Tortura e verdade do ponto de vista moral

Há filhos que querem saber o que se fez com seus pais, desaparecidos pela ditadura. Há esposos e esposas querendo saber o que se fez com seus cônjuges. E há vítimas de tortura e estupro que querem que se investigue a verdade, estabelecendo os nomes e as responsabilidades de quem cometeu tais crimes. 

E não há nada que uma pessoa que aceita o que é certo de acordo com a moralidade possa fazer ou dizer contra tais demandas. 

Alguns rejeitam tais demandas apoiando-se na utilidade. Dizem esses: "A que vem tal olhar para o passado? Isso não é útil."

Mas não há como rejeitar o que é certo do ponto de vista moral por causa da utilidade. A utilidade de uma prática não a torna moralmente correta. Pode ser útil para mim roubar meu vizinho para comprar eletrodomésticos sem precisar trabalhar, mas isso não torna o roubo um ato bom. Do mesmo modo, a suposta utilidade do silêncio sobre crimes não é razão para negar a verdade aos que a buscam. 

Você chamaria a vítima de um roubo de revanchista, por buscar a verdade sobre o roubo? Eu não chamaria. Mas o jornal O Globo chama de "revanchistas" às pessoas que querem a verdade sobre abusos da ditadura. No caso do roubado e no caso do torturado, tal vocabulário é apenas duplicação da injustiça, pois a injustiça do roubo/tortura é somada à injustiça da privação do direito de buscar as formas impessoais de justiça que se pratica em sociedades como a nossa, e outras de "Primeiro Mundo". 

Isso do ponto de vista moral. Do ponto de vista legal, é provável que os crimes dos torturadores já tenham prescrito

Posted via email from cesarshu's posterous

Clique para ver...

Jabor...



Clique para ver...

Labirinto de Paixões, de Pedro Almodóvar



É uma pena que o filme Labirinto de Paixões, o segundo longa de Pedro Almodóvar, de 1982, não esteja disponível em DVD no Brasil.

O filme é uma comédia maluca sobre a ninfomaníaca Sexilia (Cecilia Roth), filha de um ginecologista especializado em reprodução assexuada (Fernando Vivanco), o gay e terrorista islâmico Sadec (Antonio Banderas) e Riza Niro (Imanol Arias), o filho do imperador de Tira (país fictício do Oriente Médio) que está em Madri em busca de aventuras gays. São unidos pelo "mais puro dos sentimentos: o primeiro amor, aquele que fica impresso para sempre na alma dos apaixonados" (Webcine).

O filme faz parte da Movida Madrileña, movimento contracultural marcado pela transgressão sexual e cultural, entre o fim do período de repressão da ditadura Franco em 1975 e a notícia da AIDS.

No vídeo acima, o personagem Fábio diz, logo no início:
Sin dinero nena, no coche, no chica, no vicio, no tate, no rímel. Estoy histérica!

(Sem grana menina, sem carro, sem mulher, sem vício, sem haxixe, sem rímel. Tô histérica!)
É uma das frases mais memoráveis da história do cinema.

Atualizado 2010-01-11
Clique para ver...

RBS ASSUME - JURIDICAMENTE - QUE NÃO É CONFIÁVEL




















O Grupo RBS, o mais poderoso império mafiomidiático do sul do país - e um dos maiores do Brasil - está confessando, para quem quiser ver, que não é digno de crédito. Não que tivéssemos alguma dúvida a esse respeito, afinal, um conglomerado jornalístico que faz matérias em troca de dinheiro e publica reportagens baseadas em caderninhos achados em latões de lixo nunca nos enganou.
Agora, pelo menos, qualquer um pode saber com quem está lidando. Basta você se cadastrar no portal ClicRBS, que congrega todos os veículos do grupo, para topar com esta inacreditável - mas sincera - advertência legal.
Clique para ver...

SUPOSTO ATIRADOR DE ELITE DE SUPOSTO ESQUADRÃO TERRORISTA VIROU ARTICULISTA DO ESTADÃO



.Feroz caçador de comunistas na juventude - segundo a finada revista O Cruzeiro, o advogado Roberto Ulhoa Cintra - quem diria!- veio a se tornar colaborador de escol do jornal O Estado de S.Paulo. Até mesmo o portal do Observatório da Imprensa costuma "repercutir" seus doutos artigos.
O causídico, que atualmente mora em um requintado bairro de Cotia, na Grande São Paulo, é filiado ao Partido Verde e foi, também, vereador naquele município (1989-1992), além de candidato a vice-prefeito. Não foi possível apurar se o jornalão paulista considerou o fato de ele "nunca haver errado um tiro" importante para escalá-lo na editoria de Opinião.
.
(clique nas imagens para ampliá-las)
.

.
No próximo capítulo:
O advogado - amigo do rei - que quis esfolar o jornalista
Clique para ver...
 
Copyright (c) 2013 Blogger templates by Bloggermint
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...