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Investigação das pesquisas eleitorais

Por Eduardo Guimarães em seu blog

Cumpre-me informar que na tarde desta quarta-feira, 11 de maio de 2010, o setor jurídico do Movimento dos Sem Mídia me fez saber de que, conforme informações que obteve em incursão que fez em Brasília nesta semana, a Representação de nossa entidade à Procuradoria Geral Eleitoral pedindo investigação dos institutos de pesquisa Datafolha, Ibope, Sensus e Vox Populi , acolhida sob o nr. 4559.2010-33, foi remetida à superintendência da Polícia Federal em Brasília através do oficio PGE nr. 109/2010, em 4 de maio de 2010.

O Ofício da PGE requereu à PF abertura de inquérito policial contra os institutos de pesquisa supra mencionados de forma a apurar possível crime eleitoral, com base na lei nº 9504/97 e suas alterações, artigo 35, parágrafo 4º (Pesquisas Eleitorais), e com a resolução do TSE nº 23190/2009, artigo 18 (Pesquisas Eleitorais Eleições 2010).

O setor jurídico do MSM apurou, ainda, que a PF já está de posse da denúncia e de que, transcorridos cerca de 90 dias de sua aceitação pela PGE e da expedição do Ofício 109/2010, a investigação dos institutos de pesquisa encontra-se plenamente em curso.

Informo, ainda, que o inquérito policial transcorre em sigilo, de forma que só o Movimento dos Sem Mídia e os institutos de pesquisa representados poderão obter informações sobre o seu andamento. O MSM, portanto, analisará a possibilidade de dar publicidade às informações que vier a obter na Polícia Federal, porém levando em conta eventuais restrições legais a que tal divulgação ocorra.

PS : O blogueiro estará em viagem de trabalho nesta quinta-feira, 12 de agosto, de forma que poderá haver atraso na liberação de comentários.

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Estamos de olho nas pesquisas no RS, principalmente, as encomendadas ao IBOPE pelo Grupo RBS.
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Alerta às campanhas de Yeda e Fogaça

O Dialógico suspende a política de Creative Commons, por tempo indeterminado e a partir da publicação desse post em 24/07/2010.

O blog da Juventude do PSDB utilizou charges, aqui publicadas [1 e 2]. Exigimos a retirada imediata desse material do blog e desautorizamos, previamente, qualquer partido político das coligações Yeda Crusius e José Fogaça a publicar conteúdo produzido para este blog em suas páginas na Internet, ou impressos, mesmo que seja para uso não comercial.

A disputa política entre Yeda Crusius [PSDB-PRBS] e José Fogaça [PMDB-PRBS] não nos diz respeito. A juventude tucana, ao publicar nossas charges em seu blog, demonstra o nível de indecência a que um grupo de pessoas pode chegar! No Dialógico, há dezenas de charges sobre a maior "liderança" do PSDB, a governadora Yeda Crusius. No maior descaramento, essa "juventude" ignora as denúncias publicadas contra esse desgoverno, através de charges, e seleciona, do mesmo autor, só o material que lhe convem, no caso, as que tem seu foco no ex-alcaide portoalegrense.

Temos uma imagem a zelar e não permitiremos que gente, que possui um blog com conteúdos que variam entre mentirosos, mistificadores, alienados, macule o trabalho sério aqui realizado.

Em insistindo com estas publicações, tomaremos medidas cabíveis. E, a partir deste instante, charges do Eugênio Neves subidas no Dialógico, Prancheta da Grafar, Sul21 ou Tinta China necessitarão de sua autorização expressa para publicação. O contato é dialogico.blog@gmail.com. A indicação de autorização de uso deverá constar no rodapé da publicação com a respectiva data.

Todos os blogues e sítios relacionados no Dialógico, ao lado, estão autorizados a utilizar qualquer material aqui publicado, sem a necessidade de indicação de autorização no rodapé.

Atualizado às 22h27min, 24/07/2010.
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Pesquisa eleitoral e Yeda Crusius


O Diário Gauche escreve sobre a pesquisa eleitoral encomendada pelo Grupo RBS, na qual a rainha das pantalhas Yeda Rorato Crusius [PSDB/PRBS], [des]governadora do RS e candidata à reeleição, aparece com o índice de 47% de rejeição ao seu nome.

Temos a sensação, de que tal pesquisa teve a intenção de identificar a opinião do eleitorado guasca, para a elaboração da estratégia errebesseana frente à uma vitória petista. Uma empresa que tem negócios nas áreas da comunicação, imobiliário e agronegócio precisa tomar a dianteira, a fim de manter os seus interesses. Mais do que um partido político ilegal, o Grupo RBS atua como um império tirano e que patrola tudo e todos que atrapalhem o business. Foi assim com o Governo Olívio Dutra, foi assim que se criou a subjetividade "chega de PT".

Não há quem nos convença, de que o desgaste da Frente Popular foi um desgaste simbólico. E a reeleição do incompetente José Fogaça [PMDB/PRBS] é o exemplo cabal disso: não foi cobrado pela sujeira, buracos, escândalos no DMLU e no Pró-Jovem, equipamentos públicos estragados e não repostos, deficiência nos serviços municipais, etc. - e lá foi a criatura alçada, na História da Porto Alegre, como o primeiro político reeleito na nossa cidade!

Voltando à YRC [PSDB/PRBS], o Diário Gauche foi além: reivindica, com razão, parte da responsabilidade na rejeição de 47% do nome dessa senhora. Se os fatos não fossem repostos por parte da blogosfera riograndense, num estado que se divide em século XIX, XX e XXI, alguém duvidaria da sua reeleição, já que a sra. Crusius teve seu governo muito bem protegido pelo Grupo RBS e pela Igreja Universal do Reino de Deus, vulgo Record?

Nós também nos somamos à esta reivindicação. AQUI, quase todos os posts sobre Yeda Crusius em nosso blog.
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Sobre jovens e violência


Frente ao triste acontecimento ocorrido em Florianópolis, SC, envolvendo adolescentes de famílias abastadas, nada melhor do que reler o texto de La Vieja Bruja, Ao vencedor, as batatas.

Será que, neste caso, o Grupo RBS e sua claque de palpiteiros ainda apoiaria as teses defendidas por certos especialistas sobre delinquência juvenil?

Eis o artigo*:

Ao vencedor, as batatas

Alguns dos maiores méritos literários de nosso romancista maior foram seu universalismo e sua capacidade de dialogar com seu próprio tempo.

Em “Quincas Borba“, por exemplo, Machado de Assis, fiel a algumas características do realismo seu contemporâneo, denuncia como a luta pela sobrevivência na sociedade pode ser tão voraz quanto na natureza através da transposição do evolucionismo darwinista às relações sociais humanas. Não há neutralidade nas relações humanas, parece ecoar o humanitismo. Fracos e ingênuos como Rubião são manipulados e despojados de sua dignidade pelos mais fortes, pelos Cristianos Palha e Sofias de ontem e de hoje.

Machado de Assis, no entanto, jamais seria compreendido se se tomasse sua obra como mero mecânico produto de seu tempo. Seu universalismo e sua transcendência residem no fato de que é para denunciar o processo de selvagem luta pela sobrevivência na sociedade que se serve o romance machadiano de uma espécie de evolucionismo social. O humanitismo do filósofo Quincas Borba, professado pela boca de Rubião, herdeiro universal de seu pensamento, então, se transforma em crítica ácida à panacéia científica e se trata de uma das mais pertinentes metáforas da triste figura de toda cientificidade transposta às relações humanas que se pretenda moralmente neutra. Desse modo, o evolucionismo aplicado às relações humanas do bruxo do Cosme Velho não afirma que as relações sociais humanas são o que são em virtude de como a ciência descreve o mundo e é em si mesma, mas si em virtude de como o homem que faz ciência o descreve e é em si mesmo, a saber, parte de algum modo interessada.

Fazer ciência, portanto, parece ensinar o humanitismo, envolve escolhas.

De amostras e de conceitos, em certos casos.

A hipótese de que o cérebro de um psicopata ou sociopata seja estruturalmente diferente daquele das pessoas ‘normais’ é perfeitamente lógica. Não só porque desde o acidente com Phineas Gage, em 1848 (!), sabe-se que danos ao córtex pré-frontal estão associados a comportamentos anti-sociais, como também porque muitas pesquisas utilizando técnicas de neuroimagem semelhantes ao estudo gaúcho vêm sugerindo fortes indícios de estrutura cerebral anormal em psicopatas“.

Afirmar a priori que internos na Fase são psicopatas só pode ser feito por alguém que está distante do problema (…) Caracterizar a todos como psicopatas e medicá-los em massa aparece muitas vezes como forma fácil de contenção numa postura que abre mão do desenvolvimento de trabalho educativo e da recuperação possível para parte significativa desses adolescentes (…) inúmeros estudos demonstram que a participação na vida do crime é na maioria das vezes motivada pela busca de afirmação pessoal e de reconhecimento social e que poderá, portanto, ser agravada com procedimentos que baixem a auto-estima e a confiança em si. Se é certo que as pesquisas neurológicas têm uma contribuição a dar na compreensão do comportamento violento, é certo também que não se deve absolutizá-las ignorando estudos já desenvolvidos por especialistas de outras áreas, como sociólogos, psicólogos, antropólogos, educadores etc. Não há maior obscurantismo do que aquele que considera a pesquisa inquestionável“.

Os trechos acima correspondem, respectivamente, aos artigos “Contra o obscurantismo“, de Gustavo Ioschpe, publicado no jornaleco da Azenha de domingo último, 10, e “Ciência, obscurantismo e ética“, de Carmen Maria Craidy, publicado ontem nesse mesmo pasquim.

Gustavo Ioschpe, para quem ainda não sabe, é o mais recente almofadinha com MBA a cair nas graças do intelectual fracassado Marcelo Rech. Vejam os senhores com os seus próprios olhos, até porque não há outro modo de ver, os boatos que espalha o diretor de redação de Zero Hora a respeito do referido rapaz, tudo a fim de antecipar a história sobre o mito ao próprio mito, ou, como diz o vulgo, antecipar a imagem do homem ao próprio homem. Gustavo Ioschpe, para Marcelo Rech, trata-se de um dos principais polemistas do país, que chegou às páginas de ZH a fim de “trazer luz ao manto de escuridão que encobre a discussão sobre os rumos do ensino no Brasil“.

Bem, mas não era sobre isso que La Vieja queria falar, até porque tem ela coisas bem mais interessantes para pensar do que quem cai ou não nas graças do intelectual fracassado da Azenha.

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Como La Vieja dizia, ambos os artigos referem-se à discussão pública, cujo pontapé inicial, pelo menos aqui entre o povo cujas façanhas servem de modelo a toda a terra, até onde La Vieja saiba, foi dado por Marden Müller, por ocasião da publicação de “Eugenia reemergente“, instituída por conta do polêmico projeto de pesquisa sob a responsabilidade do neurocientista Jaderson da Costa (PUC-RS) e do geneticista Renato Zamora Flores (UFRGS), que tem como um de seus mentores o secretário de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, aluno de mestrado de Costa, e que pretende descobrir, a partir da análise comparativa entre dois grupos, um formado por adolescentes internos da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase), os quais terão seus cérebros mapeados por ressonância magnética, e outro por adolescentes que não cometeram crimes, “se o que determina o comportamento de um menor infrator é sua história de vida e se há algo físico no cérebro levando-o à agressividade“.

Embora o referido estudo também pretenda levar em consideração aspectos genéticos, neurológicos, psicológicos e sociais de cada uma das cobaias, seu foco parece ser o fundo biológico da questão, uma vez que, segundo Osmar Terra, “Estamos nos baseando em trabalhos que já existem mostrando que há um período crítico no início da vida e que se uma criança é maltratada entre o 8º e o 18º mês ela adquire comportamento alterado na idade adulta“. Um dos trabalhos ao qual se refere Terra, ainda segundo a Folha de São Paulo via O Ôlho-Dínamo, seria um “artigo do grupo do neurocientista português António Damasio publicado em 1999“, que supostamente teria mostrado “que meninos que sofreram lesões no córtex pré-frontal -região do cérebro próxima à testa- tinham sérios problemas de sociabilidade após crescer“. Segundo Jaderson da Costa, como “A aquisição de convenções sociais complexas e de regras morais se estabelece precocemente“, lesões cerebrais em determinada fase da infância “podem resultar mais tarde numa síndrome parecida com a psicopatia“.

No entanto, ainda segundo a Folha, os cientistas fortes, aguerridos e bravos parecem querer saber se, independentemente das referidas lesões, meninos cronicamente violentos têm “atividade reduzida em alguma região do córtex pré-frontal, área cerebral ligada a tarefas mentais que envolvem juízo moral“. Se tal atividade reduzida for localizada nos pueris córtices pré-frontais a serem mapeados, então é possível que seus comportamentos cronicamente violentos sejam uma sua conseqüência, já que os portadores de tal reduzida atividade em tese não executariam bem tarefas mentais que envolvessem juízos morais.

Portanto, na medida em que o estudo de Damasio supostamente mostrou que problemas de sociabilidade podem ser uma conseqüência de pueris lesões cerebrais, é na procura por atividades reduzidas em alguma região do córtex pré-frontal independentemente das referidas lesões que parece residir a originalidade do projeto dos cientistas gaúchos. Encontrada tal atividade reduzida, a violência crônica poderia ser tomada como uma sua conseqüência. Tentaria-se provar que tal atividade reduzida, então, seria a causa de tal estado mental.

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Entretanto, se o estudo não se importa com as referidas lesões, mas sim com a hipótese de atividades cerebrais reduzidas delas independentes gerarem determinado estado mental, há um problema com sua amostra.

Muito embora amostras precisem guardar pertinência absoluta com hipóteses de estudo em alguns casos – tal como na hipótese de que batatas-inglesas brancas de 12 a 18 centímetros de perímetro sejam violentas com outras batatas-inglesas, inclusive as rosas, muito apropriadamente devam ser estudadas somente batatas-inglesas brancas de 12 a 18 centímetros de perímetro e não qualquer de suas rosáceas vítimas ou mesmo qualquer branca maior ou menor do que aquelas suas companheiras de lavoura -, dependendo do universo que se pesquise tais amostras podem ser escolhidas, e La Vieja não disse necessariamente impostas pela hipótese de estudo, mas sim escolhidas, de modo absolutamente aleatório, sem nenhum prejuízo à pesquisa, o que implica que, ainda de acordo com a hipótese anterior, no universo das batatas-inglesas brancas de 12 a 18 centímetros de perímetro cronicamente violentas considerado possa ser estudada qualquer batata-inglesa branca de 12 a 18 centímetros de perímetro que tenha manifestado o referido comportamento, e isso a fim de se descobrir se ele pode decorrer ou não de atividades tuberculares reduzidas. Brancas, evidentemente.

Esse parece ser o caso do estudo dos cientistas farrapos. E se é assim, nada, absolutamente nada justifica que a amostra livre e deliberadamente escolhida pelos cientistas, no universo dos adolescentes cronicamente violentos considerado, não pudesse ser formada por adolescentes cronicamente violentos que não cumprem medidas sócio-educativas. Qualquer adolescente com comportamento cronicamente violento, portanto, poderia fazer parte da referida amostra, tais como, por exemplo, como bem lembrou a Palestina em sua brilhante série de comentários à referida pesquisa, adolescentes reiteradamente envolvidos em infrações de trânsito de algum modo danosas à vida e mesmo reiteradamente envolvidos em pelejas urbanas, como soem digladiar-se os vulgo pit boys, ou algo que o valha, em geral covardemente. Desse modo, pelo menos um dos critérios utilizados pelos cientistas a fim de, reitero, livre e deliberadamente escolherem sua amostra, portanto, deve ter sido o de não se possuir, ou não se dirigir, automóveis, ou não se freqüentar academias, o que, se não diz muita coisa acerca do que tais adolescentes são em si mesmos, pelo menos nos diz muito sobre suas origens sociais.

Portanto, se a hipótese é a de que pode ser o comportamento cronicamente violento de alguns adolescentes uma conseqüência de atividades reduzidas no córtex pré-frontal, setor do cérebro ligado a tarefas mentais que envolvem juízos morais, prová-la implica que qualquer cérebro farrapo adolescente supostamente portador de tais atividades reduzidas é passível de democráticas ressonâncias magnéticas em busca desse elo perdido, com o qual sonham alguns deterministas, e não somente aqueles cérebros que cumprem medidas sócio-educativas na Fase. Como os possíveis portadores dessa boa-nova aos homens de boa vontade supostamente são todos aqueles adolescentes cujo comportamento pode ser dito como cronicamente violento, já que esse parece ser uma conseqüência daquele, qualquer adolescente que assim se comporte pode fazer parte da amostra. Do contrário, ou seja, selecionando-se arbitrária e preconceituosamente a amostra, que é o que está acontecendo, parece que se toma de antemão como verdadeira a tese que precisa ser provada, a saber, que o comportamento cronicamente violento de determinados adolescentes é uma conseqüência de atividades reduzidas em certos setores de seus cérebros, uma vez que cronicamente violentos parecem ser somente os comportamentos de adolescentes que cumprem medidas sócio-educativas, coincidentemente unicamente aqueles que terão seus cérebros mapeados, o que, em boa lógica, equivale à velha e boa petição de princípio.

Algumas das teses acima esboçadas parecem encontrar algum eco nos comentários de Marden Müller e da Palestina, com os quais La Vieja concorda plenamente.

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E em bom caminho está Marcelo Rech se se entende por polemista aquele sujeito que faz profissão de saber mais do que sabe e que não tem responsabilidade alguma para com as implicações daquilo que escreve. Como se vê, a escola mainardi-carvalheana está dando belos frutos

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Leituras relacionadas do La Vieja Bruja:

Coragem para fazer o que mesmo, cara-pálida?

"Castigos Domésticos"
Sobre vencedores, ainda



*Os grifos, em azul, são nossos.
Arte: Eugênio Neves
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Se a Internet não pode tudo, pode alguma coisa


Causou-nos mal-estar a entrevista concedida ao FNDC por Israel Bayma, engº e Conselheiro da Anatel. Se, por um lado, concordamos com sua análise a respeito do monopólio midiático; da ausência de políticas e políticos que tomema democratização das comunicações como bandeira de ação, seja no Executivo, seja no Legislativo; e a relativização do poder da Internet, que é salutar, uma vez que as dificuldades estão aí para serem estudadas e superadas; discordamos de suas conclusões a este respeito.

A primeira discordância em relação ao problema do poder da Internet, é afirmação de Bayma que o Estado e as corporações de comunicação são controladores desta nova ferramenta comunicacional. Isso é fato, mas é inequívoca a contradição que reside na apropriação desta ferramenta pela população e seus movimentos sociais. Ou seja, ocupou-se um espaço que até então era privilégio de um determinado segmento social, mais rico e/ou poderoso, por aquelas e aqueles que denunciam tais privilégios, sejam eles polítocos, ou econômicos. É muito cedo para avaliarmos as conseqüências de tal apropriação pelos movimentos sociais, porque estamos imersos nesse processo histórico. Mas alguns fatos dão conta de que alguma coisa nova está aí e que incomoda demais o poder político-econômico-comunicacional instituído.

Fiquemos pelo Brasil mesmo, fora da ordem cronológica:

  1. quando o Estadão veiculou peças publicitárias contra os blogues, as mesmas não duraram muito tempo, devido à reação imediata da blogosfera;
  2. quando a principal notícia do dia, às vésperas da eleição de 2006, era o acidente da GOL, e a Globo deu destaque a um factóide no Jornal Nacional; Ali Kamel teve que vir a público defender a sua linha editorial, frente às denúncias de manipulação da blogosfera;
  3. ainda na linha dos acidentes aéreos, em que a tentativa de golpe midiático via rede Globo, contra o Presidente Lula, ficou conhecido pelo bordão "testando hipóteses" do mesmo Ali Kamel;
  4. a criação do Movimento dos Sem Mídia e seus atos em frente a Folha de São Paulo, bem como suas ações no Ministério Público, que obriga dono e editoria a se manifestar, a fim de salvar alguns cifrões contra o cancelamento de assinaturas;
  5. a reação imediata e indignada da blogosfera no episódio "ditabranda" da família Frias;
  6. a realização da I Conferência Nacional de Comunicação, que mobilizou 30 mil pessoas no país todos, graças às formas alternativas de comunicação, como rádios comunitárias, impressos sindicais, jornais de bairro, mas, principalmente, pela Internet.
  7. no RS, o movimento de cancelamento de assinaturas de jornal Zero Hora de 2002.

Os exemplos não se esgotam e, provavelmente, você elencará outros mais.

Mas a segunda discordância, para nós a mais chocante, diz respeito a essa afirmação:

A natureza revolucionária da internet é tão relativa quanto foi a imprensa escrita no início do ano de 1700 [sic], quando Gutenberg inventou a imprensa escrita e não houve grandes transformações de natureza revolucionária.

Ficamos imaginando o que seria da Revolução Francesa, da Revolução Russa e até mesmo do Nazismo sem a imprensa, fatos históricos que transformaram o mundo ocidental? Repetimos, por mais que nos faltem elementos para avaliar o impacto do uso da Internet no atual processo histórico, por estarmos inseridos nele, as transformações na sociedade ocidental são gritantes. Até celulares navegam pela rede mundial de computadores! Isso, por si só, já é revolucionário!

Há muito a ser feito em termos de participação social, a bem da democracia, pelos usuários da Internet. Pensando em termos de Brasil, o #diasemglobo foi um teste de mobilização. Talvez, do ponto de vista imediato, seus efeitos tenham sido nulos. Mas intuímos, que patrocinadores da Rede Globo tenham ficado insatisfeitos com a exposição negativa da rede. Prestemos atenção nos movimentos silenciosos da empresa: Galvão fica, sai? Tadeu Schmit/Alex Escobar ficam, sairão?

Quanto ao ceticismo de Israel Bayma frente às possibilidades de transformação política, a bem da democracia [sempre é bom frisar], via rede, fica a dúvida: como pode alguém ligado à uma agência que persegue rádios comunitárias, cujas ações de fechamento vão além da legislação, pois implica em seqüestro dos bens, quando o permitido é lacrar os equipamentos; como essa pessoa pode ter simpatias a qualquer movimento popular que peite o poder midiático, como aquelas pessoas que fazem, da Internet, a sua ferramenta de denúncia desse poder constituído?

No mais, parafraseando Paulo Freire: se a Internet não pode tudo, pode alguma coisa.
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Seminário analisa cobertura da imprensa gaúcha e nacional

O Seminário "Mídia Livre x Mídia Corporativa: nas Entrelinhas da Comunicação" foi um verdadeiro sucesso de público, tanto presencial quanto virtual. Transmitido ao vivo pela Rádio Web Putzgrila, o debate realizado [no dia 22/06] a Assembleia Legislativa, contou com a
audiência de mais de 2,5 mil internautas, atingindo além de outros estados - como Paraná, São Paulo e Minas Gerais - países como Estados Unidos e México.

Organizado pela Secretaria de Formação Política do PT-POA, o evento teve como objetivo discutir os rumos da imprensa no Rio Grande do Sul e no Brasil. Elmar Bones, do Jornal JÁ, Marco Aurélio Weissheimer, do Blog RSUrgente, e Maria Helena Weber, Profª. Dra. da Faculdade de Comunicação da UFRGS trouxeram importantes contribuições para a análise do tema. A mediação ficou a cargo de Cláudia Cardoso, do Blog Dialógico.

Cláudia abriu os trabalhos ressaltando que estamos vivendo um período importante em matéria de acesso à informação. Em função das novas tecnologias, avalia, é possível buscar outros mecanismos de conhecimento. "Há uma proliferação do próprio público, que antes apenas recebia a informação, agora está criando suas próprias mídias populares e produzindo conteúdo também", disse ela.
"Mídia se encaminha para outra derrota ao não querer reconhecer crescimento da Dilma"

Elmar Bones falou das derrotas que a grande mídia tem sofrido ao tentar coagir a opinião pública. Citou como exemplo a campanha que fizeram contra o governo Lula na questão do mensalão. "A intenção da mídia era derrubar o governo, desmoralizar. Mas o fato é que Lula saiu praticamente ileso, tanto que se reelegeu em seguida", afirmou.

O jornalista acredita que isso tenha acontecido por duas razões: pelas características pessoais do presidente Lula e pela ajuda dos movimentos sociais. "Esse apoio que teve dos movimentos sociais o blindou contra a farsa da mídia", disse Elmar, prevendo nova derrota com a candidatura de Dilma Rousseff.

"Desde o início se posicionaram contra. É um questionamento 'anti', que objetiva desgastar. Não vejo o debate das ideias", analisou. Para ele, a mídia não consegue sequer reconhecer o que as pesquisas estão mostrando: "Dilma subindo e Serra caindo".

Ao analisar o cenário estadual, Elmar lembrou da cobertura feita com relação ao projeto de lei que prevê a venda do terreno da Fase. "Trata-se de outra derrota", afirmou. A imprensa sempre tratou o assunto como se fosse uma reformulação da Fase.

"A Zero Hora fez praticamente uma campanha pela venda do terreno. Mas a reação aconteceu: tanto pelos moradores do terreno, quanto pela campanha organizada na Internet. Ou seja, mesmo a mídia mantendo a defesa o projeto naufragou. Este é mais um exemplo concreto da situação que vivemos. Esses grupos ainda são hegemônicos, mas estão sofrendo um desgaste muito grande".

Para o diretor da JÁ Editores, responsável pela publicação do jornal JA Bom Fim/Moinhos e pela Revista JÁ, a mídia não vai mudar se não surgirem alternativas concretas que as façam perder audiência e levem a mudar seus próprios métodos. "A mudança que precisa acontecer na comunicação é muito profunda: falo de método de trabalho, de organização, de relação dos trabalhadores. Isso só vai acontecer se nós tivermos fora das grandes empresas experiências de comunicação que tragam novos caminhos", finalizou.

Jornalismo cidadão

"É hora de a gente abandonar esse conceito de mídia alternativa, que esta muito ligado à ditadura militar". Foi com esta frase que Weissheimer iniciou sua intervenção. De acordo com ele o que se vê hoje é o surgimento de um "jornalismo cidadão", onde blogueiros e twitteiros fazem comunicação de qualidade diariamente.

Responsável pelo blog RS Urgente, Marco endossou os comentários feitos anteriormente por Elmar Bones sobre a cobertura envolvendo o terreno da Fase. Ele recordou a forma como o movimento de blogueiros se engajou na campanha pelo veto ao projeto, trazendo ao debate a informação de que a área do terreno representava a metade do Morro Santa Tereza.

"Quando surgiu esta informação o debate mudou, porque não se tratava mais de qualquer terreno. Isso representou uma guinada na disputa política e simbólica", avaliou, acrescentando que esse tipo de experiência já é uma realidade no Rio Grande do Sul. "Do ponto de vista midiático, não custou um centavo essa informação. Nossa mobilização municiou toda uma luta, agregou valor político ao debate e provou que não se trata mais de uma intervenção alternativa. É um espaço consolidado".

Segundo o jornalista, "blogueiros não são mais átomos isolados. Trata-se de um grupo construindo um futuro coletivamente. Uma força midiática e política concreta". Outro exemplo recente da força midiática através das redes sociais, segundo Marco, diz respeito à campanha organizada contra o narrador da Rede Globo Galvão Bueno no twitter.

Embora o otimismo, Marco não acredita no fim da mídia corporativa. "Nosso desafio daqui em diante é - além de denunciar - produzir informação de qualidade e de interesse público. O caso da Fase é um exemplo disto".

Dispersão da informação

O embasamento teórico da discussão ficou para o final, com a intervenção de Maria Helena Weber, Profª. Dra. da Faculdade de Comunicação da UFRGS. Ela falou da preocupação que tem com a dispersão da informação, que hoje é individualizada.

Questionou, também, as estruturas de comunicação dos 3 poderes - legislativo, judiciário e executivo -, que, de acordo com Maria Helena, são imensas e geraram um conceito chamado mídia das fontes, onde o jornalista ao invés de questionar, se abastece dessas informações. "Idéia de um grande leviatã, onde o Estado poderoso é que tem a capacidade de interagir com o cidadão".

Ela finalizou afirmando não ser tão otimista quanto ao futuro da imprensa. De acordo com a professora, "a grande mídia está refazendo o seu modo de se comunicar e por isto está enfrentando um grande embate e está sendo obrigada a seguir este grande processo".

Por Tatiana Feldens - Asscom PT-POA

Foto: Blog do Adeli

Tatiana Feldens
Jornalista PT-POA - www.ptpoa.com.br
E-mail: asscom@portoweb.com.br
Contatos: 7811 5754 / 3211 4888
Rádio: 120*40546
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Números do debate sobre a Mídia

Dia 22/6 no plenarinho da Assembléia Legislativa, foi realizado um debate sobre a mídia, onde estiveram presentes mais de 60 pessoas entre jornalistas, estudantes, profissionais da área, blogueiros, twitteiros e outros, além de quase 2,5 mil internautas que estavam ouvindo pela Rádio Web Putzgrila.

O debate foi ouvido, além da região metropolitada de Porto Alegre, por internautas de Caxias, Santa Maria, São Luiz Gonzaga, Uruguaiana e Bento Gonçalves no RS, mas também em Sao Paulo, Campinas, Guarulhos, Piracicaba, Londrina, Cascavel, Campo Mourão, Cuiabá, Ouro Verde - MG, Formiga - MG e em Hollywood, na Flórida.

O PT de Porto Alegre está de parabéns por esta grande iniciativa de realizar um grande debate.

O áudio está disponível para baixar, clicando AQUI.




Fonte e imagens: Buracos da Baltazar
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A merda e a Globo

Mesmo que a avalanche anti-globo tenha surgido em função do futebol, não por outras pautas muito mais relevantes para a população brasileira, é inequívoca a importância das análises que o fato Globo X Dunga ensejou.
Mais, nesta casa, a Band foi a escolha para assistir jogos de futebol muito antes desse bafafá. Trata-se de um dos tentáculos do oligopólio midiático? Sim! Mas diferente da Globo e da ABERT, BAND/ABRA participaram do processo democrático da I Conferência Nacional de Comunicação. Não se recusaram a dialogar com a sociedade civil em momento algum e foi com seus votos e os da Telebrasil que a instituição dos conselhos de comunicação em todos os níveis administrativos foi eleita como demanda aprovada da I CONFECOM. Merece consideração, quem sabe, nossa audiência, frente às possibilidades fora da Globo.
Desde hoje, #diasemglobo em sua casa, ou trabalho. Como bem avalia Gilmar Crestani no artigo abaixo, pescado do seu blog Ficha Corrida, é mexendo no bol$o que a gente desestabiliza monopólios midiáticos [mesmo a BAND]:

“Merda, puto, cagão!” só (não!) se vê na Globo


Globo e merda, tudo a ver!

Globo e merda, tudo a ver!

Não dá outra, quando ouço Rede Globo lembro de Dominique Laporte. Logo vais saber porquê. Antes, voltemos a Vespasiano e o tributo sobre as latrinas: non olet. O Imperador Romano teria instituído um tributo sobre latrinas públicas. Seu filho Tito teria sugerido a extinção do tributo, por sua origem. Do pai, ao filho: Olet? (tem cheiro?). Tito teria respondido: Non olet! (não tem cheiro). No Direito Tributário importam os fatos econômicos, não a natureza jurídica.

Antes de passarmos ao “tributo” de Dunga à Globo, um pequeno troço sobre o termo. Segundo Dominique Laporte, no seu História da Merda, o lixo tem que ter alguém que se responsabilize por lançá-lo longe. E Dunga tem sido o duto através do qual repelimos o esgoto que sai das telas da Globo & afiliadas.

Afinal, por que quando os atores vão entrar em cena desejam “merda”? Para desejar sorte. E se Dunga desejou “sorte” ao Alex Escobar na busca de entrevistas exclusivas com jogadores de outras seleções, por que os funcionários da Globo reagem dizendo tanta merda? Já deveriam ter entendido que na seleção canarinha de Dunga não há mais espaço para exclusividade da Globo. Até porque não é a seleção da Globo & seus patrocinadores. É a seleção dos brasileiros de todos os veículos. Democraticamente!

O diário Lance! traz uma informação reveladora: “Mas os excessos (impedir entrevista exclusiva…) do técnico passaram a atingir questões maiores, como os patrocínios (ah! bom!). Assim, a costura política (substitua por mafiosa, dá no mesmo) tem sido uma das missões da entidade nos últimos dias.

E democracia também é isso: não pode haver discriminação com as palavras que estão no dicionário. Todas estão lá para serem usadas… Roland Barthes (Sade, Fourier, Loyola) modernizou Vespasiano, adequando-a ao seu metier, “a merda escrita não cheira” , do tipo “a palavra cão não morde”. Por que, quase sempre, se grita “merda” na maioria dos países do mundo, quando se quer ofender alguém? Outro francês, Ferdinand Saussure, mostrou que se deve adequar a linguagem ao momento, ao assunto e ao interlocutor. Por que não chamar, então, a coisa pelo seu nome? Se só a Globo não ousa dizer seu nome, voilá, merde!

Vale a pena ver de novo



Merda, puto, cagão!” Foi o que Dunga, sem as máscaras gregas, e numprocesso catárquico, lavou nossa alma quando deixou gravado em áudio e vídeo a definição do jornalismo made in Globo. Como é do conhecimento até do reino mineral a Escola das Américas se mudou do quintal Panamá para a cloaca do Jardim Botânico.

Como diria Gandi, “aquele que não é capaz de se governar a si mesmo não será capaz de governar os outros”. Por não terem conseguido influenciar Dunga, os anões da Globo, esnobando Gandhi, foram buscar no ditador Ricardo Teixeira um atalho para defecarem. Logo ele que sobrevive à frente da Capitani Hereditária da CBF graças ao casamento com a filha de Havelange. Antes, para parecer grande a Rede Globo lustrava as botas dos militares. Hoje, para nossa felicidade e opróbrio da Globo, os ventos mudaram. A internet democratizou o “mercado” da informação.

Pivô? Patrocinadores!

Patrocinador oficial da Globo!

Patrocinador oficial da Globo!

Primeiro, os patrocinadores exigiram Ronaldinho. Não deu. Depois tentaram emplacar “os meninos da vila”, mas, depois do banho de loja, de vila os meninos já não tinham mais nada. De patrocínio em patrocínio, foi declinando o poder da Globo. Os brancaleones da Globo passaram a atacar os moinhos de vento para atingir Dunga. Na Globo é assim, se estás contra ela, ela tentar fazer acreditar que estão contra o Brasil. Foram-se os tempos do ame-o ou deixe-o.

A Globo e seus funcionários compraram Dunga por anão mas receberam um Davi armado de funda de troco. No queixo!

Os assalariados da Globo usam o argumento de que estão representando os brasileiros em busca de informação. Não tenho certeza, mas nem todos patrocinadores a quem a Globo e seus funcionários servem são brasileiros. Quanto ao povo, bem, nós já sabemos o apreço que Globo & suas afiliadas têm por ele. Mais, esse mesmo povo a quem a Globo diz querer atender, faz campanha contra ela. No Twiter, a campanha “Cala a boca, Galvão!” “deu no NewYork Times”.

Agora a blogosfera faz novo convite, ver os jogos do Brasil por outro canal, a começar pela partida com Portugal, jogando uma bola nas costas da Globo e de seus paitrocinadores.

Faça sua parte, torça pelo Brasil assistindo o jogo por qualquer outro canal que não seja da Rede Globo. Vamos ensinar a eles a democracia que eles entendem, a dos $$$$$! Afinal, uma transmissão da Band non olet!


Perguntar não ofende

Pense!

Pense!

A pergunta que não quer calar: quem deu e de onde vem a autoridade de qualquer jornalista da Globo pensar que pode falar por mim ou pelos brasileiros? Houve concurso, eleição, estudo, preparação especial outorgando tal poder? Quem deu ou dá a eles a exclusividade de falar sobre os fatos?

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Estamos de olho 2

Mais um blog na mira do Ministério Público Eleitoral: www.amigosdopresidentelula.blogspot.com, cujo endereço, segundo seus editores, está "desativado há pelo menos 5 anos, depois que tivemos um problema com a senha".

Ainda de acordo com os responsáveis pelo blog osamigosdopresidentelula.blogspot, a publicação de notícia da Agência Estado sobre relatório de banco suiço que aponta a pré-candidata Dilma Rousseff [PT] como eleita em primeiro turno, poderia ser a causa do pedido para o Google retirar o blog do ar.

Então, para darmos uma ajudazinha ao MPE, AQUI seguem as listas de blogues que deram a mesma notícia.

O que pensar de um candidato e/ou de seu partido, que pede ajuda ao Judiciário para tentar silenciar eleitoras e eleitores que abrem seu voto para outra candidata? No mínimo, que esta pessoa/partido não tem projeto político, passando recibo de sua fragilidade.

Entrar na Justiça é direito de qualquer uma/um. Agora, se a Justiça der ganho de causa numa ação como essa, ao suposto[s] ofendido[s], a situação passa a ser mais grave ainda: trata-se do fim da liberdade de expressão, um caso de censura, incompatível com o momento atual.

Mais: é a aplicação de dois pesos, duas medidas. A mídia corporativa faz campanha eleitoral pró-Serra há anos, passando-se por imparcial, neutra, uma mentira só. Maria Judith Brito, presidenta da ANJ, afirmou, com todas as letras, que a imprensa precisava tomar posição oposicionista. Onde estava o MPE nesta hora?

Essa perseguição a blogues está muito mal explicada. Estamos de olho!


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Estamos de olho!

O Ministério Público Eleitoral solicitou, ao TSE, investigação sobre o blog Dilma13. Segundo o MPE, trata-se de campanha eleitoral antecipada. Resulta, que o blog é independente, cujos editores nem filiados ao PT são! Além disso, está no ar desde 2008 e, coincidentemente, após a multa aplicada a um blog ligado a tucanos, surge este pedido de investigação.

Agora a tática demotucana será essa, a de calar a voz de eleitoras e eleitores em seus próprios blogues? Muito estranho!

Leiam a Nota do Blog Dilma13 AQUI e a notícia da Agência Brasil AQUI.
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Corrupção no DCE UFRGS?

A nova geração de líderes direitistas formadas nos diretórios acadêmicos demonstra que estão para lá de preparados para assumir o poder. Aquilo que é o pilar de sustentação ideológica da direita, a apropriação privada dos bens públicos, é uma lição que os pimpões aprendem mesmo antes de falar, ou colocar aparelho nos dentes.

Não houve necessidade de completar-se 1 ano da gestão da direitoria do DCE da UFRGS para que ela já esteja sob suspeição de desvio de dinheiro da instituição. E também, como é típico das denúncias que cercam o envolvimento da direita guasca em escândalos, elas partiram de dentro do grupo que assumiu a direção do DCE. Isso nos dá a sensação de que já vimos esse filme antes...

Sempre é bom lembrar, que essa turma eleita em 2009, tinha o apartidarismo como discurso de campanha. Mas, uma das primeiras providências da nova diretoria, foi posar em foto com a desgovernadora Yeda Rorato Crusius [PSDB/PRBS].

E também é bom lembrar, que o denunciado Marcel Van Hattem, contra quem pesam denúncias de pressão, foi vereador em Dois Irmãos pelo PP, é assessor parlamentar para relações internacionais e economia do deputado federal Renato Molling (PP/RS), conforme consta em seu blog e, agora, licencia-se para concorrer a Deputado Estadual pelo mesmo partido. Como se pode constatar, tudo muito apartidário e desideologizado. Essas relações são mera coincidência, ou intrigas da oposição.

A turminha teen da direita, fiel às velhas e escusas práticas de seu campo ideológico, continua com o discurso imbecil e canalha de negar suas relações partidárias e vínculos ideológicos. Lamentavelmente, dado ao alto grau de despolitização da juventude universitária, esse papo fuleiro colou. E o resultado está aí: investigação por apropriação indébita do dinheiro da entidade e coação a integrantes da diretoria.
DCE da UFRGS: dize-me com quem andas...
Marcel van Hattem é o terceiro da esquerda para a direita e está ao lado do presidente
Renan Arthur Pretto.

Escreve Rodolfo Mohr no Todos as Vozes:

DCE da UFRGS será investigado por corrupção

Pivô do escândalo se licencia para concorrer a deputado estadual

Na segunda-feira, 31 de maio, acontecerá a primeira reunião da Comissão Estudantil de Investigação (CEI). Composta por 21 Centros e Diretórios Acadêmicos (CAs e DAs), a CEI terá como missão passar um pente fino na gestão do Diretório Central dos Estudantes (DCE), inundada por graves denúncias de corrupção. Marcel Van Hattem, diretor de Relações Institucionais da entidade e um dos principais denunciados, licenciou-se do cargo nesta sexta-feira, 28, para concorrer a Deputado Estadual pelo Partido Progressista.

A noite da quinta-feira, 27, já está gravada na história da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Representando mais de 20 mil estudantes, 29 CAs e DAs estiveram reunidos, na Faculdade de Economia, para ouvir as denúncias de corrupção contra a gestão do DCE realizada pelo ex-advogado da própria gestão Régis Antonio Coimbra.

Eram quase 19h quando começou o depoimento do advogado relatando a apropriação indébita de recursos financeiros pelo presidente Renan Arthur Pretto, estudante de Administração. Explicou em pormenores o desenrolar de uma série de conflitos internos que se sucederam após, segundo ele, Pretto, a mando de Marcel Van Hattem, retirar 5 mil reais do caixa do DCE. Trouxe à tona as ameaças sofridas pela vice-presidente Claudia Thompson e pelo tesoureiro Tiago Bonetti. Os atos de coação teriam sido, de acordo com suas palavras, realizadas por Van Hattem. Por fim, alegou que estes fatos devem levar à destituição da diretoria executiva.

A defesa do jovem Pretto não convenceu os demais representantes estudantis. O presidente do DCE alegou “inexperiência administrativa” quando “sacou o dinheiro do cofre da entidade”, por conta própria, “para pagar um fornecedor”. Porém, esse saque não foi registrado e a nota fiscal que comprova o pagamento, segundo Pretto, foi trazida à prestação de contas dias depois. Assim, assumiu ter ficado com dinheiro da gestão sob seu domínio, sem registro no livro-caixa. A atual gestão se elegeu sobre três princípios: apartidarismo, transparência de gestão e defesa da excelência acadêmica. A CEI apresentará ao final da sua primeira reunião ordinária seu calendário de trabalho e a data da entrega do relatório final.

Imagem: CHIST UFRGS
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Blog novo no pedaço

Enquanto o Blog do Kayser está meio devagar, com poucas postagens, confiram o novo blog do Bier, grande amigo, que muito influenciou (e ainda influencia) o meu trabalho: http://www.augustobier.blogspot.com/

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Explicações

O blog está parado há dias. E não é por falta de assunto. Temos a Olimpíada, o Grêmio ganhando os títulos simbólicos de campeão do primeiro turno do Brasileirão e de campeão mineiro, após derrotar Cruzeiro, Ipatinga e Atlético Mineiro, a Rússia dando um pau na Geórgia, e a Yeda explicando a inexplicável compra da sua casa.

Tanta coisa acontecendo e nenhuma postagem a respeito. Mas não é por preguiça. Há bons motivos para isso. O primeiro, é que estou atrolhado de trabalho. Ou seja, não é que eu não tenha tempo para desenhar. É o contrário, só estou tendo tempo para desenhar, colorir, refazer roteiros e, o pior dos castigos, fazer caricaturas! Infelizmente, nenhum desenho adequado ao blog, que, assim, segue à mingua.

O outro motivo para o aparente descaso com o blog é a minha dificuldade de adaptação ao fuso horário de Pequim (ou Beijing, que, como se sabe, significa “selinho”). Nos últimos dias, o infame hábito de dormir tarde e com a TV ligada transformou-se em uma terrível insônia. Quando conseguia dar uma cochilada, era acordado pela narração de um ippon, a favor ou contra nossos atletas. Minhas madrugadas têm sido perturbadas por cortadas memoráveis dos nossos atletas do vôlei de praia ou de quadra (mesmo os que jogam pela Geórgia), por surras no boxe, amareladas no handebol, vexames no remo, derrotas no tênis-de-mesa, piruetas e choradeiras na ginástica e braçadas lentas nas piscinas. Todos esses momentos são narrados com emoção e patriotismo capazes de acabar com o sono de qualquer um.

Mas eu já desisti de tentar acompanhar ao vivo nossos fracassos olímpicos. Vou retornar ao fuso horário gaúcho (sim, se temos atletas que trazem medalhas para o Rio Grande do Sul, e não para o Brasil, mesmo que seja um paulista, devemos ter um fuso horário só nosso também!). A Olimpíada é muito melhor nos noticiários. Quem passa uma madrugada sendo derrotado em esportes inimagináveis, sente uma inveja danada daquele espetáculo triunfante que aparece no Jornal Nacional.

Em breve, nova postagem sobre a explicação da compra da casa da Yeda. Não percam!
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