Do liberalismo de Nabuco ao liberalismo atual

O liberalismo hoje está na defensiva – ou se proclama agressivamente neoliberal, o que dá no mesmo –, não tanto porque lhe sobram adversários e acusações, mas sim porque lhe faltam proposições à altura dos tempos. Muito diferente, portanto, do liberalismo da época de Joaquim Nabuco, que era esgrimido com a força de uma convicção fundamental.

Essa foi uma das principais conclusões do debate realizado no Instituto Fernando Henrique Cardoso (São Paulo, 29/04/2010) em torno do meu livro O Encontro de Joaquim Nabuco com a Política. Cerca de 100 pessoas acompanharam o evento, que contou com a participação do historiador Ricardo Salles, autor do belo e importante Joaquim Nabuco, um pensador do Império, e foi intermediado por Sérgio Fausto, diretor executivo do IFHC. Gripado, Fernando Henrique não pode comparecer.

Animado pela reconstrução que foi feita da trajetória de Nabuco, com destaque para o modo como ele fez política em sua época e se entregou à causa da abolição, o debate explorou intensamente as características mais marcantes do meu livro, valorizando seu pioneirismo quando da primeira edição (em 1984) e sua capacidade de sobreviver ao tempo. Em minha intervenção inicial, procurei destacar que o interesse por Nabuco cresceu no decorrer das últimas décadas, refletindo tanto o amadurecimento e a ampliação da agenda de pesquisa das ciências sociais brasileiras quanto a própria plasticidade do personagem, que passou a ser valorizado em sua abrangência e na multiplicidade de suas facetas.

Foi um evento dinâmico, simpático e produtivo.

Valeu muito a pena.

Clique para ver...

O Limite do Fogo.

Pablo Picasso, "Nu Azul", 1902.

Ela é o limite
O alarido
E
O silêncio

A nascente do grande rio
A fonte
O delta
O fruto maduro da árvore antiga

A alegria
E
A loucura
O turbilhão frenético da noite ritual
Ela é a mulher
E
O limite do fogo

(Rui Rasquilho, "O Limite do Fogo". Lisboa, Editorial Presença, 1998).
Clique para ver...

‘Quem fuma é uma pessoa sem Deus'.

‘Quem fuma é uma pessoa sem Deus'.

A sentença ‘bíblica' expelida por Serra no dia 1º de Maio, quando sugestivamente participava de um ato religioso da Assembléia de Deus, condensa mais que uma pérola do oportunismo eleitoral. O tucano tateia um novo amálgama ideológico para uma candidatura que precisa se distinguir sem revelar a sua essencia anti-Lula --o Presidente da República, por sinal, fuma cigarrilhas...

Serra busca um coagulador ideológico que reúna o componente de massa historicamente negado ao conservadorismo nativo, um dependente clínico da mídia, desde a UDN de Carlos Lacerda. Duas forças não engatadas no catch all do amplo comboio lulista estão na mira da pátina verde/fé testada pelo tucano no dia 1º de Maio.

De um lado, encontra-se aquilo que a Folha denomina como sendo ‘a classe média iluminista', preocupada com o consumo politicamente correto e a descarbonização do seu almoço sob o capitalismo. A Folha hoje é quase um órgão de circulação interna desse clube, majoritariamente tucano, assim como o universo de leitores do jornal (54% votam em Serra; 18% em Marina).

Na outra ponta, figuram amplos segmentos da pobreza urbana abandonados pela Igreja Católica com a repressão desfechada pelo Vaticano contra as Comunidades de Base. Capturados pelo salvacionismo religioso, como o da Assembléia de Deus, de Marina Silva, que patrocinou a pregação de Serra, mantém-se relativamente afastados da política e dos sindicatos.

A operação embutida na frase do tucano busca dar a esse coquetel uma coerência ideológica baseada na idéia de que a questão social no século XXI será resolvida pela ‘técnica' (agenda verde + 'gestão eficiente') e pelo fanatismo religioso.

Esse é o ovo da serpente adulado no ventre da coalizão demotucana, mas os petizes frankfurtinianos da pág. 2 da Folha silenciam; alguns até dançam alegremente ao som do chocalho.

Perto disso, o Bolsa Família é quase uma ‘bandeira' bolchevique...

(Carta Maior ; 04-04)

Clique para ver...

FASE - TERMINAL

Vendendo o Morro Santa Teresa

O golpe do governo Yeda e seus aliados está prestes a ser perpetrado na Assembleia Legislativa, a mesma que escolheu o "douto" deputado Iradir Pietroski (PTB) para ser Conselheiro do Tribunal de Contas/RS, com um salário vitalício de 22 mil reais.

Foto: Eduardo Seidl/Sul21



Clique para ver...

Born Free

Clique para ver...
 
Copyright (c) 2013 Blogger templates by Bloggermint
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...