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Funcionários da TVE elaboram propostas para os candidatos ao governo do RS


Os funcionários da TVE/RS e da FM Cultura (Fundação Piratini) realizarão seminário neste sábado, 29/05/10, das 14h às 17h30min, no Sindicato dos Radialistas (Barão de Teffe, 252), para elaborar um conjunto de propostas a serem entregues aos candidatos ao governo do Rio Grande do Sul e a suas coordenações de campanha. Nosso objetivo é incidir em seus planos de governo.

As discussões serão organizadas em quatro eixos:

1) Gestão

2) Financiamento

3) Programação

4) Avanço Tecnológico

Discussões prévias já vêm sendo realizadas nos diversos setores da Fundação Piratini, partindo de uma macroanálise para uma microanálise. Estamos: a) Salientando o que está bom; b) Listando o que não está bom; c) Apontando potencialidades não aproveitadas nas emissoras.

Os debates se basearão na experiência dos profissionais e no conhecimento já produzido no campo das TVs e rádios públicas. Com foco em nossos públicos, buscaremos avançar na qualificação da programação, entendendo que precisamos vencer os problemas de gestão (ingerência governamental, descontinuidade, entre outros), financiamento (diversificar as fontes) e estagnação tecnológica.

Ao final dos trabalhos, no sábado, produziremos um documento a ser entregue às candidaturas, com proposições de uma TVE e uma FM Cultura significativamente melhores do que temos hoje.

Fonte: Fórum TVE/RS FM Cultura
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Encontro da Setorial de Cultura PT/RS

Clicar nas imagens para ampliá-las.
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Ressaca Cultural

Passada a euforia de mais uma Virada Cultural, chegou a hora d'A CORTIÇA revirar seu estômago (mas não da mesma forma que revirou durante a parte do evento que ocorreu centro da cidade).

A Virada já é tida como o maior evento cultural da cidade de São Paulo. E, de fato, coloca mais gente para ocupar a rua que o carnaval. Por meio da Virada temos acesso a algumas apresentações que dificilmente pagaríamos menos de 300$ trocados para prestigiá-las. Além disso, dá uma boa visibilidade para diversos artistas que transitam fora do cricuitão mainstream e que sofrem para conseguir promover um pouco mais seu trabalho honesto. Mas há uns cabos dando curtos no meio de toda essa parafernália.

 Polícia Militar sacode e balança ao som empolgante
dos Racionais na Virada Cultural de 2007
 
PÃO E CIRCO ROMANO NA BABILÔNIA PAULISTANA

Qual o sentido de concentrar tamanho número de apresentações artísticas e culturais em um único fim de semana?  E o resto do ano, não é importante? Qualquer lógica menos eleitoreira descentralizaria a programação ao longo de meses de atividades culturais gratuitas disseminadas por toda a cidade para se complementarem, e não para conflitarem. Porém, concentrada num evento megalomaníaco panis-et-circenses que dura algumas horas, temos uma festa cujo único objetivo é dar a sensação de que a administração pública realmente investe em cultura (obviamente, reduzindo-a a um grande espetáculo faraônico).

Cresce ano após ano a verba da Secretaria Municipal de Cultura gasta com essa festa. De acordo com a Folha, os programas da Secretaria (de manutenção de corpos artísticos a patrocínio) somam, em 2010, R$ 73 milhões. Estima-se que, desse valor, no máximo R$ 10 milhões se destinem à Programação. Ou seja, a Virada consome, em um dia, o que outras áreas têm para gastar no ano todo.
 

Como sabemos, a Virada desse ano foi uma das armas do prefeito Kassab, o Sujo, para tentar reverter as péssimas avaliações que seu governo sofreu no começo do ano de 2010. Vale dizer, aliás, que desde a sua cassação a grande mídia não mais deu atenção ao prefeito. 

Coincidentemente, essa mesma grande mídia corporativa, primando sempre por retratar os fatos de forma objetiva e imparcial, desde sua reuniãozinha "Comando Delta" no Insituto Millenium, não mais fustigou o Kãossab como fez há alguns meses. Será que eles finalmente perceberam que isso pode afetar o desempenho de Serra, o Terrível, na campanhas eleitorais? Inclusive, o longo do maio, obervamos o retorno de Kassab às campanhas publicitárias, com propagandas que mostram como que sua incrível administração pública foi resultado da parceira com Serra, o Terrível.

E é nesse cenário de filme de terror que se insere a Virada Cultural de 2010 (importantíssimo ano eleitoral). Duas semanas antes do evento, Kassab aumentou em 54% o gasto com a Virada aprovado pela Câmara Muncipal no fim de 2009. Inicialmente, o custo aprovado seria de R$ 5 milhões. Entretanto, por meio de um decreto do prefeito (publicado no Diário Oficial em 03 de maio), o valor foi alterado para R$ 8 milhões, um aumento de 78% em relação aos R$ 4,5 milhões gastos em 2009. 

Portanto, a Virada deste ano saiu pela "bagatela" de R$ 8 milhões. E não podemos esquecer de outra tacada certeira da gestão do Kassab: desse valor mencinado acima, R$ 2,7 milhões foram retirados do dinheiro que seria utilizado para reformar a Praça Roosevelt (no centro). Sim! A Pça Roosevelt dos teatros e do abandono! A praça que a Emurb (Empresa Municipal de Urbanização) diz que vai reformar há 11 anos! A mesma praça em que no fim do ano passado quase mataram o Mário Bortolotto e o Carlos Carcarah

 Praça Roosevelt detonada até mesmo para um rolezinho de skate

Na época da desgraça na praça, a prefeitura acionou o "kit-tragédia" (traduzinho: anúncio vazio de medidas  impactantes  e midiáticas a serem tomadas imediatamente após alguma tragédia que comova a opinião pública, de forma a demonstrar que as autoridades públicas estão tomando as devidas providências). E, obviamente, assim como em qualquer momento em que o kit-tragédia é acionado, passado algum tempo não há qualquer problema resolvido. Ao contrário, ele é agravado. Retira-se R$ 2,7 milhões do dinheiro que seria utilizado para tentar solucionar uma percela do problema e se utilizam dessa verba para inflacionar as atividades em ano eleitoral

VIRADA CULTURALMENTE ELEITOREIRA

Em entrevista à Folha, falando sobre a Virada, o secretário municipal de cultura, Carlos Augusto Calil, afirma que "Não tem como associá-la a uma questão política". Ainda de acordo com o secretário, "os políticos não sobem nos palcos. E nas campanhas para prefeito nenhum candidato falou em mudar ou não fazer a Virada." 

Carlos Augusto Calil e Andrea Matarazzo trocando figurinhas carimbadas

Oras, desculpe se parecer muito ingênuo, mas se o evento não tem um caráter eleitoreiro, então o que estavam fazendo em um dos shows mais importantes da Virada desse ano (dos cubanos Barbarito Torres e Ignacio Mazacote), sendo filmados pela TV Cultura, o prefeito Kassab, o próprio Augusto Calil e o novo presidente da TV Cultura, João Sayad, assistindo à apresentação na primeira fila? 

Isso sem contar a atuação inusitada das pessoas contratadas para distribuir no centro da cidade os panfletos com a programação da Virada que, em vez de dizer "Amanhã, Virada Cultural" ao balançar o papel, girtavam "AMANHÃ, METRÔ DE GRAÇA".... Notável!

E, afinal, se realmente não tem caráter eleitoreiro, por que diabos Serra, o Terrível, estava por lá fazendo campanha? Dizendo que, se for eleito, pretende implantar a Virada no país inteiro. Afinal, de acordo com o vampiro, "a Virada leva cultura e mobiliza a classe artística, só aqui nesse evento são cinco mil artistas." Será que o STE vai multar Serra, o Terrível, por fazer campanha eleitoral antecipada também?

SWING NA SECRETARIA DE CULTURA

Indo além dessa metrópole acabada, a Secretaria da Cultura do Estado acaba de trocar seu secretário. Até o final de abril,  quem controlava a pasta era João Sayd. Como se sabe, Sayad nunca teve nenhum vínculo com a área cultural. Ex-presidente do Banco Inter-American Express, Sayad é doutor em Economia pela Universidade de Yale, professor pela FEA-USP. Ele foi ministro do Planejamento do Sarney, secretário de Finanças e Desenvolvimento Econômico da cidade de São Paulo e secretário da Fazenda na gestão Franco Montoro e do município de São Paulo durante a administração de Marta Suplicy. No ano de 2006, deixou a vice-presidência de Planejamento e Administração do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

E a cultura nisso tudo? Não há! Nunca houve. Apenas números, cifrões e, claro, muito lucro. E, após o singelo convite do governador da época, Serra, o Terrível, assumiu, em 2007, a Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. No final de abril, entretanto, Sayad decidiu sair da pasta para concorrer à presidência da Fundação Padre Anchieta, que controla a TV Cultura. E, obviamente, repleto de amiguinhos tucanos  influentes, Sayad tornou-se o atual presidente da Fundação Padre Anchieta. O que será que espera a Fundação agora? Fácil deduzir! A CORTIÇA já tratou sobre a forma como ele controlou a Secretaria de Cultura do Estado, mas aviso desde já: tire as crianças da sala! Leia aqui como privatizar e prevaricar o dinheiro público!

 
 João Sayad batucando feliz da vida, pois agora controla diretamente uma emissora de TV
 
A swingada foi a seguinte: quando o Alckmin ganhasse para governador de SP nas próximas eleições (já que não tem concorrentes) o Sayad ficaria desempregado, pois esses dois tucanos não se bicam. Aproveitaram então que o Serra não se bica com o Markun e cortaram as asas desse outro tucano. E foi aí que o Sayad pode colocar suas asinhas tucanas de fora!

Mas então, quem ficou com a Secretária de Cultura do Estado? Oras, nesse swing todo, o premiado foi ninguém mais, ninguém menos, que o digníssimo (espero que já tenha tirado as crianças da sala) empresário Andrea Matarazzo! E completando o quadro desse swing, a adjunta do Matarazzo será a tucaníssima e televisia Soninha Francine. Para o time ficar completo, só falta arrumar cargos para o Gilberto Dimenstein  na Secretaria de Comunicação, para o Demétrio Manoli na Secretaria de Educação, e para o César Giobbi na Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo! Nessa seleção nem mesmo o Dunga pensou! Socorrooo!!!

Mas e o Matarazzo? Poizé, ele é um dos principais quadros do PSDB. É administrador de empresas formado pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). No setor público tucanou no cargo de Secretário de Coordenação das Subprefeituras de São Paulo até 2009. Também foi Subprefeito da Sé (2005-07) e Secretário Municipal de Serviços de 2005 a 2006, sob a gestão de Serra, o Terrível. Exerceu o cargo de Embaixador do Brasil na Itália (2001-02) e Ministro-Chefe da Secretaria de Comunicação de Governo da Presidência da República (1999-2001), na presidência do ex-príncipe FHC.
 
Quando Kassab assumiu a administração municipal, Matarazzo perdeu muito de sua força. Sua relação com o prefeito, que nunca fora das melhores, deteriorou-se em disputas de poder interna à prefeitura, culminando na saída de Matarazzo da Secretaria das Subprefeituras em setembro de 2009.

   Matarazzo na capa do boletim semanal do tucanato paulistano.
Ora acompanhado por Serra, o Terrível, ou por Arnaldo Jabosta, 
Matarazzo sempre tomou cuidado com as más companhias


Ao longo de sua gestão no município houve permanentes conflitos ligados a sua forma preconceituosa e elitista de conduzir os problemas da cidade. Suas ações promoveram distúrbios na região central contra a população de baixa renda, contra os trabalhadores informais (ambulantes, catadores, etc.), praças sendo cercadas por grades e obras como "rampas anti-mendigos". Ainda jogou asfalto sobre passarelas de pedestres priorizando uma cidade para carros. Destruiu ocupações urbanas, fortalecendo a especulação imobiliária e, defensor de políticas higienistas, ao se referir à "revitalização" do bairro da Luz, disse "Adoro problema! Vamos limpar a cracolândia!". Como Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Comunicação na Presidência de FH (1999 – 2001), proibiu uma entrevista do líder do MST, João Pedro Stedile, na Rede Pública de TV.
 
Pergunta para o Arnaldo Jabor se é isso que ele chama de aparelhamento do Estado? Sob a gestão do PSDB, a Secretaria de Cultura virou uma grotesca casa de swing, onde eles trocam os cargos entre os amiguinhos, favorecem aos seus, sempre gastando o nosso! O que podemos esperar do Matarazzo é o mesmo que vimos do Sayad: açougueiros soltos em hospitais, banqueiros administrando o dinheiro público.

É como se houvesse um vampiro cuidando de nossos pescocinhos!

[OBS: A CORTIÇA vai tratar também sobre privatização da cultura em nível federal, mas isso fica pra depois, pois esse post já está muito extenso e, além disso,  já deu no saco ficar escrevendo! Não deixe de acessar constantemente o blog mais firmeza do quarto andar do meu prédio: A CORTIÇA]
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The U.S. vs John Lennon

Domingo à noite é sempre fantástico! Rolezinho, cineminha e tudo mais! Em cartaz, o documentário "The U.S. vs John Lennon" (2006), dirigido por David Leaf e John Scheinfeld! Delííícia.

Por meio de imagens de época, entrevistas incríveis com uma galera de peso, music, music and good fucking music, mergulhamos em um retrato muito bem feito sobre o que foi a contra-cultura dos anos 60 e 70,  respiramos junto com aquelas pessoas da tela a importância artística e política de John Lennon em um dos momentos mais traumáticos do século XX. 

Se no Brasil a temperatura estava sufocante e o ar irrespirável por conta dos Anos de Chumbo, nos EUA a situação definitivamente não estava muito melhor. Eram os anos de Richard Nixon (1969-74).
 
Massacre de Ken State, em 04 de maio de 1970.
Na passeata anti-guerra, a Ohio National Guard abriu fogo contra estudantes desarmados.
Quatro foram assassinados. Outros nove feridos (sendo que um ficou paralítico).
E um presidente ficou bem satisfeito.

E é o próprio John Lennon quem afirma por diversas vezes: "o flower-power acabou.  É necessário construir algo novo". Como sabemos, trata-se de um John bem diferente da época da beatlemania.

Pois é... os Beatles...

Assim como a maior parte do pessoal da minha idade (ou seja, vinte e alguma coisa), passamos a gostar mais de Beatles quando, na surdina, surrupiamos os LPs dos nossos pais. Porém, passada a curtição inicial, vem  aquela decepção do tipo "pô, mas eles só falam de amor e tal?!"

Até que em um belo dia, sob óbvia influência das más companhias, você fica sabendo que os anos 60, o Bob Dylan e o Dr Robert salvaram tudo! E aí toda sua visão sobre os caras é alterada. Digamos que as portas da percepção se abrem para novas sinestesias auditivas!

[Aliás, pausa: é incrível como a tal da beatlemania da mídia mainstream camufla a fase mais lisérgica e madura da banda (prefere insistir em clichês inofensivos dos "garotos de Liverpool" colocando as meninotas para gritar e desmaiar).]

Estariam essas fãs insandecidas em frenesi incontrolável devido à barba do Maharishi Mahseh Yogi?

Poizé! Nessa hora seu interesse pelo trabalho deles se expande, encontram-se mensagens escondidas nas capas, nas letras, até rodando o disco de trás pra frente e esse papo todo. Pesquisando um pouco mais, vai ficando óbvio o porque dos documentários mais interessantes terem como alvo o John, e não o Paul (que  depois tomou um olé até do Michael Jackson).

Mas eis que surge uma tal de Yoko Ono! E ainda hoje ela é apresentada por muitos como  a seca-pimenteira responsável pelo fim do time. Olha, em minha opinião, os maiores crimes dela são suas "performances" "artísticas", tão "conceituais" quanto aquele modelito do chapéuzinho de lado e óculos na ponta do nariz que ela insiste em usar em qualquer aparição pública hoje em dia.

Performance "Cut Piece" de Yoko Ono (Kyoto, 1964).
Minha veia rude-boy prefere chamar de "Cut It Off"!

Bom, qualquer leitura menos fanática da trajetória dos Beatles percebe logo que de Eva a Yoko não teve nada, pois eles não estavam no Paraíso já fazia um certo tempo.

O fato é que nessa época John assume totalmente um caminho bem mais interessante que os demais do grupo. E sem muitas delongas, é aí que o documentário começa. Olha só esse trailer



Ah, se não confia em trailers, veja um dos trechos mais intensos do filme aqui.

Será que o Paul fica pensando "por quê não fazem um filme assim sobre mim"?... Por quê será, hein?


Trata-se, sim, de um documentário excelente e envolvente. No meio de imagens e músicas magistrais da época, o filme conta com depoimentos de gente como Noam Chomsky, Angela Davis, Tariq Ali, Bobby Seale entre outros. Enfim, se quiser ver o filme inteiro, é só pegar aqui embaixo de se divertir à vontade.


 Fui, Vi e Curti! (como isso ficaria em latim?)

A trilha sonora muito bem compilada do filme está no Ninho Musical. Mas se estiver com um pouquinho de pressa, pegue aqui embaixo.



E, gente, depois de ver o filme e ouvir esse álbum, só não vale chorar, hein! (... pelo menos não sozinho)
Divirtam-se!
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Páscoa Profana em Ouro Preto

Sim! Ouro Preto!

Na Páscoa, neste país lugar melhor não há!

Em atividade educacional (sim, acreditem) levamos uma galera sedenta por conhecimento para conhecer Ouro Preto! Delííícia...

Naquela mistura bem barroca, deixamos o sagrado de lado e ficamos só com o profano!

Ouro Preto continua linda! A cara do Brasil! No centrinho histórico para turistas gastarem seus euros e dólares há muita beleza e instituições monumentais. Ao redor, morros, morros e mais morros... Até que ponto essa parte da cidade se beneficia do turismo?

Tá bom! Sem panfletagem dessa vez! Mas uma vez lá, cuidado para não deixar a beleza das igrejas cegar sua percepção da segregação!

Em todo caso, flagrem essas fotos



Batman, Robin e Tiradentes. 
Foto da Lu

 Ladeira para subir de joelhos e pagar os pecados no caminho para Santa Ifigênia! 
Foto da Lu

"Vinde a mim os famintos e os aflitos: eu os aliviarei"!
Doze apóstolos ouvindo sabiamente seu líder messiânico.
Foto da Lu

Tapetes de serragem colorida para a procissão. Parece Clube da Esquina.
Foto da Lu

Meu bródi Cramulhão explicando como sobreviveu à repressão aos inconfidentes, 
mas depois não resistiu e foi derrubado por duas cachaças!

Mais um fim de tarde no escritório.
Foto da Lu

Esgueirando-se pelas vielas e ladeiras! 
Igreja de São Francisco vista da rua debaixo.

Ouro Preto por la noche!
O que você não faria para estar lá exatamente agora?

Malditos rastas sacrílegos profanaram a procissão!
Foi-se o tempo em que atear fogo em tudo era privilégio da Inquisição!

Museu da Inconfidência, ou guia dos perdidos e desorientados numa madrugada on the rocks!

Em Ouro Preto, "Veni, Vidi, Vici"! Foi tão pecaminoso que até voltei doente!

Aliás, só para não perder o tom sacrílego de cada dia e para encerrar a Páscoa com chave de ouro, recomendo que você assista a uma das melhores reconstituições já feitas sobre a vida de Jesus: A Vida de Brian!

Sim! Monty Python's "Life of Brian"

Comédia extremamaente ácida, no melhor estilo do Monty Python, não sobra nada sem ser criticado!: o imperialismo, a esquerda burocratizada, as religiões, a fé e a esperança, eles mesmos, etc.

Se você ainda não redimiu os pecados, cuidado! Pague a indulgência aqui embaixo e salve sua alma!


E tenham todos um feliz Natal!
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Daime, força!!!

Estava produzindo um artigo para postar aqui no blog que iria mudar os rumos do Brasil.

Mas como nessa semana este país tão moderno, tão progressista (tão "pra frente" que lembra até minhas tias beatas e carolas de Poços de Caldas) entrou em uma onda histérica débil mental contra o daime, resolvi publicar algo diferente do que havia pensado originalmente.




"ONDA HISTÉRICA  DESMIOLADA ANTI-DAIME ASSOLA O PAÍS"

Essa deveria ser a manchete do jornal, a abertura do Fantástico, a chamada do Datena!!

Daqui a pouco vai ter polícia metendo o pé na porta nos cultos pelo Brasil e (o que me dá mais medo) com muita gente aplaudindo.

Postura mais digna de ódio a dessa elite e seus meios de comunicação que se aproveitam de qualquer desgraça não cicatrizada para explorá-la comercialmente e, ainda por cima, moldar grande parte da sociedade para que seja ainda mais preconceituosa e doentia.


 
Bom, só nos resta deixar alguns olhos roxos antes de cair! Velost Wamba, my old bróda, passou para mim um relato bem interessantes sobre o Daime e o bom e velho Glauquito.

O artigo é "O dia em que eu tomei daime com o Glauco".

E por fim, a Carta Capital soltou um artigo bem importante também sobre esse assunto chamado "Daime Expiatório"!

Ambos merecem sua leitura!!
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Glauco in the Sky with Diamonds

 Glauco e Henfil, por Simon

E mataram o Glauco... Socorro! Tanta gente podre viva por aí, tanta gente que prejudica a vida de toda a gente .... E mataram logo o Glauco.

Sabe no filme "Cidade de Deus", quando o Cenoura fala por cara que matou o Bené: "Tu matou o malandro mais sangue-bom do morro"..... A sensação é exatamente essa.

Eterno Glauco, por Caio Schiavo

Jamais pensei que fosse ficar realmente triste com a morte de alguém que eu só tinha visto aqui e ali, mas nunca trocado um "a"... Assim como a morte de um parente ou de um camarada, custo para acreditar no que está rolando mesmo, fica um sentimento de "não é possível", uma vontade de fingir que não aconteceu isso... Mas não dá... é vida que vai, não volta ninguém.

Como a maioria do pessoal da minha idade (vinte e poucos, hehe), comecei a ter contato com o Glauco por meio do Geraldão e Geraldinho. E, na real, não gostava muito não. Aliás, podem até me atirar pedras, mas das charges do Glauco que tratavam meramente sobre comportamento, acho que eu curtia só os Neuras. Os demais personagens, sei lá, não faziam minha cabeça não.

Para mim, o lado incrivelmente bom do Glauco era o que falava sobre política apodrecida, sociedade apodrecida e outras mazelas do cotidiano apodrecido. Quando descobri esse lado dele, na Chiclete com Banana e na Revista Careta (a da década de 80) minha visão do seu trabalho mudou totalmente. Um humor ácido demais (e sendo o Glauco, nem tinha como ser diferente)! Dedo no olho demais! Era (e ainda é) sempre esse lado que buscava nos trabalhos dele.

E logo alguém que você admira tanto, morre de uma forma tão desgraçada, estúpida, numa situação doentia para qualquer um, mas que dá ainda mais angústia e perplexidade quando acontece com alguém que você sente uma baita afinidade com as idéias.

Glauco e Henfil, por Caio


Dá muita tristeza também ver como o assunto é tratado pela mídia. Não só pelo fato de que os jornais ficaram o dia inteiro explorando a morte para exigir mais repressão policial sobre a sociedade, como se isso acabasse com a violência urbana. Aliás, novamente aquelas pombas brancas da paz típicas da classe média começam a voar por aí, sem saber pra onde vão, nem pra quê e muito menos como chegam lá, aliás não sabem nem como pousar e nem o que significa essa tal de "paz" pela qual elas tanto batem suas asas.

Mas também dá tristeza por conta dos urubus que não esperam nem o cadáver esfriar para começar a lucrar em cima. Exemplo mais carniceiro de todos só podia ser da Folha. Além de usar a morte de Glauco para faturar ainda mais com as vendas da livraria do jornal, na sua manchete sobre o assunto não deixou por menos: "Cartunista DA FOLHA, isso mesmo, DA FOLHA, OUVIRAM BEM, DA FO-LHA, Glauco (da Folha) é baleado e morre aos 53 anos".... que desgosto... Sem contar o fato de que a grande mídia corporativa está com essa tendência de lembrar apenas das charges mais "inofensivas", sobre sexo e curtição basicamente... E até o próprio José Serra enclausurou o pobre Glauquito sob um rótulo de "crítico dos usos e costumes"... Seria só isso mesmo, Vampirão Gripado?

Agora, o que não gera apenas tristeza, mas provoca até fúria, são os comentários postados na Internet, em matérias da Folha, Estadão, na comunidade do Glauco do Orkut e etc. Um bando de cretinos de todas as estirpes, latindo toneladas de retardadices mentais, utilizando-se da morte do Glauco para vomitar seus preconceitos e sua burrice intrínseca de classemedianos... Se você já está perdendo seu tempo lendo isso aqui, nem se aventure por essas bandas, pois há risco da úlcera ser bombardeada!

Mas chega desse lero-lero! Visitem o blog do Universo HQ, que está fazendo uma homenagem fantááástica ao Glauco, de onde retirei esses desenhos aí de cima.

Aliás, o cabo do scanner sumiu na mudança aqui no apê, então não consegui postar os trampos que eu mais gostava dele, mas ainda assim coloquei algumas charges aleatórias de primeira categoria!

 E amanhã, no jornal... Quando abrir o caderno das charges, espera encontrar o quê?

 Angel Villa, Glauquito y Laerton
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