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JAGUNÇO, BABACA E SONEGADOR DE PANGARÉS
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EXTRA - PSDB vai à justiça comum contra Berzoini e Dutra
PSDB questiona presidentes do PT na Justiça Comum
Partido considera respeito ao povo ir à Justiça contra o preconceito petista
Brasília (21) - O secretário nacional do PSDB, deputado Rodrigo de Castro (MG), decidiu questionar na Justiça o atual e o presidente eleito do PT, Ricardo Berzoini e José Eduardo Dutra, pelo o que os tucanos consideraram grave preconceito contra o povo nordestino por ambos terem divulgando uma nota na qual consideram o presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE), que é de Pernambuco, um "jagunço".
Ainda na nota, Castro destaca que, além de promoverem o preconceito, os petistas mostram que desconhecem o que é fazer política "com independência, integridade e ter ética por convicção".
A decisão de Castro foi divulgada em nota. Veja íntegra abaixo:
EM RESPEITO AO POVO BRASILEIRO, PSDB VAI À JUSTIÇA CONTRA OS PRESIDENTES DO PT
Por calúnia e difamação, a Executiva Nacional do PSDB vai interpelar, na justiça comum, Ricardo Berzoini e José Eduardo Dutra.
A acusação dos petistas contra o Presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), revela também, grave preconceito contra o povo nordestino. Ao promover o preconceito entre brasileiros, mostram que desconhecem o que é fazer política com independência, integridade e ter ética por convicção.
Defender a verdade, as idéias e os fatos de forma democrática, além de condenar o terrorismo político, é o que tem feito o presidente do PSDB. E o melhor, dentro da lei, do respeito ao dinheiro público e com o objetivo de esclarecer o povo brasileiro contra novas mentiras com objetivos meramente eleitoreiros.
Com tranqüilidade, equilíbrio, sem baixarias e preconceitos, o PSDB vai continuar mostrando à opinião pública brasileira o que é democracia, respeito às idéias e, principalmente, o que é verdade e o que é pura propaganda.
Deputado Rodrigo de Castro
Secretário Geral do PSDB
Brasília, 21 de janeiro de 2010
Frase ao vento...
Pr. Ronaldo Fonseca, presidente do Conselho Político da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil
O Cinismo da Burla
Ora, as normas eleitorais existem para equilibrar a participação de candidatos e partidos nas disputas por mandatos, impedindo abusos decorrentes do aproveitamento da máquina pública e do poder econômico. Sem esses controles o País seria dirigido por oligarcas e magnatas, comprometidos apenas com seus projetos de poder, e não com o interesse público.
Essas leis, no entanto, veem sendo sistematicamente desrespeitadas ? há longo tempo e sem disfarces. Os prazos eleitorais, o calendário dos registros das candidaturas, os períodos de desincompatibilização, as datas de início das campanhas eleitorais ? tudo isso é definido por lei e regulamentado por instruções da Justiça Eleitoral. Como se explica, então, a escandalosa tolerância em relação à campanha antecipada promovida pelo presidente da República em benefício de sua candidata à sucessão, a ministra Dilma Rousseff?
Na terça-feira, mais uma vez ? já se perdeu a conta ?, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado da candidata-ministra, a pretexto de inaugurar obras, abrilhantou um espalhafatoso comício eleitoral, desta vez em Minas Gerais, o segundo colégio eleitoral do País. A candidata e seu patrocinador estiveram em Juiz de Fora, para a inauguração de uma termoelétrica movida a etanol; em Jenipapo, para a inauguração de uma barragem; e no Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais pobres do País, em visita a uma escola técnica. Lá, a ministra recebeu a ovação de 3 mil pessoas ? mobilizadas e transportadas não se sabe por quem ? ao prometer a "liberação imediata" de verbas para asfaltar trechos da Rodovia BR?367, que corta Minas e vai até a Bahia. Em sua arenga, a chefe da Casa Civil atacou pesado a oposição. Para isso, criou aquilo que os especialistas chamam de "espantalho", ou seja, atribuiu ao adversário uma intenção inexistente para poder desancá-lo. No caso, disse que, se a oposição ganhar a eleição presidencial, acabará com os programas sociais do governo Lula, especialmente o Bolsa-Família, e com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Mas o problema não é o que a ministra diz que a oposição fará. O problema é a escancarada burla à legislação eleitoral, quando a esta altura, antes dos prazos, das convenções partidárias, se fazem comícios claros e explícitos, sem qualquer disfarce. O problema é que se fazem promessas e ataques de natureza puramente eleitoral. O problema é a desfaçatez com que o presidente Lula reconhece a própria transgressão, a ponto de lembrar que, dentro de poucos meses, estará proibido, pela Justiça Eleitoral, de fazer tais "inaugurações", carregando a sua candidata a tiracolo, pois isso caracterizaria o uso indevido da máquina pública. Na verdade, proibido sempre esteve, pois a lei estabelece prazo para o início da campanha e veda qualquer antecipação.
Mas o presidente Lula não se abala diante de pormenores como a Lei Eleitoral. Certo de que ninguém o impedirá de continuar fazendo comícios eleitorais para impulsionar a candidatura de Dilma Rousseff, promete ir adiante. "É importante que a gente inaugure o máximo de obras possível para que a gente possa mostrar quem foram as pessoas que ajudaram a fazer as coisas nesse país." E já há uma vasta agenda de inaugurações-comícios até o fim de fevereiro. Sem falar, é claro, nas solenidades realizadas na sede do governo, em Brasília, há muito também transformadas em comícios eleitorais. É claro que a ministra Dilma deve ter tido uma participação fundamental em todas essas obras (inauguradas, mas não necessariamente concluídas) e em todos os atos do governo que merecem comemoração. Afinal, a primeira providência do presidente Lula, ao ungi-la candidata à sua sucessão, foi nomeá-la "Mãe do PAC", não por sua capacidade gerencial ? que é comprovadamente escassa ?, mas para ter um pretexto para tê-la a seu lado nos comícios.