Receita de Ano Novo - Carlos Drummond de Andrade

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Itaituba/pa- ELIENE NUNES É PREFEITA DE FATO E DIREITO! PORÉM... A BOA GESTÃO DEPENDE DA COMPETÊNCIA DOS SECRETÁRIOS E DIRETORES


Um dos desafios é buscar recursos que possam viabilizar a execução de promessas feitas na campanha
O mais importante para uma boa gestão é montar uma boa equipe de secretários e de assessoria.
Desafio: buscar recursos que, somados à receita municipal, possam viabilizar a execução de promessas de campanha.
Historicamente, os prefeitos têm reclamado que o cofres municipais não têm dado conta das demandas das cidades. Durante a campanha, são muitas as promessas feitas para resolver os problemas da população, mas dificilmente todas caberão nas contas da Prefeitura. Cabe aos gestores apostar em ações para melhorar a arrecadação própria e a capacidade de desenvolver projetos para atrair recursos estaduais e federais.


Se antes os prefeitos dependiam praticamente do apadrinhamento de deputados e senadores para conseguir recursos, hoje, apesar de esse apoio ainda ser importante em determinadas situações, há outros caminhos. A União mudou a maneira pela qual destina verbas às cidades, fazendo os critérios técnicos e a qualidade dos projetos superarem a influência política. Atualmente, são muitos os programas governamentais através dos quais os prefeitos podem ampliar os recursos para investir nos municípios.


O mais importante para uma boa gestão é, além de o prefeito estar preparado para o trabalho, montar uma boa equipe de secretários e de assessoria que o leve a atingir o plano de governo que ele defendeu durante a campanha
“Quando você tem um prefeito competente e hábil politicamente, o quadro hoje é muito mais favorável para uma boa gestão. Agora, se você não tem um prefeito com essas qualidades, a tendência é que ele agrave a situação do município”.
A boa gestão passa pela preocupação em prestar bons serviços públicos, principalmente nas áreas da saúde e da educação. “Essa deve ser uma preocupação diária”, diz.
A boa gestão depende da capacidade técnica do município e também da força política do prefeito. “Depende da estrutura administrativa para elaborar bons projetos e alavancar recursos”.


A gestão deve ser competente e ter estrutura para produzir bons projetos, o passo seguinte é obter respaldo de um deputado ou senador para buscar os ministérios adequados e que efetivamente possuam recursos.
O apadrinhamento ajuda, mas não é uma questão definitiva porque os repasses independem do partido político do prefeito, do governador ou do presidente. “Os gestores têm que ter o compromisso de apoiar a população do município. Se você está apoiando o governo e tem senadores e deputados da base, vai ter mais chance de alavancar recursos. Mas o fato de ser da oposição não significa a exclusão”.
Aperfeiçoamento


Uma boa gestão que busquem aperfeiçoamento dos projetos e do funcionamento da máquina pública. “O prefeito pode matricular os funcionários em cursos de diferentes áreas. É fundamental a busca permanente pela melhoria dos quadros técnicos”.
O prefeito deve ter a capacidade de estruturar e montar um sistema onde ele possa ter a capacidade de cobrar tributos em um nível equilibrado, mas que efetivamente ele tenha recursos para a administrar a cidade”

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You'll Never Walk Alone



You'll Never Walk Alone

When you walk through a storm,
Hold your head up high,
And don't be afraid of the dark.
At the end of a storm,
There's a golden sky,
And a sweet silver song of a lark.

Walk on through the wind,
Walk on through the rain,
Though your dreams be tossed and blown....

Walk On! Walk On! With hope in your heart,
And you'll never walk alone....

You'll never walk alone

Walk On! Walk On! With hope in your heart,
And you'll never walk alone....

You'll never walk alone.
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Auld Lang Syne



Should auld acquaintance be forgot
and never brought to mind?
Should auld acquaintance be forgot
and days of auld lang syne?

For auld lang syne, my dear,
for auld lang syne,
we'll take a cup of kindness yet,
for auld lang syne.

Should auld acquaintance be forgot
and never brought to mind?
Should auld acquaintance be forgot
and days of auld lang syne?

And here's a hand, my trusty friend
And gie's a hand o' thine
We'll tak' a cup o' kindness yet
For auld lang syne
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Prefeita Eliene divulga os nomes de sua equipe de governo


Jandira Rodrigues
Secretária de Meio Ambiente


Francisco Erisvan B. Gomes 
Secretário de Administração

A prefeita de Itaituba Eliene Nunes (PSD), divulgou na manhã de sábado (29) os nomes dos secretários e parte da diretoria que vão compor  a sua equipe de governo, que assume o comando de Itaituba a partir da próxima terça-feira  (1º de Janeiro).

De acordo com a prefeita Eliene, os profissionais foram escolhidos por critérios como perfil técnico e experiência nas áreas que vão gerir.

Veja quem são os escolhidos:


Francisco dos Santos Araújo (Junior) 
  Diretor de Trabalho Cultura e Desporto


Adonis Luiz Facioni 
Secretário de Agricultura.

Horenice Cabral Morena 
Secretária de Saúde

Rodrigo Mota 
Diretor de Turismo

Josimar Araújo da Silva 
 Diretor Administrativo da SEMDAS
Sérgio Castro (Pock)
Cord. de Comunicação

João Francisco Vieira (Panelada)   
Diretor do Aeroporto

Valfredo Marques Junior  
Diretor de Meio Ambiente

Marcos Cleoce Lima Aguiar 
 Cred cidadão

Mário César Lima de Aguiar 
 Chefe de Gabinete

Ana Paula da Silva Santos 
Secretária de Educação

Manoel  Costa
 Defesa Civil

Izaneide Bentes Alvarenga Dias 
Diretora Administrativa
Maria de Fatima Leite  
Diretora de Assistência Social


Emanuel Bentes
 Diretoria Técnica da Assistência Judiciaria
Emilio Carlos Piccardo   
Diretor de Indústria e Comercio

Tiago Gomes  Posiadlo
Diretor de Obras (engenheiro civil)

Eugenio Cerqueira Neto.
 Diretor Administrativo Seminfra

Daniel Costa Alencar  
 Diretor de Compras

Ronny Freitas 
Terminal Hidroviário

Manoel Gonzaga de Oliveira Neto 
 Secretário de Infraestrutura

Uzalda de Miranda 
 Secretária da SEMDAS

Wesley Sena 
 Diretor de Iluminação Publica
  FONTE:  http://gilsonvasconcelos.blogspot.com.br 
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Feliz 2013


Um feliz 2013 pra todos, sem medo de ser feliz. Se levamos umas pancadas aqui e ali em 2012, a coisa está bem pior para o lado dos demotucanos. Os reveses políticos do lado de cá estão bem pior, a ponto deles andarem sem rumo, beirando o desespero, com ações desastrosas.

Se eles sonham com o golpe através da velha imprensa, a gente responderá com Caravanas da Cidadania para dar mais alguns passos adiante na construção de um Brasil justo e rico, com um povo todo de classe média para cima, e ajudando a construir a prosperidade mundial, da África, da América Latina e dos países pobres de outras regiões.

Que crise de verdade, amargue só o PIG, que vai de mal a pior, com crises de vendagem, de credibilidade, de audiência, de leitores. É grande a chance de 2013 ser o ano da virada definitiva, quando as redes sociais na Internet deverão se impor de vez como mais relevantes do que o PIG, para as pessoas se informarem e tirarem suas próprias conclusões.
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COLOMBO TERÁ PREFEITO AMANHÃ !!!



Amanhã (01/01/2013 a cidade de Colombo finalmente saberá quem é o seu prefeito, pois acontece nessa terça-feira (14:00) a posse dos 21 vereadores eleitos e, como a justiça ainda não julgou o caso de Beti Pavin, cabe ao presidente da Câmara assumir a prefeitura até o julgamento. O presidente municipal do PMDB, Waldirlei Bueno, nos passa de forma oficial a chapa da oposição que disputará a presidência amanhã.




Presidente - Pelé (PTB)

Vice-Presidente -  Sérgio Pinheiro (PRP)

Primeiro Secretário:  Renato da Farmácia (PSDC)
Segundo Secretário:  Wagner da Viação (PRB)
Terceiro Secretário:  Doliria Strapasson (PSDB)


A chapa da situação é composta pelos seguintes vereadores:

Presidente: Prof. Michelle (PT)

Vice-Presidente: Eurico Dino (PV)

Primeiro Secretário: Oliveira da Ambulância (PTB)

Segundo Secretário: Ratinho (PDT)
                     
Terceiro Secretário:  Clodoaldo Camargo (PTN)
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A Casa da Justiça

Charge do Bessinha

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BETINARDI DECLARA SEU APOIO A PELÉ !!

O nosso convidado do BATE PAPO DO BLOG, é o ex-vereador ÂNGELO BETINARDI.

Blog - O que aconteceu que você não conseguiu a reeleição ?? 

Betinardi -
Eu sempre trabalhei pensando não só na nossa cidade, mas para construir um mundo melhor para todos. No meu mandato tentei passar o que penso e o que sou, nos últimos quatro anos me preparei para ser vice-prefeito na chapa da Beti Pavin, infelizmente não deu. Trabalhei bastante, esforço e vontade não me faltaram, mas credito parte da minha derrota, o fato de termos na própria família pessoas que saíram candidatos e também de amigos que decidiram disputar uma vaga.

Blog - Você foi convidado e participou hoje de uma reunião de encerramento da gestão do prefeito J. Camargo, como você analisa a adminstração do prefeito ??

Betinardi -  Eu vou falar como pessoa publica e com conhecimento de causa, analiso da seguinte forma: Uma gestor público tem que fazer mais, acredito que poderia ter feito muito mais. No meu pensamento houve muitas falhas, tanto é que ele teve que divulgar suas obras em um jornal que foi distribuído em toda a cidade. O povo sabe quando um prefeito ou vereador trabalha para o povo, o bom trabalho vira conversa em bares, esquinas e igrejas, no caso dele  não existiu isso. Eu sempre lutei pelo município com muita responsabilidade.

Blog- Como você define uma boa administração?? 
Betinardi - Trabalho em grupo para o povo e não um trabalho para o grupo!!

Blog - Amanhã teremos eleição para a presidência da Câmara, o seu partido apóia o candidato Pelé do PTB, qual a sua opinião ??
Betinardi - O Pelé é preparado, trabalha em grupo para o bem do povo, se eleito presidente da Câmara terá a chance de fazer um ótimo trabalho como prefeito.

Blog - Se acontecer  do Pelé assumir a prefeitura, você aceitaria o convite para assumir um cargo na administração ??
Betinardi - Estou a disposição para poder ajudar, no meu primeiro mandato tive algumas dificuldades, no segundo já era um vereador experiente, hoje estou preparado para ser até prefeito.Se eu receber um convite  é lógico que vou aceitar para continuar  contribuindo para a  nossa cidade.

Blog - Você acaba de declarar a sua preferência pelo Pelé, qual o recado que você manda aos vereadores da oposição e situação ?? 
Betinardi - Eu digo aos vereadores que essa é uma chance de mudarmos Colombo, o Pelé  é de confiança,  caso assuma  a Câmara e depois a prefeitura, fará as mudanças necessárias para Colombo voltar a crescer, o grupo deve ser fiel as mudanças e os vereadores adversários sabem que o povo está de olho , pois a outra chapa  é a continuação da atual administração, e não é isso que o povo quer !! 

Blog - Você deixa o cargo de vereador com alguma mágoa ??
Btinardi -  Mágoa não!   Infelizmente um vereador de oposição encontra muitas dificuldades em aprovar projetos. Tenho um sentimento de não aprovarem o meu projeto do IPTU, onde iria beneficiar o povo com descontos, só não aprovaram por eu ser um vereador de oposição, preferiram penalizar o povo, pois se aprovassem o mérito seria meu e isso não interessava a eles. 

Blog. Cite um projeto onde você foi contra que iria penalizar o povo.
Betinardi - Eu fui contra juntamente com meus colegas de oposição, quando queriam doar uma área de 13.000m2(treze mil metros) para construir o SESC/SENAI. Essa área fica ao lado do terminal Guaraituba e pertence ao Parque Linear Palmital, uma obra da Beti que eles abandonaram. Olha Ivan, é por isso que o Pelé precisa vencer amanhã para poder assumir a prefeitura, ou não sei o que poderá acontecer.

Blog -Você acredita que a prefeita eleita Beti Pavin será absolvida ??
Betinardi- Claro que sim !! Os vereadores e o povo podem ficarem tranquilo quanto a  isso. A Beti foi escolhida pelo povo, esse é mais um motivo para os 21 vereadores analisarem antes de escolher o presidente da Câmara. Para um vereador  ter sucesso no seu  mandato, precisa ter o prefeito ao seu lado e a Beti será a nossa prefeita. A diferença entre as obras da Beti e do J. Camargo, é que as obras da Beti estão no coração das pessoas e do J. Camargo estão  nas propagandas e jornais.

Blog - Qual o seu recado ao povo de Colombo.
Betinardi - Primeiramente quero agradecer as pessoas que votaram em mim, foram 1280 votos, estou muito feliz com essa votação. Agradeço oportunidade de poder participar do " BATE PAPO DO BLOG", e 
dizer novamente que estou preparado para um dia ser o prefeito de Colombo. Desejo a todos os colombenses um FELIZ ANO NOVO!








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Itaituba/pa- R$ 50 MIL? QUANTO VALE O VOTO DE UM VEREADOR NA ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE ITAITUBA?


A eleição do presidente da câmara de vereadores, interessam basicamente a duas pessoas: O prefeito e o próprio presidente da câmara que em conjunto ou em alguns casos, em “conluio” decidem  e orientam as votações que lhes interessam.

O presidente é quem autoriza as despesas, as viagens de carros, o abastecimento de veículos, as contratações de serviços a serem prestados à edilidade, o que poderá favorecer ou prejudicar a alguns vereadores, dependendo da fidelidade.

Se o presidente  não for sério e competente o dinheiro poderá virar um monte de notas frias, e desvios que  os Tribunais de Contas nem sempre conseguem constatar.

A votação do presidente é geralmente, conduzida pelo prefeito que sempre buscará eleger alguém de sua confiança que irá obedecer aos interesses do poder executivo, que de órgão a ser fiscalizado pelos vereadores passa a subordiná-los com favores, empregos e com dinheiro, o chamado “mensalão”.

O critério de escolha do presidente passa pelo voto direto dos vereadores, mas a escolha quase nunca ocorre de maneira espontânea.  O presidente é quase sempre “plantado” pelo prefeito ou através da simples promessa de empregos e favores, ou muitas vezes pelo pagamento de certo valor pelo voto.

Um voto para presidente da Câmara Municipal de Itaituba pode custar a média de 30 mil reais, se o mercado estiver normal, mas se houver um voto muito difícil, poderá custar um pouco mais.

Quem vai pagar essa conta é sempre o próprio povo que vota no vereador que não vai ser vereador é nada, vai procurar encher o bolso de dinheiro.

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"Estarei com Dilma em 2014"



"Não tenho tido a oportunidade nem o tempo de falar o que vou falar aqui. Quero dizer como está minha cabeça neste instante.” Foi com essa disposição de espírito que o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB recebeu ÉPOCA num final de manhã, em entrevista que entrou pela tarde. O cenário foi a sala de reuniões contígua a seu gabinete, no subsolo do Centro de Convenções, em Olinda, de onde exerce seu segundo mandato desde que o Palácio do Campo das Princesas entrou em reforma. Pela primeira vez numa entrevista, Eduardo Campos foi taxativo em relação ao assunto do momento: sua possível candidatura à Presidência da República em 2014.

“Quem é amigo da Dilma, amigo do Brasil, não botará campanha na rua. Não é a hora de adesismos baratos, nem de arroubos de oposicionismos oportunistas”, disse. “Queremos que a presidenta Dilma ganhe 2013 para que ela chegue a 2014 sem necessidade de passar pelos constrangimentos que outros tiveram de passar em busca da reeleição.” (...)

CLIQUE AQUI para ler a entrevista, na íntegra, com o Governador de Pernambuco e presidente Nacional do PSB, Eduardo Campos. (via blog 'O Boqueirão Online)
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" O Espectador Alienado "




( menos mal que o mundo arde sempre noutro lugar )




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O MISTÉRIO DO GIGANTESCO E SÚBITO ENRIQUECIMENTO DE ÁLVARO DIAS (líder do PSDB)

O líder tucano Álvaro Dias

Álvaro Dias [PSDB]: NOVAS DENÚNCIAS SOBRE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO

“O possível envolvimento do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) com empresários ligados à origem do escândalo do ‘mensalão’, a Ação Penal (AP) 470, que o Supremo Tribunal Federal (STF) terminou de julgar em meados deste mês, piora a imagem pública do político tucano.

Dedicado a apontar falhas de caráter em integrantes da esquerda brasileira, Dias bebeu do próprio veneno ao ver noticiada, nos últimos dias, a condenação judicial a que será submetido em um processo na Vara de Família de seu Estado. O processo, movido por sua filha menor de idade, levou-o a admitir a propriedade de cinco mansões em seu nome, no valor de R$ 16 milhões!  [Pouco antes] à Justiça Eleitoral, o parlamentar havia declarado patrimônio de apenas R$ 1,9 milhão.

Em notícia divulgada na sexta-feira (28) na internet, Dias "teria obtido parte dos recursos" necessários à construção de seu patrimônio junto às empresas dos irmãos Basile e Alexandre George Pantazi, que estiveram envolvidas nos primórdios do escândalo nos Correios.

A denúncia, reproduzida no blog “Amigos do Presidente Lula”, apresenta a ligação entre o senador paranaense, no processo que não está protegido por nenhum segredo de Justiça, que cita como ré a empresa “AGP Administracão, Participação e Investimentos”, cujo sócio-gerente seria Pantazis, dono também da “Dismaf Distribuidora de Manufaturados”. Esta última é a empresa envolvida nas investigações dos Correios e citada em reportagem da revista semanal de ultradireita “Veja”, de 13 de abril de 2011. Segundo a reportagem, a empresa teria pagado propinas ao PTB sobre contratos nos Correios.

Segundo o blog, “o aparecimento dessa súbita fortuna causou perplexidade à nação brasileira, que pergunta: como o senador, da noite para o dia, aparece como um dos parlamentares mais ricos do Brasil? Detalhe: o processo não está em segredo de justiça, ao contrário do que disse o senador em seu twitter, e não é mera disputa familiar. É disputa patrimonial graúda envolvendo mais 10 réus ao lado de Álvaro Dias, e quatro deles são pessoas jurídicas. Uma das empresas ré na causa é a “AGP Administração, Participação e Investimentos Ltda.”, de Alexandre George Pantazis, indicando que Alvaro Dias teve "negócio" com essa empresa envolvendo os R$ 16 milhões em questão”.

A Dismaf foi objeto de uma reportagem da revista “Veja” (em 13/04/2011), acusando a empresa de pagar propinas ao PTB sobre contratos nos Correios, no caso que deu origem ao ‘mensalão’ a partir da gravação feita por um araponga de Carlinhos Cachoeira, que levou Roberto Jefferson a dar a entrevista em 2005. A reportagem foi baseada na denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal. Declarada inidônea pelos Correios, a empresa não podia participar de licitações, mas ganhou uma na “Valec” (que constrói a ferrovia Norte-Sul) para fornecer trilhos. O fato foi alvo de auditoria na CGU e foi um dos motivos para demissão do ex-presidente da Valec, o Juquinha”. Somente uma investigação sobre os contratos e quebra de sigilo bancário “poderá esclarecer o real envolvimento do senador tucano com o dono da Dismaf”, acrescenta o texto. Em sua página do microblog Twitter, Dias apenas postou, no final da manhã de sexta-feira, uma mensagem cifrada:

Não vou subestimar a inteligência das pessoas que confiam em mim respondendo a inimigos levianos, desonestos. A ma fé tem como resposta a ação”.

FONTE: publicado no “Correio do Brasil” e transcrito no portal “Vermelho”  (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=202334&id_secao=1).
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Eterna Mafalda

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Marcos Coimbra: “2012 NA POLÍTICA: O GOVERNO”

Um governo que é avaliado como “ótimo” ou “bom” por 62% das pessoas tem muito que comemorar. Uma presidente cujo trabalho é aprovado por 78% da população, também.

São os números da pesquisa CNI/Ibope feita entre os dias 6 e 9 de dezembro, em que foram ouvidas 2002 pessoas.

Dilma chega à metade de seu mandato com avaliação melhor que a de qualquer um de seus antecessores em momento parecido. Desde quando existem dados comparáveis, ninguém obteve números semelhantes.

Fernando Henrique, por exemplo, nunca alcançou esse índice, sequer na época em que atravessava sua fase áurea. A vitória [que o Governo Itamar implantou e propiciou e FHC se apropriou] contra a inflação, a equivalência do real com o dólar, o quilo de frango que valia uma moeda, a sensação de que a economia entrava em rota de crescimento, nada disso fez com que chegasse ao número que Dilma tem hoje.

É uma lembrança que mostra quão inadequada é a interpretação que as oposições, especialmente seu braço midiático, oferecem para a popularidade do governo Dilma.

Na enésima repetição do velho chavão de que “É a economia, estúpido!”, limitam a explicação a um único fator: para elas, as pessoas comuns, que constituem a grande maioria, pensam com a barriga. Quando estão de pança cheia, aprovam o governo.

Trata-se de um equívoco baseado em puro preconceito, segundo o qual o povo só é capaz de avaliações unidimensionais. Ao contrário dos bem pensantes, que conseguiriam fazer raciocínios complexos.

Assim como a população não gostava de Fernando Henrique por vários motivos - ainda que aprovasse sua atuação no controle da inflação -, gosta de Dilma por diversas razões, mesmo reconhecendo que há políticas que não funcionam de maneira satisfatória.

O tamanho da aprovação do governo neste final de ano foi duplamente decepcionante para a oposição partidária e seus aliados. Ao invés de subir, esperavam que caísse, na confluência do desgaste da imagem do PT causado pelo julgamento do mensalão e do agravamento da situação objetiva da economia.

Dilma ultrapassou, no entanto, os percalços. Por mais que os economistas da oposição estejam pintando quadros fúnebres para o Brasil e insistam em falar em crises, as pessoas se sentem satisfeitas com o presente e otimistas em relação ao futuro.

Por maior que seja a culpabilização do PT, ninguém associa a presidente a qualquer malfeito, real ou inventado.

Não é surpresa, portanto, que tenha a vantagem que tem nas pesquisas para a eleição de 2014. Frente a quaisquer candidatos, venceria, com larga margem, a eleição no primeiro turno. Seu desempenho só é inferior ao de Lula - e por pouco.

Para tentar mudar esse quadro de favoritismo, entrou na moda o argumento de que o País “poderia estar melhor” e só não está por “incompetência gerencial do governo”.

Na opinião de nove em dez analistas da mídia conservadora, Dilma não seria a boa gerente que é apresentada.

Trata-se de tese de escassa capacidade de convencimento. Primeiro, porque as pessoas levam mais em consideração os benefícios que estão a seu alcance que os que poderiam, hipoteticamente, obter. Se acreditam que o governo vai bem, porque trocá-lo por algo que não existe?

Em segundo lugar, porque não enxergam alguém melhor que ela. Na opinião da maioria, a oposição teve sua oportunidade nos oito anos em que Fernando Henrique foi presidente e não convenceu. Ao contrário, em retrospecto, mostrou-se inferior aos petistas.

Ainda que a situação da economia piorasse no próximo ano, é difícil que afetasse significativamente a popularidade da presidente e a eleição de 2014.

Como não é isso o mais provável, são poucas as nuvens no horizonte para Dilma. Salvo as de todo dia, com as quais já se acostumou.

Cautela a presidente tem que ter é com a Copa do Mundo. Ela não será cobrada se a seleção for mal, nem aplaudida se for bem nos gramados.

Mas pagará um preço de imagem pessoal muito alto se as pessoas ficarem com o sentimento de que o Brasil perdeu a copa que mais interessa. A da organização do evento e do bom funcionamento das coisas durante sua realização.

Essa, para a população, é mais importante que o hexacampeonato.”

FONTE: escrito por Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi. Artigo publicado no “O Globo” e blog do Noblat  (http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?cod_post=480527&ch=n) [Imagem do google e trecho entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].
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GOVERNO DIVULGA RETROSPECTIVA COM AÇÕES E CONQUISTAS DE 2012

“2012 foi um ano de muitas conquistas para o Brasil, pautado, sobretudo, pelo crescimento econômico e pela inclusão social. Mesmo em tempos de crise mundial, o brasileiro presenciou o crescente investimento em programas sociais, fundamental para garantir novas oportunidades de trabalho, emprego e formação, melhoria da infraestrutura nacional e recordes na redução da pobreza extrema no país.

No sábado, o Planalto divulgou breve retrospectiva com as principais ações e conquistas realizadas ao longo do ano. Programas para a erradicação da miséria no Brasil e a elevação do país como referência no investimento em educação e esportes marcaram o ano de 2012 da presidenta Dilma Rousseff à frente do Planalto.

O destaque é para o programa “Brasil sem Miséria”, que retirou 16,4 milhões de brasileiros da pobreza extrema, e o lançamento do “Brasil Carinhoso”. Somente em outubro, foram repassados R$186,3 milhões a 2,16 milhões de famílias, beneficiando quase três milhões de crianças de 0 a 6 anos.

No “Bolsa Família”, o balanço do governo é de que foram transferidos R$17,3 bilhões aos beneficiários do programa. Mais de 50 milhões de pessoas foram beneficiadas nesse período a um custo de 0,46% do PIB brasileiro. Em 2012, 96,7% das 15,1 milhões de crianças e jovens beneficiários do “Bolsa Família” superaram a frequência escolar exigida pelo programa (agosto/setembro).

Na economia, o maior destaque é a redução da taxa média de juros nos últimos 12 meses, para 10,2%, que possibilitou a expansão do crédito e a diminuição da tarifa de energia. Os consumidores passam a pagar contas de luz 16,2% mais baratas. Para as indústrias, a tarifa vai variar de 12% a 28%, dependendo da tensão elétrica utilizada. A média deve ficar em 20% de redução.

Até outubro, foram criados 1,7 milhões de postos de trabalho no país. Somente no governo da presidenta Dilma Rousseff (desde 2010), já foram criados quatro milhões de novas vagas. O Brasil registra, atualmente, o menor nível de desemprego da história.

Em breve relato, o governo mostra que o “Programa Minha Casa, Minha Vida” entregou mais de 970 mil moradias em 2012.

SAÚDE & EDUCAÇÃO

Na saúde, o governo registra a realização de mais de 12,3 mil transplantes no SUS (Sistema Único de Saúde), aumento de 12,7% em relação a 2011. Também, aumentou 22% a quantidade de doadores de órgãos.

O “Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego” (PRONATEC) recebeu registro, no balanço anual, com a oferta de 2,5 milhões de vagas para jovens e trabalhadores em cursos profissionalizantes. E mais de 20 mil estudantes foram beneficiados em 2012 com bolsas de estudos do programa “Ciência sem Fronteiras”.

Na educação, o governo da presidenta Dilma ressalta o crescimento de 127% no número de escolas do ensino fundamental que aderiram ao programa “Mais Educação”, oferecendo atividades educacionais no contraturno.

O governo destaca, ainda, que o desmatamento da Amazônia continua em queda: 27% menor em comparação com o ano anterior.

OBRAS DO PAC

As obras de infraestrutura são consideradas outra grande conquista do país. 38,5% das obras e ações de grande complexidade do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) foram concluídas, com investimento de R$272,7 bilhões executados em 2011 e 2012.

Dois novos estádios foram inaugurados em 2012 e outros quatro serão entregues em 2013. Estão em andamento 31 ações em 13 aeroportos: Brasília, Belo horizonte, Campinas, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife, Salvador, Guarulhos/SP, São Gonçalo do Amarante/RN e Galeão/Rj. Os investimentos já somam R$ 7,35 bilhões.

Além desses preparativos para a Copa do Mundo de 2014, o governo Dilma também prepara os 200 atletas olímpicos e paraolímpicos brasileiros classificados entre os 20 melhores do mundo em suas modalidades, para os jogos olímpicos do Rio em 2016.”

FONTE: portal “Vermelho”  (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=202307&id_secao=1) [Imagem do google adicionada por este blog ‘democracia&política’].
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O ENIGMA POLÍTICO ARGENTINO

Por Emir Sader

“Se a situação argentina tem suas complexidades, ela se torna completamente incompreensível à luz da cobertura que a mídia brasileira – que se pauta pela mídia de direita da Argentina – faz. Não conseguiram entender por que Nestor Kirchner e não Carlos Menem se elegeu presidente, por que Cristina se elegeu como sucessora dele e se reelegeu em seguida. É tal a visão catastrófica que se transmite da Argentina que não conseguem dar conta de por que Cristina se reelegeu no primeiro turno.

A Argentina sofreu uma das modalidades mais radicais de neoliberalismo na América Latina. Depois de duas crises de hiperinflação, Menem impôs uma solução radical e artificial ao problema: por um decreto, se estabelecia a paridade entre o peso e o dólar. A Argentina renunciava a ter política monetária, ficando a cotação da sua moeda atrelada à do dólar, definida pelo “Federal Reserve” dos EUA. Não se emitiria peso se não houvesse entrada de dólares. Subitamente, se elevou o poder aquisitivo da moeda e dos argentinos, de maneira totalmente artificial, numa bomba de tempo que não poderia demorar para explodir.

Os candidatos temiam prometer que terminariam com a paridade, porque todo argentino sabia que teria os seus pesos enormemente desvalorizados, porque os depositava considerando que teriam o correspondente em dólares. Se podia comprar carros em prazos longos, sem juros, com a fantasia da paridade, mas a dívida era assinada em dólares. Ainda mais que todos foram se endividando, apoiados na paridade e na confiança de que esse esquema não seria alterado.

Menem, como todos os presidentes neoliberais latino-americanos, saiu derrotado e deixou a bomba de tempo explodir nas mãos de Fernando de la Rua, do Partido Radical. A paridade terminou, houve uma espécie de rebelião popular cobrando dos bancos seus depósitos, que tinham passado da paridade com o dólar, para 4 a 1. De la Rua saiu rapidamente de helicóptero da Casa Rosada, depois de reprimir manifestações em Buenos Aires, com 27 mortos no centro da cidade.

Depois da instabilidade institucional, com vários pessoas sucedendo-se na presidência em poucos dias, nas eleições Menem ganhou no primeiro turno, prometendo que dolarizaria totalmente a economia argentina (o que levaria ao desastre a Argentina e inviabilizaria qualquer processo de integração da região). Diante da evidente derrota para Nestor Kirchner no segundo turno – pelos apoios que este recebeu dos outros candidatos -, Menem se retirou e Kirchner foi eleito.

Kirchner conseguiu recuperar a Argentina do maior desastre econômico e social da sua história, fazendo com que a economia crescesse a ritmos anuais de 6 a 9% ao ano, durante cerca de 8 anos. Mas arrastou problemas da herança do Menem.

Entre esses, uma dívida descomunal e a privatização de todo o patrimônio público – entre ele, o da YPF, que tinha obtido a autossuficiência em petróleo para a Argentina. O governo Kirchner impôs a renegociação dos papéis da dívida, que foi aceito por grande parte dos seus proprietários. Mas os restantes 8% bloqueiam, até hoje, o acesso da Argentina a créditos internacionais.

Outra herança foi o déficit energético, que fez com que o governo passasse a subsidiar o consumo de energia e a importá-la, o que se tornou peso brutal nos gastos públicos.

Mas a Argentina retomou ritmos altos de crescimento – mesmo se agora muito dependente da exportação de soja – e os Kirchner consolidaram os apoios populares a seus governos, mesmo diante de ofensivas da direita – como a dos proprietários de soja, quando o governo decretou aumento nos impostos sobre exportação.

A conjuntura atual é a condensação de uma serie de questões pendentes. Por exemplo: a manifestação de 8 de novembro passado reuniu, basicamente, setores da classe média da cidade de Buenos Aires, com os lemas contrários à reeleição da Cristina e contra a aplicação da Lei de Meios. No ano que vem, haverá eleições parciais para o Congresso. Se Cristina obtiver 2/3 dos votos – objetivo difícil – poderá submeter a revogação da Constituição, para se candidatar a um terceiro mandato.

Caso não o consiga, se abre cenário muito complexo, porque não há um candidato à sua sucessão indiscutível entre as forças que a apoiam e pode se abrir disputa que dividirá, ainda mais, o peronismo. Um candidato conservador dentro do peronismo – Scioli, governador da província de Buenos Aires – se lançou e tem o apoio de setores opositores a Cristina dentro do peronismo.

A Lei de Meios tinha no dia 7 de dezembro uma data chave, porque terminava o prazo do recurso que o grupo Clarín havia conseguido na Justiça para adiar a aplicação da lei de democratização, pela qual o grupo terá que se desfazer da longa lista de canais a cabo que tem – 254 – para ficar com 24, que é o que permite o caráter antimonopólico da nova lei.

Seguiu-se uma greve e outras manifestações protagonizada pelo setor da CGT que se opõe ao governo de Cristina – dirigido por Moyano pelo setor da CTA de ultraesquerda, além da Federação Agrária, que congrega os produtores de soja. Com reivindicações basicamente salariais, mas com um tom político fortemente opositor, apontando para um bloco de forças que pode vir a se coesionar para tentar bloquear os 2/3 que Cristina busca no Parlamento e, depois lançar um candidato – talvez o próprio Scioli – em 2014.

A economia argentina perde fôlego, vulnerabilizada pelas dificuldades de financiamento externo, pela diminuição do ritmo de crescimento do Brasil – seu principal mercado – pela inflação real, pelos déficits orçamentários – em boa parte advindos dos subsídios à energia. O clima de bonança que cercou a reeleição de Cristina – que além disso conseguiu promover um processo de mobilização de setores jovens do peronismo, a partir da morte de Nestor e das comemorações do bicentenário do país – passou.

Uma espécie de inferno astral abateu-se sobre o governo, somando-se às mobilizações da oposição, a apropriação de um navio argentino em Gana por um mandato de uma instância judicial norte-americana, pelo não pagamento de parte da dívida argentina, além de uma ordem de uma outra instância judicial dos EUA, que buscava obrigar o governo argentino a, primeiro, pagar esse monto pendente, antes de seguir pagando as cotas aos que aceitaram renegociar a dívida.

Essas duas últimas questões foram superadas - pelo menos temporariamente. O governo intensificou a ofensiva contra o Clarín, tudo indica que possa colocar em prática a desmonopolização do grupo, mesmo se os prazos se alongam. Ao mesmo tempo, recuperou para o Estado o espaço que ocupava a “Sociedade Rural Argentina”, depois de ter nacionalizado a YPF, privatizada pelo governo Menem.

Os embates entre o governo e a oposição se seguirão em várias frentes: a externa, aquela aglutinada por forças sindicais e a do Clarín e os setores de direita que apoiam a esse grupo. Se a soma das frentes causa problemas do governo, sua heterogeneidade faz com que tenham dificuldade de traduzir em força política unificada por uma candidatura presidencial competitiva.

Caso Cristina não possa concorrer e o governador da província de Buenos Aires unifique as forças hoje dentro e fora o governo, especialmente do campo peronista, a sucessão argentina de 2014 será uma dura prova para a continuidade do governos dos Kirchner. Uma prova para a capacidade de Cristina de construir um sucessor que possa dar continuidade aos governos que resgataram a Argentina do caos herdado já há quase 10 anos. O primeiro capítulo dessa disputa dominará o cenário político de 2013: as eleições parlamentares e a possibilidade do governo obter 2/3, reformar a Constituição e Cristina se candidatar a um terceiro mandato. Essa disputa define o cenário da sucessão presidencial de 2014.”

FONTE: escrito pelo cientista político Emir Sader no site “Carta Maior”  (http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=1163).
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EUA SOB COMANDO DE RUPERT MURDOCH



Rupert Murdoch
Carl Bernstein

POR QUE A MÍDIA DOS EUA IGNOROU A TENTATIVA DE MURDOCH DE ASSALTAR A PRESIDÊNCIA?

“Periódicos como o ‘Washington Post’ subestimaram o caso por medo do dono da ‘News Corporation’ ou por falta de discernimento? A gravação da conversa entre o general e o editor é um documento formidável, um testemunho do desembaraço com que Murdoch passa por cima da ordem civil e política estadunidense sem nem se preocupar com as finezas tradicionais ou fingir independência e honestidade jornalística.

Por Carl Bernstein, no inglês “The Guardian

Finalmente, temos evidência irrefutável do último e mais audacioso atentado de Rupert Murdoch – frustrado, ainda bem, pelas circunstâncias - contra as instituições democráticas estadunidenses. O assalto tinha escala similar ao sequestro e corrupção que o magnata da mídia realizou nas principais instituições democráticas da Grã-Bretanha.

No caso americano, o objetivo de Murdoch parece não ter sido menor do que usar seu império midiático – especialmente a “Fox News” – para financiar e apoiar a candidatura do general David Petraeus à presidência nas eleições deste ano.

No primeiro semestre de 2011, menos de dois meses antes da revelação do papel central que Murdoch desempenhou no escândalo envolvendo seus periódicos britânicos, o criador e presidente da “Fox News”, Roger Ailes, enviou uma emissária ao Afeganistão para persuadir Petraeus a recusar a oferta, feita pelo presidente Obama, de tornar-se diretor da CIA e, em vez disso, concorrer à nomeação à presidência do Partido Republicano, com a promessa de ser bancado por Murdoch. O próprio Ailes renunciaria ao cargo de presidente da “Fox News” para comandar a campanha, de acordo com a conversa entre Petraeus e a emissária Kathleen T. McFarland, uma “analista” da “Fox News” e membro do “Conselho de Segurança Nacional” em três administrações republicanas.

Tudo isso é revelado numa gravação do encontro entre Petraeus e McFarland obtida por Bob Woodward, cuja descrição da conversa, acompanhada pelo áudio da gravação, foi publicada no “Washington Post”. Curiosamente, a reportagem foi impressa na seção de “Estilo”, e não na primeira página. Na internet, ela foi veiculada também abaixo do logo “Estilo”, no dia 3 de dezembro.

De fato, tão desesperador quanto o menosprezo que Ailes e Murdoch nutrem por valores jornalísticos e por um processo eleitoral transparente, e tão marcante quanto a avidez do emissário em prometer o apoio da “Fox” a Petraeus, tem sido a falta de interesse da imprensa e dos políticos norte-americanos sobre o ocorrido. Não se sabe se o desinteresse é causado por medo do poderio de Murdoch e Ailes ou da pouca surpresa que traz a postura dos magnatas da mídia.

O tom da reação da mídia foi dado desde que se falou do caso pela primeira vez: o “Post” relegou a matéria à seção referente a fofocas sobre celebridades. “Bob conseguiu um furo importante, uma matéria barulhenta, perfeita para a seção “Estilo”. Uma primeira página não se justificaria”, disse Liz Spayd, editora-chefe do “Washington Post”, quando perguntada sobre o ímpar posicionamento da matéria na edição do dia 3 de dezembro.

Matéria barulhenta? A primeira página “não se justificaria”? Ninguém poderia imaginar tamanha falha de um dos predecessores de Spayd, até em função da qualidade do registro que o “Post” tinha em mãos.

Avise a Ailes se eu me candidatar”, anuncia Petraeus em gravação digital cristalina, “mas eu não o farei. Se um dia eu o fizer, eu me lembrarei da oferta... ele disse que saria da “Fox” e bancaria minha candidatura...”

McFarland esclareceu as condições: “é o patrão que vai financiar. Roger [Ailes] só vai dirigir. E o resto de nós estará na organização“, confirmando, assim, o que os críticos da “Fox News” sempre mantiveram sobre a conduta do canal de notícias.

Uma coisa deve ser sublinhada aqui: se a emissária trabalhasse para o presidente da “NBC”, para o editor do “New York Times” ou do “Washington Post”, a gritaria seria enorme, principalmente da “Fox News” e da América republicana/Tea Party, e só se abrandaria com uma investigação por parte do Congresso e a renúncia dos editores do periódico ou canal de tevê. Ou até que houvesse evidência plausível e convincente de que tudo fosse mentira. E, obviamente, o caso permaneceria na primeira página e nos noticiários vespertinos durante semanas.

A gravação da conversa entre o general e o editor é um documento formidável, um testemunho do desembaraço com que Murdoch passa por cima da ordem civil e política estadunidense sem nem se preocupar com as finezas tradicionais ou fingir independência e honestidade jornalística. O caso Ailes/Petraeus esclarece que os objetivos de Murdoch nos EUA eram tão abomináveis e pérfidos quanto no caso das escutas telefônicas, que aniquilou qualquer dúvida sobre a capacidade de Murdoch de corromper qualquer um dos elementos essenciais da ordem civil britânica – a imprensa, os políticos e a polícia.

Murdoch e Ailes ergueram um império midiático de poder incomparável nas culturas norte-americana e britânica. Mas, ao invés de exercer tal poder de maneira judiciosa ou melhorar os padrões jornalísticos com seus recursos intermináveis, os dois, irrefletidamente, investem numa agenda sensacionalista, em controvérsias forjadas e em messianismo ideológico. A gravação é uma evidência poderosa da metodologia e do alcance do império de Murdoch.

A corrupção por Murdoch de instituições democráticas fundamentais em ambos os lados do Atlântico é um dos casos de maior importância e alcance político e cultural dos últimos 30 anos, uma narrativa em curso sem igual. Como no caso de Richard Nixon, muita atenção foi dirigida à necessidade de encontrar provas concretas do que já não era mais uma dúvida, isto é, que os instrumentos elementares da democracia (a presidência no caso Nixon, os privilégios da mídia livre no caso Murdoch) foram empregados de maneira equivocada e abusiva para os fins particulares daqueles que deveriam servir o bem comum.

No caso Nixon, o sistema funcionou. Suas ações foram investigadas pelo Congresso, o sistema judiciário sustentou que nem o presidente dos Estados Unidos da América estava acima da lei, e ele foi forçado a renunciar ou enfrentar um impeachment. As democracias britânica e estadunidense não se saíram tão bem com Murdoch, cujo poder e corrupção não foi reprimido por um terço de século.

A decisão mais importante que um jornalista toma é a de julgar se algo é ou não notícia. Talvez, nenhuma história tenha sido tão evitada por nós quanto a da marcha de Murdoch sobre a democracia. Quando a cobertura das escutas telefônicas, na qual o “Guardian” insistiu por meses, atingiu massa crítica, um ex-capanga de Murdoch disse o seguinte: “este escândalo e todas as suas implicações não poderiam ter ocorrido em outro lugar. Só poderia ter sido na órbita de Murdoch. As delinquências do “News of the World” foram cometidas em escala industrial. Foi Murdoch quem inventou e estabeleceu esta cultura de redação, na qual se deve fazer o que for preciso para conseguir uma matéria e na qual os fins sempre justificam os meios”.

A fita obtida por Bob Woodward deveria ser o desfecho da história de Murdoch, tanto no Reino Unido quanto nos EUA, para que ficasse claro que nenhuma instituição, nem mesmo o presidente norte-americano, está acima da democracia. Se Murdoch financiasse uma campanha presidencial exitosa para Petraeus com “o resto de nós na organização”, como disse Kathleen McFarland, ele teria demonstrado controle sobre todas as instituições democráticas norte-americanas, controle ainda mais seguro do que o exercido sobre a Grã-Bretanha.

Felizmente, Petraeus não desejava a presidência. O general estava contente com a ideia de tornar-se diretor da CIA.

Está tudo montado”, disse a emissária referindo-se a Ailes, Murdoch e “Fox News”. “Nunca vai acontecer”, respondeu Petraeus. ‘Você sabe que nunca vai acontecer, não vai mesmo. Minha mulher pediria divórcio’.”

FONTE: escrito por Carl Bernstein, no jornal inglês “The Guardian”. Artigo publicado no site “Carta Maior” com tradução de André Cristi  (http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=21453

COMPLEMENTAÇÃO


O SISTEMA POLÍTICO DOS EUA SOB COMANDO DE RUPERT MURDOCH

Rupert Murdoch

Por Jonathan Cook, no “Commondreams”, dos EUA

“Uma conversa gravada mostra que, no primeiro semestre de 2011, Murdoch pediu a Roger Ailes, chefe da ‘Fox News’, que fosse ao Afeganistão persuadir o general David Petraeus, antigo comandante das forças militares norte-americanas, a concorrer à presidência como candidato do Partido Republicano nas eleições deste ano. Murdoch prometeu financiar a campanha de Petraeus e apoiar o general com o aparato midiático da ‘Fox News’.

Os esforços de Murdoch não adiantaram porque Petraus não quis concorrer. “Diga a Ailes que se um dia eu concorrer”, diz Petraeus na gravação, “apesar de que não vou, mas se um dia eu concorrer a proposta será aceita”.

O caso de Petraeus é perturbador para a imprensa, justamente porque desmonta a fachada democrática da política norte-americana, uma imagem construída cuidadosamente para que o eleitorado estadunidense se convença de que decide sobre o futuro político do país.

Bernstein está corretamente horrorizado não só com o ataque frontal à democracia mas com a atitude do “Washington Post” na publicação da matéria. O furo jornalístico foi enterrado na seção de “Estilo” do jornal e a editora do “Post” disse que a reportagem, apesar de “barulhenta”, não “justificaria uma primeira página”.

Alinhando-se à editora, o resto da grande mídia norte-americana ignorou ou menosprezou a reportagem.

Nós podemos assumir que Bernstein escreveu seu artigo sob pedido de Woodward, que assim demonstraria de forma encoberta o ultraje a que foi sujeito por seu jornal. A reportagem, com efeito, deveria causar um escândalo político. A dupla, presumivelmente, esperava que a história incitasse audiências no Congresso sobre o abuso de poder cometido por Murdoch, assim como aconteceu na Grã-Bretanha, onde investigações revelaram como o magnata controlava os políticos e a polícia britânicos.

Como observa Bernstein, “a corrupção por Murdoch de instituições democráticas fundamentais em ambos os lados do Atlântico é um dos casos de maior importância e alcance político e cultural dos últimos 30 anos, uma narrativa em curso sem igual.”

Bernstein só é incapaz de compreender porque os manda-chuvas da mídia não vêem as coisas como ele vê. Ele demonstra grande desalento perante “a falta de interesse da imprensa e dos políticos norte-americanos sobre o ocorrido. Não se sabe se o desinteresse é causado por medo do poderio de Murdoch e Ailes ou da pouca surpresa que traz a postura dos magnatas da mídia.”

Na verdade, nenhuma das explicações de Bernstein para tamanha falha é convincente.

Uma razão bastante mais provável para a aversão ao caso Ailes/Petraeus por parte da mídia norte-americana é que o caso oferece perigo à barreira construída pela mesma mídia que, com sucesso, oculta a cômoda relação entre as corporações (possuidoras da mídia) e os políticos do país.

O caso revela a charada da disputa eleitoral. Poderosas elites manipulam o sistema com dinheiro e a mídia que eles comandam reduzem a escolha dos eleitores a dois candidatos quase idênticos. Esses candidatos sustentam as mesmas opiniões em 80% das questões. Mesmo as diferenças são resolvidas por trás dos panos pelas elites, seja por meio de lobistas, da mídia ou de Wall Street.

A reportagem de Woodward não prova que Murdoch ameaça a democracia. Ela revela a absoluta dominação do sistema político norte-americano pelas grandes corporações. Essas corporações controlam o que vemos e ouvimos e incluem, obviamente, os donos do “Washington Post”.

Triste é notar que os jornalistas da mídia corporativa são incapazes de enxergar além dos parâmetros que os donos da mídia impõem. E isso inclui mesmo os mais talentosos da categoria: Woodward e Bernstein.”

FONTE (da complementação): escrito por Jonathan Cook, no “Commondreams”. O autor venceu o prêmio de jornalismo “Martha Gellhorn” em 2011. Seus dois últimos livros são sobre a Palestina. Artigo transcrito no site “Carta Maior” com tradução de André Cristi  (http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=21452).
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