FHC e líderes tucanos lançam Aécio como pré-candidato à Presidência

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso lança o Senador Aécio Neves como líder da oposição no Seminário do PSDB realizado em Brasília (DF) (Foto: Wilson Pedrosa/Estadão Conteúdo)
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso lança o Senador Aécio Neves como líder da oposição no Seminário do PSDB realizado em Brasília (DF) (Foto: Wilson Pedrosa/Estadão Conteúdo)
Alckmin

'Aécio [..] tem, desde já, de assumir suas responsabilidades', disse FHC.
Presidente do PSDB, Sérgio Guerra, defendeu que senador lidere o partido.


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso lançou nesta segunda-feira (3) o senador Aécio Neves (MG) como pré-candidato do PSDB à Presidência da República pouco antes do início, em Brasília, de um encontro de prefeitos eleitos da legenda com os principais líderes do partido
“Eu acho que o senador Aécio Neves é o nome [para a Presidência] e, ao mer ver, desde já, tem de assumir suas responsabilidades, não de candidato, mas de líder do partido, para ele poder começar a percorrer o Brasil”, afirmou Fernando Henrique.
A posição do ex-presidente da República foi compartilhada pelo presidente da legenda, deputado Sérgio Guerra (PE). “O Aécio é hoje o candidato que o PSDB tem para a Presidência da República”, declarou.
Guerra ainda defendeu que Aécio assuma a presidência do partido. A convenção será realizada no próximo ano.

“Não há ninguém no PSDB que não torça pela candidatura do Aécio [à Presidência da República]. Aécio é sem dúvida o candidato da grande maioria do PSDB e deve ser o presidente do partido. É o chefe que precisamos, o líder que valorizamos”, disse.
Aécio, que chegou alguns minutos atrasado, preferiu não assumir a pré-candidatura. “Eu cumprirei meu papel como sempre cumpri. O Brasil está cansado do que está vendo [...] Eu vou cumprir meu papel seja ele qual for, só não vou antecipar etapas", disse.
Fernando Henrique afirmou que considera possível que o partido ganhe as eleições presidenciais em uma eventual disputa com a atual presidente Dilma Rousseff.
“Claro que é [possível ganhar da Dilma]. Eu sei que a presidente tem popularidade, mas veja bem, o presidente Lula foi [eleito] duas vezes no segundo turno. Então, esta questão a gente tem de ver com mais entusiasmo, isso vai depender do candidato”, disse.
Fernando Henrique e Sérgio Guerra afirmaram que o partido vai lançar uma agenda de propostas, com bases em expectativas da população.

Em São Paulo, antes de tomar conhecimento da fala de FHC no encontro de prefeitos, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) comentou a entrevista do ex-presidente ao jornal "Folha de S.Paulo", na qual ele manifestou a mesma posição em relação a Aécio.
“O presidente Fernando Henrique lembrou o nome do Aécio Neves, que é um grande nome. Eu acho que ainda tem tempo ainda. Eu não sou mineiro, mas nesse caso não há razão para este momento ser o momento da decisão. É um processo que você vai amadurecendo. Agora, o presidente Fernando Henrique é um homem de visão, um estadista. Então, ele deu aí um norte importante. Mas acho que a decisão mesmo deve ser no ano que vem”, declarou o governador.
Perguntado se poderá colocar novamente o nome à disposição do partido para a disputa da Presidência, o governador, torcedor do Santos, respondeu: "Candidatíssimo à presidência do Santos Futebol Clube. Se o Luis Álvaro [atual presidente] me permitir.”
* Colaborou o G1 SP
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Após ataque de madeireiros, Ibama reforça segurança no PA



Reforço de fiscais e Polícia Militar chegou nesta segunda, 3, ao município. Instituto busca proteger agentes após ação violenta de madeireiros.

Pará - O Ibama enviou mais agentes para a frente da operação “Soberania Nacional” na região de Dom Eliseu, no sudeste do Pará, onde grupos de madeireiros ilegais realizaram neste final de semana ações violentas contra servidores do instituto.

Segundo o Ibama, o primeiro grupo de reforço, com fiscais e homens da Polícia Militar do Pará, chegou ao município na madrugada desta segunda-feira (3). Eles foram deslocados de Marabá, distante cerca de 230 km, onde fiscalizavam carvoarias na operação “Saldo Negro”. "O Ibama manterá sua presença na região e promoverá ações ainda mais duras para combater essas práticas criminosas", disse o chefe da Fiscalização do órgão no Pará, Paulo Maués.

Segundo dados do instituto, apenas com a operação Soberania Nacional, iniciada em setembro, o instituto aplicou R$ 44 milhões em multas e embargou sete mil hectares de florestas irregularmente desflorestadas nestes municípios. "Estamos pressionando quem produz de forma ilegal para fora do mercado e, por isso, a reação desesperada", explica Maués. Segundo ele, uma grande operação já está em planejamento para desarticular o setor madeireiro que se envolveu nos ataques contra o Ibama.

Ameaças em Dom Eliseu
Os conflitos começaram na manhã de sábado (1º). Dois caminhões apreendidos pelo Ibama com madeira ilegal foram retidos por cerca de trinta homens, próximo à ponte sobre o rio Bananal, em Dom Eliseu. Segundo o Ibama, o grupo armado não permitiu a saída dos fiscais por cerca de três horas.

Ainda de acordo com o instituto, os líderes da emboscada foram os mesmos que, no domingo (2), organizaram uma manifestação violenta no centro do município. No protesto, incendiaram pneus e ameaçaram por fogo no hotel onde se hospedavam os agentes federais. Os madeireiros queriam que o Ibama se retirasse da região.

O ato começou às 8h do domingo (2) e terminou somente às 13h, após uma reunião entre a coordenadora da operação Soberania Nacional na região, Taíse Ribeiro, e as lideranças locais, na qual as partes acordaram o fim da manifestação, com a promessa de assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta que está em negociação para o setor, envolvendo Ministério Público Federal, Ibama e as secretarias de Meio Ambiente do Pará e de Dom Eliseu.

Agentes denunciam desaparecimento de indígena
Segundo o Ibama, durante fiscalizações a explorações irregulares de madeira na Terra Indígena Alto Rio Guamá, em Nova Esperança do Piriá, a 400 km de Dom Eliseu, dois fiscais e o cacique Valdeci Tembé, guia da operação, também foram alvos de uma emboscada. A ação ocorreu ainda no sábado (1º), às 19h, mas patrocinada por outro grupo de madeireiros irregulares. Desta vez, foram cerca de 150 homens armados.

De acordo com o Ibama, os fiscais rendidos haviam ficado num trecho da estrada, vigiando uma caminhonete quebrada, enquanto um grupo maior, com seis agentes e oito homens do Batalhão de Polícia Ambiental do Pará, entrou na mata para localizar uma exploração ilegal.

Com a chegada dos invasores, o indígena fugiu para a floresta. Segundo o Ibama, os dois agentes ficaram em poder do grupo de madeireiros até domingo. O coordenador da ação, Norberto Neves, negociou a saída em segurança dos funcionários. Nenhum servidor do Ibama ou policial ficou ferido ou sofreu agressão física. O cacique Valdeci Tembé ainda está desaparecido.

Fonte: G1 PA
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Petistas tentam aprovar reforma política. Tucanos viram parlamentares de porta de cadeia.


O Plenário da Câmara dos Deputados pode votar nesta semana alguns pontos do projeto de lei da reforma política, como o financiamento público de campanhas eleitorais, o fim das coligações proporcionais nas eleições; o sistema eleitoral misto; a coincidência de data das eleições.

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), afirmou que pretende colocar em votação esses pontos. A definição das propostas que serão votadas, no entanto, só ocorrerá após a reunião com os líderes partidários, nesta terça-feira (4).

O parecer do relator da reforma política, deputado Henrique Fontana (PT-RS), foi apresentado no início do ano na comissão especial sobre o tema, mas nunca houve consenso para a votação integral do texto.

Dessa vez não é possível que a Câmara não aprove pelo menos o financiamento público de campanha, depois da CPI do Cachoeira e dos diversos mensalões.

Se bem que a oposição tem rebaixado muito os debates dos grandes problemas nacionais. Alguns de seus membros tem decaído a tal ponto que viraram parlamentares de porta de cadeia, mais interessados em vasculhar casos de 3o. escalão e "chinalegem" já encaminhados pela PF, do que votar grandes leis transformadoras da realidade. Depois não compreendem porque o povo cada vez vota menos neles.
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Lindbergh fará Caravanas da Cidadania no Estado do Rio

O almoço que reuniu o PT fluminense com o presidente nacional do partido, Rui Falcão, mostrou as correntes do PT unificadas em torno da candidatura de Lindbergh a governador em 2014.

Com a presença dos prefeitos e vereadores eleitos, além da bancada de deputados, o partido está unido em torno da candidatura própria do senador Lindbergh Farias, e ele afirmou que a atual aliança com o PMDB pela governabilidade no estado continua e que o objetivo é chegar às eleições coligados, se possível.

"Não significa rompimento com o governo do Estado (...) Até porque a gente nutre esperanças, inclusive, de ser o candidato [representando a aliança]. Tem um processo aí pela frente. Teremos a candidatura do ex-governador Garotinho, tem a do atual vice-governador Pezão e tem a minha. A gente tem que olhar para a correlação de forças, mais para frente. Eu espero e seria ideal para mim ser o candidato representando toda a aliança. Vamos trabalhar para isso. Se não der certo, vão ter duas candidaturas, se respeitando. (...) Há uma conversa direta com todo mundo no PMDB. Com o governador. Mas isso é mais à frente: eles têm o candidato deles e nós temos o nosso. Eu espero ser o candidato de todo mundo", completou.

O governador Sérgio Cabral (PMDB) já foi reeleito uma vez e não pode mais concorrer a governador. Sinaliza lançar o atual vice Pezão (PMDB), mas ele não tem a mesma popularidade de Lindbergh e correria o risco diante da candidatura de Garotinho (PR), que tornou-se desafeto de Cabral.

Caravanas da Cidadania nas ruas

O senador marcou dia e local de botar o bloco na rua. Sua Caravana da Cidadania — uma reedição fluminense das viagens do presidente Lula pelo país entre 1993 e 1996 — começa por Japeri, na Baixada Fluminense, dias 21, 22 e 23 de fevereiro, logo após o Carnaval. Depois, vai ao Noroeste Fluminense e a Bangu, na Zona Oeste do Rio.

A Caravana irá às ruas debater com a população e ouvir as propostas e reivindicações de diferentes setores da sociedade, contando com a mobilização das secretarias de Juventude, Mulheres, Combate ao Racismo, Movimentos Populares, Organização, Cultura e Sindical.

"Eu acho que o PT sai fortalecido desse processo eleitoral. E vamos fazer a caravana da cidadania, levando a nossa marca, a marca do PT. Vamos seguir o caminho que o Lula fez. De conversar com as pessoas, em especial os bairros das cidades mais pobres, onde vivem os trabalhadores. (...) Eu tenho conversado com o Lula sobre a caravana da cidadania, o que fazer. Nós estamos muito animados com essa perspectiva, com o resultado eleitoral aqui no Rio, o resultado em São Paulo, o clima para nós é esse", disse o senador. Com informações de O Dia)
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A hora de Lula falar

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A grande pergunta que se fazem hoje os formadores de opinião e o grande público que acompanha de perto a política é sobre se – ou quanto – Lula resistirá à continuidade do bombardeio midiático que o fustiga desde 1989 sem que jamais, desde então, tenha arrefecido por uma única e miserável semana.

Recentemente, pesquisa Ibope trouxe à direita midiática um fio de esperança de que o “pesadelo” dos conservadores que o ex-presidente encarna no imaginário dessa corrente política, pode estar chegando ao fim.

A pesquisa em tela não mediu a popularidade de Lula. Aliás, há muito tempo que não é feita – ou feita e divulgada – uma pesquisa exclusivamente sobre a sua popularidade. A sondagem ofereceu nomes de prováveis candidatos a presidente em 2014 e, entre estes, os de Lula, Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos.

Pela primeira vez, Dilma ultrapassou seu mentor político – e bem fora da margem de erro. Foi o que bastou para assanhar os devaneios tucano-midiáticos sobre o fim do “efeito teflon” de que Lula desfruta ao menos desde 2002, quando adquiriu imunidade impenetrável por campanhas de desmoralização que até quatro anos antes vinham funcionando.

Particularmente, parece-me pouco indício para aposta tão alta. Não terá sido a primeira vez que decretaram o fim político do ex-presidente. Durante as eleições deste ano, aliás, um programa da Globo News chegou a mostrar “analistas políticos” afirmando que ele colheria uma expressiva derrota em São Paulo e que sua força política havia chegado ao fim.

Como se viu depois, Lula colheu derrotas, sim, mas colheu uma vitória que poucos meses antes todos julgavam impossível: elegeu Fernando Haddad naquele que, além de ser o maior colégio eleitoral do país, era considerado o mais antipetista e antilulista. Até a mídia tucana reconheceu que foi uma vitória pessoal de seu maior inimigo.

Detalhe: a derrota do PT que Villa previu no vídeo acima, além de não ter ocorrido se transformou em vitória do partido sobre todos os outros em 2012.

Quanto à ultrapassagem do mentor de Dilma por ela mesma na pesquisa espontânea de intenção de voto do Ibope, sem tê-la analisado, sem ver o questionário submetido aos pesquisados, sem maiores detalhes, o que se pode imaginar é que a indicada por Lula receber aprovação tão maior do que as dos candidatos da oposição e até a dele mesmo, não chega a ser uma demonstração de que perdeu prestígio.

A sociedade sabe que um mandato presidencial dura oito anos com um referendo no meio. Seria um terremoto político se Dilma cedesse lugar a Lula daqui a dois anos. Isso sem falar que ele tem dito, reiteradamente, que ela só não disputará a própria reeleição se não quiser. O que pode estar ocorrendo, portanto, é essa tomada de consciência da sociedade de que Lula não estará na disputa.

Dito tudo isso, há fatos há considerar. Já faz muito tempo que Lula só aparece para o grande público de forma negativa, sendo associado a escândalos, julgamento no Supremo Tribunal Federal e, agora, até a infidelidade conjugal – conduta que, neste país latino, tampouco chega a ser execrada pela sociedade.

Só que Lula apanha e não se defende. E apesar de ter sido defendido por aliados e pela própria Dilma, há que perguntar até quando isso pode bastar.

Durante os oito anos em que esteve na Presidência, após cada ataque Lula tinha palanque para dar a sua versão dos fatos ou ao menos desqualificar seus críticos. Mesmo não respondendo diretamente às críticas, podia acusar os críticos e, assim, deixava para o povo a prerrogativa de escolher em quem acreditava.

Fora da Presidência, Lula não tem mais voz. Até porque, parece não querer. Isso, claro, porque sabe que qualquer coisa que diga será distorcida. Então ele apanha amarrado e amordaçado. Esse silêncio funcionou durante seu mandato e até recentemente, mas com o passar do tempo e a continuidade do bombardeio em algum momento o país quererá ouvir a sua versão dos fatos.

Segundo se sabe, porquanto não terminou o julgamento do mensalão Lula optou por não se manifestar sobre o atual quadro político. Vem sendo ventilado que ele teme agravar as penas do dito “núcleo político” da ação penal 470. Contudo, em algum momento ele terá que vir a público dar a sua versão sobre os ataques que tem sofrido.

Lula não precisa dos melhores argumentos ou de provas de que não cometeu crimes. Até porque, se não há provas de que os cometeu não precisa apresentar provas de que não os cometeu. Mas ele precisa falar ao país. É o maior líder político brasileiro e, se quiser se manter assim, terá que exercer sua liderança.
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