A Luta Inglória de FHC

Há alguns anos, ainda durante a nada saudosa “Era FHC”, o Prof. Francisco Carlos Teixeira da Silva, da UFRJ (grande mestre, grande figura!), deu uma entrevista ao jornal “O Globo” em que afirmava que a constatação de que um presidente entrou, definitivamente, para o imaginário popular se dá quando ele vira enredo de Escola de Samba. Mais adiante, ele comentou que Fernando Henrique, com certeza, jamais seria enredo de Escola alguma. Lembrei-me disto, ao ler no jornal que a Portela estuda a possibilidade de transformar o livro “Lula, o Filho do Brasil”, de Denise Paraná, em seu enredo para 2010. Lembrei-me, também, que em seu primeiro ano como Presidente (2003), a Beija-Flor de Nilópolis já homenageou Lula no enredo “O Povo Conta a sua História – Saco Vazio Não Para em Pé – A Mão que faz a Guerra faz a Paz”. Na ocasião, o enredo não só fazia referência ao programa “Fome Zero”, carro-chefe do primeiro mandato, como no último carro alegórico havia uma imagem do presidente. Além disto, no início do desfile, Neguinho da Beija-Flor incorporou ao já tradicional grito-de-guerra, “Olha a Beija-Flor aí, gente”, o slogan “A esperança venceu o medo”, mote da campanha de Lula. É por estas (e por muitas outras) que FHC, volta e meia, é acometido por ataques de inveja aguda em relação ao seu sucessor, como aconteceu nesta última semana. Deve ser difícil para alguém com o seu ego – que é mais inflado ainda devido aos puxa-saquismos dos baba-ovos da mídia - perceber que nunca vai alcançar a popularidade – no Brasil e no exterior – atingida pelo ex-operário que se tornou presidente. Será que o outrora “Príncipe dos Sociólogos” não consegue perceber que é muito difícil competir com um símbolo? E mais, que quem é representado por este símbolo é, nada mais, nada menos, do que o povo brasileiro, “entidade” que ele, FHC, só conhece bem das teses acadêmicas e das buchadas de bode que comeu em atos populistas de campanha? É dura a vida de um ex-presidente que já teria caído no ostracismo há muito tempo, se não fossem os áulicos da grande imprensa e o saudosismo das viúvas da Daslu.
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E mais uma farsa vai para o ralo

Quem viu o depoimento de delegado Protógenes Queiroz na CPI dos Grampos, tem elementos hoje para entender como parte do parlamento é fraco, despreparado, servil ao poder econômico e como nossa mídia é venal. Leiam os jornalões, se tiverem paciência. Ali está a derrota. Esperavam elementos para uma boa manchete. Nada. Repetem burocraticamente as mesmas desqualificações ao delegado que ousou prender um banqueiro. Nada contam das trapalhadas de presidente da CPI, sua tentativa aparvalhada de exibir uma apresentação em power point para desqualificar o depoente. Acabou sendo acusado em público de receber doações de campanha do banqueiro Daniel Dantas, um dos investigados pela própria CPI. Que moral tem uma CPI onde seu presidente está enredado em interesses de um condenado por diversos crimes, assunto da própria comissão?

Para as perguntas maliciosas de Marcelo Itagiba, foram significativas as recusas de Protógenes nas respostas, repetindo mecanicamente que o objetivo da CPI era investigar interceptação clandestina de grampos. Ficou clara a pauta dos interesses da CPI, seu desvio dos objetivos. Não faltaram respostas depois, frustrando a mídia que poderia dizer que o delegado calou-se por culpa. Para uma pergunta do relator, sobre evidências de escuta clandestina, o delegado fez longa exposição sobre as origens da Satiaghara, na Operação Chacal, onde Daniel Dantas foi acusado, com provas abundantes, de fazer espionagem. Para outra, contou que teve acesso aos documentos da investigação em que Gilmar Mendes acusa ter sido grampeado. Segundo ele, o documento nada explica sobre grampos, mas o nome Protógenes Queiroz é citado inúmeras vezes. Farsa!

Não estou do lado da claque do delegado, ontem presente, que o quer como uma nova liderança política no país. Mas em nenhum momento estarei ao lado de seus detratores. O delegado cumpriu com seu dever na operação. Ontem foi brilhante. Desnudou a farsa montada. Cabe agora a sociedade varrer para longe a escória, comprometida com um banqueiro corrupto.
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