Novo golpe em curso na Venezuela?

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Por Altamiro Borges

O clima político na Venezuela anda bem tenso. Ele lembra os tristes episódios que antecederam o fracassado golpe de abril de 2002. Os empresários sabotam abertamente a economia, desabastecendo o comércio e paralisando a produção. As corporações midiáticas intensificam a sua gritaria golpista. Já o governo dos EUA volta a emitir comunicados alarmistas, interferindo na política interna do país. Diante deste cenário preocupante, o presidente Nicolás Maduro parte para a ofensiva, intensifica as mudanças políticas e econômicas na Venezuela e prepara-se para o confronto.

Nesta terça-feira (19), o Congresso Nacional outorgou uma lei que objetiva evitar que a nação vizinha seja paralisada pelas elites empresariais. A chamada Lei Habilitante foi aprovada por ampla maioria. Ela garante ao presidente da República maiores poderes para combater a especulação financeira, destravar a economia e atacar a corrupção. “Façam o que for preciso para torcer o pescoço dos especuladores, disse o comandante Hugo Chávez. Estamos apenas cumprindo a sua ordem”, afirmou Diosdado Cabello, presidente do parlamento, ao fim da votação da nova lei.

A guerra econômica contra o país

O presidente Nicolás Maduro festejou a aprovação e criticou os parlamentares da direita. Em seu Twitter, ele disparou: “Conheço muito bem esses deputados, seus insultos e provocações. Devemos respondê-los com trabalho e protegendo o povo... Por que a cúpula da MUD (Mesa Unidade Venezuela) não aprova a Lei Habilitante que pedi para enfrentar a corrupção e a guerra econômica contra o país? O que eles escondem?”. A aprovação do projeto é uma importante vitória dos bolivarianos às vésperas das eleições municipais de 8 de dezembro.

Ela dá ao governo novos instrumentos legais para enfrentar a sabotagem da economia. Como aponta no seu enunciado, a lei visa “estabelecer mecanismos estratégicos de luta contra as potências estrangeiras que queriam destruir a pátria no econômico, político e midiático”. Com base nela, Nicolás Maduro já anunciou duas medidas concretas. A primeira é destinada a limitar as margens de lucro das empresas; já a segunda cria um novo órgão estatal para supervisionar as vendas em dólares pelo regime de controle de moeda da Venezuela para combater a especulação.

Direita fica mais agressiva

A aprovação da Lei Habilitante tende a tornar ainda mais agressiva a oposição venezuelana, que representa os interesses do capital estrangeiro e da oligarquia local. “Hoje é um dia histórico. Estão selando o fim desse regime, desse pesadelo. Vocês arruinaram nossos campos, esvaziaram as indústrias. Vocês entregaram a nossa Venezuela a Cuba... Essa Habilitante é tão ilegítima quanto você, senhor Maduro”, esbravejou, ao final da votação, uma das principais líderes da direita, a deputada Maria Corina Machado.

Já a coalizão de direita Mesa Unidade Venezuela (MUD) sentiu o revés político e confessou o seu crime. “O Executivo Nacional quer mais poderes para acentuar a perseguição política e criminalizar as fontes constitucionalmente lícitas de financiamento da oposição”, afirma num dos trechos. Com base na Lei Habitante, o governo já anunciou que adotará medidas duras para proibir o financiamento privado dos partidos e a corrupção nas campanhas eleitorais, o que fará secar a fonte de sustentação da oposição – inclusive com o fim do “subsídio externo” bancado pelos EUA.

A volta ao caminho golpista

Desesperada e sem base social, a direita venezuelana tende a optar novamente pelo caminho golpista. Nos últimos meses, várias corporações empresariais passaram a sabotar abertamente a economia. O objetivo é gerar um clima de caos no país, com elevação dos preços dos produtos, desabastecimento nas prateleiras e atos de sabotagem. Na semana passada, o governo prendeu vários comerciantes acusados de manipularem preços. “Eles são bárbaros, esses parasitas capitalistas... Temos mais de cem burgueses atrás das grades no momento”, explicou Nicolás Maduro.

O governo também acionou inspetores fiscais e soldados do Exército para fiscalizar 1.400 lojas do país. Em várias cidades, a população foi às ruas para apoiar a iniciativa governamental, exigindo “preços justos”. Para o presidente bolivariano, a Venezuela está sendo “submetida a uma guerra de nova geração, em que combinam ataque à moeda com o falso dólar paralelo... É uma especulação feroz, fora do normal. Armazenagem ilegal, sabotagem do comércio e guerra midiática”, alertou Nicolás Maduro. O clima, como se observa, é bastante tenso.

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Obrigado, Barbosa! O mensalão ficou nu !

Do Conversa Afiada - Publicado em 20/11/2013

 

O isolamento de Barbosa poderá tornar mais fácil a queda da “quadrilha”.

Foram uma dádiva as ilegalidades do Golpe do 15 de Novembro e expostas à luz do sol com o manifesto de Dallari e Bandeira de Mello.

Obrigado, presidente Barbosa !

O julgamento do mensalão ficou nu.

Ficou clara a sua excepcionalidade.

Não resta mais dúvida: o julgamento e seu condutor tinham um fim.

Político.

E partidário.

Matar o PT e substituí-lo.

O Ataulfo Merval de Paiva (*) foi o primeiro a mostrar a preocupação: quanto mais Barbosa revelasse a intenção política subjacente às atividades de Promotor, Relator e Juiz mais desmoralizado ficaria o julgamento.

Janio de Freitas descreveu com um raio laser o método eleitoral de Barbosa.

O Barbosa da Praia da Gloria já estava dentro de Matacavalos, como a fruta dentro do casco.

(Capitu traiu ou não traiu ?)

E, agora, assiste-se ao espetáculo constrangedor de tentar provar que a cardiopatia do Genoino é uma desculpa para ir em casa.

Caiu a máscara do julgamento.

O que ajuda a isolar Barbosa dentro do próprio Supremo.

Nem os baluartes – os de sempre, os do “mal necessário” – do PiG (**) admitem tanta arbitrariedade, tanto horror perante os céus.

O isolamento de Barbosa poderá tornar mais fácil a queda da  “quadrilha”.

E reduzir o tempo de prisão – em regime semi-aberto – de Genoino e Dirceu.

A tempo de Dirceu voltar a trabalhar na arena política de que não se afasta – nem em regime fechado.

O que leva a supor que Barbosa possa encenar um outro espetáculo eleitoral: demitir-se antes que a “quadrilha” caia, para poder dizer nos palanques: comigo eles ficavam em cana até o fim dos tempos !

(Note-se que Romário, nesta quarta-feira, convidou Barbosa para entrar no PSB: o partido precisa de homens de coragem, como ele !, teria dito o baixinho. Sim, porque a especialidade do Dudu é falar pelas costas.)

Barbosa julgou o mensalão (o do PT) como quis.

Fatiou-o à vontade.

Subjugou o Supremo, que a ele cedeu, em sua maioria, porque rapidamente percebeu que havia um Golpe (de Direita) em andamento – e, como sempre, de Direita, com o apoio da Globo Overseas.

Agora, Barbosa retira qualquer traço de legitimidade ao “Julgamento de Todos os Séculos” !

Como diria o Bruxo: “o maior pecado, depois do pecado, é a publicação do pecado”.

Clique aqui para ler “Documento: Globo pagava BV a Valeriodantas”.


Paulo Henrique Amorim

(*) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia. E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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‘Mensalão’: Globo deve explicar contrato confidencial a corte italiana

O envolvimento da Rede Globo de Televisão no escândalo que originou a Ação Penal (AP) 470 e terminou na prisão do ex-ministro José Dirceu e do deputado José Genoino, entre outros réus no julgamento que ficou conhecido como ‘mensalão’ mereceu um capítulo à parte no dossiê que o ex-diretor do Banco do Brasil (BB) Henrique Pizzolato levou com ele para a Itália. Pizzolato aguarda uma nova oportunidade de provar sua inocência, na Justiça daquele país.
Pizzolato deixou o Brasil e hoje seu paradeiro é desconhecido, mas ele reuniu em um dossiê de mais de mil páginas, ao qual o Correio do Brasil teve acesso, as provas que, segundo seus advogados, “colocam por terra o argumento do relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, de que houve a compra de votos de parlamentares aliados para a aprovação de matérias do interesse do governo no Parlamento”. Caso o ex-diretor do BB consiga provar seu ponto de vista em uma corte italiana, onde deverá responder a um processo, a pedido do Ministério da Justiça brasileiro, “o julgamento do ‘mensalão’ cairá por terra”, afirmam seus defensores.
Publicamente, no Programa do Jô da Rede Globo, na madrugada desta quarta-feira, a jornalista Luciana Lobo concordou que as acusações feitas a Pizzolato “são a base do ‘mensalão” e, sem elas, o processo simplesmente deixaria de existir. Lobo apenas repete o que afirmaram outros comentaristas sobre o julgamento, entre eles o jurista conservador Ives Gandra Martins, em recente entrevista, para quem até o uso da tese do “Domínio do fato” é uma temeridade:

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Ministros da Suprema Corte criticam decisões eleitoreiras de juízes.


Pena que, por enquanto, aconteceu nos EUA, mas esses ventos já chegam aqui no Brasil também. Inclusive, aqueles réus que foram injustiçados no chamado "mensalão" não devem titubear para recorrer aos tribunais internacionais.

Eis a notícia:

Dois ministros da Suprema Corte dos EUA acusaram juízes do estado do Alabama de aplicar sentenças de pena de morte com objetivos puramente eleitorais. Em 95 casos, nos últimos anos, eles passaram por cima do júri: converteram veredictos de prisão perpétua em sentença de pena de morte, porque isso lhes rende votos nas eleições para juízes nesse estado. A maior parte dos casos acontece em anos de eleição e as sentenças de morte são usadas como propaganda eleitoral, escreveu a ministra Sonia Sotomayor (foto à esqueda), em voto endossado pelo ministro Stephen Breyer (foto no alto).
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Merval critica as “elites”. Patético!

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Merval Pereira, o “imortal” da Academia Brasileira de Letras (ABL) e um dos expoentes da nova direita nativa, faz de tudo para justificar a postura arbitrária de Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Num passado recente, o colunista de O Globo se entusiasmou com a possível candidatura do ministro para a sucessão presidencial de 2014. Depois, diante dos seus atos tresloucados e narcisistas, o jornalista até vacilou e recuou. Agora, porém, ele voltou à carga para defender as prisões dos “mensaleiros” decretadas por Joaquim Barbosa.



Neste esforço, Merval Pereira utiliza argumentos risíveis. Expressão do conservadorismo das elites brasileiras e frequentador assíduo dos seus espaços requintados, ele insinua que as esquerdas é que representam as classes dominantes. Em seu artigo desta quarta-feira (20), o colunista esbraveja: “Nada mais peculiar às elites privilegiadas do que este escândalo que parentes e apoiadores petistas da trinca de líderes condenados do mensalão fazem diante da dura realidade de suas prisões”.
Merval Pereira está indignado com os protestos crescentes contra as prisões ilegais e midiáticas e tenta se travestir de representante do povão. “Tudo indica que [os mensaleiros] não acreditavam que o desfecho ocorresse um dia, confiantes nas manobras protelatórias que sempre deram certo para os ricos e poderosos escaparem do cumprimento das penas atrás das grades. Como sempre, a elite encontra caminhos especiais, que existem só para elas, para amenizar seus pesares”. Sua argumentação forçada é patética!

Para ele, os líderes petistas encarcerados no Complexo da Papuda, em Brasília, são presos comuns e não merecem compaixão – nem sequer dos seus familiares e apoiadores. “Fingir-se de preso político é uma maneira de escamotear a verdade, continuar vivendo uma fantasia que há muito já foi rasgada nos duros embates da realidade política. Nem o PT é um partido revolucionário, nem seus líderes estão atrás das grades por questões políticas”. Para o adorador da “pátria da democracia” dos EUA, presos políticos só existem em Cuba e na China.

O mote principal do texto é defender a postura truculenta de Joaquim Barbosa e rechaçar qualquer pressão da sociedade. “O movimento político que o PT promove para desmoralizar o presidente do Supremo Tribunal Federal e, em consequência, todo o processo que levou para a prisão os mensaleiros de muito deixou de ser uma mera reação natural de perdedores. A intenção política é desautorizar o STF. Os privilégios defendidos para a trinca de condenados - dos demais presos, não se sabe de um protesto sequer - já se mostram abusivos nestes primeiros dias”.

Merval Pereira, que “ficou decepcionado” com o seu amigo demo Demóstenes Torres e que sempre cultivou amizades com figuras mais sujas do que pau de galinheiro, agora exige total rigor contra os petistas. “Mesmo a situação de José Genoíno, que deve ser resolvida com a decretação de prisão domiciliar devido aos cuidados especiais de que necessita, não deixa de ser uma regalia, já que devem existir centenas, se não milhares, de presos na mesma situação de saúde frágil que não encontram o caminho da prisão domiciliar, ou nem mesmo têm domicílio”. Haja rancor!

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