais ali vivem como refugiados.

A votação não passa, na essência, de uma atualização do plano de partição de 1947, posto que, agora, a ONU garante aos colonos judeus e seus descendentes 80-90% da Palestina, deixando o restante aos habitantes originários; e há alta probabilidade de o plano, agora reconhecido pela ONU, cancelar o direito de retorno dos refugiados.

Uma pequena minoria de nativos da Cisjordânia (cerca de 1,3 milhões de pessoas), pelos quais a “Autoridade Palestina” diz falar, ganhará da ONU status de “Estado-sob-ocupação”; e os refugiados palestinos que vivem na Cisjordânia (1 milhão de pessoas), além dos 6 milhões de outros refugiados, correm o risco de perder o direito de retorno.

Ao reconhecer um Estado palestino diminuído, o voto da ONU, de fato, abandona a interpretação original da ONU, pela qual “o estado judeu” não teria direito de discriminar e estava impedido de promover limpeza étnica contra não judeus. O novo arranjo abençoa Israel e a leitura israelense do que seja um “estado judeu” e tudo o que essa leitura implica: a saber, a atual, real e existente discriminação, por lei e por políticas; e a limpeza étnica que Israel pratica. Tudo isso passa a ser aceitável. Já quase, na prática, é tudo legal.

A evidência de que a “atualização” tenha acontecido também num 29 de novembro – data do primeiro plano de partição – contribui para demarcar a mesma data como data de repetidas derrotas dos palestinos, que continuam a sofrer sob as leis colonialistas de Israel. A data marca a repetição, também, do crime e da culpa da ONU, que nega outra vez, aos palestinos, seus direitos humanos básicos de não serem expropriados de suas propriedades e de não serem alvo de práticas racistas.

Mas, de garantido, é que os palestinos, cuja maioria não é representada pela “Autoridade Palestina”, não se renderão ao novo plano de partição, como nunca se renderam ao primeiro plano. Os palestinos continuarão a resistir contra o colonialismo israelense, até derrotá-lo, e até que Israel, afinal, se converta em estado para todos os seus cidadãos, todos com direitos iguais e assegurados, independente de nacionalidade, origem étnica ou religião.”

FONTE: escrito por Joseph Massad, no jornal inglês “The Guardian”, sob o título original “The UN vote to recognise Palestine legitimises a racist status quo”. O autor é professor associado de Política Moderna e História Intelectual Árabes, na Columbia University, USA. Artigo traduzido pelo “pessoal da Vila Vudu” e transcrito no blog “Redecastorphoto”  (http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2012/12/resistencia-palestina-2012-votacao-na.html).
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RECRIANDO O UNIVERSO

Por Marcelo Gleiser

“Como simular o passado num acelerador? Basta lembrar da infância quente e densa do nosso Universo

A cosmologia apresenta um problema de ordem prática um tanto complicado: fica difícil fazer experiências com outros universos no laboratório. Temos o nosso único exemplo e basta. O jeito é estudar as suas propriedades -os tipos de matéria que existem nele, a sua temperatura, o seu tamanho, a sua história- e tentar criar explicações plausíveis que as justifiquem.

Alguns físicos chegaram até a especular se seria possível criar um miniuniverso no laboratório. Infelizmente, isso não parece viável.

Universos como o nosso, que têm um momento de origem, carregam com eles a marca do seu passado no que chamamos de "singularidade", em que o tempo começa (o “t=0” do relógio cósmico) e o espaço é um ponto de volume zero.

O problema é que, como as leis da física deixam de fazer sentido na singularidade, não sabemos como lidar com ela. Temos de nos contentar com o nosso único Cosmo, estudando-o da melhor forma possível.

Existem duas formas de estudar as propriedades do Universo: recolhendo informação diretamente, pela observação dos objetos que podemos detectar (estrelas, galáxias, buracos negros), e simulando tais propriedades no laboratório.

Não podemos criar universos na bancada, mas podemos recriar partes da história cósmica. Esses "laboratórios" são de dois tipos: colisores de partículas, como o europeu LHC (Grande Colisor de Hádrons), na Suíça, onde foi descoberto o bóson de Higgs em julho, e simulações em computadores.

Como simular o passado cósmico num acelerador de partículas? Basta lembrar que, segundo o modelo do 'Big Bang', nosso Universo teve uma infância muito quente e densa, em que a matéria que hoje constitui galáxias, planetas e pessoas estava ainda separada em seus componentes mais fundamentais: elétrons e quarks. (Quarks são os integrantes dos prótons e nêutrons).

Isso porque as ligações entre as partículas de matéria só ocorrem quando não existem forças capazes de separá-las. No passado cósmico, o calor era tão intenso, e a densidade de partículas tão grande (feito um trem da Central do Brasil no final da tarde), que era impossível, que quarks se juntassem para formar um próton, ou que prótons e elétrons se juntassem para formar um átomo de hidrogênio.

Prótons só se formam em torno de um milionésimo de segundo após o "bang", enquanto átomos só se formam 400 mil anos após o "bang".

Quando cientistas do LHC colidem prótons contra prótons (ou átomos) viajando perto da velocidade da luz, as energias das colisões são tão intensas que reproduzem, por frações de segundo, condições semelhantes às que existiam quando o Cosmo tinha apenas milionésimos de segundo de existência.

Com isso, os físicos viajam ao passado e estudam a infância cósmica de forma controlada. Resultados recentes mostram que algumas partículas que escapam da região da colisão viajando em sentidos opostos mantêm uma estranha ligação entre si: fazem caminhos iguais, como se uma soubesse da outra.

Esse efeito, talvez o emaranhamento da física atômica, não havia sido visto ainda nas colisões de partículas. Ao estudarmos a Natureza com novas ferramentas, o inusitado parece ser inevitável.

FONTE: escrito por Marcelo Gleiser, professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor de "Criação Imperfeita". Artigo publicado na “Folha de São Paulo”  (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cienciasaude/81309-recriando-o-universo.shtml). [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].
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