DILMA É DO CACETE: EMOCIONADO

Assisti ao primeiro pronunciamento em rede da Dilma Roussef.
No início, expectativa. Ao final, emocionado.
Por que?
Por ser a Presidenta. Uma mulher exercendo a mais ata autoridade do País.
Por vê-la muito bem de saúde. Bonita e fogosa.
Por vê-la expressando-se muito bem, com firmeza, simpatia,e  dominando a câmera.
Por ela falar em Educação como a base de toda a política nacional.
Por fazer a autocrítica do Sisu e do Enem sem destruir, mas propondo melhorar.
Por criticar o sistema de alunos passando de ano sem aprender nada.
Por propor melhores salários e melhorias para todos os níveis educacionais.
Por pensar nos professores.
Por falar da luta contra a fome e a miséria.
Por propor uma sociedade Solidária, com  Igualdade e Fraternidade.
Porque votei nela e vi uma vencedora.
Adoro ver vencedores.

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...ditador Mubarak e torturador Suleiman até setembro (?!)




10 de fevereiro de 2011 às 19:15

Mubarak ficará até setembro

10/02/2011 18h59 – Atualizado em 10/02/2011 18h59

Presidente decepciona manifestantes que esperavam sua renúncia imediata.
Ele anunciou mudanças na Constituição e disse que quer ficar até setembro.

Do G1, com agências internacionais

O presidente do Egito, Hosni Mubarak, decepcionou os manifestantes que esperavam sua renúncia e confirmou, em discurso nesta quinta-feira (10), que pretende continuar no governo, à frente de uma transição.

Mubarak anunciou “procedimentos constitucionais”, com mudanças em seis artigos e a suspensão de um sétimo.

Mubarak enfrenta protestos de rua há 17 dias. Nos primeiros dias de confronto, as forças de segurança reprimiram os protestos.

Pelo menos 300 pessoas morreram e 5.000 ficaram feridas, segundo a ONU.

Ele também pediu desculpas pela repressão ao protesto e prometeu punir os responsáveis.

Ele afirmou que entendia e estava de acordo com as reivindicações dos jovens e disse que “não aceitaria ordem externas”.

Mubarak também disse que as mudanças pretendem criar condições para anunciar o fim do estado de emergência, sob o qual governa desde o início, em 1981. Ele já havia prometido acabar com a medida, mas sem estabelecer data.

Possível renúncia
O discurso ocorreu em meio a vários relatos, muitos contraditórios, de que o contestado Mubarak iria renunciar, depois de 17 dias de fortes protestos de rua contra seu regime, que já dura 30 anos no país.

O clima era antecipadamente de festa no país.

Antes do discurso, o Exército anunciou em um comunicado que começou a tomar medidas necessárias “para proteger a nação e para apoiar as legítimas demandas do povo”.

Dezenas de milhares de manifestantes continuavam reunidos nesta quinta na Praça ahrir, que se tornou um símbolo dos protestos, exigindo a saída de Mubarak.

O ambiente era agitado e alegre entre os manifestantes depois do anúncio do Exército.

Essam al-Erian, representante da Irmandade Islâmica, principal força de oposição disse temer que um golpe militar esteja sendo tramado no país. Mas depois ele se retratou e afirmou que “ainda é cedo” para falar sobre a situação.

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A Revolução está sendo televisionada









Al Jazeera - http://english.aljazeera.net/watch_now/



A possível renúncia de Mubarak

Da Reuters

Mubarak provavelmente vai renunciar, diz fonte no Egito

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011 14:04 BRST

Por Andrew Hammond e Alexander Dziadosz

CAIRO (Reuters) - O destino do presidente do Egito, Hosni Mubarak, será decidido em questão de horas e "o mais provável" é que ele renuncie, disse uma autoridade egípcia à Reuters nesta quinta-feira.

Pouco antes, o primeiro-ministro do Egito, Ahmed Shafiq, havia dito à rede britânica BBC que Mubarak pode renunciar e que a situação no país será esclarecida em breve, informou a BBC nesta quinta-feira.

Mas segundo a rede de TV norte-americana NBC, Mubarak vai renunciar ainda nesta quinta-feira. Richard Engel, da NBC, declarou que duas fontes independentes confirmaram que Mubarak vai renunciar.

O Exército egípcio fará um pronunciamento nesta quinta no qual responderá às demandas dos milhares de manifestantes reunidos há mais de duas semanas numa praça, de acordo com a televisão local.

Imagens exibidas pela emissora estatal do encontro realizado pela cúpula militar mostraram o ministro da defesa, Hussein Tantawi, como líder do encontro. Mubarak não participou da reunião, de acordo com a TV.

"O Superior Conselho Militar realizou uma reunião hoje sob comando de Hussein Tantawi, chefe das Forças Armadas e ministro da Defesa, para discutir as medidas necessárias e os preparativos para proteger a nação, suas conquistas e as aspirações do povo", disse a agência de notícias estatal Mena.

Manifestantes pró-democracia consolidaram um novo acampamento em torno do prédio do Parlamento do Egito, e o principal ponto de concentração da oposição, a Praça Tahir (Libertação), permanecia lotada.

Os organizadores dos protestos prometeram realizar uma nova grande manifestação pelas ruas de Cairo na sexta-feira, quando os manifestantes planejam avançar para o prédio da rádio e TV do governo no "Dias dos Mártires", que será dedicado aos mortos -- segundo a ONU, podem ser até 300.

fonte: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-possivel-renuncia-de-mubarak#more


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Descanse em paz, dependência do Ocidente

Eis uma listinha curta, levando em conta só alguns fatos bem recentes:

  • A cara da África tá mudando. Pontes e outras obras de infraestrutura pipocam por todos os lados. A razão é a grana chinesa, 9 bilhões de dólares nos últimos seis anos. 
    • Moral da história: a África não depende do Ocidente pra se desenvolver. 
  • No Fórum Social Mundial, Lula dá a real: o Ocidente tá cagando e andando para a fome e a miséria pelo mundo afora, só tem olhos pro próprio umbigo. 
    • Moral da história: se queremos justiça e desenvolvimento, temos que contar só com nós mesmos. 
  • Cuba ganha cabos de fibra ótica, com a ajuda da Venezuela, China, Jamaica (e também França, é verdade). 
    • Moral da história: O Caribe vai se desenvolvendo, apesar do esforço estadunidense em contrário. 
  • O melhor de todos os fatos: o povo egípcio, incluindo mulheres, sai às ruas para exigir a realização nacional de uma organização social tipicamente atribuída aos povos ocidentais, a democracia -- mas os ocidentais vacilam em apoiar, acham que não é uma boa ideia
    • Moral da história: não é preciso ter apoio de ocidentais para defender aqueles que são considerados seus valores intrínsecos. 
  • A coisa da dispensabilidade do Ocidente vale até para o mal: ante a remotíssima possibilidade dos EUA tirarem o 1,5 bilhão de dólares de "ajuda militar" ao Egito, o rei (ditador?) da Arábia liga o foda-se, e diz que se os EUA tirarem a grana, ele a dará para Mubarak em seu lugar
    • Moral da história: o exército do Egito não depende do Ocidente pra ter sua bolsa-ditadura. 
Dá para continuar listando fatos como esses por bastante tempo. Todos têm a mesma moral: seja qual for a meta, boa ou má, o mundo vai dando um jeito de seguir seu caminho independentemente do apoio do tal do Ocidente. 
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A pobreza da ditadura

Dani Rodrik, publicado no Valor Econômico (10/02/2011)

O dado mais notável na recém-lançada edição de 20º aniversário do Relatório de Desenvolvimento Humano, da Organização das Nações Unidas (ONU), talvez seja o desempenho surpreendente dos países muçulmanos do Oriente Médio e Norte da África. Em termos de avanço no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) nos últimos 40 anos, a Tunísia ficou na sexta colocação entre 135 países, à frente da Malásia, Hong Kong, México e Índia. 

Não muito atrás estava o Egito, em 14º lugar.O IDH é um indicador de desenvolvimento que reflete avanços em saúde e educação, juntamente com o crescimento econômico. O Egito e (especialmente) a Tunísia foram bastante bem no front do crescimento, mas brilharam mais em indicadores mais abrangentes. A expectativa de vida na Tunísia, de 74 anos, supera a da Hungria e Estônia, com mais que o dobro de sua riqueza. No Egito, 69% das crianças estão na escola, índice similar ao da Malásia, muito mais rica. Claramente, esses países não deixaram de fornecer serviços sociais ou de distribuir os benefícios do crescimento econômico. 

Ainda assim, no fim das contas, isso não importou. As populações egípcia e tunisiana estavam, parafraseando Howard Beale, "mad as hell" (totalmente enfurecidas) com seus governos e "não iriam mais tolerar aquilo". Se Zine El Abidine Ben Ali, da Tunísia, ou Hosni Mubarak, do Egito, esperavam popularidade política como recompensa pelos ganhos econômicos, devem ter ficado terrivelmente desapontados. 

Uma lição do "annus mirabilis" árabe é que uma economia boa nem sempre significa uma política boa; a duas podem pegar caminhos separados durante muito tempo. É verdade que os países mais ricos do mundo são quase todos democracias. Mas a política democrática não é condição necessária nem suficiente para o desenvolvimento econômico ao longo de várias décadas. 

Apesar dos avanços econômicos registrados, Tunísia, Egito e muitos outros países do Oriente Médio continuaram países autoritários, governados por pequenos grupos, com corrupção, clientelismo e nepotismo por todos os lados. A classificação desses países em termos de corrupção e liberdade política é de contraste gritante com a de seus indicadores de desenvolvimento. 

Crescimento econômico elevado não compra estabilidade política por si só, a não ser que as instituições políticas possam desenvolver-se e amadurecer com a mesma velocidade. O próprio crescimento econômico gera mobilização, fonte de instabilidade política. 

Na Tunísia, a Freedom House relatou, antes da Revolução de Jasmim, que "as autoridades continuavam assediando, prendendo e detendo jornalistas e blogueiros, ativistas dos direitos humanos e opositores políticos do governo". O governo egípcio estava em 111º lugar entre 180 países na pesquisa de corrupção de 2009 da Transparência Internacional. 

E, é claro, o contrário, também é verdadeiro: a Índia é uma democracia desde a independência em 1947 e, ainda assim, o país só começou a escapar de sua baixa "taxa de crescimento hindu" no início dos anos 80. 

Uma segunda lição é que crescimento econômico elevado não compra estabilidade política por si só, a não ser que as instituições políticas possam desenvolver-se e amadurecer com a mesma velocidade. Na verdade, o próprio crescimento econômico gera mobilização social e econômica, uma fonte fundamental de instabilidade política. 

Como disse há mais de 40 anos o falecido cientista político Samuel Huntington, "a mudança social e econômica - urbanização, aumento na alfabetização e educação, industrialização expansão dos meios de comunicação de massa - aumenta a consciência política, multiplica as demandas políticas, amplia a participação política". Some-se a isso, agora, as redes de relacionamento social como Twitter e Facebook e as forças de desestabilização que as rápidas mudanças econômicas colocam em movimento podem tornar-se devastadoras. 

Essas forças ficam mais potentes quando aumenta a diferença entre a mobilização social e a qualidade das instituições políticas. Quando as instituições políticas de um país são maduras, respondem às exigências de baixo, por meio da combinação de acomodação, reação e representação. Quando não são desenvolvidas o suficiente, se fecham a essas mudanças, na esperanças de que vão embora - ou sejam "compradas" por melhorias econômicas. 

Os eventos no Oriente Médio demonstram de forma ampla a fragilidade do segundo modelo. Os manifestantes em Túnis e Cairo não protestam pela falta de oportunidades políticas ou por serviços sociais deficientes. Reclamavam contra um regime político que consideravam isolado, arbitrário e corrupto, que não lhes dava voz suficiente. 

Para conseguir lidar com essas pressões, um regime político não precisa ser democrático no sentido ocidental do termo. É possível imaginar sistemas políticos ágeis em suas respostas, mas sem eleições livres e concorrência entre partidos políticos. Alguns apontariam para Omã ou Cingapura como exemplos de regimes autoritários que conseguem manter-se por muito tempo, mesmo diante de rápidas mudanças econômicas. Talvez. Mas o único tipo de sistema político que comprovou sua validade no longo prazo é o associado às democracias ocidentais. 

O que nos leva à China. No auge dos protestos egípcios, os internautas chineses que buscavam as palavras "Egito" ou "Cairo" recebiam mensagens dizendo que não podiam ser encontrados resultados. Evidentemente, o governo chinês não queria ver seus cidadãos lendo sobre os protestos no Egito e começando a ter ideias erradas. Com a lembrança do movimento da Praça da Paz Celestial, em 1989, sempre presente na memória, os líderes chineses mostram-se decididos a impedir sua repetição. 

A China não é a Tunísia ou o Egito, é claro. O governo chinês fez experiências de democracias locais e tentou combater a corrupção com determinação. Ainda assim, houve uma disseminação de protestos nos últimos dez anos. Houve 87 mil casos do que o governo chama de "incidentes de massa repentinos" em 2005, último ano em que o governo divulgou essas estatísticas, sugerindo que o número deve ter aumentado desde então. Os dissidentes desafiam a supremacia do Partido Comunista por conta e risco próprio. 

A aposta da liderança chinesa é que o elevado aumento nos padrões de vida e de oportunidades de emprego manterá as efervescentes tensões políticas e sociais sob controle. É por isso que se preocupa tanto em atingir crescimento econômico anual superior a 8% - o número mágico que o governo considera suficiente para conter conflitos sociais. 

O Egito e Tunísia, contudo, acabam de enviar uma mensagem de sobriedade à China e outros regimes autoritários pelo mundo: não contem com o progresso econômico para se manter no poder para sempre. 

Dani Rodrik é professor de Economia Política da Escola de Governo John F. Kennedy da Harvard University e autor de "One Economics, Many Recipes: Globalization, Institutions, and Economic Growth" (Uma ciência econômica, muitas receitas: globalização, instituições e crescimento econômico, em inglês).
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