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O rolo do momento

O Jornal Nacional acaba de provar, de forma cabal, com a ajuda de um perito e com a filmagem feita em um celular por uma jornalista da Folha de São Paulo, que o Serra não deu um migué e simulou uma lesão por causa da bolinha de papel. Ele deu o migué e simulou a lesão após ter sido atingido por um rolo de fita adesiva. O fato ocorreu, de acordo com a jornalista, 15 minutos após a bolinha de papel. Tudo provado, preto no branco.

Contudo, ainda fiquei com umas dúvidas:
  1. Por que o perito mostrou um rolo de fita adesiva tamanho King Size Jumbo, de uso exclusivo das Forças Armadas, se a imagem borrada do celular mostrava apenas uma mancha branca do tamanho aproximado de uma bolinha de papel?
  2. Como o perito conseguiu ver claramente um círculo central característico de fita adesiva em um borrão branco?
  3. Por que o Serra resolveu colocar a mão na cabeça e se queixar depois de receber um telefonema de alguém, 20 minutos após a bolinha de papel (e cinco após a fita adesiva), como mostra a reportagem do SBT?
  4. Será que a fita adesiva tem alguma relação com a Erenice? Foi em algum momento filiada ao PT? Estará ela na capa da próxima Veja?
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Receita Tucana - 2

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Receita Tucana

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monitor13: O DESMORONAMENTO MORAL DE JOSÉ SERRA

editorial do monitor13 publicado em 16/1010

   No dia de hoje, 16 de outubro, a sociedade brasileira tomou conhecimento de dois fatos emblemáticos desta campanha. Em São Paulo a polícia apreendeu em um gráfica 2,1 milhões de panfletos clandestinos contra Dilma a acusando de apoiar o aborto. Na edição de hoje a Folha de São Paulo traz matéria revelando que Mônica Serra, mulher de Serra, fez um aborto de um filho do candidato.
   O encontro destes fatos é emblemático por vários motivos. Em primeiro lugar, por a Folha de São Paulo demorar uma semana, após Sheila Canevacci, ex-aluna de Mônica Serra revelar o fato na internet. Uma semana de silêncio ensurdecedor da grande mídia de um fato decisivo sobre um tema trazido pela candidatura do próprio Serra ao centro do debate sucessório. Uma semana em que a blogsfera desvendava sozinha todo o caso, com outras alunas detalhando o relato de Mônica. Com nomes e sobrenomes ( Kátia Figueiredo, que mora atualmente na Suécia, Ana Carla Bianchi, Ana Carolina Melchert e Érika Sitrângulo Brandeburgo, entre outras estudantes, residentes aqui no país). Do resto da mídia nem uma palavra. Do Jornal Nacional nem um frame.
   O relato não tem nada de sensacionalista, ao contrário, é repleto de humanidade:
   Contou que, nas aulas, as alunas se sentavam em círculos, criando uma situação de intimidade. Enquanto fazia gestos de dança, Monica explicava como marcas e traumas da vida alteram movimentos do corpo e se refletem na vida cotidiana.
   Segundo a ex-estudante, as pessoas compartilhavam suas histórias, algo comum em uma aula de psicologia.
   Nesse contexto, afirmou, Monica compartilhou sua história com o grupo de alunas. Disse ter feito o aborto por causa da ditadura.
   Ainda de acordo com a ex-aluna, Monica disse que o futuro dela e do marido, José Serra, era muito incerto.
   Quando engravidou, teria relatado Monica à então aluna, o casal se viu numa situação muito vulnerável.
   "Ela não confessou. Ela contou", diz Sheila Canevacci.
   Outra aluna:
   - Eu confirmo aqui o depoimento da Sheila Ribeiro. Foi aquilo mesmo. A professora Monica Serra nos relatou que havia feito um aborto em um período difícil da vida do casal, durante a ditadura militar. Foi um fato tocante, que marcou a todas nós. Lembro-me que o assunto surgiu quando ela falava sobre a dissociação do corpo e a imagem corporal, que até hoje dirige meu comportamento – disse.
   Este fato dramático na vida de qualquer casal não deveria jamais frequentar as páginas do noticiário político, não fosse o fato do próprio casal casal ter transformado a campanha eleitoral em uma cruzada de moralismo tão oportunista quanto (sabemos agora) hipócrita. Uma campanha de panfletos apócrifos, de Mônica falando a um eleitor que Dilma é a favor de matar criancinhas, do obscurantismo cultivado pelos métodos mais baixos.
   Podemos não saber o tamanho eleitoral que Serra sairá desta eleição, mas sua estatura moral, sim. E ela é nenhuma.
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INQUISIÇÃO + TFP + INTEGRALISMO = SERRA PRESIDENTE


O estouro da descoberta da gráfica paulista onde foram impressos, a pedido da Diocese de Guarulhos da Igreja Católica, dois milhões de panfletos contra Dilma, mostrou algo pavoroso: para além da mera baixaria eleitoral (coisa já altamente reprovável, especialmente em se tratando de órgão da Igreja), surge, no meio do barral, uma mescla monstruosa de relaçôes entre estes setores atrasados do clero católico e a extrema direita.

Que a sociedade Tradição, Família e Propriedade, a TFP, que puxara a "Marcha com Deus e a Família" em favor do golpe de 64, apoiava abertamente Serra, já era sabido, a partir dos panfletos que a entidade distribuiu na reunião de apoiadores de Serra ocorrida em brasília após o primeiro turno das eleições.

Mas a descoberta da gráfica onde parte dos impressos contra Dilma foram feitos (seriam 20 milhões, mas a gráfica só tinha suporte para imprimir dois milhões), foi revelado - documentadamente - que o representante  do Bispo de Guarulhos no negócio, Kelmon Souza, se comunicava com a gráfica através de um e-mail da "Associação Theotokos", da qual é presidente e cujo site, segundo o RegistroBR - pasmem -  se encontra em nome da Casa de Plínio Salgado, órgão congregador das viúvas do falecido chefe do fascismo brasileiro.

Esta história dá a dimensão das relações subterrâneas entre a parte mais reacionária do clero católico e instituições que sempre pregaram contra a democracia, ironicamente agora mobilizadas a favor do candidato que alega que se exilou devido ao golpe de 64. No desespero, vale tudo.

Matéria do NaMaria News levantada pelo Cloaca News
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SETE PERGUNTAS PARA SERRA SOBRE PAULO PRETO

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A revista ISTOÉ desta semana faz sete perguntas a Serra sobre a rocambolesca história das relações dele, da sua campanha e do PSDB com o engenheiro Paulo Souza, o "Paulo Preto", que foi denunciado pelo próprio vice-presidente tucano, Eduardo Jorge (sim, ele mesmo!) e pelo tesoureiro do partido por haver tomado 4 milhões de empreiteiras em  nome da campanha do Zé Baixaria e depois sumido com o dinheiro.

Publicada a denúncia pela revista em agosto passado, estranhamente sem qualquer repercussão nos jornalões e tvs, Dilma cobrou a explicação de Serra no debate do segundo turno da Band, deixando o candidato da TPF gaguejando. Até agora, ele somente se esquivou do assunto, ora dizendo uma coisa, ora outra, na medida em que Paulo Preto faz ameaças aos tucanos.

A cobrança pelas respostas a estas perguntas deve ser implacável.  Serra se revela na sua inteireza.

Quem levantou a bola foi o RS URGENTE

O quadro ao lado foi reproduzido do site da ISTOÉ


ATUALIZAÇÃO EM 17-10-10 - 16H30MIN

Mais uma perguntinha para o Zé Mentira: quando nomeou a filha do Paulo Preto para o cerimonial do Palácio Bandeirantes no primeiro mês do seu mandato de governador, ele não sabia de quem se tratava? Não? Mas que coincidência!!
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Questão de ordem religiosa

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Rubro-Negro

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DILMA, FINALMENTE, É DILMA!

Dilma mostra que firmeza não é agressividade

Foi premonitório. Na edição da Carta Capital desta semana (distribuída antes do debate de ontem, na Band), tanto Mino Carta, em editorial, como Maurício Dias, na sua coluna "Rosa dos Ventos", apontaram, com precisão, a necessidade de Dilma "ser ela mesma", afastando aquela sensação de estar constantemente "travada" que a futura presidente da República vinha passando nos debates, culminando no último confronto do primeiro turno, na Globo, onde Dilma apareceu falando aos trancos, tensa como se estivesse seguindo um script que não seria exatamente o seu.

Achando que a eleição estava ganha e preocupados excessivamente em desfazer a imagem de durona e intransigente criada pela mídia golpista, os marqueteiros e a turma do PT que cerca a candidata, com Palocci e aquele seu jeitinho aveludado e insosso à frente, interditaram à Dilma a sua marca fundamental, a de mulher guerreira e assertiva, características que, aliadas à sua alta capacidade de trabalho a fizeram a escolhida de Lula para a disputa pelo terceiro mandato. O resultado é sabido: a direita brucutu e o medievo religioso deitaram e rolaram, sem que houvesse uma reação a tempo e à altura das barbaridades que vinham sendo ditas e derramadas na internet sobre Dilma.

Mas ontem, a coisa mudou de figura: Dilma encarou Serra de frente, cobrando dele as infâmias que juntamente com os demais acólitos da súcia demotucana vem disseminando contra a petista, e também desmascarando a postura privatista do candidato da nova UDN, que não contente com o torra-torra do parimônio público da era FHC, do qual ele foi um dos mais entusiasmados - palavras do próprio FHC - agora já pensa em passar nos cobres o pré-sal, tarefa a cargo do ex-genro de FHC, que presidiu a ANP no governo do próprio (ah, naquela época não davam cargos para parentes), e principal assessor de Serra na área de energia.

Serra se engasgou, gaguejou, não foi capaz sequer de defender a mulher quando Dilma denunciou-a como  difamadora, e tudo o que conseguiu dizer é que Dilma estava agressiva e que havia sido "treinada", denotando ainda a sua visão preconceituosa e machista: se a mulher se mostra firme e assertiva, é porque foi "treinada". Não sobrou muita coisa de Serra no fnal do debate.

Ao se libertar das amarras que a impediam mostrar a sua personalidade firme e combativa, sem descer à baixaria, Dilma de um também um recado à militância, que parecia ainda meio aturdida com a ida para o segundo turno: é preciso ir para a rua e disputar cada voto até o dia 31.
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SERRA TEM UMA IDÉIA 'JENIAL' PARA AUMENTAR A VOTAÇÃO NO SEGUNDO TURNO

Jesus, porque não pensei nisto antes?
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ANAUÊ, SERRA!

Depois da TFP, Serra vai desenterrar Plínio Salgado e os galinhas-verdes...
As águas correm para o mar, e Serra correu para sentar de vez no colo da velha direita. Ao tentar trazer para o centro do debate eleitoral a questão do aborto, e o que é pior, da forma mais simplória e desqualificada possível, na base do a-favor-ou-contra, Zé Baixaria demonstra que seu programa (? ) não convenceu a população e passa a jogar com o que tem de pior para tentar ao menos diminuir o tamanho do vexame da iminente derrota para Dilma.

Que sua vida pública sempre demonstrou seu alinhamento com o pensamento conservador, é fato sabido, pois foi privatizador e seu governo reprimiu professores, dentre outros feitos do mesmo jaez. Sua mulher, Mônica, já tinha chamado os beneficiários do Bolsa-Famíia de vagabundos. Ao contrário do que disse na propaganda eleitoral na tv, Zé Mentira não foi "o melhor deputado da constituinte". Como mostrado pelo Cloaca News, Serra ganhou uma sofrível nota 3,75 na avaliação do DIEESE, por ter votado contra a maioria dos direitos sociais do trabalhadores. Ou seja, chega de direitos para a escumalha.

Seu parceiro de chapa, Indio-sem-flecha, do DEM de herr Borhausen, é outro rematado reacionário. Suas recentes declarações de que Serra vetaria o projeto que criminaliza a homofobia dão a dimensão do seu caráter intolerante e preconceituoso, para ficar no mínimo.

Este show da fé no estilo do reacionarismo mais tacanho conseguiu resultados memoráveis. Zé Baixaria consegjuiu acordar do sono eterno nada menos do que a associação "Tradição, Família e Propriedade", a TFP das marchas com Deus e a Família, guilda do reacionarismo católico e linha de frente do golpe de 64. Seu companheiro de partido, e cabo eleitoral de ocasião, Chuchu Alkmin, tem carteirinha de sócio remido da Opus Dei. Mas não para apor aí. Zé Perdedor também conseguiu o apoio dos setores mais atrasados do neopentecostalismo, que nem de longe representam os evangélicos (a própria Marina não vem desta vertente), resultando tudo isso num caldo pegajoso e fedorento de atraso e preconceitos elevados à condição de postura política.

Só falta agora o neo-galinha-verde-tucano (sim, é uma ave híbrida) receber o apoio público dos skinheads.

Anauê, Serra!
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QUEM SÃO OS ELEITORES DE MARINA?

Ao contrário do que sempre desejam os perdedores, o segundo turno não é um novo pleito, do ponto de vista do "zeramento" absoluto da situação dos candidatos que chegam a esta fase da disputa.

Na verdade, os candidatos trazem consigo a respectiva "fortuna eleitoral", traduzida não apenas pelos votos obtidos no primeiro turno, como também pelo conjunto de percepções passadas à sociedade pelo candidato na campanha da primeira fase do pleito. Nesta eleição, embora exista, em tese, a possibilidade de alterações no quadro eleitoral, as chances de que isso ocorra de forma substancial são remotas, especialmente se considerarmos a razoável distância que separa Dilma de Serra: 46,91% x 32,61%, o que corresponde a 14 milhões e meio de votos, ou o eleitorado inteiro de Minas Gerais.

É certo, por outro lado, que não podem ser desprezados os quase vinte milhões de votos de Marina. Esse eleitorado também tem que ser conquistado. Mas afinal, quem são esses eleitores?

Análises apressadas atribuem, ora com ênfase numa ou noutra causa, a frustração da vitória de Dilma no primeiro turno às questões religiosas suscitadas a partir da campanha difamatória derramada pela internet. Também a questão ambiental teria influenciado o resultado. Os descontentes com a "realpolitik" (incluído aí as denúncias contra o governo federal) teriam igualmente influenciado o resultado.

Mas, na verdade, nem todas as causas apontadas têm o peso que lhes é atribuído. Embora se afirme que a campanha difamatória espalhada pela direita contra Dilma na internet tenha trazido prejuízos eleitorais em determinados segmentos mais conservadores, a análise feita por Antonio Luiz M. C. da Costa, na Carta Capital, sob o título "O voto em Marina não é ecológico, mas também não evangélico" traz elementos importantes ao debate.

Segundo Costa, o voto em Marina pode advir da nova classe média. "É uma camada principalmente urbana, que progrediu em relação aos pais pobres e mal educados, tem certa educação, até superior, está decentemente empregada e precisa cada vez menos de programas sociais como o Bolsa-Família, do SUS ou de novos projetos de saúde e saneamento. Ao mesmo tempo, é mestiça, não está à vontade com a 'alta cultura', tem gostos populares e se sabe desprezada pela elite tradicional. Não se identifica totalmente com as prioridades da esquerda – redução da desigualdade e crescimento econômico – mas também não com as da direita – conservação de privilégios disfarçados em competência e meritocracia. Busca um meio-termo que, assim como Marina, não sabe definir com precisão e chama de 'mudança'."

A análise feita por Costa é importante para a compreensão do momento porque, como sabemos, a classe média é uma "classe de acesso", e quem chega a ela percebe que pode ir além, aspecto que explica um certo descompromisso dos integrantes deste estamento social com outros pressupostos que não sejam os seus interesses mais ou menos imediatos e pode ser influenciada por vagas promessas de "mudança" e de ela "pode mais", embora isto não seja explicitado por quem promete.

Para nós, militantes de esquerda comprometidos com a defesa das conquistas do governo Lula, esta constatação traz, num primeiro momento, uma certa frustração, pois gostaríamos que todos os beneficiados pelas políticas públicas que possibilitaram a melhoria das condições de vida de milhões de pessoas reconhecessem claramente isto e, por conseqüência, se alinhassem de pronto ao projeto da continuidade da era de avanços inaugurada por Lula. Isto é verdade em relação a um grande contingente do eleitorado, tal é que resta induvidosa a vitória de Dilma neste segundo turno, pois não há fato com potência suficiente para catalisar 14 milhões de novos votos em torno de Serra. Mas no que respeita a uma parcela considerável desta "nova classe média", não é assim. Atrair a classe média na hora do voto é algo sempre complicado.

Nesta perspectiva, é errado pensar que a votação de Marina é "verde" ou "religiosa". Segundo o autor, "Esta interpretação se reforça quando se desce ao detalhe dos votos por município. Recife, capital do estado natal de Lula, não tem uma proporção excepcional de evangélicos pelos padrões brasileiros: apenas 17,6%. Mas 37% dos recifenses votaram em Marina (42% em Dilma, 19% em Serra). Já o município pernambucano de Abreu e Lima, o mais evangélico do estado (31,2%) teve 27% de votos em Marina, 52% em Dilma e 15% em Serra. No Rio de Janeiro, Marina teve 29% em um município de alta concentração de evangélicos (30%) como Belford Roxo, 32% na capital (17,7% evangélica) e 37% em Niterói (15,3% evangélica), enquanto Dilma teve 57%, 43% e 35%, respectivamente, nesses municípios (e Serra 12%, 22% e 25%)."

No que respeita ao argumento verde, basta verificar a pífia votação dos demais candidatos do PV a cargos majoritários ou proporcionais para constatar que, enquanto opção política, o ambientalismo está longe de mobilizar prioritariamente a população brasileira. Nesta perspectiva, voto em Marina sob este fundamento é secundário.

Assim, a busca pelos votos de Marina, além do enfrentamento da campanha de mentiras disseminadas contra Dilma pela direita brucutu (o que finalmente está sendo feito), deve dialogar fortemente com as aspirações da nova classe média, que se situa politicamente ao centro (ainda que não tenha consciência disto) e oscila a cada pleito.

Dilma deve reforçar que o projeto da continuidade ampliada do governo Lula é a garantia da possibilidade do progresso das pessoas nas suas legítimas aspirações.

Leia a íntegra do artigo de Costa aqui.
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Recente diálogo entre Serra e seu marqueteiro

Serra: Você espalhou que a Dona Marisa não fala e não faz nada?

Marqueteiro: - Sim governador, mas o povo já percebeu que a Dona Mônica Serra também não fala e não faz nada também.

Serra: - Então temos que levá-la (Mônica) ao palanque para ela se mostrar...

Marqueteiro: - Já fizemos isso, mas ela meteu a boca no Bolsa-Família, disse que o povo não quer mais trabalhar por causa disso.

Serra: - Mas eu estou dizendo nos meus programas que vou dobrar o valor do Bolsa-Família!

Marqueteiro: - Não se preocupe, já tiramos ela do esquema. Só vamos mostrar a foto dela.

Serra: - Espalhem também que o Lula só vivia do sindicato e não trabalhava.

Marqueteiro: - Fizemos isso, mas notaram que o senhor também nunca trabalhou, e que acorda sempre tarde.

Serra: - Diga que ele é analfabeto, porra!

Marqueteiro: - Mas é preciso ter cuidado com isso, porque o seu curso de economia no Chile tá meio estranho. Muitos blogs estão pesquisando o caso.

Serra: - O pior é que já sabem que eu não sou engenheiro, como andei dizendo por aí.

Marqueteiro: - Ah... mas isso o povo esquece.

Serra: - Já falou que eu é que criei o seguro desemprego para os trabalhadores?

Marqueteiro: - Mas isso não é verdade, governador. Como o senhor vive meio desligado, não notou que já havia sido aprovado pela câmara, sancionado pelo então presidente Sarney.

Serra: - Não importa, manda bala assim mesmo. As pessoas vão acreditar em mim. E insista nos genéricos, no Plano Real...

Marqueteiro: Excelência! Os genéricos foram idéia do Adib Jatene, o Real foi da equipe do Itamar, lembra que o FHC era o ministro?

Serra: - Não fale nesse cara de jeito nenhum. Ele espanta votos. Chamou os brasileiros de vagabundos, neo-bobos e caipiras.

Marqueteiro:- Essa do FHC foi terrível, me deixa fora dessa!

Serra: - Faz o seguinte, fale de minha larga experiência.

Marqueteiro: - Se eu for falar nisso, vão lembrar que o senhor nunca completou qualquer mandato para os quais foi eleito.

Serra: - Como assim?

Marqueteiro: - O de deputado constituinte o senhor largou no final. Como senador, com mandato de oito anos, O SENHOR FICOU SÓ SEIS MESES. Como prefeito e governador não cumpriu o mandato até o final...

Serra: - E sobre as estradas?

Marqueteiro: - F I C O U L O U C O???!!!

Serra: - Pô... tá difícil, se eu falar das estradas vão pensar nos PEDÁGIOS, do metrô vão saber que só fizemos 4Km e tem aquele francês da Alstom que soltou propina pra meio mundo em SP... e nós só fizemos 1/3 (um terço) do rodoanel... em 16 anos...

Marqueteiro: - Vamos combinar o seguinte, vamos falar só da terrorista, do medo de comunista e mostrar você sempre sorrindo. Falado?

Serra:- ... E do papai que era um humilde comerciante da Mooca. Mas não vá dizer que ele tinha banca no Mercadão, tá?...

Comentário do Blog: Foi uma mensagem que recebi por e-mail de um grupo de discussão que participo. Embora não conhecendo a origem do suposto diálogo, publiquei neste blog por achá-lo interessante.

Corrigindo o comentário: Um comentário de um leitor fez alerta de que posso ter sugerido de que o diálogao acima possa ter ocorrido de fato, quando se trata de apenas um "diálogo fictício", que jamais ocorreu.  Trata-se de uma crítica política que revela algumas contradições do candidato Serra. Algumas certamente exageradas, porém também trazem elementos de crítica. Peço desculpas caso alguém tenha lido o comentário anterior (que mantenho intacto) e tirado uma conclusão errônea.
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Quem são e para onde irão os eleitores de Marina Silva?

Por Antônio Augusto de Queiroz*, do DIAP

A resposta a esta pergunta será dada pelas pesquisas qualitativas que estão sendo feitas pelos institutos de pesquisa e pelas urnas no dia 31 de outubro, mas já é possível antecipar algumas constatações desse processo eleitoral, que está em fase de decantação. Minha hipótese é de que o peso político de Marina Silva é menor do que os votos que recebeu e que seu partido, o PV, é menor e menos verde que ela.

A senadora Marina Silva foi apresentada pela intelectualidade e pela mídia como a candidata ideal: mulher, religiosa, de origem humilde, comprometida socialmente, defensora do meio ambiente, honesta e sem o suposto radicalismo do PT nem o conservadorismo do PSDB. Seria a terceira via, embora não dispusesse de grande estrutura partidária, tempo de televisão e recursos para uma campanha presidencial.

Com esse perfil, Marina recebeu votos de um eleitorado difuso, que pode se classificado em quatro grupos: 1) o da fadiga, 2) o flutuante, 3) o da revanche ou do troco, e 4) o convicto.

O primeiro grupo, da fadiga, é composto por eleitores que não estão satisfeitos com o PT nem têm saudades do PSDB. Esse grupo descarregou seus votos na Marina menos por convicção e mais por considerá-la uma candidata simpática, honesta, boazinha, que poderia, eventualmente, se converter numa terceira via. Foi falta de opção.

O segundo grupo, o flutuante, foi determinante para levar a eleição para o 2º turno. É composto de eleitores pendulares, que não queriam José Serra, estiveram indecisos um período, declararam votos para Dilma, mas próximo da eleição desistiram e votaram em Marina.

Esse grupo é muito heterogêneo. É formado por eleitores que não gostaram dos escândalos no Governo (quebra de sigilo e episódio da Casa Civil) e também se deixaram influenciar pelos boatos de que a candidata Dilma era a favor do aborto, da união civil de pessoas do mesmo sexo e que teria declarado que "nem Cristo" tiraria sua eleição em primeiro turno.

Especula-se que neste grupo, formado majoritariamente por potencias eleitores de Dilma, inclui-se até gente de partidos da base aliada, que, certo da vitoria da candidata governista, teria (por ação ou omissão) consentido levar a eleição para o 2º turno como forma de reduzir o poder do PT e forçar uma negociação política em novas bases, inclusive com o fortalecimento dessas forças na coordenação de campanha.

O terceiro grupo, o da revanche ou do troco, é formado por pessoas que antes votavam no PT, mas que se sentiram traídas ou chateadas com determinadas políticas públicas ou com a postura das autoridades.

Esse grupo inclui, por exemplo, os aposentados do serviço público que tiveram que pagar contribuição previdenciária, os pensionistas que tiveram redução na pensão, os servidores que não tiveram reajuste, além de pessoas que resolveram punir o PT por suposta arrogância no Governo.

O quarto grupo, o da convicção, é formado pelos eleitores que tem certeza do voto, ou seja, acham que Marina é mais preparada para governar e possui o melhor programa. É um grupo heterogêneo, formado majoritariamente por intelectuais, jovens, por pessoas de classe média alta e também por gente humilde. Seu universo, entretanto, não passa de 5% do eleitorado brasileiro ou um terço dos votos da Marina.

Entre os postulantes à presidência da República, Marina foi poupada pelos dois principias candidatos, José Serra e Dilma Rousseff, ambos interessados em seus votos, na hipótese, que afinal se confirmou, de 2º turno.

Ninguém poderá afirmar, com certeza, para quem irão esses votos, se para Dilma ou Serra, ou, se ainda, serão anulados. O mais provável é que estes votos sejam distribuídos igualmente entre Dilma, Serra e abstenção ou nulos. Neste caso, se Dilma mantiver os votos do primeiro turno e acrescentar mais um terço dos votos dados a Marina terá sua eleição assegurada. É essa a minha aposta.

(*) Jornalista, analista político, diretor de Documentação do Diap e autor dos livros "Por dentro do processo decisório - como se fazem as leis" e "Por dentro do Governo - como funciona a máquina pública"
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Voto em Marina não é ecológico, mas também não evangélico

Por Antonio Luiz M. C. Costa, da Carta Capital

A religião e a legalização do aborto se tornaram os grandes temas nacionais, capazes de decidir os rumos da eleição presidencial, conforme parecem defender alguns comentaristas? Parece-nos antes que isso é um mal-entendido, que se for levado a sério pode distorcer terrivelmente os rumos de campanhas e de programas políticos. Considere-se, para começar, a distribuição geográfica, por atacado, dos votos em Marina.

Como se sabe, os votos de Dilma, assim como os votos de Lula em 2006, concentram-se em um arco leste-norte, que vai do Espírito Santo e norte de Minas ao Amazonas, com centro de gravidade no Nordeste. Os votos de Serra, assim como os votos em Alckmin de 2006, concentram-se em um eixo que sai do Sul, tem o centro de gravidade em São Paulo e se estende ao Mato Grosso, com alguns enclaves nas fronteiras nortistas do agronegócio (interior do Pará, Acre, Roraima). A maior diferença em relação ao quadro do primeiro turno de há quatro anos é que o Rio Grande do Sul, em boa parte, “avermelhou”.

O voto da Marina, tido como “verde” – mas só em um sentido convencional, já que só secundariamente tem algo a ver com ambientalismo e menos ainda com a pequena votação do Partido Verde a cargos no legislativo – concentra-se principalmente na fronteira entre as regiões “vermelha” e “azul”: no Sudeste e Centro-Oeste – Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Goiás, Tocantins – embora também sejam significativas, e muito importantes em termos absolutos, as votações em São Paulo, Paraná e nas metrópoles do Nordeste, nos “corações” políticos dos adversários.

Em grandes números, 25% da votação de Marina veio de São Paulo, 28% dos outros estados do Sudeste, 21% do Nordeste, 11% do Sul (principalmente Paraná), 8% do Centro-Oeste e 7% no Norte – muito pouco, por sinal, de seu estado natal, o Acre. Suas votações mais fracas foram as dos estados mais pobres do Nordeste, Maranhão, Piauí e Alagoas (também Sergipe, exceção nesse aspecto) e dos estados politicamente mais polarizados ou com intensas disputas de terras – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, Rondônia, Pará – onde há menos espaço para conciliação e “terceira via”.

Só por isso, já é de se pensar que Marina ocupa de fato o espaço que reivindicou ao longo da campanha: de um progressismo moderado, uma terceira via “centrista” entre o PT e o PSDB. Impreciso, com certeza, mas igualmente são imprecisas as ideias políticas de uma parcela importante do eleitorado, chamada “nova classe média”, a classe C ascendente.

É uma camada principalmente urbana, que progrediu em relação aos pais pobres e mal educados, tem certa educação, até superior, está decentemente empregada e precisa cada vez menos de programas sociais como o Bolsa-Família, do SUS ou de novos projetos de saúde e saneamento. Ao mesmo tempo, é mestiça, não está à vontade com a “alta cultura”, tem gostos populares e se sabe desprezada pela elite tradicional. Não se identifica totalmente com as prioridades da esquerda – redução da desigualdade e crescimento econômico – mas também não com as da direita – conservação de privilégios disfarçados em competência e meritocracia. Busca um meio-termo que, assim como Marina, não sabe definir com precisão e chama de “mudança”.

É uma camada que se identifica mais com a história pessoal de Marina, uma ex-empregada doméstica alfabetizada pelo Mobral que “subiu na vida”, fez curso superior e uma carreira política pacífica e respeitada, do que com a carreira de um integrante convencional da elite política como Serra ou com o passado combativo de uma ex-guerrilheira como Dilma. Que tem um vago receio do “comunismo” e do MST e se esforça por se diferenciar das “massas” pobres e turbulentas e hesita em dar um cheque em branco a Dilma e ao PT. Não é a parcela da opinião pública mais conservadora, nem a que tem seu voto definido pelo padre, pelo pastor ou pela questão do aborto. Estes provavelmente votaram em Serra.

Esta interpretação se reforça quando se desce ao detalhe dos votos por município. Recife, capital do estado natal de Lula, não tem uma proporção excepcional de evangélicos pelos padrões brasileiros: apenas 17,6%. Mas 37% dos recifenses votaram em Marina (42% em Dilma, 19% em Serra). Já o município pernambucano de Abreu e Lima, o mais evangélico do estado (31,2%) teve 27% de votos em Marina, 52% em Dilma e 15% em Serra.

No Rio de Janeiro, Marina teve 29% em um município de alta concentração de evangélicos (30%) como Belford Roxo, 32% na capital (17,7% evangélica) e 37% em Niterói (15,3% evangélica), enquanto Dilma teve 57%, 43% e 35%, respectivamente, nesses municípios (e Serra 12%, 22% e 25%).

A abstenção acima do esperado explica alguma coisa? Não. Se alguém achou surpreendente que a soma de ausências, votos nulos e brancos no Nordeste tenha chegado a 29,34%, devia pensar de novo, pois no primeiro turno de 2006 foi 27,01%. Esses 2,33% de diferença – mesmo que fossem todos votos em Dilma, o que é muito improvável – não explicam por que a votação nela ficou algo abaixo de 60% nos principais estados, em vez dos mais de dois terços que se chegou a esperar. No conjunto do país, o não comparecimento às urnas foi 16,75% em 2006 e 18,12% em 2010: um aumento de apenas 1,37%.

Pode ser, porém, que os institutos de pesquisa tenham deixado de levar em conta as diferenças históricas de comparecimento entre as regiões ao ponderar as médias nacionais das intenções de voto e com isso tenham superestimado a votação em Dilma. Se fizeram isso, poderiam ter evitado o erro. Nos EUA, como em muitos outros países, as pesquisas sempre indagam ao eleitor se ele pretende votar. O fato de o voto ser teoricamente obrigatório no Brasil não justifica negligenciar o fator abstenção.

O mais importante, porém, é que candidatos, partidos e analistas percebem que a decisão do segundo turno não depende de propaganda religiosa ou anti-religiosa, de se ser contra ou a favor da legalização do aborto, mas de convencer um eleitorado centrista e flutuante, desconfiado tanto da esquerda quanto da direita, de que seus interesses práticos e racionais estão mais de um lado que de outro. É muito mais fácil para Dilma do que para Serra – até porque a vitória de Dilma depende de conquistar apenas 16% do voto em Marina, mesmo sem contar os 1% de Plínio que, no segundo turno, poderão votar nulo ou em Dilma, mas jamais em Serra. Mas superestimar a importância do voto religioso e conservador só vai atrapalhar.

Antonio Luiz M.C.Costa é editor de internacional de CartaCapital e também escreve sobre ciência e ficção científica
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Dois pesos

De Maria Rita Kehl - O Estado de S.Paulo

Este jornal teve uma atitude que considero digna: explicitou aos leitores que apoia o candidato Serra na presente eleição. Fica assim mais honesta a discussão que se faz em suas páginas. O debate eleitoral que nos conduzirá às urnas amanhã está acirrado. Eleitores se declaram exaustos e desiludidos com o vale-tudo que marcou a disputa pela Presidência da República. As campanhas, transformadas em espetáculo televisivo, não convencem mais ninguém. Apesar disso, alguma coisa importante está em jogo este ano. Parece até que temos luta de classes no Brasil: esta que muitos acreditam ter sido soterrada pelos últimos tijolos do Muro de Berlim. Na TV a briga é maquiada, mas na internet o jogo é duro.

Se o povão das chamadas classes D e E - os que vivem nos grotões perdidos do interior do Brasil - tivesse acesso à internet, talvez se revoltasse contra as inúmeras correntes de mensagens que desqualificam seus votos. O argumento já é familiar ao leitor: os votos dos pobres a favor da continuidade das políticas sociais implantadas durante oito anos de governo Lula não valem tanto quanto os nossos. Não são expressão consciente de vontade política. Teriam sido comprados ao preço do que parte da oposição chama de bolsa-esmola.

Uma dessas correntes chegou à minha caixa postal vinda de diversos destinatários. Reproduzia a denúncia feita por "uma prima" do autor, residente em Fortaleza. A denunciante, indignada com a indolência dos trabalhadores não qualificados de sua cidade, queixava-se de que ninguém mais queria ocupar a vaga de porteiro do prédio onde mora. Os candidatos naturais ao emprego preferiam viver na moleza, com o dinheiro da Bolsa-Família. Ora, essa. A que ponto chegamos. Não se fazem mais pés de chinelo como antigamente. Onde foram parar os verdadeiros humildes de quem o patronato cordial tanto gostava, capazes de trabalhar bem mais que as oito horas regulamentares por uma miséria? Sim, porque é curioso que ninguém tenha questionado o valor do salário oferecido pelo condomínio da capital cearense. A troca do emprego pela Bolsa-Família só seria vantajosa para os supostos espertalhões, preguiçosos e aproveitadores se o salário oferecido fosse inconstitucional: mais baixo do que metade do mínimo. R$ 200 é o valor máximo a que chega a soma de todos os benefícios do governo para quem tem mais de três filhos, com a condição de mantê-los na escola.

Outra denúncia indignada que corre pela internet é a de que na cidade do interior do Piauí onde vivem os parentes da empregada de algum paulistano, todos os moradores vivem do dinheiro dos programas do governo. Se for verdade, é estarrecedor imaginar do que viviam antes disso. Passava-se fome, na certa, como no assustador Garapa, filme de José Padilha. Passava-se fome todos os dias. Continuam pobres as famílias abaixo da classe C que hoje recebem a bolsa, somada ao dinheirinho de alguma aposentadoria. Só que agora comem. Alguns já conseguem até produzir e vender para outros que também começaram a comprar o que comer. O economista Paul Singer informa que, nas cidades pequenas, essa pouca entrada de dinheiro tem um efeito surpreendente sobre a economia local. A Bolsa-Família, acreditem se quiserem, proporciona as condições de consumo capazes de gerar empregos. O voto da turma da "esmolinha" é político e revela consciência de classe recém-adquirida.

O Brasil mudou nesse ponto. Mas ao contrário do que pensam os indignados da internet, mudou para melhor. Se até pouco tempo alguns empregadores costumavam contratar, por menos de um salário mínimo, pessoas sem alternativa de trabalho e sem consciência de seus direitos, hoje não é tão fácil encontrar quem aceite trabalhar nessas condições. Vale mais tentar a vida a partir da Bolsa-Família, que apesar de modesta, reduziu de 12% para 4,8% a faixa de população em estado de pobreza extrema. Será que o leitor paulistano tem ideia de quanto é preciso ser pobre, para sair dessa faixa por uma diferença de R$ 200? Quando o Estado começa a garantir alguns direitos mínimos à população, esta se politiza e passa a exigir que eles sejam cumpridos. Um amigo chamou esse efeito de "acumulação primitiva de democracia".

Mas parece que o voto dessa gente ainda desperta o argumento de que os brasileiros, como na inesquecível observação de Pelé, não estão preparados para votar. Nem todos, é claro. Depois do segundo turno de 2006, o sociólogo Hélio Jaguaribe escreveu que os 60% de brasileiros que votaram em Lula teriam levado em conta apenas seus próprios interesses, enquanto os outros 40% de supostos eleitores instruídos pensavam nos interesses do País. Jaguaribe só não explicou como foi possível que o Brasil, dirigido pela elite instruída que se preocupava com os interesses de todos, tenha chegado ao terceiro milênio contando com 60% de sua população tão inculta a ponto de seu voto ser desqualificado como pouco republicano. Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos.
 
Comentário do Blog:

Você que acreditou naquela manifestação recheada de oposicionistas ao governo Lula na defesa da liberdade de imprensa ocorrida no Largo São Francisco, apoiada pelos grandes jornalões, o Estadão à frente, não será fácil entender o que é liberdade para essa gente. Um mero ato de campanha eleitoral. Afinal, como explicar agora que o Estadão demite uma jornalista por escrever um artigo que simplesmente coloca a verdade no devido lugar, embora seja indigesto para a turma oposicionista.

Mesmo que discorde do teor da matéria, a verdadeira liberdade de imprensa deveria garantir o direito à diversidade de opiniões. Se o jornalista não tem liberdade para exercer sua profissão, como podemos classificar a imprensa de livre.

O jornal quando explicitou seu apoio ao candidato José Serra fez questão de afirmar que isso não significava interferência no conteúdo da cobertura jornalística. Talvez seus profissionais tenham acreditado naquela lorota. Porém, na primeira matéria que trata de dar um equilíbrio à produção jornalística, o Estadão simplesmente pune a jornalista com a demissão.

Agora vocês entendem o significado de liberdade de imprensa para Estadão/Folha/Veja/Globo, bem como para os DEMOS-TUCANOS.

Lembrete: Poucos dias atrás, Andréia Neves, irmã de Aécio Neves, reuniu-se com o jornal Hoje Em Dia, de Belo Horizonte. Logo após a reunião, o editor de Política do jornal, Orion Teixeira, foi demitido, depois de 20 anos no cargo. O jornalista tinha reformulado a linha editorial que culminou com a produção de matérias investigativas. Curiosamente, após a vista de Andréia Neves, o jornal voltou a fazer matérias de apoio a Anastasia e Aécio.
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AGORA VAI: PALHAÇO PIRULITO APOIA SERRA

Só faltava esse apoio...

E quem afirma não é um apenas mais um "blog sujo e pé-de-chulé": é nada menos que a Veja, o panfleto semanal da nova UDN.

Na falta de fatos novos que possam turbinar a candidatura já-era do Zé Mentira, Veja se supera: noticia o apoio, a Serra, do Palhaço Pirulito, de São Paulo, o qual se disse "eleitor tucano desde sempre". Talvez aí resida uma das razões do sucesso de Zé Chirico: o preferido dos palhaços.

Aliás, na mesma matéria, Veja registra que Zeca Lúnia disse que "O Brasil precisa de um governo de mãos limpas." Certamente não serão as dele, borradas (eufemisno elegante), depois daquela ligação para o Dr. Gilmar pedindo uma forcinha para azarar o voto dos sem-diploma.

A pérola foi descoberta pelo "indormível" Cloaca News.
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DEPOIS DAS PESQUISAS CNT/SENSUS E CNI/IBOPE, DATAGOLPE RECUA

Bastou a publicação, ontem, das pesquisas CNT/Sensus, onde Dilma aparece com 47,5% (54,7% válidos) e CNI/IBOPE, na qual a candidata petista figura com 50% (55% válidos) e da pesquisa dária Vox Populi/iG/Band, na qual Dilma tem 49% (56% válidos), o Datagolpe teve que voltar atrás e divulgou, no ínicio da madrugada, pesquisa onde Dilma aparece com 47% (52% válidos). Mesmo assim, o a gente do PIG não perdeu o foco: informa ainda que, considerando a margem de erro, "o resultado da pesquisa indica que a eleição poderia não ser decidida no próximo domingo, e ainda ir para o segundo turno." eles não desistem.

Constando que sua nova arma, Marina, não mostrou a potência desejada, as forças do atraso, que têm no PIG a única arma para tentar levar a eleição para o segundo turno (ganhando tempo para novas baixarias), tiveram que recuar, para evitar (como se isso ainda fosse possível), uma desmoralização ainda maior.

Mas não adianta: Dilma liquidará a todos eles ainda no primeiro turno.


NO RIO GRANDE DO SUL

A pesquisa do mesmo instituto registra, no RS, que Tarso Genro tem 45% (52% válidos) contra 25% de Fogaça e 15% de Yeda, ou seja, aqui também a eleição poderá ser decidida já no domingo.
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PARA JORNAL INGLÊS, DILMA ENFRENTA O "ENFADONHO"

Trecho de artigo do jornal inglês “The Independent”, originalmente publicado no Brasil pela “CartaMaior”, reproduzido do blog "O Escrevinhador".


Aqui os jornalões não dão uma linha...
"A mulher mais poderosa do mundo começará a andar com as próprias pernas no próximo fim de semana. Forte e vigorosa aos 63 anos, essa ex-líder da resistência a uma ditadura militar (que a torturou) se prepara para conquistar o seu lugar como Presidente do Brasil.

Como chefe de estado, a Presidente Dilma Rousseff irá se tornar mais poderosa que a Chanceler da Alemanha, Angela Merkel e que a Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton: seu país enorme de 200 milhões de pessoas está comemorando seu novo tesouro petrolífero. A taxa de crescimento do Brasil, rivalizando com a China, é algo que a Europa e Washington podem apenas invejar.

Sua ampla vitória prevista para a próxima eleição presidencial será comemorada com encantamento por milhões. Marca a demolição final do “estado de segurança nacional”, um arranjo que os governos conservadores, nos EUA e na Europa uma vez tomaram como seu melhor artifício para limitar a democracia e a reforma. Ele sustenta um status quo corrompido que mantém a imensa maioria na pobreza na América Latina, enquanto favorece seus amigos ricos."

Clique aqui para ver a matéria completa no Escrevinhador.
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SERRA CONFESSA: A DIREITA NÃO VOLTA TÃO CEDO

Eles sabem que a viagem será longa... 

A última fala do Zé Mentira no debate desta noite da Record foi relevadora: quando já estava nas despedidas, o candidato da nova UDN, ao pedir votos, disse que esta eleição vai definir o futuro do Brasil por muitos anos.

Na verdade, esta aparentemente inofensiva observação explica o desespero da direita, que impotente na construção de um candidato que convencesse a população para os seus propósitos, vê na eleição de Dilma o adiamento do seu desejo de voltar a usufruir do poder para a locupletação fácil com que estiveram acostumados até oito anos atrás.

Ocorre que a direita tupiniquim apostava cegamente que, com a impossibilidade de Lula se candidatar novamente, o ciclo dos governos do PT estaria encerrado.

Inclusive já festejavam desde o início do ano, quando o esquizofrênico Montenegro, do Globope, cantava desde então a eleição de Serra no primeiro turno.

Apostavam no fato de Dilma nunca ter disputado uma eleição, que ela era apenas um fantoche de Lula, que ela era autoritária, mandona, etc, etc.

Ledo engano. Dilma, além de não esconder que sua candidatura tem seu fundamento no sucesso do governo  e na liderança de Lula, também demonstrou estar preparada para sucedê-lo: profunda conhecedora dos programas do governo e das questões do Brasil, ela ainda se mostrou uma candidata com personalidade própria.

O pânico da direita, traduzido pelas atabalhoadas ações veiculadas pela velha mídia, tem sua razão: a eleição de Dilma representa a possibilidade de continuidade do projeto de governo de avanços sociais liderado pelo PT por bem mais que apenas quatro anos.

E  sabe que, igualmente, o fundamento desta contituidade é sólido: nunca na história deste País a população, indistintamente considerada - ao contrário do que sempre ocorrera desde o governo Vargas - teve um protagonismo na definição das ações de um governo nacional: milhões saíram da pobreza, milhões puderam comprar sua primeira casa, seu primeiro automóvel, os eletrodomésticos desejados até então apenas através das vitrines das lojas, milhares puderam chegar à universidade.

Eles sabem que, se Dilma ganhar a eleição, tão cedo eles não voltam. Serra, sem querer, confessou de revesgueio.
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