O Rio de Janeiro em dois tempos

O Rio de Janeiro, em 15 de abril de 2009, captado por câmera de sua maior rede de TV.

Há quase dois séculos, o mesmo Rio de Janeiro captado pelos olhos do francês Jean Baptiste Debret.

Pergunto:

Além de punir os responsáveis da empresa concessionária dos transportes ferroviários, quando abrirão finalmente a CPI da Fetranspor? Será que o motivo é a federação dos donos de ônibus ter laços fortes com governadores, prefeitos, deputados, vereadores, empresas jornalísticas? Ou seria porque esta CPI não poder contar com um “íntegro líder”, como Marcelo Itagiba, que recebe ordens do STF e de Daniel Dantas?
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Crise deruba mais um economista

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XICO STOKINGUER



"Todos somos indivíduos com senso de responsabilidade suficientemente desenvolvido, para percebermos que nossa função não é meramente decorativa, nem nossas reuniões são reuniões sociais, estamos aqui, para tentarmos melhorar a vida e o meio artístico do Rio Grande, o nosso meio!"

Xico Stockinger
1919-2009



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A insônia...


de Eugênio Neves

Berlusconi & C.ª

By José Saramago

Segundo a revista norte-americana Forbes, o Gotha da riqueza mundial, a fortuna de Berlusconi ascende a quase 10 mil milhões de dólares. Honradamente ganhos, claro, embora com não poucas ajudas exteriores, como tem sido, por exemplo, a minha. Sendo eu publicado em Itália pela editora Einaudi, propriedade do dito Berlusconi, algum dinheiro lhe terei feito ganhar. Uma ínfima gota de água no oceano, obviamente, mas que ao menos lhe deve estar dando para pagar os charutos, supondo que a corrupção não é o seu único vício. Salvo o que é do conhecimento geral, sei pouquíssimo da vida e milagres de Silvio Berlusconi, il Cavalieri. Muito mais do que eu há-de saber com certeza o povo italiano que uma, duas, três vezes o sentou na cadeira de primeiro-ministro. Ora, como é costume ouvir dizer, os povos são soberanos, e não só soberanos, mas também sábios e prudentes, sobretudo desde que o continuado exercicio da democracia facilitou aos cidadãos certos conhecimentos úteis sobre como funciona a política e sobre as diversas formas de alcançar o poder. Isto significa que o povo sabe muito bem o que quer quando o chamam a votar. No caso concreto do povo italiano, que é dele que estamos falando, e não de outro (já chegará sua vez), está demonstrado que a inclinação sentimental que experimenta por Berlusconi, três vezes manifestada, é indiferente a qualquer consideração de ordem moral. Realmente, na terra da mafia e da camorra, que importância poderá ter o facto provado de que o primeiro-ministro seja um delinquente? Numa terra em que a justiça nunca gozou de boa reputação, que mais dá que o primeiro-ministro faça aprovar leis à medida dos seus interesses, protegendo-se contra qualquer tentativa de punição dos seus desmandos e abusos de autoridade?

Eça de Queiroz dizia que, se passeássemos uma gargalhada ao redor de uma instituição, ela se desmonoraria, feita em pedaços. Isso era dantes. Que diremos da recente proibição, ordenada por Berlusconi, de que o filme W. de Oliver Stone seja ali exibido? Já lá chegaram os poderes de il Cavaliere? Como é possível ter-se cometido semelhante arbitrariedade, ainda por cima sabendo nós que, por mais gargalhadas que déssemos ao redor dos quirinais, eles não cairiam? É justa a nossa indignação, embora devamos fazer um esforço para compreender a complexidade do coração humano. W. é um filme que ataca a Bush, e Berlusconi, homem de coração como o pode ser um chefe mafioso, é amigo, colega, compincha do ainda presidente dos Estados Unidos. Estão bem um para o outro. O que não estará nada bem é que o povo italiano venha a chegar uma quarta vez às pousadeiras de Berlusconi a cadeira do poder. Não haverá, então, gargalhada que nos salve.

José Saramago <>

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É na insônia que navego por locais não muito costumeiros para mim, que prefiro coisas voltadas a tecnologia eletrônica; mas gosto de ler os textos de Saramago. O que diria José Saramago do que acontece ao sul do Mampituba! Necessitamos uma catarse coletiva, e das cinzas, o renascimento!

Está ficando insuportável assistirmos uma escumalha de jornalistinhas chapas-branca com blogs movidos a banners milionários puxando o saco desta outra corja do governo, que faz do que é público, uso privado.

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E naquela república, aos 45 do segundo tempo...


Eu não acredito em pactos onde um lado entra com o porrete e o outro com o mercuriocromo. Tudo bem que as milícias serão enquadradas, mas o Marcelo Itagiba, chefe do Álvaro Lins, organizador do crime carioca, continuará armando seu circo no Congresso. Vão agilizar a justiça para os pobres? Ótimo, é o que queremos, mas porque precisamos de um pacto para tal? Bastava aplicar a mesma justiça feita aos ricos, ela funciona, sem pacto. Qual o motivo histórico de um acordo neste momento? Onde está presente em sua elaboração o cidadão que paga seus impostos? Este delegou à elite e ao governo todos os seus pleitos? Que democracia é esta?

Tenho motivos para acreditar que a elite, com a polícia atenta aos seus atos pela primeira vez na história brasileira, resolveu mudar as regras do jogo. Coisa de quem é dono do campo e da bola. Todo o poder ao STF, intervenção nos estados, sem algemas, crime de colarinho branco tem que ser julgado por assembléia de juízes, normas rígidas para grampos oficiais, só serão permitidos os não vistos, feitos na encolha, por empresas contratadas por gente branca e de olhos azuis etc. Que isso?

Convenhamos, é golpe. Não vou entrar em discussão sobre quem cedeu e os porquês. Apenas digo que prezo muito cada centavo do que contribuo em impostos para este teatro democrático. Quero a prometida ação agilizada no Procon para ter meu ingresso de volta.
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